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Fluxo de capitais

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O que é o mercado de capitais?
 
O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários, que tem o propósito de proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu processo de capitalização. É constituído pelas bolsas de valores, sociedades corretoras e outras instituições financeiras autorizadas. Na prática, o mercado de capitais é a circulação de poupança de renda não consumida.
No mercado de capitais, os principais títulos negociados são os representativos do capital de empresas — as ações — ou de empréstimos tomados, via mercado, por empresas — debêntures conversíveis em ações, bônus de subscrição e “commercial papers” —, que permitem a circulação de capital para custear o desenvolvimento econômico. O mercado de capitais abrange, ainda, as negociações com direitos e recibos de subscrição de valores mobiliários, certificados de depósitos de ações e demais derivativos autorizados à negociação.
Alguns conceitos importantes
→ Valores Mobiliários: Valores mobiliários são títulos financeiros que podem ser de propriedade (ações) ou de crédito (obrigações). Eles podem ser emitidos por entidades públicas, como o próprio governo, ou privadas, como empresas e instituições financeiras.
→ Liquidez de um investimento: Os economistas usam o termo liquidez para descrever a facilidade com que um ativo pode ser convertido em meio de troca da economia. Como a moeda é o meio de troca da economia, ela é o mais líquido dos ativos disponíveis. A liquidez dos demais ativos varia muito. A maioria das ações e dos títulos pode ser vendida facilmente com pequeno custo, de modo que esses são ativos relativamente líquidos. No entanto, vender uma casa, uma pintura de Rembrandt ou uma figurinha de Joe DiMaggio de 1948 exige mais tempo e esforço, de modo que esses ativos são menos líquidos. 
→ Rentabilidade de um investimento: A rentabilidade pode ser definida como o percentual de remuneração obtido a partir da quantia que você investiu. Simplificando: podemos dizer que é o valor que você terá de retorno de uma aplicação.
→ Risco de um investimento: Risco é o grau de incerteza em relação à rentabilidade de um investimento. Isso significa a chance de o investimento dar um retorno abaixo do esperado, de se perder tudo o que foi investido ou, em casos extremos, de a perda ultrapassar o valor do investimento original.
Renda Fixa
 Renda fixa é todo investimento que se propõe a devolver o dinheiro aplicado após determinado período com o acréscimo de juros — decorrente da remuneração do capital emprestado. E já vale adiantar que, em renda fixa, a forma de rendimento e o prazo são delimitados no momento da aplicação. Essa classe de ativos é dividida segundo critérios de rentabilidade e emissão. 
 
Assim, os rendimentos prefixados são aqueles cuja rentabilidade nominal (bruta) já se conhece previamente, sendo a taxa de retorno acordada na aplicação. Como exemplo podemos citar o Tesouro Prefixado (LTN). Já no caso dos rendimentos pós fixados, o retorno só será conhecido na data de vencimento do título, uma vez que pode variar de acordo com o indexador acordado no início da aplicação. Os títulos são corrigidos por um referencial, que em geral é o IPCA ou a taxa básica de juros (Selic). No geral, títulos de renda fixa possuem baixa rentabilidade, baixo risco e alta liquidez. Abaixo, vemos outros exemplos de investimentos de renda fixa:
 
→ Caderneta de Poupança: A caderneta de poupança, normalmente chamada apenas de poupança, é um tipo de conta bancária que você pode abrir para guardar seu dinheiro e ainda ganhar um percentual sobre o valor aplicado. Dessa maneira, funciona como um investimento. Por conta da sua praticidade e liquidez e por esta isenta da tributação do Imposto de Renda, esse tipo de aplicação se tornou muito popular entre os brasileiros. Segundo dados do Banco Central, em 2019, 158 milhões de pessoas fazem uso da modalidade, o que representa 75% de toda a população do país. 
 
→ Tesouro Direto: Depois da poupança, a mais conhecida das aplicações de renda fixa é o Tesouro Direto, programa de negociação de títulos públicos a pessoas físicas. Suas taxas podem ser pré ou pós-fixadas. Quanto ao prazo, existem títulos de curto a longo prazo e as aplicações podem ser feitas a partir de 30 reais.
 
→ Debêntures: É quando uma empresa precisa captar recursos que a emissão de debêntures surge. São títulos de dívida de médio e longo prazos que conferem ao debenturista (detentor do título) um direito de crédito contra a emissora. É simples: quando você compra uma debênture, passa a ser credor da empresa. A emissão desses títulos por empresas de capital aberto pode ser feita com ou sem garantias.
Renda Variável
 
Nos investimentos em títulos de renda variável, por outro lado, o investidor não sabe, de antemão, qual será a rentabilidade da aplicação. Como o nome sugere, em renda variável o retorno é variável, depende de inúmeros fatores. Em um período pode ser positivo, em outro negativo.
 
Ao investir em renda variável, o investidor está aportando recursos em um título patrimonial, e a sua rentabilidade dependerá dos resultados futuros da empresa em que se está investindo. Nesse modelo, a empresa que capta os recursos não tem nenhuma obrigação de devolver ou recomprar o título. No mercado, o exemplo mais conhecido de investimento em renda variável são as ações. Abaixo, vemos alguns exemplos de investimentos de renda variável:
 
→ Ações: As ações são emitidas por empresas de capital aberto que desejam, em suma, captar recursos para desenvolver projetos que viabilizem o seu crescimento. Esses papéis são negociados, sob a regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários, em uma plataforma da Bolsa de Valores, conjunto de sociedades e empresas que forma o mercado e que organiza e regula onde as ações emitidas podem ser negociadas com confiabilidade e transparência. São classificadas como renda variável porque o pagamento de dividendos a quem investir está condicionado ao desempenho financeiro das empresas.
 
→ Câmbio: O investimento no câmbio também é uma modalidade de renda variável por apostar na variação de uma determinada moeda. Assim como vimos nas ações, os riscos são grandes por causa da volatilidade que uma moeda desempenha. 
 
→ Ouro: O investimento em ouro funciona de forma distinta de outros investimentos da carteira de renda variável. A ideia de investir em ouro é usada, geralmente, por investidores para proteger seu dinheiro em períodos de grande crise inflacionária, quando há uma perda substancial do valor do dinheiro. O ouro não sofre essa pressão por ser um bem precioso e por ser totalmente escasso, diferente do dólar ou de qualquer papel-moeda, que o Banco Central do país consegue emitir mais notas e, com isso, impulsionar a inflação. Por essas características, o ouro acaba sendo uma segurança dentro do mercado de renda variável.
Dólar como moeda global
 Depois da Segunda Guerra Mundial, o Tratado de Bretton Woods criou um sistema de câmbio fixo para os países-membros do Fundo Monetário Internacional (FMI), composto pela maioria das economias de mercado. De acordo com esse tratado, cada nação deveria definir o valor da respectiva moeda em relação ao dólar, que, por sua vez, era conversível em ouro à taxa fixa de US$ 35 por onça. Mas a ligação com o ouro era parcial: os habitantes dos EUA não tinham permissão para possuir ouro monetário, e o Federal Reserve não era obrigado a converter ouro em dólares para a população.
 O Tratado de Bretton Woods caiu em 1971, quando o Presidente Richard Nixon suspendeu a conversibilidade do dólar em ouro (os Estados Unidos não iam mais vender ouro automaticamente para os outros governos em troca de dólares) e alterou unilateralmente a paridade – isto é, a taxa de câmbio – do dólar em relação às outras moedas internacionais.
 Desde 1973, as principais moedas do mundo industrializado trabalham sob esquema de câmbio flutuante administrado (o fato de ser administrado torna a flutuação “suja”), no qual as principais moedas flutuam entresi. Na maioria dos países, a taxa de câmbio é definida como o número de unidades da moeda doméstica que são necessárias para adquirir uma unidade de moeda estrangeira.
Lembramos que este é apenas um resumo. Para uma leitura mais completa e profunda, recomendamos os capítulos 13 e 19 do livro Princípios de Economia de Francisco Mochón. Além disso, recomendamos, também, a leitura do capítulo 32 do livro Macroeconomia de Michael Parkin. Ambos estão disponíveis na biblioteca virtual Pearson.
 
ATIVIDADE EXTRA
 Você conhece a bolsa de valores brasileira? Entre no site da [B]³ (http://www.b3.com.br/pt_br/) e tente responder às seguintes perguntas:
- Qual é a diferença entre [B]³ e Bovespa?
- O que significa Ibovespa?
- Quais são os pré-requisitos para que alguém possa investir na bolsa de valores brasileira?
- Qual é o papel das corretoras de investimentos?
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
MANKIW, N.G. Introdução à economia: edição compacta. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. Cap. 32 - Teoria Macroeconômica da economia aberta.
PARKIN, Michael. Economia. 8.ed. Pearson: 2008. Capítulo 32. 
MOCHÓN, Francisco. Princípios de economia. 1.ed. Pearson: Capítulos 13 e 19
Exercício
Questão 01
Considerando a relação entre o risco, segurança, liquidez e a rentabilidade de um investimento, marque a alternativa correta:
B - Quanto menor o risco, menor a rentabilidade esperada de um investimento
O que mede a liquidez de um investimento é o quão rápida é feita a conversão em dinheiro caso o investidor queira sacar uma quantia do investimento. Assim, quanto menor a liquidez de um investimento, maior a rentabilidade esperada. Ou seja, quanto mais fácil for para sacar dinheiro de um investimento, menor será seu rendimento
Por outro lado, no que diz respeito ao risco de um investimento, quanto mais arriscado, maior tende a ser a rentabilidade. A caderneta de poupança, por exemplo, é um investimento de risco baixíssimo, mas sua rentabilidade é uma das mais baixas
Questão 02
São aplicações financeiras de renda variável:
A - Ações e fundos cambiais
Questão 03
Analise as afirmações abaixo sobre o mercado de capitais:
I. No Brasil, as altas taxas de juros pagas pelo governo brasileiro em títulos da dívida pública fazem com que a população invista em aplicações de renda variável
II. Risco de fuga de investimentos é uma característica da livre mobilidade de capitais
III. Valores mobiliários são títulos financeiros que podem ser emitidos apenas por instituições públicas
Quais afirmativas estão corretas?
D - Apenas a II
Referente ao mercado de capitais é correto afirmar que o risco de fuga de investimentos é uma característica da livre mobilidade de capitais.
Questão 04
No caso de investimentos feitos por pessoas físicas em cadernetas de poupança é correto afirmar que seus rendimentos são creditados
C - Mensalmente, conforme a data de aniversário da aplicação, e são isentos de tributação
A caderneta de poupança está isenta de tributação, não sendo recolhido nenhuma parte dos lucros para o Imposto de Renda. Além disso, os rendimentos são creditados mensalmente conforme a data de aniversário da aplicação. Ou seja, se você investe na caderneta de poupança no dia 25 de um determinado mês, os rendimentos entrarão em sua conta no dia 25 do mês seguinte
Questão 05
Complete a proposição, a seguir, e assinale a alternativa correta.
Um investimento em renda variável diferencia-se de um de renda fixa em função de ______________. Investimentos em renda variável ocorrem nos mercados ___________ e _________, portanto, são fiscalizados através _______________
B - Sua rentabilidade / de ações/ derivativos / da Comissão de Valores Mobiliários
Um investimento em renda variável diferencia-se de um de renda fixa em função de sua rentabilidade ou de seu risco de mercado.
Questão 06
Com base em seus conhecimentos acerca do Padrão Dólar, marque a alternativa incorreta:
B - Os Estados Unidos perdem competitividade quando o dólar se desvaloriza, mas não têm restrição externa quanto à disponibilidade do dólar e podem deixar seu déficit em conta corrente crescer
A liberdade para fazer flutuar o dólar é uma das vantagens do padrão Dólar-Dólar, que permite que os Estados Unidos não tenham que perder competitividade real em nome da manutenção de sua preeminência financeira e monetária
Questão 07
Quais fatores explicam a opção brasileira pela livre mobilidade de capitais?
Atrair investimento externo
Compensar o déficit de transações correntes
Alavancar investimento e crescimento

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