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Prática simulada II - Civil - UMC - Peça 3 - Embargos de terceiro

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 7ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPOS/RJ 
(10LINHAS)
Distribuição por dependência aos autos (processo n°)
Marcos Afonso de Souza, (nacionalidade), solteiro, engenheiro, portador da cédula de identidade registro geral (CIRG) N°... Secretaria de segurança publica (SSP_)..., inscrito no cadastro nacional de pessoas físicas ministério da fazenda N°..., residente e domiciliado à Rua Norte, nº 123, bairro Funcionários, na cidade de Mariatuba, no Estado do Espirito Santo, possuidor do endereço eletrônico..., por meio de seu advogado que a esta subscreve, (procuração anexa), com escritório profissional à Rua...n°..., bairro..., cidade..., Estado...endereço eletrônico..., com fulcro no artigo 5°, inciso LV, da Constituição Federal de 1988; e artigo 674 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015, na qualidade de terceiro interessado, mui respeitosamente vêm perante Vossa Excelência, apresentar 
EMBARGOS DE TERCEIRO
Em face de Norberto Paula de Santana, (nacionalidade), solteiro, contador, portador da cédula de identidade registro geral N°... da Secretaria de segurança publica de...(SSP_), inscrito no cadastro nacional de pessoas físicas ministério da fazenda N°..., residente e domiciliado à Rua Rio Claro, n° 800, cidade de Campos, no Estado do Rio de janeiro, possuidor do endereço eletrônico..., nos autos do processo que este move em face de Suzana de Freitas, (nacionalidade), solteira, enfermeira, portadora da cédula de identidade registro geral N°..., incrita no cadastro nacional de pessoas físicas ministério da fazenda N°..., residente na Avenida dos Aires, N° 2367, cidade de Santo André, no Estado de São Paulo; pelos motivos de fato e de Direito a seguir consubstanciados;
1. DOS FATOS 
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2. DA INCORREÇÃO DA PENHORA 
A penhora do bem imóvel especificamente requerida nos autos do processo principal, padece de ineficácia, vez que, fundada na execução de um título executivo extrajudicial, cuja emissão foi posterior à alienação do referido imóvel, pela devedora; alienação a qual se deu em 02 de maio de 2015, conforme comprovante de pagamento e contrato de compra e venda anexos, sendo o referido título executivo, emitido tão somente após o decorrer de 04 meses dessa data.
O embargante, frisa-se, comprador do imóvel objeto de penhora, quitou em uma única prestação o valor cobrado pela devedora, ora embarga, e passou a residir no referido imóvel desde então. 
3. DA DISPONIBILIDADE DE BENS DA DEVEDORA À PENHORA 
Conforme se observa dos autos originais da execução, a parte credora requeriu a penhora do referido bem imóvel sem ao menos verificar a existência de outros imóveis livres e desimpedidos, de propriedade da devedora, o que denota afronta ao princípio da execução menos gravosa, expresso no artigo 805 do CPC, vez que um levamento apurado de outros bens, possivelmente causaria menos transtorno à vida material da executada. 
É notório que a devedora é possui bens na cidade em que reside, de modo que não é razoável o requerimento de penhora de um imóvel específico, sem antes averiguar a disponibilidade de outros bens, cuja penhora cause menos transtorno material à devedora.
4. DOS REQUERIMENTOS
Diante do exposto, requer-se a Vossa Excelência que;
1- Determine a anulação da ordem de penhora constante sob o imóvel adquirido pelo embargante, a qual apenas tem como fundamento título executivo emitido posteriormente à aquisição do referido imóvel pelo embargante. 
2- Requer a citação do embargado para apresentar resposta no prazo de 15 dias, nos termos do artigo 920, I, do CPC.
3- Requer provar o alegado por todos os meios em Direito admitidos, especialmente por prova documental, depoimento pessoal, oitiva de testemunhas e prova pericial.
Termos em que, 
Pede deferimento. 
Local e data. 
Advogado, OAB/UF
PROBLEMA DE PRÁTICA SIMULADA II (PEÇA 3):
PEÇA PROFISSIONAL Enunciado: Marcos Afonso de Souza, engenheiro, solteiro, adquiriu de Suzana de Freitas, enfermeira, solteira, residente na Avenida dos Aires, 2367, Santo André/SP, pelo valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), uma casa para sua moradia, situada na cidade de Mariatuba/ES, Rua Norte, nº 123, bairro Funcionários. O instrumento particular de compromisso de compra e venda, sem cláusula de arrependimento, foi assinado pelas partes em 02/05/2015. O valor ajustado foi quitado por meio de depósito bancário em uma única parcela. Dez meses após a aquisição do imóvel onde passou a residir, ao fazer o levantamento de certidões necessárias à lavratura de escritura pública de compra e venda e respectivo registro, Marcos Afonso de Souza toma ciência da existência de penhora sobre o imóvel, determinada pelo Juízo da 7ª Vara Cível de Campos/RJ, nos autos da execução de título extrajudicial nº 1343/2014, ajuizada por Norberto Paula de Santana, contador, solteiro, residente à Rua Rio Claro, 800, Campos/RJ, em face de Suzana de Freitas, visando receber valor representado por cheque emitido e vencido quatro meses após a venda do imóvel. A determinação de penhora do imóvel ocorreu em razão de expresso requerimento formulado na inicial da execução por Norberto Paula de Santana, tendo o credor desprezado a existência de outros imóveis livres e desimpedidos de titularidade de Suzana de Freitas, cidadã de posses na cidade onde reside.
Diante da situação apresentada, na qualidade de advogado constituído por Marcos Afonso de Souza, proponha a medida judicial adequada para a proteção dos interesses de seu cliente, abordando todos os aspectos de direito material e processual aplicável ao caso.

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