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REVISÃO AV2 ANTROPOLOGIA

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REVISÃO AV2 ANTROPOLOGIA
O conceito antropológico de Cultura
Edward Tylor foi um dos primeiros antropólogos a sistematizar o conceito de cultura. Segundo este autor, em seu trabalho intitulado Primitive Culture, de 1871, a cultura poderia ser definida como todo aquele conjunto de conhecimentos, que inclui crenças, arte, moral, lei, costumes e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como membro de um grupo ou sociedade.
Etnocentrismo
O etnocentrismo é um fenômeno universal. Os indivíduos vêem o mundo através de sua cultura e têm a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural.
As condições históricas para o desenvolvimento do pensamento científico e para o surgimento da Sociologia.
A CIÊNCIA - A sociedade ocidental produziu uma forma específica de explicar o mundo, chamada de ciência, ou seja, uma forma racional, objetiva, sistemática, metódica e refutável de formulação das leis que regem os fenômenos.
Alguns períodos de impulso para o pensamento científico:
 A Revolução Científica do séc. XVII. 
 O Iluminismo e a Rev. Francesa de 1789.
 A Revolução Industrial do séc. XVIII 
 
O pensamento sociológico de Émile Durkheim - O CONCEITO DE FATO SOCIAL
Em As Regras do Método Sociológico, Durkheim afirma que o objeto de estudo da Sociologia são os fatos sociais. Eles seriam aqueles modos de agir, pensar e sentir que exercem sobre os indivíduos uma coerção externa e que possuem existência própria. Para este autor os fatos sociais deveriam ser percebidos como coisas.
A CONSCIÊNCIA COLETIVA- É o modo como a sociedade vê a si mesma e as demais, através de suas lendas, mitos, concepções religiosas, crenças morais etc... Em outras palavras, seria o sistema de representações coletivas presente em determinada sociedade.
O MÉTODO DE PESQUISA EM SOCIOLOGIA- Durkheim, o pesquisador deve assumir uma postura de distanciamento e neutralidade em relação aos fatos estudados, ou seja, deve abandonar as suas pré-noções. Estes, por sua vez, devem ser medidos e observados de forma objetiva. “Os fatos sociais devem ser encarados como coisas.”
AS FORMAS DE SOLIDARIEDADE OU DE COOPERAÇÃO SOCIAL- Segundo Durkheim, o meio moral em determinada sociedade é produzido pela cooperação entre os indivíduos, por meio de um processo de interação que ele definiu como a divisão do trabalho social. Neste sentido haveriam duas formas básicas de se construir esta cooperação ou solidariedade, que seriam a solidariedade mecânica e a solidariedade orgânica.
A EDUCAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE SOCIALIZAÇÃO- Numa sociedade em que o individualismo, acirrado pela diferenciação social e pelas práticas do mercado, compete com a consciência coletiva, a educação assume o significado de educação moral. Assim, ela seria de vital importância para a manutenção da coesão social, na concepção de Durkheim.
Numa sociedade em que o individualismo, acirrado pela diferenciação social e pelas práticas do mercado, compete com a consciência coletiva, a educação assume o significado de educação moral. Assim, ela seria de vital importância para a manutenção da coesão social, na concepção de Durkheim.
A SOCIOLOGIA DE KARL MARX- A obra de Marx também teve influência sobre a construção do primeiro regime socialista a ser instituído na história recente da humanidade. Esta experiência se daria na Rússia, em 1917, ano em que o partido bolchevique, liderado por Lênin, no comando de um movimento revolucionário instituiria naquele país um projeto socialista de inspiração marxista.
O MATERIALISMO HISTÓRICO- O método de abordagem da vida social, elaborado por Marx, foi chamado posteriormente de Materialismo Histórico. De acordo com tal concepção, as relações materiais que os homens estabelecem entre si, o modo como produzem os seus meios de vida, formam a base de todas as suas relações.
“As formas como os indivíduos manifestam a sua vida refletem muito exatamente aquilo que são. O que são coincide, portanto, com sua produção, isto é, tanto com aquilo que produzem como com a forma como produzem. Aquilo que os indivíduos são depende, por conseguinte, das condições materiais de sua produção (Marx, Karl. A Ideologia Alemã, pg.19).”
OS MODOS DE PRODUÇÃO- Entende-se por modo de produção a maneira pela qual os homens obtêm seus meios de existência material, isto é, os bens de que necessitam para viver. Na história podemos distinguir alguns modos de produção como o escravismo na antiguidade, o feudalismo, o capitalismo e o socialismo. Os modos de produção de uma sociedade dependem do estágio das forças produtivas e do desenvolvimento das relações de produção.
AS FORÇAS PRODUTIVAS- O conceito de forças produtivas refere-se aos instrumentos e habilidades utilizados na produção material, possibilitando o controle da natureza. Seu desenvolvimento é cumulativo.
RELAÇÕES DE PRODUÇÃO- A idéia de relações sociais de produção implica em diferentes formas de organização da produção, da distribuição, da posse e da propriedade dos meios de produção; bem como as suas garantias legais, constituindo-se dessa forma no substrato para a estruturação das classes sociais. De forma sintética, seriam as relações estabelecidas pelos indivíduos entre si e com o grupo, para a organização do trabalho social.
A LUTA DE CLASSES- A presença de diferentes classes sociais nos diversos modos de produção, com interesses muitas vezes antagônicos, levou Marx a “a luta de classes é o motor da história”. No capitalismo a duas classes predominantes são a burguesia e o proletariado.
A Teoria Marxista e as Práticas de Educação
Na concepção de Marx, as ideias que os indivíduos incorporam, na sociedade capitalista, implicam numa visão imprecisa ou falsa da realidade. Isto acontece na medida em que a consciência que os trabalhadores constroem sobre o seu próprio modo de vida tende a ser profundamente influenciada pelos valores das elites burguesas. 
Numa posição diferente daquela assumida por Durkheim, Marx não percebe as representações coletivas como produto do conjunto da sociedade. Para ele, estas ideias — às quais chamou de ideologia — são o fruto de um processo de dominação, que leva as classes oprimidas a perceberem o mundo com as lentes de seus opressores, processo este denominado de alienação.
Na concepção marxista, a partir da lógica do pensamento dialético, haveria uma reciprocidade de influências entre a consciência e as condições materiais da vida em sociedade.
- Por um lado, o mundo das ideias é influenciado de forma determinante pela realidade material.
- Por outro lado, esta mesma base material da sociedade pode ser transformada pela ação consciente dos indivíduos. Eles perceberiam o mundo a partir dos valores da burguesia, como se esta fosse a única forma possível de trabalhar e viver.
Segundo Marx, no capitalismo existem os burgueses, proprietários dos meios de produção e aqueles que vendem o único bem que possuem, ou seja, a sua força de trabalho, em troca do pagamento de salário. Estes seriam os proletários, classe que representaria a maioria da sociedade. Para eles, o modo de vida estabelecido na sociedade capitalista parece algo natural. É como se trabalhar em troca de um salário fosse uma espécie modo de vida que sempre existiu e sempre existirá.
Um conceito fundamental, na concepção marxista, é o de alienação. O trabalho na sociedade capitalista é considerado como algo sobre o qual o próprio trabalhador não possui nenhum controle. Ou seja, um operário numa determinada linha de montagem executa muito bem a sua função, por exemplo, encaixar amortecedores na carroceria do veículo, sem ter a menor ideia sobre o procedimento para construir, de modo completo, um automóvel. Este saber lhe foi expropriado num processo histórico, juntamente com os meios de produção. Este mecanismo é definido por Marx como alienação.
A organização do trabalho social na sociedade capitalista, segundo Marx, possuiria, portanto, uma considerável diferença em relação ao que era feito na sociedade feudal. Naquele período,em que predominavam as oficinas artesanais nas vilas e pequenas cidades, o Mestre Artesão era ao mesmo tempo executor e organizador do processo produtivo. Essa situação difere profundamente daquela presente na sociedade capitalista, na qual o dono da fábrica, que organiza e planeja a produção, não é quem executa o trabalho.
Marx considerava esta situação, além de injusta, a causa de todo o processo de alienação presente na sociedade de sua época, a Europa do século XIX. 
Para resolver este problema, além da ação de conscientização das massas pelos integrantes do partido comunista (que ele considerava o partido revolucionário da causa dos trabalhadores) Marx imaginou um projeto de educação que pudesse compensar estas diferenças.
Marx e Engels percebiam as práticas de educação escolar como uma importante ferramenta que poderia ser utilizada, tanto para perpetuar o processo de alienação e de dominação existente na sociedade capitalista, quanto para emancipar os trabalhadores desta realidade.
Projeto Educacional de Marx
Sugerido para solucionar o problema educacional, o projeto de Marx certamente seria alvo de certa estranheza nos dias atuais. Para ele:
- As escolas deveriam formar indivíduos integralmente desenvolvidos, isto é, que ao longo da sua formação dividissem seu tempo entre o trabalho manual, as atividades intelectuais e o lazer;
- As crianças de até 12 anos deveriam passar ao menos 2 horas por dia trabalhando de modo a combinar o trabalho braçal com prática intelectual. Esta jornada de trabalho associada à educação deveria ser elevada até um período de 6 horas por dia, quando a criança completasse 16 anos.
Projeto Educacional de Marx = Educação Intelectual + Educação Profissional + Educação Física
Para Marx era fundamental que todos os indivíduos combinassem educação intelectual, educação profissional e educação física, na sua formação. Só assim, todos se tornariam indivíduos integralmente desenvolvidos, capazes de desenvolver diferentes tarefas e atividades sociais. Ele considerava injusto que alguns indivíduos trabalhassem apenas com a mente, desenvolvendo seu intelecto, enquanto outros passassem toda a vida presos a atividades manuais repetitivas e embrutecedoras, no que se refere ao espírito humano. Para Durkheim o coletivo é sempre preponderante, porém para Marx não é tanto esse sentido não material. A concepção marxista se constrói pela estrutura humana da sociedade. É a influência do coletivo no individual. O papel da Sociologia é mostrar conceitos diferentes sobre o mesmo objeto de estudo. 
A sociologia de Max Weber- é um pouco diferente de Marx e Durkheim. Weber era visto como anti-Marx, mas na verdade o weber não era assim. Na sua tese ele se coloca numa posição parecida com Durkheim que usa a sociedade capitalista como objeto de estudo, ele era um cientista social, assim como Marx, que trabalhava com a ideia do materialismo histórico e tal e o objeto de estudo do Durkheim era o fato social Weber trabalha com a ação social que sempre vem acompanhada de um pouco de calculo. Ele tem uma das principais metodologias de pesquisa que é a análise comparativa que eh bem característica de sua abordagem.
A AÇÃO SOCIAL DE MAX WEBBER PODE SER DIVIDIDA EM QUATRO ACOES FUNDAMENTAIS; 
1- AÇÃO SOCIAL RACIONAL COM RELACAO A FINS.
ESTRITAMENTE RACIONAL ONDE BUSCAMOS ATINGIR UM OBJETIVO
2- AÇÃO SOCIAL RACIONAL COM RELCAO A VALORES 
O VALOR SEJA ESTETICO, RELIGIOSO, POLÍTICO OU ESTÉTICO É QUE ORIENTA ESSA AÇÃO.
3- AÇÃO SOCIAL AFETIVA 
AÇÃO MOVIDA PELOS SENTIMENTOS, NÃO IMPORTA QUAIS (ORGULHO, VINGANÇA, AMOR OU PAIXÃO).
4- AÇÃO SOCIAL TRADICIONAL
TEM COMO FONTE MOTIVADORA OS COSTUMES OU HÁBITOS ARRAIGADOS.
AS DUAS ÚLTIMAS SÃO IRRACIONAIS.
Weber tem como meta identificar o tipo de racionalidade que predomina numa sociedade e numa determinada época da historia, interessa para ele esse padrão de comportamento e racionalidade. Não importa p ele a ideia de todo. Interessa p ele os fragmentos dessa sociedade que podem ser estudados.
Ação Social - Uma ação que vem acompanhada com cálculo pensa-se antes de agir. É uma questão de racionalidade. (Exemplos de ação social pra weber -policial prendendo alguém ou uma senhora parada vendo um crime não quer fazer nada mesmo assim ela realizou uma ação social que ela escolheu se omitir/ a greve é uma ação social para weber) 
 
O resultado da pesquisa é profundamente influenciado pelo ponto de vista o investigador.
O resultado da pesquisa é profundamente influenciado pelo ponto de vista o investigador.
 Um cientista social pesquisa determinada sociedade ou grupo e vai procurar interpretar o que envolve ali e depois vai explicar, são duas etapas pesquisa e explicação.
ALGUNS TIPOS IDEAIS DE AÇÃO SOCIAL – Referem-se a uma tentativa de classificação das ações sociais.
 
Racional – é toda atitude que você coloca em pratica a partir de você atingir um determinada meta ou concretizar determinado projeto Weber define isso como uma ação social. Determinado a cumprir um fim.
Também é racional, mas não tem como objetivo chegar a um fim. O objetivo é influenciar outros indivíduos sobre algo que você acredita por exemplo. - Explicando o exemplo, a manifestação não mudará as leis porem você tentou influenciar outros a pensarem.
 
Ex.: Namorado levando flores pra sua namorada, ou uma fechada no trânsito. São ações carregadas de emoção, e isso faz até ficar um pouco difícil do pesquisador estudar essas ações. 
Quando tem muita emoção misturada fica difícil de ser pesquisada essa ação. 
A história humana, segundo Max Weber, poderia ser definida como um processo crescente de racionalização das relações sociais. O agir em sociedade pressupõe determinadas normas, que se enraízam, institucionalizam e em seguida assumem a forma de leis. 
Para explicar este movimento Weber constrói novamente uma tipologia, num sentido ideal, destinada analisar as diferentes formas de dominação legítima. 
A DOMINAÇÃO TRADICIONAL
Baseada nas tradições e mais diretamente relacionadas às monarquias absolutistas do período conhecido como Idade Moderna. 
A DOMINAÇÃO CARISMÁTICA
Nestes casos a legitimidade se baseia no carisma do líder. Esta forma de dominação se apresenta, geralmente, em períodos de ruptura institucional. 
A DOMINAÇÃO RACIONAL LEGAL
Relacionada ao Estado de Direito e a presença de uma burocracia em termos administrativos, cujo princípio de legitimidade se baseia na racionalidade e nas disposições legais. 
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO PARA MAX WEBER
É neste momento que a sociologia weberiana atribui um significado relevante para as práticas de educação. Para Weber a educação é o modo pelo qual os indivíduos são preparados para exercer funções, relacionadas à nova realidade caracterizada pela racionalização da vida, tanto na administração do aparelho de estado, quanto nas empresas capitalistas. 
A PEDAGOIA DO CULTIVO
A pedagogia do cultivo teria como objetivo educar o indivíduo e prepará-lo culturalmente para a camada social em que vive, desenvolvendo nele certas formas de reflexividade, com vistas ao comportamento social. Esta prática pode ser comparada à educação humanista do Ocidente, assumindo a característica de uma “qualificação cultural” no sentido de uma educação de caráter abrangente.
PEDAGOGIA DO TREINAMENTO
A racionalização da vida social e a crescente burocratização do Estado moderno, fez com que a educação deixasse gradualmente de ter como objetivo a “qualidade da posição do homem na vida” e passasse a se constituir num projeto especializado com o objetivo de formar peritos e especialistas, com vistas ao mercado de trabalho. 
Para Weber, a pedagogia do treinamento, imposta pela racionalidade da sociedade capitalista, se apresentava como um forte obstáculo ao desenvolvimento do talento e da própria realização pessoal dos homens, de um modo geral. Uma racionalidade que mantinha uma relação utilitarista com o conhecimento e seria destinada apenas a obtenção de poder e dinheiro. 
ANTONIO GRAMSCI- Antônio Gramscifoi uma das referências essenciais do pensamento marxista no século XX. Foi um dos fundadores do partido comunista italiano em 1921, sendo preso em 1926 sob o regime fascista de Mussolini. Escreveu vários artigos durante a sua prisão, que ficaram conhecidos como Cadernos do Cárcere. Em sua reflexões atribuía grande importância a sociedade civil e ao papel dos intelectuais na processo de mudança histórica. 
AS DIFERENÇAS ENTRE O ORIENTE E O OCIDENTE- Gramsci a distinção entre Oriente e Ocidente não se restringia a uma mera diferenciação geográfica. Para o autor o mundo ocidental compreenderia aqueles países em que a sociedade civil é estruturada, múltipla, organizada, e compartilha com o Estado a administração da vida social.
A ATUALIZAÇÃO DO PENSAMENTO MARXISTA - Gramsci promove uma atualização do pensamento marxista afirmando que não bastava eliminar a propriedade privada dos meios de produção, uma vez que esta medida isoladamente, não seria suficiente. Ele afirmava que os trabalhadores precisariam lutar também contra a “apropriação privada, ou elitista, do saber e da cultura”. 
O PAPEL DOS INTELECTUAIS- No processo da hegemonia pelo poder político, os intelectuais têm um papel muito importante, pois são eles que organizam a cultura. 
INTELECTUAIS ORGÂNICOS E TRADICIONAIS
Segundo Gramsci, existem dois tipos de intelectuais: o orgânico e o tradicional.
Os intelectuais orgânicos seriam aqueles que representariam os interesses das classes dominantes, enquanto os segundo tipo, os intelectuais tradicionais, representariam os interesses de outras classes no interior da sociedade.
GRAMSCI E O SISTEMA ESCOLAR
A Escola Unitária
A Escola Profissionalizante.
A ESCOLA UNITÁRIA
“[Seria a] escola única inicial de cultura geral, humanista, formativa, que equilibre equanimente o desenvolvimento da capacidade de trabalhar manualmente (tecnicamente, industrialmente) e o desenvolvimento das capacidades de trabalho intelectual." 
PIERRE BOURDIEU- O sociólogo francês Pierre Bourdieu baseou-se nas concepções de Émile Durkheim e no Estruturalismo para fazer a sua análise sobre a educação contemporânea. É importante saber que, para Bourdieu, os sujeitos sociais são vistos como marionetes das estruturas dominantes.
 - A VIOLÊNCIA SIMBÓLICA
Para Bourdieu as sociedades se estruturam a partir de um sistema de relações de força material entre grupos e classes. Sobre a sua visão para a sociologia da educação, sua tese central é a de que “toda ação pedagógica é, objetivamente, uma violência simbólica”.
Bourdieu parte do princípio de que a classe que possui o capital econômico produz e reproduz o capital cultural e o faz escondendo, ou dissimulando, o seu caráter de violência simbólica (dominação cultural). Neste sentido a educação acabaria por reproduzir desigualdades sociais.
KARL MANNHEIM- Karl Mannheim também recebeu influências dos clássicos, em particular de Max Weber. Eles retoma os princípios da sociologia weberiana da pedagogia do cultivo e da pedagogia do treinamento, a partir de uma perspectiva de mudança para a sociedade e para as próprias práticas de educação.
UMA EDUCAÇÃO SAUDÁVEL E INTEGRAL
Na sua concepção, era necessário regenerar a sociedade e o homem através de uma educação sadia. Para tanto, era preciso criar uma pedagogia, a partir da compreensão dos diferentes tipos históricos de educação (construídos por Weber), que educasse o homem moderno sem tirar dele as possibilidades oferecidas por uma educação mais integral. 
EDUCAÇÃO E SOCIOLOGIA- De acordo com Mannheim, a sociedade regenerada estava ligada ao advento da democracia moderna. A modernidade, para ele, não tinha apenas custos ou ameaças à liberdade, mas trazia também esperanças e valores sociais solidários, abertos. A principal ajuda que a moderna democracia era capaz de oferecer consistia na possibilidade de que todas as camadas sociais viessem a contribuir com o processo educacional. Nesse sentido, duas ciências são fundamentais: a sociologia e a psicanálise.
Multiculturalidade e Interculturalidade. A função mediadora da cultura escolar
Em regiões como a América Latina assistimos a um processo de hibridização cultural, que ressalta a consciência do caráter multicultural das diferentes sociedades latino-americanas. Contudo, nem sempre a evidência desta diversidade tem apontado num sentido de um convívio mais democrático entre as diferentes culturas. 
 Isto significa que, paralelamente a esta diversidade, em muitos segmentos da realidade social continua-se a reproduzir um discurso “engessado” e monocultural, marcado por um sentido de exclusão e com um caráter autoritário. Estas práticas são encontradas, inclusive, ao nível da cultura escolar.
Refletir sobre o papel da educação em uma sociedade marcada pela multiculturalidade é algo recente no mundo ocidental e, de modo particular, na América Latina. 
 
Na verdade este é um processo que não surge a partir de questões exclusivamente pedagógicas, uma vez que sua origem está relacionada a questões de natureza política, ideológica e cultural, decorrentes, em muitos casos, a conflitos étnico-culturais. O que pode ser percebido, como consequência inclusive de nossa herança colonial, é que as relações étnicas nas sociedades contemporâneas da América Latina apresentam-se como reflexos de estruturas de dominação e disputa pelo poder político. 
Neste sentido, mesmo constatando a presença de uma realidade social marcada pela multiculturalidade, é possível identificar um sentido homogeneizador na cultura escolar, o que estabelece uma desconexão entre esta e a cultura da sociedade, num sentido mais generalizado. 
A cultura escolar, de um modo predominante, se apresenta como “engessada”, no sentido da reprodução de um único discurso, que seria aquele dos segmentos mais elitizados da sociedade. Desta forma criam-se verdadeiros “aparteids” socioculturais, ou processos de guetificação. De modo conclusivo, fica evidente que a simples consciência do caráter multicultural da sociedade não estabelece, por si só, uma perspectiva mais democrática no que se refere às relações entre os diferentes grupos étnicos. 
 A construção de um sentido intercultural para as relações sociais envolve o diálogo e uma concreta inter-relação, entre as diferentes realidades culturais. 
Neste sentido é preciso que:
-Se abandone a perspectiva etnocêntrica, que tem caracterizado as relações sociais, por exemplo, na sociedade brasileira;
-Que o “outro” seja percebido apenas como diferente e não como inferior, em função da diferença. 
Sintetizando, a perspectiva intercultural para a educação envolve uma efetiva relação dialógica entre os diferentes segmentos sociais e grupos étnicos. 
Para isto, é fundamental a existência de um espaço democrático, em que se possa fomentar a solidariedade e o respeito à diferença nas relações entre as diversas etnias. 
É importante construir, ao nível das políticas educacionais, a valorização da diversidade cultural, garantindo a todos, em igualdade de condições e de forma digna, o direito à educação. 
É relevante enfatizar, também, que esta perspectiva intercultural para a educação não pode ser reduzida a algumas atividades realizadas de modo esporádico. 
Este projeto deve assumir um sentido generalizado e abrangente, ao nível da cultura escolar e da cultura da escola, envolvendo todos os atores e todas as dimensões do sistema de ensino.

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