Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Toxicocinética Absorção, distribuição e excreção Profa. Maria José Nunes de Paiva 1. Dose ou concentração 2. Vias de introdução IV VR SC IM TGI VD 3. Propriedades físico-químicas da substância 3.1 solubilidade 3.2 grau de ionização 3.3 tamanho e forma das moléculas FASES DA EXPOSIÇÃO 4. Duração e freqüência da exposição 5. Suscetibilidade individual (causa genética, sexo, peso, estresse, etc) FASES DA EXPOSIÇÃO TOXICOCINÉTICA Transporte passivo •Difusão simples •Filtração Transporte especializado •Transporte ativo • Transportadores de xenobióticos • Difusão facilitada (glicose) • Processos adicionais de transporte (fagocitose e pinocitose) Mecanismos de transporte através de membranas É a passagem de uma substância do local de contacto para a corrente sanguínea. Nessa passagem, os agentes atravessam várias barreiras, que são as membranas biológicas. ABSORÇÃO Membranas Endotélio capilar Células do órgão alvo 7-9 nm Funções das proteínas na membrana celular Membrana celular Lipofilicidade Os fármacos que apresentam maior coeficiente de partição, tem maior afinidade pela fase orgânica e, portanto, tendem a ultrapassar com maior facilidade as biomembranas hidrofóbicas. Hidrofilicas 600 Da A maioria das substâncias são orgânicas Apresentam CP octanol/agua diferente NI Cp o/a Principal mecanismo para a passagem de xenobióticos que possuem certo grau de lipossolubilidade. Depende do gradiente de concentração do agente químico e de sua solubilidade nos lipídios, que é caracterizada pelo coeficiente de partição lipídio/água Transporte Passivo Transportadores de xenobióticos 1.GASTRINTESTINAL 2.PULMONAR 3.CUTÂNEA ABSORÇÃO Polaridade das moléculas Grupos funcionais polares alteram o coeficiente de partição. ABSORÇÃO Digoxina (R=OH) Digitoxina (R=H) P 81,5 96,5 Abs 70-85 % 100 % t=1/2 38 144 P (CHCl3/MeOH:H2O (16:84) cardiotônico Digitalis purpurea PK PD As principais propriedades FQ da molécula capazes de alterar o perfil toxicocinéticos são: PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS E ATIVIDADE BIOLÓGICA Lipofilicidade Coeficiente de ionização Coeficiente de partição pKa 1. Lipossolubilidade da fração não-ionizada fármaco pKa % absorvida barbital 7,8 4 secobarbital 7,9 30 tiopental 7,6 46 Fatores que afetam a absorção GASTRINTESTINAL pH dos compartimentos biológicos A equação de Henderson-Hasselbach pode ser empregada na previsão do comportamento toxicocinético de agentes químicos. Mucosa gástrica pH = 1 Mucosa intestinal pH = 5 Plasma pH = 7,4 Fatores que afetam a absorção GASTRINTESTINAL Dissociação de um ácido: HA + H2O H + + A- pH – pK = log A- / HA Exemplo: pH meio = 2,0 pK substância ácida = 6,0 1/104 = A- / HA Dissociação de uma base: B + H20 = B +H + OH- pH – pK = log B / B+H Exemplo: pH meio = 2,0 pK base = 9,0 107 = B / B+H Fatores que afetam a absorção GASTRINTESTINAL Ácidos e bases fracas – absorção pelo estômago A base moderna da farmacologia foi estabelecida por Sertümer, que isolou em 1803 a morfina da papoula. Morfina: homenagem a Morfeu, o deus dos sonhos na mitologia grega. Analgésico, hipnótico e antitussígeno. MORFINA CODEÍNA Antitussígeno - xaropes Sintetizada a partir da morfina (1989) Efeito sem vício! Atravessa a barreira hematencefálica muito mais rapidamente que a morfina LIPOFILICIDADE HEROÍNA C o n ce n tr a çã o p la sm á ti ca d e d ig o x in a ( n m o l/ l) Variação da concentração plasmática em função de diferentes formas farmacêuticas Fatores que afetam a absorção GASTRINTESTINAL 2. Estado de plenitude gástrica 3. Tempo de permanência nas diferentes regiões 3.1 Cavidade bucal: minutos 3.2 Esôfago: minutos 3.3 Estômago: 1 h 3.4 Intestino: 4 a 24 h Fatores que afetam a absorção GASTRINTESTINAL 4.Presença de enzimas (Snake venomes and Amines) 5.Alterações da molécula no suco gástrico 6.Idade 2. PULMONAR Constituição vias aéreas Introduções de aerossóis Absorção de aerossóis Introdução de gases e vapores Absorção de gases e vapores 2. PULMONAR Gases (CO2, NO2 e SO2) Líquidos volatilizáveis (benzeno, CCl4) Aerossóis S A N G U E Nasofaríngea Traqueobronquial Alveolar Espaço Alveolar T G I Aerossóis: partículas (reunião de moléculas) dispersas na atmosfera Absorção: passagem do alvéolo para a corrente sangüínea Poeiras Fumos Fumaças Névoas Neblina Sólidos Líquidos Poeira: formada por desagregação mecânica de partículas maiores. Quimicamente idêntica 100 a 0,001 m Fumos: formados por processos que alteram a constituição química (destilação, sublimação, aquecimento) Fumaça: combustão da matéria orgânica < 0,1 m Neblina: condensação de vapores (cubas eletrolíticas - ácida) Névoa: dispersão mecânica de gotículas líquidas Traquéia Brônquios Região bronquiolar 1 – 5 m Região alveolar 1 m Velocidade do ar ++++ +++ ++ + 0 Região nasofaríngea Alteração na direção do ar Muito abrupta Menos abrupta Branda Densidade e diâmetro INTRODUÇÃO DE GASES E VAPORES 1. Fatores que afetam a introdução Solubilidade Concentração Membrana respiratória não é fator limitante na velocidade de absorção - moléculas são rapidamente removidas pelo sangue 2. Mecanismo de absorção Dissolução (processo físico): Partição de moléculas entre sangue e ar alveolar. Lei de Henry (pressões parciais); Lei de Dalton (afinidade com o solvente) Solvente Pressão (mm Hg 20 C) T C ebulição Acetona 180 56 C Clorofórmio 160 61 C Benzeno 75 80 C Anilina 1 184 C Pressão de vapor de alguns solventes K de partição (solubilidade) = quantidade no sangue/quantidade no ar alveolar Ex: Kclorofórmio = 1,5; ketileno = 0,14 Freqüência respiratória X freqüência cardíaca ABSORÇÃO CUTÂNEA TRANSEPIDERMICA E TRANFOLICULAR Difusão simples Inseticidas e solventes DISTRIBUIÇÃO 1.Gerais • Irrigação local • Propriedades físico-químicas do toxicante • Afinidade por ligantes de tecidos Fatores que afetam a DISTRIBUIÇÃO Fatores que afetam a DISTRIBUIÇÃO 2. Especiais 2.1. Proteínas plasmáticas • Albumina (alta capacidade) • Glicoproteína ácida (alta afinidade) • Globulinas • Lipoproteínas Perfil proteico normal Fatores que afetam a DISTRIBUIÇÃO Perfil proteico normal Perfil proteico (Mieloma) Substância livre Substância ligada Fatores que afetam a DISTRIBUIÇÃO GRAU DE VASCULARIZAÇÃO Equilíbrio de distribuição Rápido tecidos mais irrigados (coração, cérebro, fígado) Lento tecidos pouco irrigados (ossos, unhas e dentes) 2.2. Eritrócitos (substâncias lipossolúveis e metais) Fatores que afetam a DISTRIBUIÇÃO Metalotioneína (rica em radicais sulfidrilas) - SH 2.3. Fígado (processos de biotransformação) 2.4. Rins (processos de excreção) Fatores que afetam a DISTRIBUIÇÃO A lipossolubilidade de inúmeros agentes tóxicos, além de permitir sua rápida absorção e distribuição no organismo, confere também maior capacidade para eles se acumularem nos tecidos adiposos 2.5 Tecido adiposo Fatores que afetam a DISTRIBUIÇÃO 2.6. Tecido ósseo Sistema de acúmulo de alguns agentes químicos como chumbo, fluoreto, estrôncio e urânio Hidroxi-apatita (Ca+2 OH- SO4 -2) Fluorose óssea Osteosarcoma Fatores que afetam a DISTRIBUIÇÃO 2.7. Cabelos e unhas 2.7. Barreira hematencefálica e placentária Fatores que afetam a DISTRIBUIÇÃO EXCREÇÃO DE TOXICANTES1. RENAL • Filtração glomerular • Difusão tubular (passiva) • Secreção tubular (carreador) Renal EXCREÇÃO DE TOXICANTES 2. GASTRINTESTINAL EXCREÇÃO DE TOXICANTES 3. PULMONAR EXCREÇÃO DE TOXICANTES 4. COM A BILE • Eliminação com as fezes EXCREÇÃO DE TOXICANTES 4. COM A BILE • Ciclo enteroepático EXCREÇÃO DE TOXICANTES 5. COM O SUOR 6. COM O LEITE 7. COM A SALIVA
Compartilhar