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DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL 
Medicina Legal – Aula 09 
Wagner Bertolini 
1 
 SEXOLOGIA FORENSE
É a parte a Medicina Legal que estuda os proble-
mas médico-legais relacionados ao sexo. 
A Sexologia Forense é a aplicação dos conhecimen-
tos de sexologia que interessam ao Direito. 
É o capítulo da Sexologia que estuda as ocorrências 
médico- legais atinentes à gravidez, ao aborto, ao 
parto, ao puerpério, ao infanticídio, à exclusão da 
paternidade e a questões diversas relacionadas 
com a reprodução humana. Delton Croce 
 
Divide-se em capítulos, em que são abordados as-
pectos específicos: 
Erotologia forense 
Himenologia forense 
Obstetrícia forense 
Erotologia forense: Estuda os crimes sexuais e os 
desvios sexuais 
Himeneologia forense: Estuda os problemas médi-
cos legais relacionados com o casamento. 
Obstetrícia forense: Estuda os aspectos médico-
legais relacionados com fecundação, gestação, 
parto, puerpério, além dos crimes de aborto e infan-
ticídio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Erotologia Forense:
 Estuda os crimes sexuais e os desvios sexuais
Segundo o Código Penal, são atos sexuais: 
Conjunção carnal 
Ato libidinoso 
O interesse jurídico, no caso de conjunção carnal, é: 
- crime de estupro 
- anulação de casamento 
- posse sexual mediante fraude 
- o interesse em caso de acidente. 
- Perícia deverá ocorrer imediatamente - os vestí-
 gios são efêmeros
 
 Estupro
 Constranger alguém, mediante violência “Art. 213. 
ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a prati-
car ou permitir que com ele se pratique outro ato 
libidinoso” 
 é o ato sexual convencional: có-Conjunção carnal
pula vaginal (coito pênis/vagina)
desta espécie deli-Somente mulher pode ser vítima 
tuosa, podendo, no entanto, ser indiciada como 
 coautora.
stuprum ( afronta , infâmia, desonra) 
 
 Conjunção carnal
Também chamada de: 
• Cópula 
• Coito 
• Imissio penis in vaginam. 
É a relação entre homem e mulher, caracterizada 
pela penetração do pênis na vagina, com ou sem 
 
 
 
 
 
 
 
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DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL 
Medicina Legal – Aula 09 
Wagner Bertolini 
2 
ejaculação (“imissio seminis”), com ou sem orgas-
mo. 
Coito vestibular ou vulvar, desde que resulte OBS: 
gravidez, configura juridicamente conjunção carnal 
CONJUNÇÃO CARNAL 
É a introdução do membro viril na cavidade vaginal 
além da barreira himenal. 
 
 Identificação Médico-legal:
Os elementos considerados para se determinar se a 
mulher já praticou conjunção carnal são: 
▫ Rotura himenal;
▫ Presença de esperma na cavidade vaginal; 
▫ Gravidez.
 
 Atos Libidinosos
atos libidinosos da conjunção carnal: diversos
a) Cópulas ectópicas 
b) Atos orais 
c) Atos manuais 
a) Cópulas ectópica: cópulas fora da vagina: 
1) cópula anal 
2) Cópula retal 
3) Cópula vulvar (cópula vestibular ou “ad introi-
tum”) 
4) Cópula entre as coxas 
 
b) Atos orais: 
1) felação 
2) cunilíngua (sexo oral na genitália feminina) 
3) beijos e sucções nas mamas, coxas ou outras 
regiões de conotação sexual 
c) Atos manuais: 
1) masturbação e 
2) manipulações eróticas de todos os tipos 
 
Quanto à atividade 
Ativo - quando se exige que a vítima execute algum 
ato 
Passivo - quando se exige que a vítima apenas 
permita a execução do ato 
Misto 
Pode ocorrer dentro do casamento 
 
ATO LIBIDINOSO DIVERSO DA CONJUNÇÃO 
 CARNAL 
Qualquer outro ato que vise satisfazer a libido (ape-
tite sexual), que não seja a conjunção carnal. 
 
 Identificação Médico-legal:
*Presença de esperma em qualquer área do corpo 
da vítima; 
*Presença de saliva em áreas erógenas; 
: podem também ser encontradas equimoses Obs
em áreas erógenas (arroxeados em forma de polpas 
digitais). 
 
 Estupro
Violência 
Concurso de força física e de emprego de meios 
capazes de privar ou perturbar o entendimento da 
vítima impossibilitando-a de reagir ou de se defen-
der 
Quando o estupro é praticado mediante grave ame-
aça, geralmente não deixa vestígios de violência no 
corpo da vítima, o que dificulta o trabalho pericial. 
 
 Violência Efetiva 
 
 a lei exige que o agressor tenha agido de Física:
 anulando ou a oposi-forma violenta, enfraquecendo
ção ( ) resistência física da vítima
A violência física (vis corporalis) deve ser obrigatori-
amente provada 
 
Psíquica: O agente a vítima a uma forma de conduz
não resistência por inibição ou por enfraquecimento
 das faculdades mentais
embriaguez completa 
anestesia 
estados hipnóticos 
drogas alucinógenas (“Boa Noite Cinderela”) 
 
 
 
“Para a tipificação do estupro exige a lei que a víti-
ma, efetivamente, com vontade incisiva e adversa, 
oponha-se ao ato sexual. Seu dissenso ao mesmo 
há de ser enérgico, resistindo, com toda sua força, 
ao atentado à sua liberdade sexual. Não se satisfaz, 
pois, com uma posição meramente simbólica, um 
não-querer sem maior rebeldia” 
“Estupro cometido mediante grave ameaça é crime 
que não deixa vestígios. Dispensável o exame peri-
cial” 
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro 
ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos 
Estupro de vulnerável 
 
- Menor de 14 anos (vulnerável) 
- Vítima e o agente conhe-alienada ou débil mental
cia esta circunstância 
- Qualquer causa que impeça a vítima de resistir
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Medicina Legal – Aula 09 
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3 
 
 
 
 
Lesões de Silenciamento 
As provas de violência ou luta, como equimoses, 
estigmas ungueais e escoriações, são pesquisadas 
nas mais diversas regiões do corpo da vítima, como 
faces internas das coxas, braços e região cervical. 
 
 
 
Lesões de Arrasto 
 
 
 
Mordida Humana na Mama 
 
 
 
 
 Objetivos Periciais
Comprovar a cópula vaginal 
Em relação à perícia, quais os que sinais duvidosos 
devem ser estudados para se provar a conjunção 
carnal? 
Os sinais duvidosos são: 
a) dor da vítima; 
b) hemorragia (podendo ou não ocorrer - quando 
tecido chamado hímen é rompido); 
c) presença de lesões no aparelho genital (equimo-
ses, hematomas, contusões, escoriações etc.) - o 
fato de se encontrar estas lesões não caracteriza a 
conjunção carnal; 
d) contaminação: se ao examinar a vítima, encontra-
se uma contaminação venérea (observa-se que 
tanto a contaminação pode ter outra origem como 
pode estar vinculada à prática libidinosa diversa da 
conjunção). 
 
Em relação à perícia, quais os sinais considerados 
como de ter ocorrido a conjunção carnal? certos
Para a mulher já deflorada, não considerar a letra 
"a". 
Os sinais de são: certeza 
a) ruptura do hímen: a ruptura ocorre através da 
conjunção carnal (há também casos de acidentes, 
b) de masturbações ou não rompimento); 
c) presença de esperma na vagina; 
d) diante de uma gravidez a lei considera que ocor-
reu uma conjunção. 
 
 O HÍMEN
O hímen é uma MEMBRANA presente no intróito 
(começo, entrada) do conduto vaginal, sendo uma 
membrana perfurada para o escoamento do fluxo 
catamenial (menstrual) e usualmente se rompe ao 
primeiro contato sexual. 
Excepcionalmente pode faltar (AGENESIA, ausên-
cia congênita) ou se apresentar inteiriço (imperfura-
do e exigir intervenção cirúrgica). 
Congênita: alteração no momento do nascimento. 
Pode ser hereditária ou não. 
 
• Virgindade é a absoluta falta de prática de con-
junção carnal. Portanto, materialmente a única pro-
va de virgindade é a integridade himenal. 
 
 
 
 
 
 
 
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4 
• O conceito de “virgindade” perante a lei brasilei-
ra, no entanto, está ligado à ocorrência ou não de 
conjunção carnal e não só à integridade do hímen. 
 
 
 
Orla (a membrana) 
Óstio (o orifício natural) 
Altura do hímen = largura da orla 
 
 
 
Classificação do Hímen, segundo Afrânio Peixo-
 to
Comissurados: quando a borda livre tem forma de 
linhas curvas que se encontram como comissura 
dos lábios. Podem ser bi, trilabiados. 
Acomissurados: quando o contorno da borda livre 
não forma linhas que se juntam. Exemplo: anular.Atípicos: não se encaixam nas classificações acima. 
Exemplo: imperfurado, cribiforme. 
Hímen não complacente: óstio pequeno com orla 
ampla 
Hímen complacente: óstio amplo com orla pequena 
 
A altura da orla determina o tipo de hímen 
Complacente: pequena altura 
Não complacente: grande altura 
 
 Hímen complacente
Este permite a conjunção carnal sem que se rompa, 
em virtude de sua elasticidade. 
Presume-se que de 10% a 25% dos hímens são 
complacentes e este conceito relativo também inter-
depende da relação de espessura do pênis/largura 
da vagina. 
 
 
ALTERAÇÕES NO HíMEN 
Carúnculas mirtiformes 
Traumas 
Assimetrias 
Resíduos himenais após o parto vaginal 
 
Roturas 
Roturas são lesões traumáticas, podendo ser recen-
tes ou antigas. 
Podem sangrar ou não. 
Cicatrizam com o tempo 
Podem atingir toda orla. 
Se aproximarmos as bordas, estas coaptam. 
Sugerem conjunção carnal 
 
 
 
 
Relógio de Lacassagne: as horas mostram a locali-
zação do hímen, não quando ocorreu a rutura 
Oscar Freire: quadrantes e referidos graus 
 
SEXOLOGIA FORENSE 
 
A materialidade da conjunção carnal pode ser con-
figurada pela: 
- Ruptura do hímen: pode se dar na borda livre do 
óstio ou em qualquer outra parte da membrana. 
As rupturas do óstio, em geral, produzem hemorra-
gia leve e passageira, podendo ir da borda livre até 
a borda de inserção, junto à parede vaginal (ruptura 
completa), ou deter-se em plena membrana (ruptura 
incompleta). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 
 
 
 Exame do Hímen
 No exame, o hímen pode estar:
1. Íntegro
2. Com rotura completa
3. Com rotura incompleta
4. Com (ausência congênita) agenesia
5. Complacente
6. Reduzido a (ocorre em carúnculas mirtiformes
mulheres que pariram) 
 
ESTUDO DOS HÍMENS (HIMENOLOGIA) 
(que se rompeu) Hímens rotos 
2.1. Ruptura recente 
O rompimento recente se caracteriza pelo fato dos 
bordos (laterais) da ferida estarem infiltrados de 
sangue. 
A ruptura é profunda, às vezes, apresenta sinais 
inflamatórios. 
Em média, esta ferida leva 20 dias para cicatrizar 
(Flamínio Fávero). 
Após este período, eles se tornam fibrosados (cica-
trizados). 
 
 
 
 
 
ESTUDO DOS HÍMENS (HIMENOLOGIA) 
2.2. Ruptura antiga ou cicatrizada 
Desde que a cicatrização esteja completa, só pode-
remos concluir por ruptura antiga (sem data). 
Ex: carúnculas mirtiformes, que são encontradas 
nas mulheres que já deram a luz, 
via vaginal: são pequenos brotos ou pontos cicatri-
ciais situados na região do hímen (são sobras de 
hímen) 
 
ESTUDO DOS HÍMENS (HIMENOLOGIA) 
O Prof. Flamínio Favero sugeriu o emprego de ilu-
minação do hímen com luz ultravioleta, pois, ao 
incidir em tecidos normais, aparecerá cor violácea. 
No caso de tecido , terá cor cicatricial branca (ama-
, tornando-se mais evidente. relada)
Diante desses dados, o perito concluiria por ruptura 
recente (menos de 20 dias) ou ruptura antiga (mais 
de 20 dias). 
 
 Considerações periciais sobre o hímen
Geralmente se rompe na primeira conjunção carnal. 
Pode ocorrer rompimento na: 
1. Masturbação 
2. Colocação de corpo estranho 
3. Colocação de absorvente íntimo 
O seu exame não constitui tarefa pericial fácil, po-
dendo levar o perito a equívocos 
O exame macroscópico, sem colposcópio, falha em 
10% dos casos 
 
 
 
 
 
Lesões genitais 
Lesões genitais (contusões), decorrentes da 
• violência da penetração 
 
 
 
 
 
 
 
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• desproporção de tamanho entre pênis e vulva e 
vagina (no caso de crianças) 
 podem fundamentar o diagnóstico de 
• conjunção carnal 
• ato libidinoso 
 
 
 
Pelos genitais 
Pelos pubianos soltos encontrados 
• na região pubiana 
• na região vulvar 
• sobre o corpo da vítima 
• na roupa íntima ou de cama 
• desde que comprovada sua origem como sendo 
de outra pessoa, é indicativo de relação sexual 
 
 SÊMEN
O sêmen não é composto apenas por espermato-
zoides. Na verdade, estes representam a menor 
parte. 
 O líquido que transporta os espermatozoides (se-
minal) é produzido por glândulas, chamadas vesícu-
las seminais e, também, pela próstata. 
Este líquido contém várias substâncias, que são 
importantes para conservar os espermatozoides. 
Ejaculação: milhões de espermatozoides, glóbulos 
brancos, enzimas, proteínas, SEMEN ou ESPERMA 
A falta destas substâncias pode diminuir a qualidade 
do sêmen (FRUTOSE). 
 
 EXAME PERICIAL
Segundo Odon Maranhão, para o diagnóstico gené-
rico de esperma existem dois tipos de provas, com 
diversas técnicas: provas de orientação (emprega-
das em manchas muito antigas) e provas de certe-
za. 
 
 ESPERMA
As manchas de esperma depositadas em tecidos 
não absorventes formam escamas ou películas bri-
lhantes. Já aquelas deixadas sobre tecidos absor-
ventes apresentam formato irregular, semelhante a 
um mapa geográfico, com coloração branca ou 
amarelada quando recentes e acinzentadas quando 
antigas. 
Por fim, o esperma encontrado sobre a pele dá ori-
gem a películas brilhantes com aspecto enverniza-
do. 
 
MANCHAS E SECREÇÕES 
Muitos RECURSOS BIOQUÍMICOS são utilizados 
para determinar manchas e secreções. Temos 2 
tipos de reações : 
1. REAÇÃO DE ORIENTAÇÃO ou PROBABILIDA-
DE – É aquela que, quando positiva, diz que deter-
minada secreção ou mancha PODE SER uma de-
terminada substância (Sangue, esperma, etc.). 
2. REAÇÃO DE CERTEZA – Diz que, sendo positi-
va, afirma (confirma) que aquilo é determinada 
substância (Sangue, esperma, etc.). 
 
 EXAME PERICIAL
• O diagnóstico de maior certeza consiste na con-
firmação da presença do elemento figurado do es-
perma (espermatozoide). 
• A constatação da presença de um único esper-
matozóide em cavidade vaginal é prova de conjun-
ção carnal. 
• A confirmação da presença do esperma (sêmen) 
na cavidade vaginal é importante no diagnóstico da 
conjunção carnal nos casos de hímen complacente 
ou de desvirginadas. 
 
 Espermatozoides
A presença de sêmen na vagina é confirmada em 
amostras de fluído vaginal pelo achado de esperma-
 tozoides 
bastando apenas um ou poucos deles 
móveis ou não 
com ou sem cauda 
 
 
 
A coleta deve ser cuidadosa (swab = cotonete) com 
exames a fresco e com coloração de esfregaços 
 
EXAME PERICIAL 
 
• No entanto, o tempo superior a 48 horas entre a 
prática sexual e perícia e a os próprios cuidados 
higiênicos da mulher dificultam ou impedem o seu 
encontro. 
• O uso de preservativos por parte do homem 
praticamente elimina a positividade desse exame. 
 
 Testes para identificar esperma
 
Reação de (orientação) Florence 
Métodos de e de (orientação) Barbério Bacchi 
Presença de (indicação) Fosfatase Ácida
Glicoproteína (certeza) P30/PSA
 
 
 
 
 
 
 
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Outros 
 Fosfatase Ácida (Reação de Florence-Barbério)
É uma normalmente em alguns enzima presente
órgãos, tecidos e em secreções teor normal
O contém de fosfa-líquido seminal grandes teores
tase ácida. 
O achado de altos teores de fosfatase ácida na va-
 (ejaculação) e, por con-gina é indicativo de sêmen
seguinte, de conjunção carnal (penetração vaginal) 
(mulher produz F.A. em baixa quantidade) 
presença, no canal vaginal, de F.A. em quantidade 
acima de 300 UI/ mm³ no material colhido na vagina 
= DA CONJUNÇÃO CERTEZA
 
 Teste Proteína P30 (PSA)
A é uma glucoproteína produzida pela próstata P30
e idêntica ao - Antígeno Prostático Específico PSA 
(marcador do câncer da próstata), cuja presença no 
sêmen independe de haver ou não espermatozoi-
 des.
Sua verificação no fluído vaginal é teste de certeza
quanto à presença de sêmen na amostra estudada 
(ejaculação) 
 Obs.: Pode ocorrer estupro sem que tenha havido 
ejaculação (sem sêmen) ou o sêmen encontrado na 
vítima pode ser oriundo de penetração consensual 
anterior 
 
Reações de Probabilidade da presença de es-
permatozoide 
 
1 - CRISTAIS DE FLORENCE. 
2- CRISTAIS DE BARBÉRIO. 
3 - CRISTAIS DE BAECHI. 
4 - CRISTAIS DE BOKARIUS. 
 
Reações de Probabilidade da presença de es-
permatozoide 
 
O reativo de constitui-se de iodo, iodeto de Florence
potássio e água destilada. Faz-se um macerado 
com a amostra retirada da vagina. 
Presença de esperma: reage com a lecitina, que é 
um lipoide espalhado e forma cristais romboédricos, 
de colorido marrom-amarelado, visíveis somente ao 
microscópio. 
 
Reações de Probabilidade da presença de es-
 permatozoide
A reação de origina-se depois da reação de Baecchi
Florence, após 20 a 30 minutos, quando começam a 
surgir, da periferia para o centro da lâmina, outros 
microcristais arredondados e de tonalidade marrom 
escuro. 
 utiliza como reagente uma solução satura-Barbério
da de ácido pícrico em glicerina. Na presença do 
macerado de esperma, quando a reação é positiva, 
encontramos cristais em forma de agulhas ou alpis-
tes, corados de amarelo, isolados ou em grupos. 
 
 Provas de certeza
As provas de certeza são feitas pela demonstração 
de um único espermatozoide íntegro ou, então, de 
muitas de suas cabeças com fragmentos de caudas 
aderidas no material examinado. 
 
 Espermatozoides
Lâmpada de Woods emite raios ultravioletas. Em 
ambiente escuro, sob a lâmpada de Woods, o es-
perma apresenta luminosidade verde-
esbranquiçada. 
 
Não é patognomônico 
LIMITAÇÕES: até 72 horas depois da violência. 
Esta técnica tem muito falso positivo com algumas 
substâncias, como leite, vaselina líquida, loções 
suavizantes de pele, entre outras. 
- CORIN STOKIS – É uma para reação de certeza 
identificar o espermatozoide através de uma reação 
química em que se obtém determinada coloração 
para certeza. 
Além de espermatozoides outras células do esper-
ma podem fornecer cromossomos para pesquisa de 
DNA genômico do autor 
 
- Leucócitos do tipo linfócitos T 
- outros leucócitos 
- Células da mucosa uretral 
 
Anticorpos antiespematozoides 
Podem ser determinados tanto no sêmen como no 
sangue. 
Os testes diretos, que medem a presença de anti-
corpos antiespermatozoide na superfície do esper-
matozoide do paciente, são os preferidos. 
No caso de poucos espermatozoides móveis ou de 
contagens muito reduzidas, sangue ou sêmen do 
paciente podem ser usados em testes indiretos. 
 
 DNA
DNA GENÔMICO 
- Pode ser de origem paterna e materna. 
- Este é encontrado nos núcleos das células, vivas 
ou mortas, desde que o núcleo esteja preservado. 
 
DNA MITOCONDRIAL- 
- Origem exclusivamente materna 
- pode ser encontrado no citoplasma celular 
- Pode ser encontrado em células que não mais 
possuem núcleos: células superficiais da epiderme, 
cabelo sem bulbo capilar, pontas de unhas ... 
 
 DNA: muito cuidado com pegadinhas
 
 
 
 
 
 
 
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(ainda não estão na Glóbulos vermelhos jovens 
circulação geral): têm núcleos e mitocôndrias (pre-
sença de DNA GENÔMICO E MITOCONDRIAL). 
 (já estão na circulação Glóbulos vermelhos adultos
geral) Ausência de núcleos E mitocôndrias): sem 
análise de DNAs. 
(adultos ou jovens) (núcleo e mi-Glóbulos brancos 
tocôndrias) = pesquisa de DNAs. 
 
 SEXOLOGIA FORENSE
O correto encaminhamento dessas pacientes, víti-
mas de agressão sexual, é fundamental para o di-
agnóstico e prevenção da gravidez, doenças sexu-
almente transmissíveis (DST) e distúrbios psíquicos 
pós-agressão. 
Nos casos de pacientes atendidas na rede hospita-
lar, o registro adequado do atendimento e a docu-
mentação do exame são responsabilidade do médi-
co. A sua ausência pode configurar negligência e 
conduta ética incorreta. 
 
Os de conjunção quesitos presentes no laudo 
carnal incluem: 
Primeiro: se a paciente é virgem; 
Segundo: se há vestígio de desvirginamento recen-
te; 
Terceiro: se há outro vestígio de conjunção carnal 
recente; 
Quarto: se há vestígio de violência e, no caso afir-
mativo, qual o meio empregado; 
Quinto: se da violência resultou para a vítima inca-
pacidade para as ocupações habituais por mais de 
trinta dias ou perigo de vida, ou debilidade perma-
nente, ou incapacidade permanente para o trabalho, 
ou enfermidade incurável, ou deformidade perma-
nente, ou aceleração de parto, ou aborto – resposta 
especificada; 
Sexto: se a vítima é alienada ou débil mental; 
Sétimo: se houve outra causa, diversa de idade não 
maior de 14 anos, alienação ou debilidade que a 
impossibilite de oferecer resistência. 
 
Com deficiência mental, mas, com discernimento do 
ato sexual não é estupro. 
Ela fez de forma consensual. 
Perito relata os fatos. 
Delegado determina se houve estupro ou não. 
 
 
 
 “ Ter conjunção carnal ou praticar outro ato Art. 215.
libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro 
meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de 
vontade da vítima: 
Na configuração deste delito não importa o sexo, 
podendo , homem ou mulher, ser o qualquer pessoa
agente ou vítima. 
Manifesta-se em situações como cópula intercrucis, 
cópula bucal ou felação, cópula bucovulvar ou cuni-
língua, cópula anal, heteromasturbação, toques e 
apalpação de mamas e vagina, etc. 
Demonstração de ato libidinoso (diverso da conjun-
ção carnal), com análises de vestígios como marcas 
de mordidas, sêmen e outros fluidos corpóreos 
formas mais frequentes: 
 
 (sodomia) retal
 (felação) bucal
comumente associadas ao estupro
às vezes, com participação de mais de um agente
não raro, seguido de homicídio
 
 Perícia no ato libidinoso
É admissível a dispensabilidade do relatório médico-
legal, pois, alguns atos libidinosos comumente não 
deixam sequelas físicas. 
Por isso, sem a presença de vestígios o exame de 
corpo de delito, tem relevância a palavra da ofendi-
da, quando for coerente e concordante com os 
demais elementos probatórios. 
 
 
 
art. 236 CP: Contrair Crimes contra o casamento – 
casamento, induzindo em erro essencial o outro 
contraente, ou ocultando-lhe que não impedimento
seja casamento anterior 
Pena: 6 m a 2 anos 
Impedimento na área sexual = impotências 
 
 CLASSIFICAÇÃO DAS IMPOTÊNCIAS SEXUAIS
 normalmente aplicada a ambos os sexos COEUNDI:
por defeitos genéricos 
 típica masculina. Incapacidade de GENERANDI:
fertilização (gerar descendência) 
 típica feminina. Incapacidade de CONCIPIENDI:
concepção (conceber) 
 
 
 
 
 
 
 
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 compromete a capacidade de conjuga-COEUNDI:
ção. Tem como causas: 
 defeitos do órgão em si, relati-- INSTRUMENTAL:
vos ao ou volume, tamanho ausência do órgão ou 
presença de tumores
 
 
 
 defeitos no funcionamento do órgão - FUNCIONAL:
(disfunção erétil): 
 
 ORGANOFUNCIONAL:
 idade Fisiológica:
 disfunções endócrinas Fisiopática:
 doenças físicas (lesões nervosas) Orgânica:
 
 alterações psíquicas – inibi-- PSICOFUNCIONAL:
ção sexual inconsciente 
 = ESTERILIDADE: impossibilidade de GENERANDI
procriação 
 (impotência emocional): PSEUDO-IMPOTÊNCIA:
são fracassos sexuais passageiros motivados pelo 
nervosismo, desejos prolongados ou timidez exces-
siva 
 
 PERÍCIAS NAS IMPOTÊNCIAS MASCULINAS
Presumindo-se a impotência, em linhas gerais, após 
o a perícia se processa exame himenal da esposa,
no seguinte esquema: 
Dados anamnéticos sobre o passado sexual do 
 paciente
 geral Exame físico
 particularizado dos Exame órgãos sexuais
 Exame psiquiátrico
 complementares Exames laboratoriais
 
 
 
 
 IMPOTÊNCIAS FEMININAS
ALTERAÇÕES DO COMPORTAMENTO SEXUAL: 
 
 inaptidão para conjunção carnal pela ACOPULIA:
associação de defeito instrumental, associado ao 
temor da própria relação 
 
 
 repugnância sistemática e intranspo-COITOFOBIA:
nível ao ato sexual (possíveis causas: cultural, reli-
giosa, educacional, traumas familiares) 
 incapacidade absoluta de responder aos FRIGIDEZ:
estímulos erógenos ou sexuais para a realização 
do ato sexual ou incapacidade para o orgasmo 
 contratura espástica, involuntária, VAGINISMO:
dolorosa, intensae duradoura impedindo a penetra-
ção ou mesmo aprisionando o pênis em seu interior 
 sensação dolorosa durante o ato ou DISPAURENIA:
na conjunção carnal 
 é a esterilidade feminina por inca-CONCIPIENDI:
pacidade de conceber ou desenvolver o feto 
- agenesia de órgãos do aparelho CONGÊNITA:
reprodutor ou infantilismo 
- doenças infecciosas, venéreas, PATOLÓGICAS:
metabólicas, hormonais, obstrutivas, tumorais, in-
flamações agudas ou crônicas do trato genital ou 
urinário 
- impuberdade, menopausa, re-FISIOLÓGICAS:
troversão do útero e dismenorréias 
 PERÍCIAS NAS IMPOTÊNCIAS FEMININAS
Nas (alterações vagina, vulva, INSTRUMENTAIS
tumores, malformações): como a genitália é externa, 
não existe dificuldade na exploração clínica 
Nas (coitofobia, vaginismo, dispau-FUNCIONAIS
reunia): 
verificação da integridade himenal
 (diagnóstico pericial dificulto-Exames psicológicos
so) 
Na exames e outros ESTERILIDADE: endócrinos
 
 HERMAFRODITISMO
Trata-se da existência, no mesmo indivíduo, de 
órgãos apropriados e atividade sexual pertencente a 
ambos os sexos. 
É comum entre animais invertebrados e plantas. 
 
 PSEUDOHERMAFRODITISMO
homens geneticamente masculinos, com Masculino: 
órgãos externos com alguma semelhança com os 
femininos. 
São mulheres geneticamente femininas, Feminino: 
com útero, trompas e ovários funcionantes; os gran-
des lábios vulvares, no entanto simulam um saco 
escrotal. 
 O clitóris pode ter tamanho aumentado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Parafilia (perversão)
etimologia da palavra 
"para“: de paralelo, ao lado de 
"filia“: de amor à, apego à. 
Portanto, para estabelecer-se 
uma Parafilia, está implícito o 
reconhecimento daquilo que é 
convencional (estatisticamente 
normal) para, em seguida, detectar-se o que estaria 
"ao lado" desse convencional 
 
 Transtornos da sexualidade: PARAFILIAS
 distúrbios ou do qualitativos quantitativos instinto 
 sexual
pode ser sintoma de: 
 perturbação psíquica
 glandulares ou fatores orgânicos
simplesmente questão de preferência sexual
 
 
 
Chama-se parafilia a atividade sexual na qual a 
resposta (desejo, excitação e orgasmo) ocorre nor-
malmente, contudo o indivíduo necessita, para ob-
tenção da sua excitação, de um objeto ou práticas 
não usuais. 
Fisiologicamente é um indivíduo normal; apenas o 
elemento erógeno de sua excitação não é o usual. 
Existem diversas modalidades e variações. 
São consideradas práticas sexuais aceitas quando 
não provocam danos a outras pessoas ou aos cos-
tumes sociais. 
Nota-se que a prática da parafilia ocorre mais no 
sexo masculino. 
 
Transtornos da sexualidade 
 
1. É a Anafrodisia. ou deterioração do diminuição
no homem devido, geralmente, a instinto sexual 
uma doença nervosa ou glandular 
2. Distúrbio do instinto sexual que se ca-Frigidez.
racteriza pela diminuição do apetite sexual na mu-
 lher
3. Disfunção sexual rara caracterizan-Anorgasmia.
do-se pela condição de o homem não alcançar o 
 orgasmo
4. Erotismo. Tendência abusiva dos atos sexuais .
(satirismo nos homens e ninfomania nas mulheres) 
5. Auto-erotismo. apenas naCoito sem parceiro, 
contemplação ou na presença da pessoa amada 
 (coito Psíquico de Hammond)
6. Erotomania. no qual Forma mórbida de erotismo 
o indivíduo é levado por uma e ideia fixa de amor 
tudo nele gira em torno dessa paixão que domina e ,
 todos os seus instantes avassala
7. É um desvio da sexualidade em Frotteurismo.
que os indivíduos se aproveitam de aglomerações 
em transportes públicos ou em outros locais de 
aglomeração com o objetivo de esfregar ou encostar 
principalmente em mulheres, seus órgãos genitais, 
sem que a outra pessoa ou identifique suas inten-
ções 
 São indivíduos levados pela 8. Exibicionismo. ob-
 impulsiva sessão de mostrar seus órgãos genitais,
sem convite para a cópula, apenas por um estranho 
prazer incontrolável 
 É a 9. Narcisismo. ou admiração pelo próprio corpo
o culto exagerado da própria personalidade e cuja 
excitação sexual tem como referência o próprio 
corpo 
10. É um transtorno da preferência se-Mixoscopia.
xual que se caracteriza pelo prazer erótico desper-
tado em certos indivíduos em presenciar o coito de 
terceiros. Na França são chamados de Voyeurs
 11. Fetichismo. Amor por uma determinada parte do 
 corpo ou por objetos pertencentes à pessoa amada
 12. Lubricidade senil. Manifestação sexual exagera-
sendo sempre sinal de da, em determinadas idades, 
perturbações patológicas, como ou demência senil
paralisia geral progressiva. Costuma surgir em pes-
soas cuja longa existência foi honesta e correta 
13. Também chamado de troilismo ou Pluralismo.
Consiste na “ménage à trois”. prática sexual em que 
 
 
 
 
 
 
 
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 No Brasil é cha-participam três ou mais pessoas.
mado de suruba 
14. Prática heterossexual que se realiza Swapping.
entre integrantes de dois ou mais casais. Conhecido 
como troca de casais
15. Também chamada Gerontofilia. cronoinversão.
Consiste na atração de indivíduos jovens por pes-
 soas de excessiva idade
 
 
 
16. Seria a Cromo-inversão. propensão erótica de 
 Torna-certos indivíduos por outros de cor diferente.
se grave quando se torna obsessivo e compulsivo 
17. É uma variante da anterior sendo Etno-inversão.
a manifestação erótica por pessoas de raças dife-
 rentes
. Manifesta-se pela atração de certos 18. Riparofilia
indivíduos , de bai-por pessoas desasseadas, sujas
xa condição social e higiênica. Mais comum no ho-
mem 
 
 
 
19. Termo vem de “doll” (boneca). É a Dolismo. atra-
que o indivíduo tem ção por bonecas e manequins, 
olhando ou exibindo-as, chegando a ter relações 
com ela 
20. Personalidade que se manifesta Donjuanismo.
compulsivamente às sempre conquista amorosas,
de maneira ruidosa e exibicionista
. Ocorre em indivíduos 21. Travestismo heterosse-
xuais que se sentem impelidos a vestir-se com rou-
 fato este que lhe rende gratifi-pas do sexo oposto,
cação sexual. 
22. . Consiste na Urolagnia excitação de ver alguém 
ou apenas em ouvir o ruído da no ato da micção 
urina ou ainda urinando sobre a parceira ou esta 
sobre o parceiro. Chuva dourada 
 É a perversão em que o 23. Coprofilia. ato sexual se 
ou ao contato das pró-prende ao ato da defecação 
prias fezes. Observar o ato de defecar causa excita-
ção à estas pessoas 
 Preferência sexual pelo prazer obtido 24. Clismafilia.
pelo indivíduo que e introduz ou faz introduzir gran-
de quantidade de água ou líquidos no reto sob a ,
forma de enema ou lavagem 
25. Consiste na necessidade de alguns Coprolalia.
indivíduos em proferir ou ouvir de alguém palavras 
 a fim de excitá-los. Podem ser ditas antes obscenas
ou depois do coito no intuito de alcançarem o or-
gasmo 
26. É a Edipismo. isto é, o tendência ao incesto, 
impulso do ato sexual com parentes próximos 
27. Chamado também de zoofilismo, é a Bestialismo.
 satisfação sexual com animais domésticos
28. É o impulso obsessivo à excitação Onanismo.
dos órgãos sexuais, comum na puberdade. É a 
masturbação atribuindo o nome de Onan, persona-,
gem bíblico que nada tinha a ver com a masturba-
ção 
29. Satisfação Vampirismo. erótica quando na pre-
ou, em algu-sença de certa quantidade de sangue, 
mas vezes, obtida através de mordeduras na região 
lateral do pescoço 
 Manifesta-se pela obsessão e impul-30. Necrofilia.
so de praticar atos sexuais com cadáveres
31. Sadismo. Desejo e dor com o sofrimento da pes-
soa amada exercido pela crueldade do pervertido, ,
podendo chegar à morte. Também chamado de 
 algolagnia ativa
32. É a Masoquismo. busca de prazer sexual pelo 
 Também chamado de sofrimento físico ou moral.
 algolagnia passiva
 É o 33. Pigmalionismo. desvairado amor pelas está-
tuas Difere muito pouco do dolismo .
34. Perversão sexual que se manifesta Pedofilia.
pela indo desde os predileção eróticapor crianças, 
atos obscenos até a prática de atos libidinosos, 
denotando comprometimento psíquico 
35. Também chamado Homossexualismo masculino.
de uranismo ou pederastia
 Também chamado 36. Homossexualismo feminino.
 safismo, lesbianismo ou tribadismo
 É um 37. Transexualismo. transtorno da identidade 
também chamado de síndrome sexual, disforia se-
 xual
 
 
 
GRAVIDEZ 
 
Estágio fisiológico da mulher durante o qual ela traz 
dentro de si o produto da concepção 
 
 
 
 
 
 
 
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Concepção = fertilização = fecundação = Penetra-
ção do espermatozoide no ovócito (óvulo). 
Nidação = implantação do embrião no organismo 
materno (endométrio) 
Início da gravidez para o direito penal (Início da 
vida). 
 
 Diagnóstico importante em casos de: 
Investigação da paternidade 
Simulação e dissimulação de gravidez 
Verificação de gravidez nos casos infanticídio 
Atestados de pejamento para fins administrativos e 
trabalhistas 
Prova de violência carnal 
Impossibilidade de anulação de casamento e como 
meio para contrair novas núpcias 
Perícia de Gravidez: de atos libidinosos quando 
acompanhados de gravidez. 
 
Sinais de Presunção 
Não podem afirmar se está grávida, depende de 
exames complementares. 
 
São eles: 
Perturbações digestivas (desejos, inversões do 
apetitte, sialorréia, modificações da sensibilidade 
gustativa, vômitos, náuseas, anemias, desnutrição) 
Máscara gravídica (cloasma) 
Lanugem (sinal de Halban) 
Alterações de aparelhos e sistemas (lipotimia, taqui-
cardia, tonturas, síncope, polaciúria e sonolência) 
Pigmentação da linha alba (acastanhada) 
Alterações mamárias (crescidas; sensíveis; aréola 
acastanhada) 
 
Sinais de Probabilidade (cerca de 2 meses) 
 
- Suspensão da menstruação (amenorréia) 
- Cianose na vulva (sinal de Klüge) 
- Cianose da vagina (sinal de Jaquemier) 
- Pulsação vaginal (sinal de Oseander) 
- Fundo de saco vaginal ocupado pelo corpo uterino 
- Rechaço vaginal (sinal de Puzos) 
- Colo flexível, amolecido. 
 Sinais de Certeza 
 
Exame físico: 
- Movimentos do feto (18ª semana) 
- Batimentos cardiofetais (Doppler 12ª e es-
tetoscópio 20ª semana) 
- Rechaço uterino - sinal de Puzos (após 14ª 
semana) 
- Palpação de segmentos fetais (18ª semana) 
 
 Diagnóstico da Gravidez na Perícia
Não se aceita exame de urina para provar gravidez, 
pois a mulher pode utilizar urina de outra pessoa. 
Os exames não podem ser feitos em locais particu-
lares, pois, devem ser supervisionados pelo perito. 
 
Ultrassonografia 
-Mesmo não tendo nenhum indício comprovado de 
efeitos nocivos pelo uso semiológico, não se indica 
indiscriminadamente para diagnóstico precoce de 
gestação. 
-Permite a visualização do saco gestacional a partir 
da quinta semana. 
 
 
 
 
Gravidez 
extra-uterina 
A gravidez se realiza fora do útero 
Consequências: 
Rotura de tuba uterina 
Migração do ovo para cavidade peritoneal 
 
 
 
 
 
 Parto
 
 
 
 
 
 
 
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Conjunto de fenômenos fisiológicos e mecânicos 
cuja finalidade é a expulsão do feto viável e dos 
anexos. 
Início: 
– Para os obstetras, começa com as contrações 
uterinas. 
– Para os leigos, com a rotura da bolsa. 
Termina com o deslocamento e expulsão da placen-
ta (dequitação ou secundamento). 
 
FINAL DO PARTO E INÍCIO DO PUERPÉRIO 
Desgarros do focinho de tenca (colo do útero), nas 
multíparas (C), que imprimem ao orifício externo a 
forma de lábios com cicatrizes, em substituição ao 
aspecto em fenda transversal das primíparas (B), e 
puntiformes, nas nulíparas (A). 
Orifício externo do colo do útero, vista frontal 
 
 
 
 
Parto 
 
Dilatação do colo configura o início do parto. 
Se o concepto morrer, consideramos que ele teve 
vida. 
Portanto, terá atestado de óbito. 
Tumor do parto: bossa sanguinolenta occipital: pro-
va de nascimento em vida 
 
 
 
 
 
 ABORTO
a interrupção da gravidez, por morte do concepto 
, antes do parto. em qualquer época da gestação
Para se caracterizar o aborto é necessário e sufici-
ente que se comprove a morte do concepto ainda 
dentro do corpo da gestante
 
Se e a genitora o existirá a prática de nascer matar,
 infanticídio.
Perito precisa comprovar que não houve nascimen-
to com vida, senão, seria infanticídio 
 
 
 
 
 
 INFANTICÍDIO 
É o ato de matar o filho pela mãe, durante o parto 
ou logo após este, sob influência do estado puerpe-
ral (art. 123, CP). 
Caracterização do crime: 
 1 – “Matar” – isto é, tirar a vida de quem a tem (o 
natimorto descaracteriza o delito); 
2 – “sob a influência do estado puerperal” – ou seja, 
pelas condições que a parturição tenha gerado na 
mulher. O puerpério (puer parere – dar à luz uma 
criança). 
 
É a morte do recém-nascido provocada pela própria 
mãe, sob decorrente estado de transtorno mental,
do trabalho de parto (estado puerperal)
 
 
 
 
 
 
 
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“perturbação psíquica, de caráter Estado puerperal: 
agudo e transitório, que, por influência simultânea 
de fatores fisiológicos, 
psicológicos e sociais, acomete a parturiente ou a 
puérpera, até então mentalmente sã, afetando seu 
comportamento e podendo impeli-la à prática do 
infanticídio (ZACHARIAS apud DEL-CAMPO, 2007) 
Para se admitir o infanticídio, é indispensável que o 
 infante seja morto pela própria mãe
 
 A perícia médico-legal deve caracterizar:
1. prova de condição de nascendo ou recém nasci-
do; 
2. prova de vida extra-uterina; 
3. diagnóstico da causa da morte; 
4. exame da puérpera. 
 
EXAME DA PUÉRPERA: É CONSIDERADO IN-
 DISPENSÁVEL.
Deve dizer se houve ou não gravidez e parto, e se 
este é recente ou antigo. 
O parto antigo exclui o infanticídio. 
O perito analisará também o estado mental da mu-
lher (ex.: psicoses puerperais – estados psicopáti-
cos agravados pela gestação). 
Além disso, o perito dever analisar a existência e 
influência do estado puerperal na conduta da mu-
lher. 
 
 
 
DIAGNÓSTICO DA CAUSA DA MORTE 
As causas da morte podem ser criminais e não cri-
minais. 
As causas não criminais podem ser a morte decor-
rente de doença, de trabalho de parto em más con-
dições ou malformação da gestante ou do feto. 
Podem fazer o feto morrer, sem que haja crime: 
falta de maturidade, feridas obstétricas graves, do-
enças congênitas, vícios de conformação, hemorra-
gia umbilical, asfixia acidental, parto de surpresa, 
etc. 
 
PROVA DE CONDIÇÃO DE NASCENDO OU RE-
: CÉM NASCIDO
 
Através de exames como docimásias respiratórias e 
circulatórias, exame da agressão infanticida (?)(co-
agulação do sangue, afluxo leucocitário e outro rea-
ções vitais). 
Estudam-se ainda outros sinais orientadores como: 
induto sebáceo sobre a pele, tumor do parto, expul-
são do mecônio, estado do cordão umbilical, pre-
sença de ar no estômago e intestino. 
 
 PROVA DE VIDA EXTRA-UTERINA: 
A este conjunto de provas dá-se o nome de docimá-
sias, provas estas que se baseiam na existência 
sinais de vida manifestados, sobretudo, nas funções 
respiratórias e digestivas. 
Se nasceu com vida, deverá ter certidão nascimento 
e atestado de óbito. 
 
ABORTO 
Quinto mês gestacional 
25 cm 
500g 
Não é obrigado fornecer atestado de óbito. 
Sepulta mediante ofício do delegado de policia 
Médico que assistiu ao parto faz a declaração óbito 
 
 Idade gestacional
- HAASE idade é a raiz quadrada da estatura 
16 cm = 4 meses 
 
Ponto de Blecard 
Ponto de ossificação 
Quando aparece? 8º mês 
Digitais 6º mês 
 
 DOCIMASIAS (PROVA, TESTE)
Provas de nascimento com vida (ou não) 
A docimasia hidrostática de Galeno é utilizada para 
(pulmão colo-VERIFICAR o nascimento com vida 
cado em vasilha com água, se flutuar existiu respi-
ração = vida) 
A positividade da docimasia de Galeno depende, 
essencialmente da respiração do feto, ao nascer. 
PULMÕES QUE RESPIRAM DOCIMÁSIAS RES-
 PIRATÓRIAS DE GALENOFicam mais pesados que o fetal em função do apor-
te bem maior de sangue causado pela mudança do 
tipo de circulação fetal para a do recém-nascido. 
A densidade diminui pela penetração e expansão 
dos espaços aéreos. 
 
Consta de 4 etapas: 
1ª etapa – após a remoção do bloco que contem as 
vísceras torácicas e os órgãos do pescoço e da 
boca, o conjunto é colocada em um frasco com 
água. 
2° etapa – no caso de ir ao fundo, ou de ficar a meio 
caminho, os pulmões são separados ainda dentro 
da água. Caso os pulmões não venham a flutuar, 
passa-se à etapa seguinte. 
 
 
 
 
 
 
 
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3ª etapa – os pulmões que não flutuaram devem ser 
seccionados em pequenos pedaços, observando se 
alguns fragmentos vem à superfície. No caso de 
haver flutuação de algum deles, executa-se a etapa 
final 
4ª etapa – os fragmentos que flutuaram devem ser 
espremidos a fim de observar se há desprendimento 
de bolhas e se, logo em seguida, eles vão ao fundo 
ou continuam na superfície. 
 
Se jamais flutuar, não houve respiração. 
 
 
 
 
DOCIMASIA GASTROINTESTINAL DE BRESLAU
Quando respira, o recém-nascido executa movimen-
tos de deglutição, o que faz com que o estômago 
passe a conter, além da secreção, saliva e quanti-
 dade variada de ar.
A demonstração de ar no tubo digestivo, principal-
mente no estômago, permite afirmar que houve 
respiração. 
 
Retirar o e colocá-lo dentro de um tubo digestivo 
vasilhame com água. 
Se , é porque . flutuar contém ar
Flutuação duvidosa: fazer cortes no estômago ou 
segmentos do intestino delgado sob a água e verifi-
car se saem bolhas de gás de seu interior. 
Esta docimásia é um complemento da de Galeno. 
 
 
 
DOCIMASIA ÓPTICA DE BOUCHUT 
A inspeção dos pulmões começa já na abertura da 
cavidade torácica. Com a saída do feto, nota-se 
que: 
 
PULMÕES FETAIS (QUE NÃO RESPIRARAM) 
 Ficam retraídos. 
As margens livres são aguçadas e 
Apresentam cor pardo-avermelhada. 
Superfície pulmonar homogênea, semelhante à do 
fígado 
 
PULMÕES QUE RESPIRARAM 
Estão expandidos e recobrem parcialmente o saco 
pericárdico. 
Apresentam margens mais arredondadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOCIMASIA MICROSCÓPICA DE BALTHAZAR 
Cortar fragmento do pulmão e observar ao micros-
cópio e analisar se o alvéolo está aberto devido à 
presença de gás de respiração ou devido a gás de 
putrefação (enormes bolhas) 
Bolhas pequenas, distribuídas regularmente = respi-
ração 
 
 
 
PROVAS DE ABORTO 
 
Maceração fetal 
Feto papiráceo 
Litopédio 
Docimásias NEGATIVAS 
 
Diagnóstico de aborto na mulher viva 
Análise dos lóquios (secreções que saem pela vagi-
na) 
Trofoblasto: 
Lóquio, presença de 
células placentárias 
Pedaços de embrião 
Mulher morta: pode-se abrir a mulher e analisar o 
útero 
 
 
 
 
 
 
 
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Complicações do aborto 
Septicemia 
Choque séptico 
Perda do útero 
Perdas das trompas 
Morte 
 
 
 
Aborto clandestino 
Pode perfurar útero, furar vagina, intestino 
Complicações posteriores 
Uso de cureta, aspirador.

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