Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Higienizacão CORRETA DAS MÃOS • Se houver alguma sujeira ou material em suas mãos, use sabão e água, cobrindo todas as superfícies das mãos durante pelo menos 40 segundos. • Se não houver nenhuma sujeira em suas mãos, use um punhado de um produto com base alcoólica (esfregaço de álcool) aplicada durante pelo menos 20 segundos. A sequência correta é esfregar: 1) as mãos palma contra palma; 2) a palma direita sobre o dorso esquerdo com os dedos entrelaçados, e então vice-versa; 3) palma contra palma com os dedos entrelaçados; 4) dorso dos dedos para as palmas opostas com os dedos fechados; 5) cada polegar rotacionalmente 5) as palmas rotacionalmente. Finalmente, se estiver usando sabão e água, enxague as suas mãos, seque com uma toalha e use a toalha (ou o seu cotovelo) para fechar a torneira. Se estiver usando o esfregaço de álcool deixe secar e prossiga. Não se esqueça de limpar a campânula e o diafragma do seu estetoscópio com um esfregaço de álcool após cada exame. Sinais Vitais São medidas que indicam o estado de saúde do paciente. Esses sinais fornecem informações críticas iniciais que frequentemente influenciam o tempo e direção de sua avaliação. Comece aferindo a pressão arterial e a frequência cardíaca. Verifique a frequência cardíaca por um minuto pela palpação do pulso radial com os dedos ou pela ausculta do impulso apical com o estetoscópio no ápice cardíaco. Continue a usar uma dessas técnicas enquanto verifica a frequência respiratória sem alertar o paciente – os padrões respiratórios podem mudar. Pressão arterial É a força exercida sobre as paredes de uma artéria pelo sangue que pulsa sob pressão do coração. A pressão depende do débito cardíaco (DC) e da resistência periférica total (RPT). Débito cardíaco é o volume de sangue bombeado pelo coração em 1 minuto. Depende da frequência cardíaca e do volume de sangue ejetado pelo coração a cada sístole. P.A. sistólica ótima -> 120mmHg P.A. diastólica ótima -> 80mmHg • O paciente deve evitar tabagismo, consumo de cafeína ou prática de exercícios 30 minutos antes da aferição. • O paciente deve se sentar tranquilamente durante 5 min em uma cadeira com os pés apoiados no chão; • Oriente ao paciente para que não fale durante o exame. • Assegure-se de que o braço escolhido esteja desnudo. • Palpe a artéria braquial para confirmar que exista pulso viável e posicione o braço do paciente de modo que a artéria braquial, no sulco antecubital, encontre-se no mesmo nível do coração, aproximadamente ao nível do 4º espaço intercostal em sua junção com o esterno. • Se o(a) paciente estiver sentado(a), coloque o braço dele(a) sobre uma mesa um pouco acima da cintura; se estiver em pé, apoie o braço dele(a) no nível do meio do tórax (de preferência braço direito); • Com o braço do paciente no nível do coração, coloque a bexiga inflável sobre a artéria braquial. A borda inferior da braçadeira deve estar, aproximadamente, 2,5 cm acima da fossa cubital. Ajuste bem o esfigmomanômetro. Posicione o braço do paciente de modo que fique discretamente flexionado na altura do cotovelo. OBS- Insufle a pêra com o registro fechado para encher a braçadeira. • Palpe a artéria radial com os dedos de uma mão, insufle rapidamente a braçadeira até o pulso radial desaparecer. Semiologia Médica Cecília Matos - Medicina FIP/GBI Verifique a pressão no esfigmomanômetro e acrescente 20 mmHg. OBS- Usar esse valor para insuflações subsequentes evita o desconforto associado a pressões desnecessariamente elevadas na braçadeira. • Desinfle a braçadeira, de modo rápido e completamente; • Posicione a campânula do estetoscópio na artéria braquial; • Identifique a pressão arterial sistólica: mais uma vez, insufle rapidamente o esfigmomanômetro até o nível-alvo e, depois, desinfle lentamente (cerca de 2 a 3 mmHg por segundo) -> Fase 1 de Korotkoff (aparecimento de sons). • Identifique a pressão arterial diastólica: continue a desinflar a braçadeira lentamente até os ruídos se tornarem abafados e desaparecerem -> Fase 5 de Korotkoff (desaparecimento de sons). OBS - A aferição também pode ser realizada nos membros inferiores. OBS - Se houver dúvida na aferição, afere os 2 braços e considera o valor maior. Frequência cardíaca Limite palpável de fluxo de sangue percebido em vários pontos do corpo. É analisada a frequência, a amplitude e o ritmo do pulso. A compressão na artéria radial (pulso) é a mais usada e mais fácil de identificar, porém também pode ser usada a carótida e a femural. TÉCNICA: Comprima a artéria radial com as polpas dos seus dedos indicador e médio até detectar a pulsação máxima. Se o ritmo for regular e a frequência parecer normal, conte-a durante 30 segundos e multiplique-a por dois. Se a frequência for incomumente rápida ou lenta, conte durante 60 segundos. Para avaliação do ritmo cardíaco comece pela palpação do pulso radial. Se houver alguma irregularidade, verifique o ritmo de novo auscultando o ápice cardíaco com o estetoscópio. Palpação do pulso radial Terminologias (considerando a pessoa em repouso): NORMOCARDIA - 60 a 100 bpm / 50 a 90 bpm BRADICARDIA - abaixo de 50 bpm. TAQUICARDIA - acima de 100 bpm. Frequência respiratória 1 movimento respiratório = inspiração + expiração TÉCNICA: Observe a frequência, o ritmo (regular e irregular), a profundidade (profunda, superficial ou normal) e o esforço respiratório. Conte os movimentos respiratórios durante 1 minuto, seja por inspeção visual ou pela ausculta sutil com o estetoscópio pousado na traqueia. Normalmente a frequência respiratória normal é de 12 a 20 mrm (movimentos respiratórios por minuto). Terminologias dos ritmos respiratórios: EUPNEIA - frequência respiratória adequada. TAQUIPNEIA - respiração rápida e superficial. BRADIPNEIA - redução do nº de movimentos respiratórios. ASPNEIA - interrupção dos movimentos respiratórios por tempo prolongado. Temperatura corporal O corpo humano é mantido em uma temperatura coonstante em torno de 37º. O hipotálamo é o responsável por controlar a temperatura corporal (age como termostato). A temperatura corporal é verificada por intermédio do termômetro. Pode ser: axilar, oral, retal, timpânico, arterial pulmonar, esofágico, nasofaringiano e vesical. No Brasil, o local habitual é o oco axilar. A mensuração da temperatura na cavidade oral, bastante comum em outros países, é feita pela colocação do termômetro na região sublingual. A temperatura retal é feita pela aplicação do termômetro na ampola retal. As referências de normalidade são: AXILAR: 35,5° a 37° BUCAL: 36° a 37,4° RETAL: 36° a 37,5° FEBRE: aumento da temperatura corporal (2° ou 3° acima do habitual) quando o corpo é agredido por algum agente externo ou por alguma doença dos órgãos internos. HIPOTERMIA: abaixo de 35°C AFEBRIL: até 37,2° ESTADO FEBRIL: 37,3° a 37,7° FEBRE/HIPERTEMIA: 37,8° a 38,9° PIREXIA: 39° a 40° HIPERPIREXIA: acima de 40° -> risco de convulsão MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS A antropometria pode ser definida como “A parte da antropologia que estuda as proporções e medidas do corpo humano”. Altura e peso são os mais comumente medidos e podem ser determinados com grande precisão. Eles são importantes na tomada de decisões clínicas em relação ao tratamento da obesidade.As medições anuais de altura são particularmente importantes em indivíduos mais velhos, pois a perda de altura pode ser um indicador de fratura vertebral relacionada à osteoporose. Peso, Altura e IMC O peso é o dado antropométrico mais comum e equivale ao tecido adiposo, músculos esqueléticos, ossos, sangue e elementos residuais (órgãos, vísceras etc.). O tecido adiposo inclui as células adiposas, os vasos sanguíneos e elementos estruturais, sendo o local principal para o armazenamento dos lipídios. Está situado nos compartimentos subcutâneos e internos ou viscerais e a sua distribuição é regulada por controle genético e hormonal. O peso atual comparado com o peso habitual (peso referência para avaliação de mudanças recentes de peso) permite avaliar a percentagem da perda de peso e, com isso, ter uma ideia mais rigorosado estado nutricional do indivíduo. Como em muitos serviços de saúde a balança é manual/mecânica, o passo a passo para a medição correta do peso é o seguinte: 1. Destravar a balança 2. Verificar se a balança está calibrada (se está no mesmo nível) 3. Caso não esteja calibrada, girar levemente o calibrador até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados. 4. Travar a balança 5. Posicionar o indivíduo de costas ou de frente para a balança, descalço com o mínimo de roupa possível, no centro do equipamento, ereto, pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo. 6. Manter o paciente estático nessa posição 7. Destravar a balança 8. Mover o cursor maior na barra de baixo, da direita para a esquerda, um nível de cada vez, para medir os quilos. Pare quando a seta começar a cair – quando for o caso, mova o peso a um nível anterior. 9. Mover o cursor menor na barra de cima, para medir as gramas, um nível de cada vez, até que a seta fique a mais equilibrada possível. 10. Anotar o peso encontrado. Através da balança antropométrica/manual também é possível realizar o procedimento de medição da altura. 1. Posicione o cliente descalço, com a cabeça livre de adereços no centro do equipamento. Mantê-lo de pé, com as pernas paralelas, ereto, com os braços estendidos ao longo do corpo e a cabeça erguida olhando para um ponto fixo na altura dos olhos; 2. .Mover a parte móvel do equipamento fixando-a contra a cabeça, com pressão suficiente para comprimir o cabelo; 3. Retirar o cliente e efetuar a leitura da estatura; Com o reconhecimento da distribuição da gordura como um indicador de risco, as medições de perímetro tornam- se importantes. A relação entre o perímetro da cintura e o do quadril é um método simples e de baixo custo, usado para descrever a distribuição do tecido adiposo subcutâneo e intra-abdominal, ajudando a distinguir, por exemplo, entre uma obesidade androide e uma obesidade ginóide. Uma desvantagem deste índice é que as medidas de circunferência incluem, para além de massa gorda, outros tecidos como os músculos, ossos e órgãos. Apesar desta desvantagem este método merece destaque pela alta associação existente entre a acumulação de gordura, na região central do corpo, e doenças crônico-degenerativas. O perímetro da cintura (PC) é outra medida antropométrica essencial. É medida com uma fita flexível colocada no plano horizontal ao nível da crista ilíaca vista em vista anterior. O aumento da adiposidade central, medida pela circunferência da cintura, está associado a um aumento do risco de morbidade e mortalidade. 1. Posicione a fita métrica na linha umbilical (sem a presença de tecido no local – levante a blusa) 2. Certifique-se que o cliente está com o abdome relaxado. 3. Efetue a leitura, registre o valor da circunferência abdominal e informe ao paciente. O perímetro do quadril (PQ) mede-se posicionando a fita métrica na máxima circunferência, passando pelo ápice das nádegas, com a fita num plano horizontal, tocando a pele mas não a pressionando muito. A relação entre estes dois parâmetros pode dar-nos uma indicação clara quanto ao risco de desenvolvimento de patologias associadas ao padrão de deposição adiposa. Para os homens é considerado um valor de risco uma relação PC/PQ > 1,0. Para as mulheres esse valor é PC/ PQ > 0,8. Alguns autores consideram que o PC poderá ser, isoladamente, melhor indicador de risco do que a relação entre cintura e quadril, definido como limiar de risco, valores maiores ou iguais a 88 cm para as mulheres e 102 cm para os homens. A segunda técnica antropométrica mais usada para a determinação da massa gorda corporal é baseada na medição de pregas cutâneas. Este método baseia-se no fato de, aproximadamente, metade do conteúdo da gordura corporal estar localizada no compartimento subcutâneo. Contudo, esse teste é consideravelmente menos preciso do que o IMC, particularmente em indivíduos obesos. As pregas cutâneas mais utilizadas são: a prega cutânea tricipital, a bicipital, a subescapular e a suprailíaca. Muitos índices diferentes, como a relação cintura-quadril, foram desenvolvidos, mas, o mais difundido é o índice de massa corporal (IMC). O IMC, índice de Quetelet, é um instrumento bastante útil do ponto de vista clínico para o diagnóstico de obesidade, uma vez que tem uma boa correlação com a massa gorda. Ele é expresso como massa em quilograma (kg) dividida pela estrutura em metros quadrados (m2). Contudo, o IMC sozinho, não é capaz de diagnosticar subnutrição. Devido a algumas limitações inerentes a este método, outros índices antropométricos foram desenvolvidos, nomeadamente os índices de avaliação corporal em crianças, tais como a estatura para a idade (E/l) que reflete o crescimento linear alcançado e as suas deficiências de saúde ou nutrição a longo prazo; o peso para a idade (P/l) que reflete a massa corporal em relação à idade cronológica, sendo influenciado pela estatura para a idade, não avaliando o crescimento linear e não distinguindo a natureza do défice nutricional, recente ou de longa data e o peso para a estatura (P/E) que reflete o peso relacionado com a estatura. Técnica para calcar luvas estéreis O procedimento de calçar um par de luvas estéril requer técnica correta, para evitar a contaminação da luva, fato este que pode ocorrer com facilidade, por isso requer muita atenção.As luvas estéreis devem ser utilizadas sempre que ocorrer a necessidade de manipulação de áreas estéreis. Existem vários procedimentos que exigem a utilização de luvas estéreis, entre eles os procedimentos cirúrgicos, aspiração endotraqueal, curativos extensos, que se tornam difíceis realizar somente com o material de curativo. 1. Retirar anéis, pulseiras e relógio 2. Realizar a higienização das mãos; 3. Abrir a embalagem das luvas sem contaminá-las, tocando apenas a parte externa do pacote; 4. Levantar a luva a ser calçada com sua mão não- dominante, pela sua face interna, fazendo uma pinça com o polegar e indicador (vem dobrada propositalmente). Lembre-se: Enquanto você estiver sem luvas, segure apenas pela face onde a luva irá entrar em contato com sua pele, ou seja, face interna. 5. Calçar a luva com a palma da mão dominante voltada para cima e os dedos unidos, mantendo a distância do campo estéril, do próprio corpo e de qualquer fonte de contaminação; Lembre-se, que agora estamos com uma luva estéril na mão dominante, não podemos tocar em lugares que não sejam estéreis, sejam eles a nossa pele, superfícies ou objetos ao nosso redor. 6. Com a mão dominante (enluvada), segure a outra luva pela face externa (ou seja, por dentro da dobra existente). Esta dobra existente no punho da luva servirá de apoio para segurar a luva, sem que ocorra o risco de contaminar a luva, mesmo que imperceptivelmente. 7. Sempre segurando pela dobra do punho da luva, introduza calmamente sua mão não-dominante na luva, com a palma da mão voltada para cima, semelhante ao realizado na primeira, mas agora, com a cautela de não tocar com a luva na pele ou em locais não-estéreis. 8. Agora, havendo a necessidade de posicionar os dedos corretamente, ou até mesmo melhorar o calçamento da luva, faça com ambas as luvas, porém evite manipular a luva na região dos punhos, caso esta não possua mais as dobras de segurança. Glicemia Capilar O teste da glicemia capilar é feito com objetivo de verificar os níveis de açúcar no sangue em determinado momento do dia e para isso deve ser utilizado um aparelho de glicemia que realiza a análise de uma pequena gota de sangue que é retirada da ponta do dedo. A dosagem da glicemia capilar é mais indicada para pessoas que possuem hipoglicemia, pré- diabetes e diabetes, sendo nesse caso recomendado que a dosagem seja feita antes e após as refeições para que se possa fazer um controle dos níveis de glicose e, assim, possam ser feitos ajustes na dieta ou mudança na dose do medicamento caso haja necessidade. Equipamentos necessários: Álcool 70% Algodão Luva de procedimento, glicosímetro, fita para glicosímetro e lanceta estéril. Lanceta estérilGlicosímetro 1. Higienizar as mãos e explicar o procedimento ao cliente; 2. Calçar luvas de procedimento; 3. Ligar o glicosímetro, encaixar a fita reagente no local indicado e aguardar a solicitação da amostra; 4. Com a lanceta, faça um pequeno orifício na falange distal do dedo escolhido na mão do paciente e comprima levemente para saída do sangue; 5. Colocar o sangue no local indicado na fita reagente e aguardar o valor da glicemia indicado no visor do glicosímetro; 6. Comprimir o local do orifício com algodão seco; 7. Desprezar o material em lixo apropriado; Critérios laboratoriais (OMS): FERIDAS ou úlceras Lesão do tecido em decorrência de trauma mecânico, físico ou térmico, ou que se desenvolva a partir de uma condição patológica ou fisiológica. Quanto à causa Contusa São aquelas devidas a um traumatismo, com maceração dos tecidos atingidos. Podem ser provocadas por paus, pedras, soco, etc. Incisa As feridas incisas ou cirúrgicas são aquelas produzidas por um instrumento cortante e o corte geralmente possui profundidade igual de um extremo à outro da lesão, como as provocadas por um bisturi por exemplo. Lacerada São caracterizadas por um corte profundo devido a uma pressão ou tração exercida sobre o tecido, causando lesões que se apresentam com bordas muito irregulares e rasgadas. Como exemplo, temos os acidentes com facas, ferramentas e maquinaria. Perfurante São caracterizadas por pequenas aberturas na pele, provocadas por instrumentos afilados e pontiagudos. Elas são potencialmente muito perigosas por poderem atingir órgãos vitais. Como exemplo têm-se as feridas feitas por projéteis. Quanto ao grau de contaminação Limpa Condição asséptica, sem presença de microrganismos (ex.: incisões cirúrgicas); Contaminada São feridas que receberam tratamento adequado em um tempo superior a 6 horas pós trauma, porém não possui sinais de infecções; Infectada São feridas com intensa reação inflamatória, com presença de exsudato purulento formado pela destruição tecidual e pela presença de patógenos. Quanto ao tipo de tecido Necrótico Consiste numa acumulação de células, tecido e resíduos celulares mortos. Esse tipo de tecido perdeu sua função orgânica e seu metabolismo de forma irreversível, e tem como característica uma coloração preta ou amarronzada. Esfacelo É um tipo de tecido fibrinoso, não vascularizado, que pode apresentar coloração branca, amarela, marrom, acastanhado ou verde e que pode se apresentar aderido à pele ou solto. Granulação É um tecido úmido, de cor vermelha ou rosa, composto por vasos sanguíneos novos, que preenche o leito de uma ferida aberta quando ela começa a cicatrizar, dando origem posteriormente à cicatriz. Epitelização É um tipo de tecido caracterizado pela epiderme regenerada, seca e rosada presente na superfície da ferida. Portanto, é o novo tecido que é formado com o processo de cicatrização. Tipos de úlceras Venosa Causadas por uma disfunção nas válvulas venosas ou uma bomba muscular da panturrilha inadequada. Em ambos os casos, o sangue não é suficientemente retornado para o coração. Isto leva a uma maior pressão venosa, que pode causar edema. Tem como características: localização na área frontal da perna; formato irregular; pulso pedioso normal; pigmentação de cor castanha na área da pele periulceral. A terapia de compressão é uma parte essencial do tratamento de úlceras venosas. Arterial Causadas por fornecimento insuficiente de sangue para a perna ou pés devido à arteriosclerose. A redução do suprimento de oxigênio e nutrientes para as células pode resultar na morte do tecido, que, por sua vez, leva a úlceras. É importante notar que as úlceras arteriais de perna não devem ser tratadas com a terapia de compressão. Tem como características: localização na área do tornozelo e nos pés; forma bastante regular; pele periulceral atrofiada e pálida; pulso ausente; edema; pelo ausente devido lesão dos anexos da pele; alteração de temperatura do órgão lesado. Mistas Presença de lesão venosa e arterial associadas. Neuropática Presença de lesão em terminações nervosas periféricas, principalmente em membros inferiores. úlceras por pressão Uma ferida por pressão significa um dano ao tecido ou à pele que ocorre quando há uma diminuição da circulação sanguínea provocada pela pressão aplicada a uma área específica. Qualquer pessoa pode desenvolver uma ferida de pressão, mas os doentes idosos, acamados, paralisados e desnutridos correm um risco mais elevado. A região do sacro, os calcanhares, os cotovelos e as omoplatas são áreas consideradas de risco elevado. Dependendo da extensão dos danos aos tecidos, as úlceras por pressão são classificadas em quatro fases: FASE 1 - Não há abertura da pele, mas a vermelhidão não fica branca quando pressionada. FASE 2 - Exposição da derme com perda de pele, leito da ferida avermelhado e presença de bolha intacta ou rompida. FASE 3 - Os danos estendem-se através de todas as camadas superficiais da pele, tecido adiposo, diretamente e incluindo o músculo. A úlcera tem o aspeto de uma cratera profunda. Pode ser visualizado o esfacelo ou a escara (necrose); FASE 4 - Os danos incluem a destruição total de estruturas de tecidos moles da pele e osso ou de estruturas de articulações. Exposição de músculo, tendões e ossos a partir da perda total da pele e perda tissular. Tipos de cicatrização A cicatrização representa uma complexa sequência de eventos coordenados e desencadeados pelo organismo, que objetivam reconstruir estrutural e funcionalmente o tecido comprometido em sua maior plenitude. As feridas cicatrizam por diferentes mecanismos, a depender de suas condições: Por 1ª intenção Ocorre em feridas realizadas de maneira asséptica, com um mínimo de destruição tecidual e que são fechadas adequadamente (sutura), cicatrizando com pouca reação tecidual. O tecido de granulação não é visível. Por 2ª intenção As bordas da ferida não contatam entre si, por perda tecidual excessiva. O espaço é preenchido por tecido de granulação, cuja superfície posteriormente irá reepitalizar. Pode durar dias a meses. Por 3ª intenção Ocorre quando intencionalmente a ferida é mantida aberta para permitir a diminuição ou redução de edema ou infecção. Ocorre principalmente quando há existência de infecção, que deve ser tratada primeiramente, para então ser suturada posteriormente. CURATIVOS As técnicas de curativos são procedimentos assépticos que vão desde a irrigação com solução fisiológica até a cobertura específica que auxiliarão no processo de cicatrização. A manutenção de um ambiente local fisiológico é o objetivo do tratamento eficaz de feridas. Para que seja mantido um ambiente saudável, os seguintes princípios devem ser associados: - Prevenir e tratar infecções; - Limpar ferida; - Remover tecidos não viáveis; - Tratar o exsudato; - Manter a ferida em ambiente úmido; - Proteger a ferida. Tipos de curativos O tipo de curativo a ser realizado varia de acordo com a natureza, a localização e o tamanho da ferida. Em alguns casos é necessária uma compressão, em outros lavagem exaustiva com solução fisiológica e outros exigem imobilização com ataduras. Curativo semi-oclusivo: Este tipo de curativo é absorvente, e comumente utilizado em feridas cirúrgicas, drenos, feridas exsudativas, absorvendo o exsudato e isolando-o da pele adjacente saudável. Curativo oclusivo: não permite a entrada de ar ou fluídos, atua como barreira mecânica, impede a perda de fluídos, promove isolamento térmico, veda a ferida, a fim de impedir enfisema, e formação de crosta. Curativo compressivo: Utilizado para reduzir o fluxo sanguíneo, promover a estase (estagnação do sangue) e ajudar na aproximação das extremidades da lesão. Curativos abertos: São realizados em ferimentos que não há necessidade de serem ocluídos. Feridas cirúrgicas limpas após 24 horas, cortes pequenos, suturas, escoriações, etc, são exemplos deste tipo de curativo. Desbridamento É um procedimento realizado para remover o tecido necrosado, morto, e infeccionado dasferidas, melhorando a cicatrização, diminuindo as secreções (como exsudato), reduz a ação de microrganismos e melhora a absorção de pomadas com antibióticos, evitando que a infecção se espalhe para outros locais do corpo. Também pode ser feito para remover materiais estranhos do interior da ferida, como pedaços de vidros, por exemplo. Principais tipos de desbridamento: Autolítico É realizado pelo próprio corpo de forma natural, através de processos parecidos com a cicatrização, promovidos pelas células de defesa, os leucócitos. Para melhorar os efeitos deste tipo de desbridamento é necessário manter a ferida úmida com soro fisiológico e curativos com hidrogel, hidrocoloides, AGE e alginato de cálcio; Cirúrgico Consiste na cirurgia para remover o tecido morto de uma ferida e é feita em casos em que as feridas são grandes. Realizado sob anestesia, em centro cirúrgico. Químicos Consiste na aplicação de substâncias, tipo pomadas, diretamente na ferida para que o tecido morto seja removido. Algumas destas substâncias têm enzimas que eliminam a necrose, como a colagenase e a papaína; Mecânicos Envolve a retirada do tecido morto através de fricção e irrigação de 2 a 3 minutos com o auxílio de gases e irrigação com soro fisiológico morno; Entretanto, não é muito utilizada pois requer cuidados específicos para que não ocorra sangramento na ferida. Principais Coberturas utilizadas Cobertura é todo material, substância ou produto que se aplica sobre uma ferida, formando uma barreira física, com capacidade de proteção. A seleção correta da cobertura da ferida auxilia no processo de cicatrização, reduz a dor, promove conforto ao paciente e recuperação do tecido lesado. ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS (AGE) Composição: óleo vegetal composto de ácido linoleico, ácido caprílico, ácido cáprico, vitamina A, E e lecitina de soja. Ação: manter a ferida úmida e retirar o excesso de exsudato. Indicação: lesões abertas não infectadas; profilaxia de úlceras de pressão. Frequência de Troca: toda vez que estiver saturado ou, no máximo, a cada 24 horas. ALGINATO DE CÁLCIO Composição: Derivado de algas marinhas. Ação: Auxilia o desbridamento; tem alta capacidade de absorção; forma um gel que mantém o meio úmido; induz à hemostasia. Indicação: Feridas abertas, sangrantes, altamente exsudativas, com ou sem infecção. Contraindicação: Feridas superficiais; feridas pouco exsudativas. Frequência da troca: a cada 48/72h. HIDROGEL Composição: Formado com polímeros e contém alto teor de água. Ação: Mantém o meio úmido, promove desbridamento autolítico e estimula a cicatrização. Indicação: Remoção de crostas e tecidos desvitalizados de feridas abertas; tratamento de queimaduras; feridas com exsudação baixa a moderada. Contraindicação: Pele íntegra, ferida operatória fechada, feridas muito exsudativas. Frequência da troca: Uma vez por dia; em necroses, até no máximo 72h. HIDROCOLOIDE Composição: Na camada interna possui gelatina, pectina e carboximetilcelulose sódica e na camada externa possui espuma de poliuretano. Ação: Absorve exsudatos, mantém o pH ácido e o meio úmido; estimula o desbridamento autolítico e a angiogênese; protege terminações nervosas. Indicação: Tratamento de feridas abertas não infectadas e pouco exsudativa; prevenção de úlceras por pressão; queimaduras de segundo grau. Contraindicação: Feridas infectadas; feridas cavitárias; feridas muito exsudativas. Frequência da troca: De 3 a 7 dias; CARVÃO ATIVADO Composição: carvão ativado; Ação: bactericida e desodorizante; Indicação: Feridas fétidas, infectadas ou com grande quantidade de exsudato. Frequência de troca: Em média com 48 a 72 horas. Quando reduzir o exsudato e o odor, e houver granulação da ferida, substituir o carvão ativado por outro tipo de curativo que promova a manutenção do meio úmido; Pode permanecer até 7 dias. COLAGENASE Composição: Pomada de uso tópico; Ação: auxilia no desbridamento enzimático dos tecidos, acelerando sua restauração. Indicação: Ferida com tecido desvitalizado Contraindicação: pouco efetiva em grandes áreas necróticas. SULFADIAZINA DE PRATA Composição: prata 1% Ação: bactericida; Indicação: Tratamento de queimadura (nos primeiros dias de tratamento, enquanto há presença de tecido necrótico ou infecção) ou ferida que necessite de ação antibacteriana; BOTA DE UNNA Composição: bandagem de algodão puro ou misto impregnada com óxido de zinco, glicerina, óleo de castor ou mineral. Ação: auxilia na cicatrização por meio da compressão, facilita o retorno venoso, evita o edema e auxilia na redução do exsudato. Indicação: Tratamento de úlceras venosas localizadas nos MMII; Frequência de troca: após 1ª colocação, avaliação clínica em 24 ou 48hs e 1ª troca em 4 dias. Após controle do exsudato, permanecer até 7 dias. CURATIVO À VÁCUO Ação: Tecnologia não invasiva que beneficia a junção das bordas da lesão ao tempo que a protege de microorganismos. As feridas são cobertas pelas esponjas e envolvidas com plástico adesivo. Um tubo ligado à rede de vácuo faz uma sucção constante. Essa drenagem impede infecções e promove a multiplicação de vasos e a regeneração do tecido. Indicação: Feridas provocadas por acidentes, queimaduras ou diabetes. Contraindicação: Fístulas; cavidades do corpo; tecido necrosado em escara; osteomielite; feridas neoplásicas; feridas hemorrágicas. OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA Ação: Modalidade de terapia avançada em que o paciente respira oxigênio puro em uma câmara hermeticamente fechada. Essa exposição dos tecidos à alta quantidade de oxigênio beneficia a proliferação celular além de combater o processo infeccioso ao tempo que facilita a ação de antibióticos; todo esse cenário implica em um rápido processo de cicatrização. Indicação: Feridas de difícil cicatrização (como, por exemplo, nas nádegas de pessoas acamadas por um longo período ou em pés de diabéticos); queimaduras extensas; Materiais de curativo Pacote curativo (01 pinça Kocher, 01 pinça Kelly, 01 pinça dente de rato e 01 pinça anatômica); Gazes esterilizadas; Fita adesiva (adesivo antialérgico); Fita métrica ou régua; Solução fisiológica (soro morno ± 37°C); Agulhas 40X12 e 30X7; Luvas de procedimento; Saco plástico (branco); Aparador (bacia); Atadura crepe e fita adesiva para oclusão; Luvas estéreis; Técnica p/ realização de curativos 1. Inicialmente é imprescindível realizar o procedimento correto de lavagem das mãos; 2. Abra as luvas estéreis tocando apenas na face externa do pacote e abra em seu campo estéril todos os materiais necessários para evitar contaminação; 3. Expor o cabo de uma das pinças, pegando-a pela ponta com o auxílio do campo, tocando-o somente na face externa. Com uso desta pinça, dispor as demais com os cabos voltados para a borda do campo; 4. Realizar a desinfecção do frasco de soro fisiológico morno com álcool 70% no local em que será inserida a agulha 40x12; 5. Umedecer com soro fisiológico as gazes que estão em contato direto com a ferida antes de removê-las, porque a umidade minimiza a dor e o traumatismo da pele ou do tecido de granulação em feridas abertas; 6. Remover o curativo com o auxílio da pinça anatômica com dente e colocá-lo no saco, desprezando a seguir a pinça na borda do campo, afastada das demais pinças; 7. Limpar a ferida com jatos de soro fisiológico morno para retirar o excesso de exsudato. 8. Seque ao redor da ferida com uma gase começando pelas bordas indo em direção à região mais contaminada; 9. Colocar no leito da ferida (cobertura primária) gaze não aderente, umedecida com soro fisiológico. 10. Após, utilizar, como cobertura secundária, gazes secas e fixá-las com adesivo microporoso hipoalergênico. 11. Lembre-se de colocar a identificação ao final do processo e desprezar os materiais de maneira adequada; São vantagens do meio úmido: • Prevenir a desidratação do tecido que leva à morte celular; • Promover maior vascularização; • Estimular a epitelização e a formação do tecido de granulação; • Facilitar a remoção do tecido necrótico e de esfacelos; • Servir de barreira protetora contra microrganismos;• Promover diminuição da dor; • Evitar a perda excessiva de líquidos; • Evitar traumas na troca de curativos; • Manter a temperatura. ADM de medicamentos Trata‐se da aplicação de fármacos no organismo através de uma das várias vias possíveis de acordo com a proposta terapêutica. O objetivo é um resultado diferente do apresentado no início. Fármaco x medicamento Fármaco é uma substância química conhecida e de estrutura química definida dotada de propriedade farmacológica. Sinônimo de princípio ativo. Medicamento é um produto farmacêutico (substância química), uma forma farmacêutica que contém o fármaco, geralmente em associação com adjuvantes farmacotécnicos. Capaz de promover no organismo ação preventiva, curativa, paliativa ou diagnóstica. Finalidades PREVENTIVA. Ex.: vacinas. PALIATIVA. Ex.: analgésico. CURATIVA. Ex.: antibiótico. SUBSTITUTIVA. Ex.: insulina. Tipo de ação Local: agem no local de aplicação; Geral ou sistêmica: circulam na corrente sanguínea e seu efeito atinge determinados órgãos, tecidos ou todo o organismo. As 9 certezas 1. usuário certo; 2. dose certa; 3. medicamento certo; 4. hora certa; 5. via certa; 6. anotação certa; 7. orientação ao paciente; 8. compatibilidade medicamentosa; 9. direito de recusa. Apresentação Sólida: preferida pelas indústrias por ser mais estável; Ex - pó, cápsulas, comprimidos. Líquida: facilita a deglutição em pessoas mais sensíveis, como crianças e idosos. Ex - xarope, gotas. Semissólida: escolhida para produtos de uso tópico. Ex - cremes, pomadas. Vias de administração Via de administração é o local onde o fármaco entra em contato com o organismo. Com algumas exceções, não se consegue administrar um fármaco diretamente no tecido em que se deseja que ocorra a sua ação (tecido suscetível). Ele chega primeiro à corrente circulatória e depois ao tecido desejado, ou entra em contato primeiramente com um tecido intermediário, denominado receptáculo e que pode ser, por exemplo, um músculo. Tópica Enteral (oral/retal) Parenteral (endovenosa, intra-arterial, intramuscular, subcutâmea, intradérmica, intracardíaca). VIA ORAL É a mais conveniente e, geralmente, a mais segura e menos dispendiosa, ela é a via utilizada mais frequentemente; Alimentos e outros medicamentos no trato digestivo podem afetar a quantidade e a rapidez com que este é absorvido; Outras vias de administração são necessárias quando a via oral não pode ser utilizada, por exemplo: - Quando a pessoa não pode tomar nada pela boca; - Quando o medicamento deve ser administrado rapidamente ou em uma dose precisa ou muito elevada; - Quando o medicamento é mal ou irregularmente absorvido pelo trato digestivo; VIA RETAL OU VAGINAL Os medicamentos podem ser administrados no reto ou na vagina para produzir efeitos locais ou sistêmicos. Os medicamentos destinados a serem utilizados por via retal ou vaginal podem ter como objetivo aliviar a dor e a irritação local, controlar prurido local ou induzir efeitos hormonais. A administração retal evita que os medicamentos sejam destruídos por enzimas digestivas, como acontece com a via oral no estômago ou no intestino delgado. VIAS INJETÁVEIS A administração por injeção (administração parenteral) inclui as seguintes vias: - Subcutânea (sob a pele) - Intramuscular (no músculo) - Intravenosa (na veia) - Intratecal (ao redor da medula espinhal) É sempre importante observar o local de aplicação quanto à presença de hematoma, equimose, edema, rubor, calor, dor, etc. Subcutânea A via subcutânea é a utilizada para muitos medicamentos proteicos, visto que eles seriam destruídos no trato digestivo caso fossem tomados por via oral. Uma dose de medicamento concentrado pode ter uma duração de ação mais longa do que aquelas por outras vias de administração, como a via intramuscular, por exemplo. Portanto, é indicada para drogas que necessitem de absorção contínua, como a heparina e a insulina. É injetada uma pequena quantidade de medicamento líquido (em geral 0,5 a 2ml) no tecido subcutâneo; Aplicar 2,5cm de distância na região que circunda o umbigo; Intramuscular É preferível à via subcutânea quando são necessárias maiores quantidades de um produto farmacêutico; O comprimento e o calibre da agulha deverão ser escolhidos considerando a massa muscular e o tipo de medicamento a ser aplicado; Aplicar o volume máximo de 2ml no deltoide e de 5ml nos demais músculos, no adulto; Procedimentos gerais para administração intramuscular: 1. Utilizar uma agulha, de acordo com o local utilizado e com a quantidade de tecido adiposo presente, de adequado calibre (calibre menor para um medicamento mais viscoso). 2. Fazer o paciente relaxar o músculo que irá receber a injeção. Um músculo tenso aumenta a dor e o sangramento. 3. Com o polegar e o dedo indicador da mão não dominante, esticar delicadamente a pele no local da injeção. Posicionar a seringa em um ângulo de 90° com a superfície cutânea; com a agulha afastada alguns cm da pele, introduzi-la rapidamente, com firmeza e segurança, no músculo. 4.Manter a mão dominante segurando a seringa enquanto utiliza a mão não dominante para aspirar o sangue. Quando aparecer sangue na seringa, é porque a agulha está em um vaso sanguíneo. Retirar, descartar e preparar outra injeção com nova seringa e medicamento fresco. 5. Não havendo sangramento, injetar o medicamento lentamente e de forma contínua no músculo, sentindo pouca ou nenhuma resistência. 6. Quando o volume do medicamento for maior do que 5mL, dividir entre dois locais diferentes. OBS - Os pacientes mais idosos apresentam risco mais elevado para formação de hematoma e podem precisar de pressão direta sobre o local de punção durante um intervalo de tempo mais longo do que o habitual. 7. Cobrir o local com bandagem. 8. Em caso de uso crônico, fazer rodízio do local de aplicação. Endovenosa É a melhor maneira de disponibilizar uma dose precisa por todo o corpo de forma rápida e bem controlada. Favorece o uso de medicamentos que são mal absorvidos pelo trato gastrointestinal ou que são dolorosos ou irritativos quando administrados por injeção IM ou SC. Uma injeção intravenosa pode ser mais difícil de administrar do que uma injeção SC ou IM, já que inserir uma agulha ou cateter em uma veia pode ser difícil. Quando um medicamento é administrado por via intravenosa, ele chega imediatamente à corrente sanguínea e tende a apresentar efeito mais rapidamente do que quando administrado por qualquer outra via. Por isso, o paciente precisa ser monitorado cuidadosamente quanto a sinais de que o medicamento está fazendo efeito ou está provocando efeitos colaterais indesejáveis. O efeito de um medicamento administrado por essa via costuma durar menos tempo. Portanto, alguns medicamentos devem ser administrados por infusão contínua para manter seu efeito constante. Obs- A falha na lavagem das mãos tem sido relatada como uma das principais causas de infecções nos cateteres intravenosos. Tipos de administração endovenosa: • Bolus (de uma vez só) • Infusão lenta (como recomendado/1ml por min) • Infusão rápida (1 a 30 min) • Infusão contínua (> 60 min ininterruptamente; ex:soro) • Administração intermitente (não contínua, por ex. 6/6h) Procedimentos gerais para administração endovenosa: 1. Preparar o medicamento de acordo com a recomendação da prescrição ou do fabricante. Escolher o calibre da agulha considerando a finalidade da infusão, ou seja, para agentes irritantes (antibióticos), usar uma agulha de pequeno calibre em uma veia de grande calibre. Quando houver necessidade de infusão de grande volume rapidamente, deve-se usar uma agulha de grande calibre em grande veia. 2. Com o braço garroteado e apoiado sobre mesa auxiliar, sentir, pelo tato das pontas dos dedos, a pulsação do vaso, de maneira a identificar a melhor veia para puncionar. 3. Realizar a assepsia do local escolhido, estender a pele do paciente com os dedos da mão não dominante, segurando a seringa com os dedos polegar e indicador da mão dominante de maneira a ter os demais dedos sob a seringae apoiados no braço do paciente para dar firmeza e segurança no momento de puncionar. 4. Posicionar a seringa em um ângulo de 45° com o braço e no sentido longitudinal da localização da veia, introduzindo a agulha com firmeza e continuidade para perfurar o tecido até introduzir toda a ponta do bisel da agulha. 5. Descer a seringa para 30° e penetrar mais profundamente na veia. Após introduzir a agulha no vaso sanguíneo, certificar-se de ver o sangue fluir pela pressão para o interior da seringa antes de introduzir o medicamento na veia. Com a mão não dominante, soltar o garrote e, com a mão dominante, injetar o medicamento. 6. Retirar a seringa rápida e delicadamente, já tendo na mão não dominante a compressa; pressionar o local por alguns segundos e colocar uma bandagem.
Compartilhar