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Anotações - Byungchul Han

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Byung-Chul Han nasceu em Seul em 1959. Estudou metalurgia na Coreia antes de se mudar para a Alemanha nos anos 80 para estudar filosofia na Universidade de Freiburg e Literatura Alemã e Teologia na Universidade de Munique. Em 1994, fez o doutoramento em Freiburg com uma tese sobre Martin Heidegger. Atualmente é Professor de Filosofia e Estudos Culturais na Universidade de Berlim.
Em 2000, entrou para o Departamento de Filosofia da Universidade de Basel. Em 2010 tornou-se docente da HfG Karlsruhe, onde as suas áreas de interesse foram a filosofia dos séculos XVIII, XIX e XX, ética, filosofia social, fenomenologia, teoria cultural, estética, religião, teoria dos média e filosofia intercultural. A partir de 2012 passou a lecionar filosofia e estudos culturais na Universität der Künste Berlin (UdK), onde dirige o recentemente criado programa de estudos gerais Studium Generale.
· Capítulo 1: Melancolia
O fim do amor não se dá pelo excesso de opções, mas sim pela extinção do outro. O outro é uma natureza diferente que provoca a paixão. Em uma sociedade com o objetivo de igualar a todos, não sobra espaço para o outro. Metas capitalistas, normas sociais trazem à tona um excesso de comparações. Ao se comparar com outras pessoas, o ser perde seu outro, sua alteridade. 
Vivemos em uma população que caminha cada vez mais para o narcisismo. Isso a impede de notar a beleza nas diferenças, a faz buscar si mesma dentro do outro, os tornando iguais. 
A depressão é descrita pelo autor como uma doença narcisista. Ela é formada pelo excesso do “eu”, traz ao ser uma fadiga de si mesmo. O eros vem a ser uma cura da depressão, pois é acompanhado com um esvaziamento voluntário de si mesmo. Esse sentimento não pode ser adquirido por desenvolvimento pessoal, ele é um dom do outro. 
· Capítulo 2: Não-poder-poder
A sociedade atual, que foca no desempenho, vem substituindo o verbo dever pelo verbo poder. É alegado uma maior liberdade no “poder”, porém ele acaba sendo mais escravizador que o dever. O sujeito denominado empreendedor de si mesmo está apenas, ao invés de ser explorado por um outro, é sendo explorado por si mesmo. A auto cobrança e o sentimento de culpa pausado por essa “liberdade” pode desencadear doenças como depressão e Síndrome de Burnout. 
“A auto coerção é muito mais fatal do que a coerção alheia, pois não é possível haver nenhuma resistência contra ela.” 
O amor está, atualmente, sendo confundido com a sexualidade. Sexo é um desempenho, assim não podendo se caracterizar como eros. Um objeto sexual não possui alteridade nem personalidade. Uma relação somente sexual não permite a “distância originária”, necessária para experimentar a alteridade do outro, aquilo que o faz único. 
A sociedade atual busca sempre positivar o amor. Transformá-lo num conjunto de sentimentos agradáveis e pontuais. Porém os sentimentos considerados negativos, como a vulnerabilidade e a falta de poder, são o que realmente tornam o amor real, junto com sua espontaneidade.  
A ideia do futuro, naturalmente parecida com a relação com o outro atópico, hoje é positivada. Exclui-se a possibilidade de desastres, o encarando somente como uma versão otimizada da atualidade. A cupidez erótica necessita de um futuro, de um tempo do outro. Carícias, caracterizadas por Lévinas como atos de cupidez erótica, são uma busca constante por algo que desaparece para o futuro. 
O amor foi domesticado e positivado. Buscando somente sentimentos positivos e excitação, a sociedade atual se contenta com atos sexuais rápidos e sem nenhum grande vínculo. O relacionamento confortável fornecido por um igual é o mais procurado, sem ousadias, excessos e delírios. 
· Capítulo 3: O mero viver
Nos séculos atuais, a humanidade se apegou a ideia do mero viver. Valoriza-se viver e trabalhar sempre, e a saúde é tratada como o maior exemplo de felicidade. Ao fazer isso, o homem continua como um escravo sempre submetido a um senhor.  
O eros não compactua com o trabalho e o mero viver, então esse escravo dos tempos modernos não pode sentir a cupidez erótica. 
“O espírito deve sua vivacidade precisamente à capacidade de morrer.” 
No texto é citado o pensamento de Hegel sobre o absoluto. Em sua definição, o absoluto é uma conclusão.  Existem conclusões pacíficas na vida, como de uma amizade, mas o amor é a única conclusão absoluta além da morte. “É absoluto porque pressupõe a morte, a entrega de si-mesmo". 
“A “verdadeira essência do amor” consiste precisamente nisso, “renunciar à consciência de si mesmo, esquecer-se num outro si-mesmo”  
“Também para Marsílio Ficino, amor significa morrer no outro: “Na medida em que te amo, e em que tu me amas, eu me reencontro em ti, que pensas em mim, e me reconquisto depois de ter-me entregue a ti, que me sustentas””

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