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Exame físico geral

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Júlia Millene Alves Sousa – 3º Período
FMIT
08/03/2021
Habilidades e Atitudes Médicas III – HAM III
Exame físico geral
Ectoscópia: 
Quando o paciente chega ao consultório, já começa a observar os elementos do exame físico geral 
O local adequado para o exame físico tem as seguintes características:
· Local adequado;
· Iluminação correta;
· Posição do paciente;
· A parte a ser examinada deve ser descoberta, sempre respeitando o pudor do paciente.
O exame físico e a anamnese estão altamente relacionados.
Avaliação do estado geral 
É um critério subjetivo, avaliado pelo médico, classificado em:
· Bom Estado Geral – BEG;
· Regular Estado Geral- REG;
· Mau Estado Geral- MEG.
Avaliação do estado de consciência 
· Vigília – percepção consciente do mundo exterior e de si mesmo. Atividade de diversas áreas cerebrais coordenadas pelo sistema reticular ativador ascendente;
· Obnubilação – consciência comprometida de modo pouco intenso, mas com estado de alerta comprometido;
· Sonolência – o paciente é facilmente despertado, responde mais ou menos apropriadamente e volta logo a dormir;
· Confusão Mental – perda de atenção, pensamento não é claro, respostas lentas, sem percepção temporoespacial, podendo surgir alucinações, ilusão, agitação;
· Torpor – alteração mais pronunciada, mas o paciente ainda consegue ser despertado com fortes estímulos, realizar movimentos espontâneos e não abrir os olhos;
· Coma – se não há despertar, mesmo com fortes estímulos, com ausência de movimentos espontâneos.
Avaliação da fala e da linguagem 
· Disfonia ou afonia – alteração do timbre da voz causada por algum problema no órgão fonador. A voz pode tornar-se rouca, fanhosa ou bitonal.
· Dislalia – é o termo que se usa para designar alterações menores da fala, comuns em crianças, como a troca de letras (“tasa” por “casa”).
· Disartria – decorre de alterações nos músculos da fonação, incoordenação cerebral (voz arrastada, escandida), hipertonia no parkinsonismo (voz baixa, monótona e lenta) ou perda do controle piramidal (paralisia pseudobulbar).
· Disfasia – perturbação na elaboração cortical da fala. Há diversos graus de disfasia. A disfasia pode ser de recepção ou sensorial (o paciente não entende o que se diz a ele), ou de expressão ou motora (o paciente entende, mas não consegue se expressar), ou ainda do tipo misto, que é o mais frequente.
· Outros distúrbios – o retardo do desenvolvimento da fala na criança, que pode indicar alguma anormalidade neurológica. Disgrafia (perda da capacidade de escrever) e a dislexia (perda da capacidade de ler).
Avaliação do estado de hidratação
Os parâmetros avaliados são:
· Alteração abrupta do peso;
· Alterações da pele quanto à umidade, à elasticidade e ao turgor;
· Alterações das mucosas quanto à umidade (língua);
· Alterações oculares;
· Estado Geral;
· Fontanelas (no caso de crianças).
OBSERVA-SE
· Sede, diminuição abrupta do peso, pele seca, com elasticidade e turgor diminuídos, mucosas secas, olhos afundados (enoftalmia) e hipotônicos, estado geral comprometido, excitação psíquica ou abatimento, oligúria, fontanelas deprimidas no caso de crianças.
Alterações antropométricas 
ALTURA
· No idoso, observa-se diminuição na altura com o passar dos anos devido ao encurtamento da coluna vertebral, em virtude da redução dos corpos vertebrais e dos discos intervertebrais. Além disso, há aumento da curvatura e/ou osteoporose.
PESO
· É a soma de todos os componentes da composição corporal – água e tecidos adiposo, muscular e ósseo.
· Utilizado como marcador indireto da massa proteica e reserva de energia.
· O paciente deve ser pesado descalço, com a menor quantidade de roupa possível, posicionado no centro da balança com os braços ao longo do corpo.
· A leitura do peso é realizada com o avaliador à frente da balança e à esquerda do paciente.
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC)
· Indicador do estado nutricional;
· Baixo custo;
· Circunferência da Cintura (CC);
· Circunferência abdominal – avaliação da gordura visceral (CA).
Avaliação do estado nutricional 
· IMC;
· Protocolos com adipômetro;
· Bioimpedância tetrapolar;
· Densitometria corporal total.
Desenvolvimento físico 
Os elementos básicos dessa avaliação é o sexo e a idade do paciente.
Primeiramente, compara-se a altura encontrada com as medidas constantes das tabelas de valores normais.
Para avaliação da estrutura somática, não se dispõe de tabelas. É feita pela inspeção global, acrescida de informações a respeito do desenvolvimento osteomuscular.
· Desenvolvimento normal;
· Hiperdesenvolvimento (gigantismo);
· Hipodesenvolvimento (nanismo);
· Hábito grácil (constituição corporal frágil e delgada, caracterizada por ossatura fina, musculatura pouco desenvolvida, juntamente com uma altura e um peso abaixo dos níveis normais. É uma condição constitucional, sem significado patológico.;
· Infantilismo – persistência anormal das características infantis na idade adulta.
Gigantismo acromegálico: Decorre de hiperfunção do lóbulo anterior da hipófise. Ocorre o crescimento de nariz, orelhas etc.
Gigantismo infantil: Caracteriza-se por apresentar extremidades inferiores muito longas.
Dependem da hiperfunção da hipófise anterior que tenha começado antes da soldadura das epífises.
Persistindo o hiperfuncionamento da hipófise depois da união epifisária, instala-se a acromegalia.
Nanismo acromegálico/cretinsimo: O nanismo por hipofunção congênita da glândula tireoide caracteriza-se pela falta de desenvolvimento de todos os segmentos do corpo – cabeça, tronco e membros.
Conservam-se as proporções da criança, na qual a cabeça é relativamente grande. Salienta-se o ventre volumoso, os lábios e as pálpebras são grossos, o nariz é chato e a pele é grossa e seca.
Os cretinos são sempre de baixo nível mental e, geralmente, chegam à idiotia.
Nanismo do raquitismo: Depende fundamentalmente de mau desenvolvimento e deformidades da coluna e dos ossos longos, destacando-se a escoliose e o encurvamento dos ossos das pernas.
Observam-se ainda tórax cariniforme, rosário raquítico e outras anormalidades.
Alterações na face- fáceis 
Traços anatômicos mais a expressão fisionômica. Está ligado aos elementos estéticos, mas, principalmente, da expressão do olhar, dos movimentos das asas do nariz e a posição da boca.
· Normal/ atípica 
Comporta muitas variações, facilmente reconhecida por todos
· Hipocrática 
· Olhos fundos, parados e inexpressivos;
· Nariz afila-se, batimentos das asas do nariz são comuns;
· Lábios adelgaçados;
· Rosto coberto de suor;
· Palidez cutânea;
· Discreta cianose labial.
Indica doença grave e quase nunca falta nos estados agônicos das afecções que evoluem de modo mais ou menos lento
· Renal
· Edema ao redor dos olhos;
· Palidez cutânea.
Observada nas doenças dos rins, particularmente na síndrome nefróticas e nas glomerulonefrites
· Leonina
As alterações que a compõem são produzidas pelas lesões do mal de Hansen.
Pele espessa, com grande número de lepromas, em maior número na fronte;
· Queda dos supercílios;
· Espessamento e alargamento do nariz;
· Lábios grossos e proeminentes;
· Bochechas e o mento se deformam – em consequência dos nódulos;
· Barba escasseia ou desaparece.
Esse conjunto de características conferem ao rosto do paciente um aspecto de “cara de leão”.
· Adenoidiana 
· Nariz pequeno e afilado;
· Boca sempre entreaberta.
Aparece nos indivíduos portadores de hipertrofia das adenoides, as quais dificultam a respiração pelo nariz ao obstruírem os orifícios posteriores das fossas nasais.
· Parkinsoniana 
· Inexpressiva, por conta da rigidez facial.
· É observada na síndrome ou doença de Parkinson.
· Basedowiana 
· Olhos salientes (exoftalmia) e brilhantes, em destaque em um rosto magro;
· Expressão fisionômica indica vivacidade, mas com um aspecto de espanto, ansiedade;
· Presença de um bócio.
Frequente no hipertireoidismo
· Mixedematosa 
· Rosto arredondado;
· Nariz e lábios grossos;
· Pele espessa e seca, sulcos acentuados;
· Expressão de desânimo, apatia e estupidez.
Frequente no hipotireoidismoou mixedema.
· Acromegálica 
· Saliência das arcadas supraorbitárias;
· Proeminência das maçãs do rosto;
· Maior desenvolvimento do maxilar inferior;
· Aumento do tamanho do nariz, lábios e orelhas;
· Olhos parecem pequenos
· Cushingoide/lua cheia
· Arredondamento do rosto;
· Atenuação dos traços faciais;
· Aparecimento secundário de acne.
Esse tipo de fáceis é observado nos casos de síndrome de Cushing, por hiperfunção do córtex da suprarrenal.
Pode ocorrer em pacientes com uso prolongado de corticoides.
· Mongoloide
· Prega cutânea (epicanto), que torna os olhos oblíquos – bem distantes um do outro;
· Rosto redondo;
· Boca quase sempre entreaberta;
· Expressão fisionômica de pouca inteligência ou de completa idiotia.
É observada no mongolismo ou trissomia do par 21, que é tradução de um efeito genético. 
· Depressão
· Inexpressividade do rosto;
· Expressão cabisbaixa;
· Olhos com pouco brilho e fixos em ponto distante, com olhar direcionado para o chão;
· Sulco nasolabial acentuado;
· Canto da boca se rebaixa;
· Conjunto fisionômico denota indiferença, tristeza e sofrimento emocional.
Observado na síndrome de depressão.
· Pseudobulbar
Crises de choro ou riso involuntária, mas consistente, na tentativa de contê-las, o paciente gera um aspecto espasmódico. 
Aparece geralmente na paralisia pseudobulbar.
· Paralisia facial periférica 
· Assimetria da face;
· Impossibilidade de fechar as pálpebras;
· Repuxamento da boca para o lado;
· Apagamento do sulco nasolabial.
· Miastênica/ Hutchinson
· Ptose palpebral bilateral, obrigando o paciente a franzir a testa e levantar a cabeça.
· Ocorre na miastenia gravis e em outras miopatias que comprometem os músculos da pálpebra superior.
· Deficiente mental 
· Traços faciais apagados e grosseiros;
· Boca constantemente entreaberta, às vezes com salivação;
· Hipertelorismo e estrabismo;
· Olho desprovido de objetividade;
· Olhos se movimentam sem se fixarem em nada;
· Sempre com um meio sorriso, sem motivação, que se acentua em resposta a qualquer solicitação;
· Voz grave, que acompanha falar de meias-palavras, algumas vezes substituídos por um simples ronronar.
· Etílica 
· Olhos avermelhados;
· Ruborização da face;
· Hálito etílico;
· Voz pastosa;
· Sorriso meio indefinido.
· Esclerodérmica 
· Quase completa imobilidade facial;
· Pele apergaminhada, endurecida e aderente aos planos profundos;
· Repuxamento dos lábios;
· Afinamento do nariz;
· Imobilização das pálpebras;
· Fisionomia inexpressiva, parada, imutável.
Geralmente chamada fácies de múmia
Atitudes e decúbito preferido no leito 
· Voluntária 
Ortopneia: O paciente adota essa posição para aliviar a falta de ar decorrente de insuficiência cardíaca, asma brônquica e ascite volumosa.
· Sentado à beira do leito;
· Pés no chão ou em uma banqueta;
· Mãos apoiadas no colchão.
Essa atitude tem o objetivo de melhorar um pouco a respiração, que se faz com dificuldade
Prece maometana/genupeitoral: 
· Posiciona-se de joelho com tronco fletido sobre as coxas;
· Face anterior do tórax (peito) põe-se em contato com o solo ou o colchão;
· O rosto descansa sobre as mãos, também apoiadas no solo ou colchão.
Essa posição facilita o enchimento do coração nos casos de derrame pericárdico.
Cócoras: Essa posição é observada em crianças com cardiopatia congênita cianótica.
Os pacientes descobrem instintivamente, que ela proporciona algum alívio da hipóxia generalizada, que acompanha essas cardiopatias, em decorrência da diminuição do retorno venoso para o coração.
Parkinsoniana: O paciente com doença de Parkinson, ao se pôr de pé, apresenta semiflexão da cabeça, tronco e membros inferiores e, ao caminhar, parece estar correndo atrás do seu próprio eixo de gravidade.
· Involuntária
Opistotóno: Atitude decorrente da contratura da musculatura lombar, sendo observada nos casos de tétano e meningite.
O corpo passa a se apoiar na cabeça e nos calcanhares, emborcando-se como um arco.
Emprostótono: Observada no tétano, na meningite e na raiva, é o contrário do opistótono, ou seja, o corpo do paciente forma uma concavidade voltada para diante.
Pleurostótono: É de observação rara no tétano, na meningite e na raiva. O corpo se curva lateralmente
Posição em gatilho: Encontrada na irritação meníngea e mais comum em crianças.
· Hiperextensão da cabeça;
· Flexão das pernas sobre as coxas;
· Encurvamento do tronco com concavidade para adiante.
Torcicolo e mão pêndula da paralisia radial: São atitudes involuntárias relacionadas a determinados segmentos do corpo.
· Decúbitos 
Lateral: Dor de origem pleurítica. Por meio dela, o paciente reduz a movimentação dos folhetos pleurais do lado sobre o qual repousa. Ele se deita sobre o lado da dor
Dorsal: Com pernas fletidas sobre as coxas e estas sobre a bacia, é observado nos processos inflamatórios pelviperitoneais.
Ventral: É comum nos portadores da cólica intestinal. O paciente deita-se de bruços e, às vezes, coloca um travesseiro debaixo do ventre
Exame das mucosas
Mucosas conjuntivais (olhos), mucosas lábiobucal, lingual e gengival.
· Coloração;
· Umidade;
· Presença de lesões
· Coloração: 
A coloração normal é róseo-avermelhada (mucosas normocoradas).
Descoramento das mucosas (mucosas descoradas ou palidez das mucosas) – procura-se fazer também uma avaliação quantitativa se usando a escala de um a quatro cruzes. ( +/ ++) 
Mucosas hipercoradas – traduzem aumento das hemácias naquela área, como ocorre nas inflamações (conjuntivites, glossites, gengivites) e nas policitemia (+++/++++)
Cianose – coloração azulada das mucosas.
Icterícia – mucosas tornam-se amarelas ou amareloesverdeadas.
Os locais mais adequados para investigação são:
· Mucosa conjuntival;
· Mucosa esclerótica;
· Freio da língua
 As icterícias mais leves são perceptíveis somente nessas regiões, nas pessoas negras, a esclerótica costuma apresentar uma coloração amarelada, que não deve ser confundida com icterícia.
· Umidade 
Em condições normais a mucosa lingual e a bucal são úmidas, traduzindo um bom estado de hidratação.
As classificações são umidade normal ou mucosas secas.
As mucosas secas perdem o brilho, os lábios e a língua ficam pardacentos e todas essas mucosas adquirem aspecto ressequido.
Musculatura 
Inspeção e palpação 
Troficidade – corresponde à massa do próprio músculo
· Musculatura normal;
· Musculatura hipertrófica – aumento da massa muscular;
· Musculatura hipotrófica – diminuição da massa muscular.
Tonicidade – é o estado da semicontração própria do músculo normal
· Hipertonacidade, espasticidade, musculatura espástica ou rigidez: nota-se um estado de contração ou semicontração do músculo, mesmo em repouso, evidenciado pelo relevo muscular e aumento da consistência à palpação.
· Hipotonacidade ou flacidez – significa que o tônus está diminuído ou ausente, com perda do contorno da massa muscular e diminuição da consistência.
· Movimentos involuntários:
Tremores: Movimentos alternantes, mais ou menos rápidos e regulares, de pequena ou média amplitude, que afetam principalmente as partes distais dos membros.
Extensão das mãos com as palmas voltadas para baixo e com os dedos separados.
Ordena-se que o paciente leve um copo, com uma das mãos, da mesa à boca ou tocar o próprio nariz com a ponta do indicador. Tremores de repouso e os de ação.
Tremor de repouso: Surge durante o repouso e desaparece com os movimentos e o sono; é um tremor oscilatório, mais evidente nas mãos, simulando o gesto de “enrolar cigarro”. Ocorre no parkinsonismo.
Tremor de atitude ou postural: Surgem quando o membro é colocado em uma determinada posição, não sendo muito evidente no repouso ou no movimento.
Ocorre no pré-coma hepático, quando é designado flapping ou Asterix e na doença de Wilson.
Contudo, o tremor de atitude mais frequente é o tremor familiar, que é regular, não muito grosseiro, acentuado pelas emoções.
Tremor intencional ou discinético: Surge ou se agrava quando um movimento é executado.
Aparece nas doenças cerebelares
Tremor vibratório: é fino e rápido, como se fosse umavibração. Pode surgir no hipertireoidismo, no alcoolismo e na neurossífilis, mas a grande maioria é de origem emocional
Hemibalismo: São movimentos abruptos, violentos, de grande amplitude, rápidos e geralmente limitados a uma metade do corpo. São extremamente raros e decorrem de lesões extrapiramidais.
Mioclonias: Movimentos involuntários breves, rítmicos ou arrítmicos, localizados ou difusos, que acometem um músculo ou um grupo muscular.
Geralmente são relatados como “abalos”, “choques”,
“Sacudidas” e “trancos”. Podem ser de origem central, espinal e periférica.
Devem-se a descargas de neurônios subcorticais e podem ocorrer em diversas situações patológicas.
Mioquinias: Contrações fibrilares de tipo ondulatório que surgem músculos íntegros, principalmente no orbicular das pálpebras, quadríceps e gêmeos “tremor na carne”.
Não apresentam significado patológico. Surgindo em pessoas normais, talvez com maior frequência nos pacientes neuróticos e em pessoas fadigadas.
Fasciculações: São contrações breves, arrítmicas e limitadas a um feixe muscular. Não devem ser confundidas com as mioquinias. 
· Tiques
Movimentos involuntários que aparecem em determinado grupo muscular, repetindo-se sucessivamente.
Motores: 
· Simples – envolvem grupos musculares isolados, resultando em piscamento, abertura da boca, balanceio da cabeça e pescoço para os lados e para trás, elevação dos ombros ou fechamento dos punhos.
· Complexos – caracterizam-se por padrões elaborados de movimento (contrações faciais bizarras, desvios oculares, dar pequenos pulos durante a marcha, tocar ou cheirar objetos, gesticulação obscena).
Vocais: 
· Simples – incluem-se ato de limpar a garganta, grunhidos, estalos com lábios ou língua.
· Complexos – abrangem palavras ou fragmentos de palavras, frases curtas, elementos musicais, repetição da última palavra ouvida do interlocutor ou repetição da última palavra emitida pelo próprio paciente.
Convulsões: 
Movimentos musculares súbitos e descoordenados, involuntários, paroxísticos, que ocorrem de maneira generalizada ou apenas em segmentos do corpo.
· Tônicas – são mantidas por longo tempo e imobilizam as articulações;
· Clônicas – rítmicas, alternando-se contrações e relaxamentos musculares em ritmo mais ou menos rápido.
· Tônico-clônicas – soma as características de ambas
Movimentos coreicos
Movimentos involuntários, amplos, desordenados, de ocorrência inesperada e arrítmicos, multiformes e sem finalidade. Localizam-se na face, nos membros superiores e inferiores.
COREIA DE SYDENHAM
· Também denominada coreia infantil ou dança de São Guido, tem etiologia infecciosa e relaciona-se estreitamente com a moléstia reumática.
COREIA DE HUNTINGTON
· Distúrbio neurológico hereditário raro que se caracteriza por movimentos corporais anormais e incoordenação, também afetando habilidades mentais e aspectos de personalidade
Movimentos atetósicos
Movimentos involuntários que ocorrem nas extremidades e apresentam características muito próprias: são lentos, estereotipados, lembrando movimentos reptiformes ou os movimentos dos tentáculos do polvo. 
Podendo ser uni ou bilaterais.
Determinam a atetose as lesões dos núcleos da base. 
Frequentemente, ocorrem como sequela de impregnação cerebral por hiperbilirrubinemia do recém-nascido (kernicterus).
Pseudoatetose – movimentos descoordenados, lentos e de grande amplitude, nas mãos, nos pés, na face. São relacionados à lesão do corpo estriado.
Tetania 
É uma forma particular de movimentos involuntários e caracteriza-se por crises exclusivamente tônicas quase sempre localizadas nas mãos e pés, por isso denominados “espasmos carpopodais”.
É espontânea, mas pode ser provocada com a compressão do braço com o manguito do esfigmomanômetro.
A compressão adequada corresponde a um nível pressórico intermediário entre a pressão máxima e a mínima durante 10 min.
É chamado de mão de parteiro e o fenômeno em sua totalidade recebe a designação de sinal de Trousseau. 
Causas principais – Hipocalcemias e na alcalose respiratória por hiperventilação
Enfisema subcutâneo 
É a presença de bolhas de ar debaixo da pele.
A técnica para reconhece-lo é a palpação, deslizando- se a mão sobre a região suspeita. A presença de bolhas de ar proporcionará ao examinador uma sensação de crepitação muito característica.
O ar pode ser procedente do tórax, em decorrência de um pneumotórax, ou ter origem em processo local por ação de bactérias produtoras de gás, isso é o que ocorre nas gangrenas gasosas
Circulação colateral
Desenho venoso – topografia normal, simétrica, não é intensa, as verias não são sinuosas.
· Localização – tórax, abdome, raiz dos membros superiores, segmento cefálico.
· Direção do fluxo sanguíneo – abdome-tórax, ombro-tórax, pelve-abdome.
· Presença de frêmito e/ou sopro – recanalização de veia umbilical – síndrome de Cruveillier-Baumgarten.
Edema
É o excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no interior das próprias células (edema intracelular).
Pode ocorrer em qualquer sítio do organismo, mas, do ponto de vista semiológico, interessa-nos apenas o edema cutâneo, ou seja, a infiltração de líquido no espaço intersticial dos tecidos que constituem a pele e o tecido celular subcutâneo.
A sua investigação semiológica tem início na anamnese, quando se indaga sobre:
· Tempo de duração;
· Localização;
· Evolução.
No exame físico, completa-se a análise, investigando- se os seguintes parâmetros:
· Localizado ou generalizado;
· Pré-tibial, sacral e palpebral.
· Anazarca: edema generalizado
· Intensidade: sinal de cacifo – coloca em cruzes 
· Consistência: mole/duro
· Elasticidade: elástico/inelástico
· Temperatura: normal/quente/fria
· Sensibilidade: dolor/indolor
· Mudança da coloração: palidez/cianose/ normal 
EDEMA LOCALIZADO
Está correlacionado com:
Varizes;
Flebites e trombose venosa;
Processos inflamatórios;
Afecções dos linfáticos;
Postura.
EDEMA GENERALIZADO
Está correlacionado com:
Síndrome nefrótica;
Gravidez;
Cirrose;
Medicamentoso;
Desnutrição;
Alérgico.
Temperatura: 
· Temperatura axilar – 35,5 a 37ºC, em média de 36 a 36,5ºC;
· Temperatura bucal – 36 a 37,4ºC;
· Temperatura retal – 36 a 37,5ºC (0,5ºC maior que a axilar).
Postura 
BOA POSTURA
· Cabeça ereta ou ligeiramente inclinada para diante;
· Peito erguido, fazendo adiantar ao máximo essa parte do corpo;
· Abdome inferior achatado ou levemente retraído;
· Curvas posteriores nos limites normais.
POSTURA SOFRÍVEL
· Cabeça levemente inclinada para diante;
· Peito achatado;
· Abdome protruso, passando a ser a parte mais saliente do corpo;
· Curvas posteriores exageradas.
MÁ POSTURA
· Cabeça acentuadamente inclinada diante;
· Peito deprimido;
· Abdome saliente e relaxado;
· Curvas posteriores extremamente exageradas.
Instabilidade postural: 
O equilíbrio postural é a capacidade do ser humano de manter-se ereto e executar movimentos do corpo sem apresentar oscilações ou quedas.
Pull test ou teste de retropulsão – o examinador se posiciona por trás do paciente e puxa os ombros dele em sua direção. Caso o paciente dê mais de dois passos ou apresente perda dos reflexos posturais, o resultado do teste será considerado positivo.
Biotipo ou tipo morfológico 
Ectomorfo/longilíneo: 
· Pescoço longo e delgado;
· Tórax afilado e chato;
· Membros alongados com franco predomínio sobre o tronco;
· Ângulo de Charpy (costal) menor que 90º;
· Musculatura delgada e panículo adiposo pouco desenvolvido;
· Tendência para estatura elevada.
Mesomorfo/meiolíneo:
· Equilíbrio entre os membros e o tronco;
· Desenvolvimento harmônico da musculatura e do panículo adiposo;
· Ângulo de Charpy (costal) em torno de 90º.
Endomorfo/brevilíneo:
· Pescoço curto e grosso;
· Tórax alargado e volumoso;
· Membros curtos em relação ao tronco;
· Ângulo de Charpy (costal) maior que 90º;
· Musculatura desenvolvida e panículo adiposo espesso;
· Pendência para baixa estatura

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