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WBA0327_v1.0 GESTÃO EMPRESARIAL APLICADA A MANUTENÇÃO APRENDIZAGEM EM FOCO 2 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Autoria: Fábio Casagrande Modolo Leitura crítica: Carlos Roberto Cagnin Nesta disciplina, você estudará os principais componentes e fatores da gestão empresarial aplicada à manutenção. Serão quatro conteúdos programáticos, em que o primeiro proporcionará aprofundamento nos conceitos de princípios da gestão, tais como: liderança, planejamento, organização, execução e controle; assim como fornecer conhecimentos nos sistemas administrativos, dentre eles, o MRP (Material Requirement Planning) e o ERP (Enterprise Resource Planning). O segundo conteúdo, abordará conceitos da teoria do empreendedorismo. No terceiro conteúdo, você irá aprofundar seu conhecimento na gestão de pessoas no contexto organizacional e as habilidades necessárias para desenvolvê-la de forma eficiente. Finalizando, no conteúdo programático quatro será abordado: planejamento estratégico e empresarial, níveis e fases do planejamento estratégico, conceitos sobre estratégias, tipos de estratégias e como criá-las e analisá-las. Assim, convido você à leitura e estudo desta disciplina, tomando como desafio pessoal desvendar esse complexo e abrangente tema: gestão empresarial aplicada à manutenção. 3 INTRODUÇÃO Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática profissional. Vem conosco! TEMA 1 Conceitos e sistemas administrativos ______________________________________________________________ Autoria: Fábio Casagrande Módolo Leitura crítica: Carlos Roberto Cagnin 5 DIRETO AO PONTO Planejamento e Controle da Manutenção (PCM) A partir de agora, você estudará o Planejamento e Controle da Manutenção (PCM), que é a área estratégica da manutenção. O PCM é responsável por traçar estratégias que possam garantir a disponibilidade e confiabilidade dos equipamentos (ativos) por meio de programar a execução e análise de tudo o que foi realizado, checando se existem possíveis oportunidades de melhorias. Uma vez o PCM implantado e operacionalizado, faz com que os processos sejam cada vez mais produtivos, reduzindo desperdícios (tempo, materiais, mão de obra). A implantação do PCM consiste em documentar todas as atividades da área de manutenção. Também são identificados e quantificados todos os recursos necessários para realização das tarefas (materiais e insumos). O PCM gerencia os planos de manutenção, os quais estão divididos basicamente em planos de manutenção: preventiva, preditiva e sensitiva. Também é responsável pelo gerenciamento dos planos de lubrificação e calibração. No Quadro 1, você verá detalhes dos três planos de manutenção: 6 Quadro 1 – Detalhes dos três planos de manutenção Plano de manutenção Definição Ferramentas administrativas ou de apoio utilizadas Preventiva Indica as condições reais de funcionamento do equipamento. Informa seu desgaste ou processo de degradação. Softwares: MS Excel, MS Project, MS Word, CMMS (Centered Maintenance Management System), SAP, TOTVS etc. Preditiva Indica as condições reais de funcionamento do equipamento. Informa seu desgaste ou processo de degradação. Normalmente realizada por meio de algum tipo de monitoramento, que mostra a condição do equipamento em pleno funcionamento, podendo informar possíveis anomalias ao sistema. Sensitiva Baseada nos sentidos: visão, audição, olfato e tato. São as mesmas utilizadas na preventiva e preditiva, porém aliado aos sentidos, utilizam- se instrumentos que conduzem a um diagnóstico mais preciso, tais como: analisadores de ruídos SDT, strobo ligth, foto sensores, termo visores etc. Fonte: elaborado pelo autor. 7 Dando sequência ao embasamento teórico sobre melhores práticas de planejamento e controle da manutenção (PCM), você verá agora o plano de: lubrificação e calibração. • Lubrificação. A partir do gerenciamento de lubrificação, constata-se que os equipamentos devem ser lubrificados da forma correta, na frequência correta e com o lubrificante correto. Um plano de lubrificação: segurança e treinamento dos envolvidos, técnicas de amostragem, análise de lubrificantes, armazenamento e manuseio de lubrificantes, padrões de lubrificação, controle de contaminação, relubrificação, consolidação e aquisição dos lubrificantes e possíveis melhorias. • Calibração. É uma ferramenta de gerenciamento da manutenção que visa assegurar a confiabilidade do equipamento por meio da comparação do valor medido com um padrão rastreado. A calibração demonstrará a relação entre os valores indicados por um instrumento (calibrador) ou sistema de medição, e os valores representados por uma medida materializada ou um material de referência. Conclusões sobre PCM O PCM precisa ser incorporado por meio de uma série de iniciativas. Os modelos usados para console do PCM incluem softwares, KPIs, rotinas, planos etc. Existem diversas ferramentas, metodologias e técnicas para que o PCM possa trabalhar de forma assertiva na construção das estratégias e táticas para garantir que os resultados possam ser os esperados pela alta direção da empresa. Cada plano tem uma forma de gerenciamento, execução 8 e programação específica, porém o objetivo é o mesmo: garantir a confiabilidade e disponibilidade dos ativos. Referências bibliográficas VIANA, Herbert R. G. PCM – Planejamento e Controle da Manutenção. 1. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2014. PARA SABER MAIS Você estudará agora, de maneira detalhada, quais são as categorias de ERP’s existentes, assim como quais as principais vantagens e desvantagens destes sistemas. Os ERP’s podem ser classificados em quatro categorias de acordo com O’Breien (2011). São elas: a. Sistemas de informações gerenciais (SIG): realiza buscas e cria relatórios a partir dos dados coletadas nos sistemas transacionais – apoio na tomada de decisão. b. Sistemas de informações transacionais (SIT): contemplam as tarefas rotineiras efetuadas na empresa, por exemplo: compra de mercadoria, emissão de pedidos etc. c. Sistemas de apoio à decisão (SAD): ajuda os gestores nas decisões que necessitam ser tomadas em cenários complexos, que englobam inúmeras variáveis. d. Sistemas de informações executivas (SIE): engloba os sistemas (SIG) e (SAD) para que os gerentes da organização alcancem rapidamente as informações. Conforme Fonseca e Rodello (2016), as principais vantagens dos sistemas ERP são: 9 • Integração dos módulos, maior cobertura funcional utilizando um único sistema como um todo. • Redução de custos com mão de obra principalmente na área de tecnologia de informação e nos processos administrativos. • Informação de qualidade em tempo real para a tomada de decisões sobre toda a cadeia produtiva. • Melhor qualidade da informação fornecida pelo sistema, devido utilização de apenas um banco de dados. • Redução dos custos de manutenção em vários sistemas de informação “paralelos” disseminados e obsoletos, eliminando, também, os custos de transferência das informações de um sistema para o outro. Por outro lado, existem algumas desvantagens. São elas: • Custos elevados: ERP’s são sistemas caros, sua implementação geralmente ultrapassa a casa dos milhões de reais. • Implementação complexa: é preciso construir uma base de bons profissionais com habilidades técnicas na área computacional e que entendam de administração de negócios. • Complexidade de customização: os sistemas ERP´s geralmente são criados de forma genérica não sendo, então, específico aos negócios de uma determinada empresa (adequar o sistema às necessidades de negócios da empresa). 10 Lorem ipsum dolor sit amet Autoria: Nome do autor da disciplina Leitura crítica: Nome do autor da disciplina Referências bibliográficasFONSECA, G. L.; RODELLO, I. A., Proposta de uma estrutura conceitual para avaliação de sistemas enterprise Resource planning (ERP). Disponível em: www.revistasg.uff.br/index.php/ sg/article/view/747/425. Acesso em: 12 abril 2020. O’BREIEN, James A. Sistemas de Informação e as decisões gerenciais na era da Internet. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. TEORIA EM PRÁTICA Reflita sobre a seguinte situação: você concluiu o ensino superior e agora está cursando Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção. Você atua no setor de serviços de manutenção de uma média empresa do segmento metal/mecânico. Os produtos desta empresa são de alto valor agregado e tem como clientes os setores de robótica, aeroespacial e cirurgia de precisão. O proprietário desta empresa é um empreendedor bastante atento às tendências e ferramentas de gestão contemporâneas. Sua empresa está crescendo, e ele vem demonstrando preocupação no tocante a eficiência de seus processos principalmente os de produção e manutenção. Você tem se destacado na sua função, e isto tem sido percebido pelo proprietário. No dia de hoje, em um determinado momento ele realizou uma reunião com você. Primeiramente, elogiou seu desempenho e depois mostrou preocupação nos seguintes assuntos: • Atrasos na entrega de pedidos (data prevista versus data real). • Erros de processo causando produtos não conformes e por consequência retrabalhos. 11 • Desperdício de matéria-prima utilizada no processo de fabricação dos produtos. O proprietário determinou que você conduza um estudo buscando mitigar estes problemas. Para isso, você deveria utilizar conceitos e sistemas administrativos, assim como ferramentas gerenciais. Sabe-se que a empresa possui na área produtiva três principais processos: usinagem, acabamento e montagem. Os supervisores destas áreas são profissionais com grande experiência de campo, mas muito pouca na academia, ou seja, “sabem muito a prática, mas pouco a teoria”. Você deve, dentro deste contexto, responder as questões abaixo: 1. Cite pelo menos duas ações que você realizaria primeiro na condução do problema. 2. Qual seria(m) a(s) ferramenta(s) gerencial(ias) que você utilizaria neste momento? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Na unidade 1 do livro MRP - Planejamento de Manufatura, de Souza e Coelho (2018), você vai conhecer os sistemas MRP (Material Requirement Planning) – planejamento das necessidades de materiais – e MRP II (Manufacturing Resourse Planning) – Indicações de leitura 12 planejamento dos recursos de manufatura. Esses sistemas são de fundamental importância no que se refere a planejar de maneira correta as necessidades dos materiais e dos demais insumos necessários para atender a demanda produtiva e ao processo de manufatura como um todo de uma organização. Para realizar a leitura da unidade 1, acesse nossa Biblioteca Virtual (parceiro SENAC). SOUSA, Edmarcos C. de; COELHO, João A. de F. MRP - Planejamento de Manufatura. Londrina: Editora e Distr. Educacional S.A., 2018. Indicação 2 Na unidade 4 do livro: MRP - Planejamento de Manufatura, de Souza e Coelho (2018), você vai conhecer o sistema ERP (Enterprise Resource Planning), que em uma tradução livre significa Planejamento de Recursos da Corporação. Este sistema tem como finalidade suportar todas as necessidades de informação para a tomada de decisão gerencial, bem como por meio da integração e organização do fluxo de informações, colaborar para um melhor desempenho tanto setorial quanto geral. Realize a leitura da unidade 4. Para realizar a leitura, acesse nossa Biblioteca Virtual (parceiro SENAC). SOUSA, Edmarcos C. de; COELHO, João A. de F. MRP - Planejamento de Manufatura. Londrina: Editora e Distr. Educacional S.A., 2018. 13 QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. O Planejamento e Controle da Manutenção (PCM) é a área estratégica da manutenção que gerencia os planos de manutenção, os quais estão divididos em: a. Manutenção: direcional, preditiva, sensitiva, lubrificação e calibração. b. Manutenção: corretiva, predial, sensitiva, lubrificação e calibração c. Manutenção: preventiva, preditiva, sensitiva, calibração e aferição. d. Manutenção: preventiva, preditiva, sensitiva, lubrificação e calibração. e. Manutenção: corretiva, preventiva, sensitiva, lubrificação e calibração. 14 2. O ERP (Enterprise Resource Planning) é um sistema integrado de gerenciamento em organizações. Assinale abaixo a alternativa correta em relação ao ERP: a. Possibilita maior cobertura funcional utilizando um único sistema de informação como um todo. b. É um sistema simples, de fácil implantação e baixo custo que basicamente já está customizado para necessidade da empresa. c. Aumenta o controle devido vários sistemas de informação paralelos. d. Permite menor volume de informação devido a utilização de vários bancos de dados. e. O número de módulos máximo utilizados neste sistema são três. GABARITO Questão 1 - Resposta D Resolução: Conforme o estudado, o PCM gerencia os planos de manutenção, os quais estão divididos basicamente em planos de manutenção: preventiva, preditiva e sensitiva. Também é responsável pelo gerenciamento dos planos de: lubrificação e calibração. Questão 2 - Resposta A Resolução: Possibilita maior cobertura funcional utilizando um único sistema de informação como um todo. TEMA 2 Empreendedorismo ______________________________________________________________ Autoria: Fábio Casagrande Módolo Leitura crítica: Carlos Roberto Cagnin 16 DIRETO AO PONTO Os papéis do empreendedor Na Leitura Digital, evidenciou-se os conceitos relativos a empreendedorismo e empreendedor, focando entre outros assuntos as características e os tipos mais comuns de empreendedores. Neste momento, você estudará de uma maneira figurada, os papéis assumidos por empreendedores na condução de seus empreendimentos. De acordo com Tranjan (2010) os principais papéis assumidos pelo empreendedor estão representados no Quadro 1: Quadro 1 – Papéis do empreendedor e suas particularidades Tipo de papel Particularidades deste papel Solidário • Põe a ética e a integridade acima de tudo. • Reconhece a importância do lucro, mas não se esquecendo dos valores. • Forma uma equipe comprometida com valores essenciais do trabalho e da vida. • Tem uma relação de transparência e fidelidade com os clientes, fornecedores e investidores. 17 Artista • Na sua crença, o cliente é alguém que precisa ser encantado todos os dias. • O mercado funciona como uma fonte de inspiração para utilizar sua imaginação e, assim, visualizar as oportunidades. O mercado é uma “tela em branco”, onde tudo está para ser feito. Curioso • Não vê o mercado como um lugar ameaçador, mas sim como uma área a ser desbravada. Seu papel, como empreendedor, é localizá-la. Guerreiro • É muito apreciado pela sociedade, conhecido como “pau pra toda obra”. • É combativo, não se importa em passar por cima de valores e princípios para atingir seus objetivos. • O ambiente de trabalho não é lugar para filosofias e fantasias; para ele, negócio é negócio. • A empresa que ele constitui, geralmente possui conflitos e crises com relacionamentos evasivos. 18 Perito • Reconhece possuir competências úteis para o mercado à medida que estudou, pesquisou e preparou-se. • Considera o mercado como um lugar que abriga necessidades,e seu papel está em fazer a conexão entre elas e as suas próprias competências. • Valoriza muito o aprendizado e o conhecimento no ambiente de trabalho. Jogador • Competir não é tudo, o importante é vencer, pois não suporta perder (se puder, também compra a empresa rival). Cobiça os melhores profissionais dos concorrentes e tenta atraí-los. 19 Cultivador • Compreende que faz parte de uma obra maior e acredita que só está no mundo para fazer alguma diferença. • Sua motivação é, primeiro, plantar para depois colher. • Para ele, empreendimentos, negócios e trabalho foram feitos para unir os seres humanos em prol de um mundo melhor. • Jamais coloca o lucro antes das questões humanitárias. Fonte: adaptado de Tranjan (2010). Conclui-se que o empreendedor tem a possibilidade de realização pessoal. É possível unir prazer e trabalho para criar algo novo, diferente do que os outros já fazem, ou fazer as coisas que geralmente não são feitas quando se relaciona a negócios. Referências bibliográficas TRANJAN, R. A. Empreendedorismo: sete perfis de empreendedores, uma questão de escolha. SEBRAE/SC, Florianópolis, 3 de agosto de 2005. Disponível em: http://www. sebrae-sc.com.br/newart/default.asp?materia=10000. Acesso em: 23 abr. 2020. 20 PARA SABER MAIS Neste momento, você estudará uma abordagem contemporânea sobre a tecnologia da informação (TI) aplicada ao empreendedorismo. De acordo com Oliveira (2006), atualmente, o empreendedor encontra-se na “era da informação e do compartilhamento”. Neste cenário, a própria eficiência dos processos produtivos ou da prestação de serviços é, de certa forma, dependente da tecnologia da informação. O empreendedor deve levar em conta o enorme avanço da tecnologia da informação, tanto ao componente físico (hardwares), quanto ao componente virtual (softwares). A troca e o compartilhamento de informações realizados de forma instantânea, permitem que os acontecimentos ao redor do mundo sejam acompanhados por qualquer pessoa que se interesse pela informação disponibilizada. Portanto, ao pensar em empreender ele deve checar todas as áreas ou interfaces do possível negócio, pois o mundo está inserido em uma fase tecnológica cada vez mais crescente. A área de TI engloba as questões relacionadas à informatização, sejam feitas por meio de sistemas ou métodos manuais, para atingir determinados objetivos. A estrutura da informatização pode ser composta da seguinte forma: • Pessoas: são as pessoas que realizam o processo das transmissões de dados e informações e fazem a gestão deles. • Banco de dados: também conhecido como database (é a aglomeração e organização dos dados). 21 • Rede remota de computadores: é o conjunto de possibilidades dentro das redes. É o uso da importantíssima ferramenta da intranet, de todas as redes sociais ou qualquer tipo de troca de dados. • Hardware: é tudo que faz composição com o elemento físico do processo. São as partes de um computador, por exemplo, ou um terminal de caixa eletrônico. • Software: é a parte lógica do sistema, são digitais em sua maioria. São os softwares que realizam as operações de dados e informações. Exemplo: Windows, Linux. Existe um conflito entre a velocidade e a quantidade de informações transmitidas, dependendo da metodologia, a qualidade das informações perde seu poder. Utilizando a Tecnologia da Informação no empreendimento, as ações serão sempre mais dinâmicas voltadas para o sentido de que a empresa terá mais informações para as tomadas de decisões. Conclui-se que o empreendedor é bombardeado por informações a todo o momento, sobre qualquer assunto e, por isso, é necessária sua capacidade de filtrar informações e transformá- las em conhecimento. Ele deve pesquisar, entender e conhecer quais são as possibilidades sistêmicas utilizáveis em seus projetos, pois fará grande diferença para o empreendimento. Ele deve buscar ao projetar um negócio, para que tudo funcione de modo cooperativo, tendo mais eficácia. Referências bibliográficas OLIVEIRA, Fatima B. Tecnologia da informação e da comunicação: a busca de uma visão ampla e estruturada. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. 22 TEORIA EM PRÁTICA Você tem perfil empreendedor? Reflita sobre a seguinte situação: você deve fazer um levantamento de informações para, futuramente, traçar um plano de negócio. Seu objetivo é mostrar para um potencial investidor ou sócio sua ideia de empreender, que é montar uma barbearia itinerante. Como é um levantamento preliminar, para auxiliá-lo neste processo, você pode utilizar a planilha abaixo como referência para elaboração – mas não é obrigatório. Existem outras, porém, no mínimo, as informações abaixo devem ser levadas em consideração. Como preencher a tabela: a primeira coluna são os pontos de atenção nos quais você estará descrevendo a ideia básica do empreendimento. A coluna central (descrição) é a que você deve preencher. A terceira coluna (o que considerar) é uma ajuda do que pode ser considerado neste ponto de atenção. O preenchimento da descrição do título do projeto já está feito para você em negrito. Quadro 1 – Papéis do empreendedor e suas particularidades Ponto de atenção Descrição do projeto O que considerar 1. Título do empreendimento. Barbearia itinerante O nome do empreendimento. 2. Necessidades básicas para implantação do empreendimento. Quais os equipamentos necessários para implantar o empreendimento (veículo, materiais, licença de operação etc.). 23 3. Escopo do empreendimento. Descrever a finalidade do empreendimento, dias de trabalho na semana, horário de trabalho, distância de cobertura. Detalhar ao máximo a ideia do empreendimento. 4. Cronograma básico do projeto. Estimativa de tempo desde o início do empreendimento até ele iniciar a operação. 5. Estimativas de custos. Levantar todos os custos envolvidos no empreendimento: máquinas, equipamento, matérias, mão de obra etc. É importante separar em uma planilha o custo de cada item do empreendimento. Fonte: adaptado de Tranjan (2010). Referências bibliográficas ROSA, Cláudio A. Como elaborar um plano de negócios– SEBRAE. SEBRAE. Núcleo de Comunicação. Brasília: SEBRAE, 2007. 24 Disponível em: https://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/ UFs/AL/Anexos/Como+elaborar+um+Plano+de+Neg%C3%B3cio. pdf. Acesso em: 21 abr. 2020. Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Os meios de comunicação e as inovações em serviços, têm derrubado as barreiras que dificultavam as negociações comerciais e mudado radicalmente as formas de se empreender. Portanto, é fundamental ao indivíduo moderno, que queira estar antenado às exigências do mundo atual, compreender como o empreendedorismo e a inovação impactam a sua vida e a sociedade como um todo. Qual a importância de empreendedorismo para a sociedade? Como o empreendedorismo pode alterar a dinâmica de vida de um empreendedor? Na unidade 1, seções 3 e 4 do livro Empreendedorismo e Inovação (Eder Gonçalves de Almeida e Tayra Carolina Nascimento Aleixo), você terá uma visão sobre esta temática. Para realizar a leitura, acesse em nossa Biblioteca Virtual disponível em Biblioteca Virtual da Kroton Autor: ALMEIDA, Eder G. de, ALEIXO, Tayra C. N., Empreendedorismo e inovação. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2020. Indicações de leitura 25 Indicação 2 O intraempreendedorismo é um tipo de empreendedorismo praticado por profissionais na própria organização em que trabalham. São colaboradores que apresentam competências diferenciadas para analisar cenários, criar ou adaptar ideias, promover inovações e, ainda, encontrar novas oportunidades para a sua empresa. No livro Empreendedorismo, seção 1, unidades 1.3 e 1.4 de Marcio de Cassio Juliano, você poderá estudar em detalhe este assunto. Pararealizar a leitura, acesse nossa Biblioteca Virtual, disponível em Biblioteca Virtual da Kroton Autor: JULIANO, Marcio de C. Empreendedorismo. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2016. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. O empreendedor possui obstáculos em empreender. Estes obstáculos variam para cada tipo específico de negócio. Há, porém, de acordo com Almeida e Aleixo (2020), alguns que 26 são comuns a todos os negócios. Assinale abaixo a alternativa correta que representa quatro deles: a. Excesso de verba; fluxo de informação preciso; estabilidade no ambiente externo (política); estabilidade no cenário econômico. b. Estabilidade no cenário econômico, demora em conquistar confiança do mercado; previsões precisas; excesso de verba. c. Falta de tempo; demora em conquistar confiança do mercado; previsões quase sempre são imprecisas e crescimento “atropelado”. d. Fluxo de informação preciso; estabilidade no cenário econômico, previsões quase sempre são imprecisas e crescimento “atropelado”. e. Fluxo de informação preciso, estabilidade no ambiente externo (política), estabilidade no cenário econômico e falta de tempo. 2. De acordo com Juliano (2016), um bom plano de negócios respeita uma estrutura recomendada por estudiosos e contém __________ e __________ sobre o negócio e o mercado no qual ele estará inserido, identificando os participantes desse mercado, assim como o perfil dos consumidores. Assinale a alternativa que contém os termos corretos. a. Informações detalhadas; realísticas. b. Participação; influência. c. Informações detalhadas; influência. d. Participação; informações detalhadas. e. Previsões; influência. 27 GABARITO Questão 1 - Resposta C Resolução: Falta de tempo; demora em conquistar confiança do mercado; previsões quase sempre são imprecisas e crescimento “atropelado”. Questão 2 - Resposta A Resolução: De acordo com Juliano (2016), um bom plano de negócios respeita uma estrutura recomendada por estudiosos, e contém informações detalhadas e realísticas sobre o negócio e o mercado no qual ele estará inserido, identificando os participantes desse mercado, assim como o perfil dos consumidores. TEMA 3 Gestão de pessoas ______________________________________________________________ Autoria: Fábio Casagrande Módolo Leitura crítica: Carlos Roberto Cagnin 29 DIRETO AO PONTO Gestão de pessoas – Remuneração fixa e variável A partir de agora, você estudará as principais características e conceitos sobre remuneração de colaboradores em uma empresa. Em acordo com Wood Jr. e Filho (2004), remuneração é a soma do salário aos demais benefícios, ou seja, a totalidade dos ganhos do colaborador. As organizações buscam manterem-se competitivas a partir de aumentos de produtividade e qualidade. Para tal, necessitam de colaboradores envolvidos e motivados. A remuneração fixa e variável são instrumentos de incentivo ao colaborador para alcance de metas. 1. Remuneração fixa Também nomeada de salário, é o valor fixo pago pelo empregador aos seus colaboradores em contrapartida a seus serviços prestados. São todos os adicionais obrigatórios: salário, adicional noturno e insalubridade (quando forem necessários), além de benefícios como: vale-refeição, alimentação, transporte e plano de saúde. Essa remuneração pode ser em forma de dinheiro ou cupons, cartões e tíquetes (MILKOVICH; BOUDREAU, 2010). A remuneração fixa (salário), pode ser determinada por alguns fatores, como exemplo: tempo de serviço, qualificação para o cargo e complexidade da atividade. Milkovik e Boudreau (2010) salientam existir diferentes designações para salário tais como: salário base (valor definido em contrato de trabalho); salário mínimo (valor estipulado em lei ao contrato formal de trabalho); piso salarial (valor mínimo a ser recebido para determinada profissão de acordo com sindicato da classe junto ao sindicato patronal); salário bruto (valor total do salário antes da realização 30 dos descontos) e salário líquido) valor do salário que resulta após os descontos de taxas e impostos trabalhistas). 2. Remuneração variável A remuneração variável é um complemento da fixa e é vista como uma recompensa a um desempenho de destaque. Milkovich e Boudreau (2010) salientam que, ao contrário do modelo fixo, seu valor dependerá do plano traçado pelos gestores. Entre os tipos mais comuns dessa categoria se destacam: bonificações por produtividade, comissões e demais políticas de participação nos lucros. De acordo com Wood (2004), existem algumas alternativas de remuneração variáveis, porém todas seguem para alinhar e convergir esforços visando melhorar o desempenho da empresa. Estão vinculadas a: • Partilhar resultados positivos ou negativos da organização. • Atrelar o desempenho e a recompensa, buscando melhoria contínua. • Transformar custo fixo em custo variável. Ainda de acordo com Wood Jr. e Filho (2004), a remuneração variável pode ser classificada em dois grupos: • Participação nos lucros: neste grupo, o recebimento de bonificações é vinculado aos resultados globais da organização. • Remuneração por resultados: o recebimento do bônus é vinculado ao atingimento de metas previamente negociadas. 31 É estabelecida uma fórmula para traduzir os resultados em prêmios para os colaboradores. A modalidade de remuneração variável mais utilizada pelas empresas no Brasil é o plano de participação nos lucros ou resultados, que estabelecem metas ligadas tanto a medidas de lucratividade quanto a medidas de desempenho operacional. 2.1. Principais características de um modelo de remuneração variável O programa de remuneração variável deve levar em consideração: estratégias, estrutura, valores, processos e colaboradores. O programa precisa ser flexível, ter mobilidade para se ajustar às circunstâncias dinâmicas do ambiente. Obedece a indicadores de performance; suas principais características são: • Ser convergentes com os objetivos estratégicos da empresa. • Simples de manter, simples de usar e facilmente adaptável (o que, como e por que medir). • Estar claramente definidos para todos os envolvidos; cada um deve conhecer sua contribuição individual e do grupo para o alcance das metas. • Serem quantitativos (resultados em números), qualitativos (resultados mais subjetivos) e comportamentais (analisam atitudes e posturas). 32 3. Conclusões sobre remuneração variável Cada organização elabora seus próprios indicadores de performance, mas é necessária moderação durante o momento de monitoramento e controle dos indicadores. Deve-se focar nas métricas consideradas como as essenciais para as operações, pois o desempenho eficiente de toda a equipe está diretamente ligado à motivação dos indivíduos que a compõe. Portanto, a importância da clareza ao elaborar um plano de remuneração variável. Referências bibliográficas WOOD JR., Thomaz; FILHO, Vicente P. Remuneração e Carreira por Habilidades e por Competências: preparando a organização para a era das empresas de conhecimento intensivo. 3. ed. São Paulo: Deloitte/Atlas, 2004. MILKOVICH, G. T.; BOUDREAU, J. W. Administração de recursos humanos.1. ed. São Paulo: Atlas, 2010. ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. 11. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. PARA SABER MAIS Você estudará agora o conceito de gestão de pessoas por competência. É uma ferramenta utilizada pelas organizações para melhorar a forma de lidar com pessoas dentro desta e, com isso, proporcionar seu engajamento nas estratégias.Na atualidade (século XXI), soluções padronizadas na gestão de pessoas não são suficientes para atender as necessidades de todos os tipos de organização. O comportamento humano e sua gestão é um 33 desafio para as organizações, portanto, não pode ser considerado um elemento genérico, mas sim uma diferenciação. A gestão de pessoas por competências, surge em um momento em que a globalização está pressionando as organizações, exigindo que estas sejam: criativas, lucrativas e responsáveis socialmente. De acordo com Ruano (2003), a gestão por competências é uma ferramenta estratégica na gestão de pessoas que serve para otimizar o setor de recursos humanos na organização, porque promove a integração entre a gestão de pessoas e as estratégias de negócios, tendo como consequência uma atuação voltada para resultados, auxiliando os estrategistas no cumprimento das metas organizacionais. Segundo Ruano (2003, p. 27), “o método busca identificar se os conhecimentos, habilidades e atitudes que as pessoas possuem e aplicam no seu dia-a-dia de trabalho é o mesmo que a organização precisa para atingir suas metas e alcançar os resultados esperados”: • Grupos de habilidades, atitudes e conhecimentos necessários para a realização eficaz de tarefas. • Qualidade de ser adequado e bem qualificado física e/ou intelectualmente frente a desafios. Ações e comportamentos identificados pelas lideranças como efetivas contribuições na implementação da mudança. Conclui-se que as organizações que adotam a gestão de pessoas por competências só têm a ganhar em produtividade e sucesso. A valorização do capital humano na organização busca o alcance dos objetivos e das estratégias organizacionais e incentiva a promover o desenvolvimento destes para poderem assumir cargos mais elevados. Essa perspectiva é importante para as organizações promoverem o desenvolvimento e capacitação de seus 34 profissionais, para que se tornem aptos a responder às demandas da competitividade do século XXI. Referências bibliográficas RUANO, Alessandra M. Gestão por competências: uma perspectiva para a consolidação da gestão estratégica de recursos humanos. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003. TEORIA EM PRÁTICA Você e seu pai são proprietários em uma empresa que presta serviços na manutenção de equipamentos hidráulicos. A fim de complementar seu conhecimento na área, atualmente, você está cursando Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção. Além de você e seu pai, a empresa conta com oito colaboradores. Você dedica 100% do tempo para área administrativa (gestão de pessoas, vendas, compras etc.) e seu pai dá suporte a operação. Você percebe haver grande oportunidades de crescimento, visto que cada vez mais máquinas e equipamentos utilizam-se de hidráulica. Em uma determinada reunião com seu pai, ele lhe disse: - “Filho, daqui há seis meses gostaria que você assumisse todas as responsabilidades da empresa, que seja o líder, porque estou cansado e quero ficar tranquilo. Sei que com você, os negócios da família vão continuar prosperando. A “saúde financeira” da empresa está bem, mas as ferramentas de gestão não. Seu pai não documentou muitos dos processos existentes. Há muito conhecimento tácito e pouco explícito. Seu receio é a transição de comando que seu pai quer promover daqui há seis meses. Você resolveu, então, contratar um consultor com foco específico em cultura e clima organizacional, a fim de fazer 35 um diagnóstico e apresentá-lo ao final de trinta dias. Seu objetivo com esse diagnóstico é traçar ações para melhorar a integração dos processos e criar uma cultura de melhoria contínua com envolvimento dos colaboradores. Os principais pontos levantados pela consultoria ao final de um mês foram que: 1. Você comanda a área administrativa da empresa a qual “não roda” sem a sua presença constante, e não há ninguém preparado para substitui-lo. 2. Quando ocorre um problema envolvendo a equipe e é necessário apurar erros ou responsabilidades, é seu pai quem conduz as reuniões e quem dá a palavra final – você tem desconforto nestas situações. 3. Você resiste em cobrar tarefas ou resultados de pessoas mais experientes ou mais qualificadas do que você. 4. Você confessa temer fracassar no papel de principal dirigente, o que poderia gerar prejuízos ou até levá-los à falência, hipótese que seria insuportável, pois acabaria o negócio da família. 5. Sempre que precisou tomar uma decisão sozinho e que não dizia respeito ao seu setor, foi uma experiência traumática, porque você não teve a certeza se, de fato, tomou a decisão certa. Baseando-se nestes cinco pontos levantados pelo consultor e que estão diretamente ligados a você, trace ações para cada um deles. Você pode utilizar o plano de ação 5W2H se assim desejar. Referências bibliográficas ALMEIDA, Eder G. de; ALEIXO, Tayra C. N. Fundamentos e aspectos iniciais da inovação e processos de inovação. In: 36 Empreendedorismo e Inovação. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2020. Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 No artigo Relação entre a inteligência emocional e a vida profissional, as autoras Cortizo e Andrade (2017), identificam a importância da teoria da inteligência emocional (IE) na vida profissional. No artigo, foi utilizado como método a pesquisa bibliográfica, principalmente, dados das obras de Daniel Goleman, responsável por popularizar a teoria da IE a partir de 1995. Os resultados mostraram que tanto as habilidades, quanto as competências emocionais influenciam de forma significativamente no âmbito profissional. Fica evidente a importância de salientar que, o intuito do coeficiente emocional (QE) não é substituir a coeficiente intelectual (QI), mas que ambos andem juntos, pois a razão necessita da emoção para manter o trabalhador em equilíbrio. Para realizar a leitura, pesquise por “relação entre a inteligência emocional e a vida profissional, Cortizo e Andrade (2018)”, para ter acesso ao artigo. CORTIZO, Maria L. da C.; ANDRADE, Rafaella. Relação entre a inteligência emocional e a vida profissional. 2017. 13 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Psicologia). 2017. Indicações de leitura 37 Indicação 2 Em Gestão de Pessoas, unidade 1, a autora Avona (2015), demonstra a importância de se pensar estrategicamente, sempre agindo de modo a adaptar-se às constantes mudanças nos diversos cenários organizacionais e à evolução da área de recursos humanos. Aborda, também, conceitos sobre: talentos, capital intelectual e a forma que o ambiente e clima organizacional influenciam na retenção dos colaboradores. Para realizar a leitura, acesse nossa Biblioteca Virtual, parceiro SENAC: https://biblioteca- virtual.com/detalhes/livro/770. AVONA, Marcia E. Gestão de pessoas. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2015. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Dentro do tema gestão de pessoas, abordou-se o conceito de competência. Assinale a alternativa abaixo que descreve o conceito de competência: 38 a. Relaciona-se ao diagnóstico e ao planejamento de programas e ações de aprendizagem direcionados por objetivos organizacionais de curto prazo. b. Reflete a importância relativa dos fluxos de informação, que são internos, e os voltados para o exterior em um sistema de armazenamento e recuperação da informação. c. São comportamentos necessários para um desempenho satisfatório ou excelente em qualquerdesafio profissional. É a capacidade de tomar decisões bem informadas e coerentes. d. Depende essencialmente de aspectos relativos ao ambiente político, tecnológico, econômico e social em que a organização se insere. e. Função estratégica; alinhar objetivos organizacionais e individuais por meio de políticas e práticas de administração de recursos humanos. 2. No tocante a remuneração, de acordo com Wood Jr. e Filho (2004), a remuneração variável pode ser classificada em dois grupos: a. Participação nos lucros e remuneração por resultados. b. Participação nos lucros e remuneração variável. c. Participação nos lucros e remuneração fixa. d. Participação nos lucros e remuneração individual. e. Participação nos lucros e remuneração obrigatória. 39 GABARITO Questão 1 - Resposta C Resolução: Conforme o estudado em Para saber mais, o conceito correto de competência é: comportamentos necessários para um desempenho satisfatório ou excelente em qualquer desafio profissional. É a capacidade de tomar decisões bem informadas e coerentes. Questão 2 - Resposta A Resolução: Conforme estudado, de acordo com Wood Jr. e Filho (2004), a remuneração variável pode ser classificada em: participação nos lucros e remuneração por resultados. TEMA 4 Gestão empresarial aplicada a manutenção ______________________________________________________________ Autoria: Fábio Casagrande Módolo Leitura crítica: Carlos Roberto Cagnin 41 DIRETO AO PONTO Planejamento estratégico empresarial (RCM) Atualmente, o processo de manutenção é relevante e deve fazer parte da elaboração do planejamento estratégico. Você estudará uma metodologia chamada Reliability Centered Maintenance (RCM), em português Manutenção Centrada na Confiabilidade (MCC). De acordo com Mortelari, Siqueira e Pizzati (2018), a RCM trabalha com informações coletadas ao longo do tempo sobre as paradas dos ativos. É uma estratégia para conhecer as falhas potenciais, suas características e a sistematização destas. Com a interpretação de seus resultados, pode-se propor a manutenção que melhor se aplica ao ativo ou operação analisada. Além de fatores que podem afetar as normalidades de funcionamento dos ativos, tais como vibrações, tensões etc., existe ainda a probabilidade de falha. Os componentes que se desgastam representam parte de um ativo ou de um processo desgastando-se de forma aleatória. Isso significa que não se pode prever quando ocorrerá o desgaste para substituí-lo antes da falha, ou seja, pode-se aceitar que falhas ocorrerão, mas não as ignorar. A metodologia RCM é fundamental para garantir a disponibilidade dos ativos, que, por consequência, melhora os resultados da empresa. Quanto mais eficaz for a gestão da manutenção, melhor será o lucro da empresa. Principais conceitos da metodologia RCM Você estudará agora os principais conceitos para a compreensão da metodologia RCM. De acordo com os autores Mortelari, Siqueira e Pizzati (2018), são: 42 Função: depende do contexto operacional no momento da definição e quantificação do desempenho esperado. Cada ativo tem seu propósito específico (função). O principal é chamado de função primária (por exemplo, em um ativo: empacotar produtos) e os outros são funções secundárias (por exemplo, número de pacotes por minuto que o ativo produz). Falha funcional: quando o ativo não cumpre sua função, é porque sofreu uma falha funcional. Modo de falha: os modos de falha são eventos que realmente causaram a falha. Quando se analisa os modos de falha, deve-se considerar três situações: I. O desempenho do ativo está abaixo do desejado e não está cumprindo sua função. Exemplo: sujeira, desmontagem devido a problemas em rebites, parafusos, soldas etc.), erros humanos etc. II. Quando o contexto operacional exige mais do ativo (aumento de desempenho). III. Quando o ativo não é capaz de entregar o desempenho exigido conforme sua especificação. Efeitos de falha: o efeito de falha descreve o que aconteceu com o ativo e fornecerá a informação para análise das consequências desta falha. Por exemplo: qualquer sinal físico, um líquido que parou de fluir, luzes de avisos ativadas, alarmes, ameaças ao meio ambiente ou à segurança das pessoas, atrasos, produtos defeituosos, retrabalho etc. Consequências das falhas: realiza-se uma avaliação qualitativa determinando a importância desse modo de falha para as operações. Podem ser: 43 • Evidentes: a falha funcional do ativo pode ser detectada pelo operador e suas consequências podem ter diferentes graus de importância. • Ocultas: são as que não podem ser detectadas pelos operadores. Esta categoria está intimamente relacionada aos dispositivos de proteção e segurança. Etapas de implantação da RCM: de acordo com Mortelari, Siqueira e Pizzati (2018) são necessárias cinco etapas para implantar a RCM. São elas: 1. Definição do sistema, no qual, são isoladas e descritas cada parte que compõe o sistema em estudo, objetivando melhor análise das falhas. 2. Funções e análises das falhas, em que é feito um resumo das funções principais e secundárias, além de falhas e defeitos para cada modo encontrado na primeira etapa. Tudo deve ser descrito minuciosamente. 3. Realizar a análise de modos de falhas e efeitos. Nesta etapa é utilizado uma ferramenta, denominada FMEA (em inglês, Failure Mode and Effect Analysis), visando identificar e conhecer cada falha e seu respectivo número de prioridade de risco. 4. Diagrama de decisão (árvore de decisão) para a definir a divisão das tarefas de manutenção. 5. Plano de manutenção, em que são divididas as tarefas, visando utilizar da melhor forma possível os serviços dos técnicos que realizam a manutenção. Considerações finais Conclui-se que a metodologia RCM ou Manutenção Centrada em Confiabilidade, é utilizada visando assegurar que qualquer ativo 44 físico continue a fazer seu papel no contexto operacional. Como resultado, obtém-se maior: eficiência, vida útil dos equipamentos, segurança e proteção ambiental, desempenho operacional, disponibilidade, banco de dados de manutenção, trabalho em equipe e motivação. Referências bibliográficas MORTELARI, Denis; SIQUEIRA, Kleber; PIZZATI, Nei. O RCM na quarta geração da manutenção – a moderna gestão de ativos. 2. ed. São Paulo: RG editores, 2018. PARA SABER MAIS Uma das preocupações dos gestores nas organizações é medir o desempenho (performance) do processo produtivo, da área de manutenção, da área financeira etc. Para medição do desempenho, são necessários indicadores eficazes. Os indicadores devem estar ligados à visão estratégica da organização. Você estudará, a partir de agora, uma metodologia denominada Balanced Scorecard (BSC). O Balanced Scorecard foi criado por Kaplan e Norton (1997). Segundo os autores, a partir desta metodologia, é possível transformar estratégias traçadas na organização em objetivos e medidas tangíveis. Ainda conforme Kaplan e Norton (1997), o BSC trabalha com quatro perspectivas que são: financeira, clientes, processos internos, aprendizado e conhecimento. A aplicação desta metodologia permite que os gestores possam priorizar quais metas e indicadores estratégicos serão implementados e fazer o acompanhamento. 45 Em cada perspectiva, o BSC serve como um ponto de atenção. De acordo com Moreira (2005), detalhes a seguir sobre as quatro perspectivas e exemplos de indicadores em cada uma delas: • Financeira: indica se a organização está obtendo melhoria financeira. Exemplos: lucro operacional, ROI (retorno operacional do investimento) etc. • Clientes: descreve as formas nas quais a organização cria valor aos clientes, como a necessidade dele deve ser satisfeita e o motivo pelo qual ele irá pagar por tudo isso. Exemplos: lead time de entrega, porcentagem de aumento no número de clientes que compram o produto ou serviço etc. • Processos internos: são as medidas que a organização deve fazer para atender as expectativas dos clientes. Exemplos:tempo parado de equipamento, tempo para introduzir novo produto etc. • Aprendizado e crescimento: trata da habilidade da organização em inovar, melhorar, aprender e se superar. Exemplos: total de horas de treinamento por colaborador, número de sugestões do colaborador etc. Conclui-se que a metodologia Balanced Scorecard (BSC), quando aplicada da forma correta, demonstrará à organização onde ela se situa, como deve competir, quais clientes deve conquistar e o que é preciso fazer para atender e superar suas expectativas. É uma metodologia plenamente possível de se aplicar não só na organização como um todo, mas também na área da manutenção, observando-se neste caso as quatro perspectivas da área: financeira, clientes, processos internos, aprendizado e conhecimento. 46 Referências bibliográficas KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. A Estratégia em Ação – Balanced Scorecard. São Paulo: Campus,1997. MOREIRA, Fábio F. et al. O que é o Balanced Scorecard? A evolução do BSC: de um sistema de indicadores para um modelo de gestão estratégica. São Paulo: Ed. 3GEN Gestão Estratégica, 2005. TEORIA EM PRÁTICA O cenário competitivo entre as organizações está muito acirrado. A fim de manterem-se no mercado, as organizações necessitam desenvolver estratégias e definir objetivos. Você está cursando Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Industrial e foi contratado pela IRON Ltda. a fim de desenvolver um estudo, coletar dados para visualizar o posicionamento da empresa e elaborar um planejamento estratégico. Desta forma, você adotou como método de pesquisa a aplicação da ferramenta de análise SWOT. A análise SWOT auxiliará a organização a mapear os pontos fortes e fracos em seu ambiente interno, identificar as oportunidades, neutralizar as ameaças e alcançar os objetivos por meio do planejamento estratégico. Na análise da empresa, você utilizou-se de entrevista com os diretores e gerentes dos setores envolvidos tais como: compras, vendas, PCP, RH, financeiro e produção com o objetivo de coletar dados para identificar e descrever as possíveis situações da organização. Em posse de suas anotações e acesso a dados e relatórios fornecidos pela empresa, você encontrou pontos de atenção que deveriam ser tratados. São eles: 47 1. TPM (Total Productive Maintenance) – Existe essa cultura na diretoria da IRON. 2. Instalações – Alguns prédios da empresa estão em um estado muito ruim, apresentando infiltrações. 3. Novo pacote fiscal imposto pelo governo propiciará menores taxas para importar componentes. 4. Concorrentes – Poucos concorrentes na cidade. 5. Relação com funcionários – Todos demonstram comprometimento. 6. Operação – Mesmo motivados, os funcionários não estão sendo eficientes por conta do maquinário (parque industrial) defasado tecnologicamente. Valor do dólar comercial em baixa (compra de algumas matérias-primas em dólar). 7. Bom posicionamento da marca no mercado. A marca IRON é reconhecida no mercado nacional. 8. Pós-venda razoável – Não condiz com a marca e posicionamento de mercado. 9. Guerra de preços de serviços de manutenção no mesmo segmento. 10. Administradores experientes – Conhecem do negócio e fabricação produto. 11. Crise econômica no país devido a fatores econômicos e sociais. BNDES (Banco Nacional Desenvolvimento Econômico e Social oferece linha de crédito sem juros por dois anos a empresas). 12. Logística ruim – A frota de veículos é insuficiente. 13. Redução da oferta de matéria-prima importada e, consequentemente, aumento de preço. 14. Possíveis alianças estratégicas com clientes e fornecedores a curto prazo. Dando sequência, você distribuirá os 14 itens dentro da matriz SWOT (Quadro 1). Esta ferramenta possibilita que você faça o mapeamento da empresa (IRON) para traçar ações e estratégias. 48 Quadro 1 – Matriz SWOT FORÇAS FRAQUEZAS OPORTUNIDADES AMEAÇAS Fonte: elaborado pelo autor. Referências bibliográficas CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão. Planejamento Estratégico: fundamentos e aplicações. 1. ed. 13. tiragem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Na unidade 4 do livro Implementação e controle do planejamento estratégico (p. 165-208), de autoria de Luiz Fernando Gomes Pinto, você encontrará os aspectos da estrutura e da cultura organizacional a serem considerados na implementação da estratégia, assim como o gerenciamento de responsabilidades e comunicação do plano de ação. Com relação à etapa de controle estratégico, conheceremos o Balanced Scorecard e como realizar o desenho do mapa estratégico e o balanceamento dos indicadores. Indicações de leitura 49 Isso complementará os estudos desse conteúdo programático. Para realizar a leitura, acesse a Biblioteca Virtual no site da Kroton. Na barra de pesquisa do site, selecione “por título”. Em seguida, digite na barra de busca “planejamento estratégico” e dê o comando “buscar”. Você encontrará o livro em referência. PINTO, Luiz F. G. Planejamento estratégico. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2016. Indicação 2 Manutenção centrada em confiabilidade – um estudo de caso, de Ana Paula Rodrigues Correia (2019). Neste estudo de caso, a autora analisa, mediante revisão da literatura e aplicação da metodologia em um equipamento, a sistemática da implantação da RCM, auxiliando na capacitação de profissionais para atuação nessa área. Para realizar a leitura, acesse o Google Acadêmico. Na barra de pesquisa, digite “Manutenção centrada em confiabilidade - um estudo de caso”, e você encontrará o estudo de caso em referência. CORREIA, Ana P. R. Manutenção centrada em confiabilidade – um estudo de caso. EMC - Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e de Computação. EMC - Trabalhos de Conclusão de Curso, Goiânia, 2019. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 50 Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Dentro do conteúdo estudado, abordou-se o conceito de RCM (Reliability Centered Maintenance). Assinale a alternativa abaixo que descreve os principais conceitos envolvidos nessa metodologia: a. Função, falha funcional, modo de falha, efeitos de falha e consequências das falhas. b. Falha funcional, modo de falha, efeitos de falha, consequências das falhas e acidentes com equipamento. c. Modo de falha, efeitos de falha, locais das falhas, danos aos equipamentos e falha operacional. d. Função, falha crítica, local da falha, efeitos de falha e consequências das falhas. e. Modo de falha, falha crítica, locais das falhas, danos aos equipamentos e falha operacional. 2. O Balanced Scorecard foi criado pelos autores Kaplan e Norton. Segundo estes autores, por meio desta metodologia, é possível transformar estratégias traçadas na organização em objetivos e medidas tangíveis. Assinale a alternativa correta que demonstra as quatro perspectivas de análise desta ferramenta: 51 a. Clientes, processos internos, processos externos e lucro. b. Financeira, participação nos lucros, processos externos e crescimento. c. Remuneração, clientes, crescimento e aprendizado. d. Financeira, clientes, processos internos, aprendizado e crescimento. e. Participação nos lucros, remuneração, clientes e processos. GABARITO Questão 1 - Resposta A Resolução: Conforme o estudado em Para Saber Mais: Principais conceitos da metodologia RCM, os principais conceitos envolvidos na metodologia são: função, falha funcional, modo de falha, efeitos de falha e consequências das falhas.Questão 2 - Resposta D Resolução: Conforme estudado, em Para Saber Mais, os autores Kaplan e Norton (1997) definem que as quatro perspectivas do BSC são: financeira, clientes, processos internos, aprendizado e crescimento. BONS ESTUDOS! Apresentação da disciplina Introdução TEMA 1 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 2 Direto ao ponto TEMA 3 Direto ao ponto TEMA 4 Direto ao ponto Botão TEMA 5: TEMA 2: Botão 158: Botão TEMA4: Inicio 2: Botão TEMA 6: TEMA 3: Botão 159: Botão TEMA5: Inicio 3: Botão TEMA 7: TEMA 4: Botão 160: Botão TEMA6: Inicio 4: Botão TEMA 8: TEMA 5: Botão 161: Botão TEMA7: Inicio 5:
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