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Calendário Vacinal para Idosos

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MÓDULO IV
//curso de
APERFEIÇOAMENTO 
FORTALECIMENTO 
DAS AÇÕES DE IMUNIZAÇÃO 
NOS TERRITÓRIOS 
MUNICIPAIS
Aula 
24
// Calendário vacinal 
para adultos com 60 anos 
ou mais de idade. 
Movimentos Antivacina.
C
r
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d
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/
/
Todos os direitos reservados. É permitida a 
reprodução parcial ou total desta obra, desde 
que citada a fonte e que não seja para venda 
ou qualquer fim comercial. O conteúdo desta 
publicação foi desenvolvido e aperfeiçoado pela 
equipe MaisCONASEMS e Faculdade São 
Leopoldo Mandic.
Material de Referência. Mais CONASEMS. Curso de 
Aperfeiçoamento Fortalecimento das Ações de Imunização nos 
Territórios Municipais. Módulo IV: A Imunização Segura nos 
Ciclos de Vida- Aula 24 - Calendário vacinal para adultos com 60 
anos ou mais de idade. Movimentos Antivacina.
F ic ha 
C at al ogr áf ic a 
Ficha 
Técnica
Curadoria e Produção de Conteúdos 
Mandic 
André Ricardo Ribas Freitas
Fabiana Medeiros Lopes de Oliveira 
Giuliano Dimarzio
Laura Andrade Lagoa Nóbrega 
Márcia Fonseca
Regina Célia de Menezes Succi
Professora Conteudista - Faculdade São 
Leopoldo Mandic 
Profa. Dra.Ligia Castellon Figueiredo 
Gryninger
Gestor Educacional
Rubensmidt Ramos Riani
Coordenação Técnica e Pedagógica
Cristina Crespo
Valdívia Marçal
Coordenação Pedagógica – Faculdade 
São Leopoldo Mandic
Fabiana Succi
Patricia Zen Tempski
Especialista em Educação a Distância
Kelly Santana
Priscila Rondas
Designer instrucional 
Alexandra Gusmão
Juliana de Almeida Fortunato
Pollyanna Micheline Lucarelli
Este material foi 
elaborado e desenvolvido 
pela equipe técnica e 
pedagógica do Mais 
CONASEMS em parceria 
com a Faculdade São 
Leopoldo Mandic.
Web Desenvolvedor 
Aidan Bruno
Alexandre Itabayana
Barbara Monteiro
Cristina Perrone
Paloma Eveir
Coordenação Geral 
Conexões Consultoria em 
Saúde Ltda.
Revisão textual 
Gehilde Reis Paula de Moura
Olá!
Este é o seu Material de 
Referência da Aula 24 do 
Módulo 4. Ele apresenta de forma 
mais aprofundada o conteúdo 
referente ao tema Calendário 
vacinal para adultos com 60 anos 
ou mais de idade. Movimentos 
Antivacina. A proposta é agregar 
mais conhecimento à sua 
aprendizagem, por isso leia-o com 
atenção e consulte-o sempre que 
necessário!
Objetivos de 
aprendizagem
Identificar as principais doenças imunopreviníveis 
que podem trazer prejuízo importante para a vida 
do idoso.
Discutir sobre o surgimento dos diferentes 
movimentos antivacinas e refletir sobre suas 
consequências.
Entender o calendário de vacinação do idoso, bem 
como estimular e indicar a vacinação para esta faixa 
etária no SUS.
Entender como as fake news podem amplificar este 
comportamento e relacionar estratégias para a 
manutenção da credibilidade do Programa Nacional 
de Imunizações.
Reconhecer e identificar informações falsas no 
contexto da imunização.
01
02
03
04
05
Refletir sobre os impactos sociais causados pelos 
movimentos antivacinas. 06
intro
dução
Nesta Aula 24, você ampliará seus 
conhecimentos sobre a importância 
das ações de prevenção, sobretudo 
vacinação, contra influenza (gripe), 
tétano acidental e doenças 
pneumocócicas em idosos. 
Explanação sobre movimentos 
antivacinas.
Boa leitura!
// Calendário 
vacinal para 
adultos com 60 anos 
ou mais de idade
Os imunizantes estão presentes na rotina 
de pessoas em todas as faixas etárias e são 
fundamentais para combater doenças, 
salvando milhões de vidas anualmente. No 
caso dos idosos, é importante manter a 
vacinação em dia para garantir um 
envelhecimento ativo e saudável.
Calendário vacinal 
para adultos com 60 
anos ou mais de 
idade
/ / C a l e n d á r i o v a c i n a l p a r a a d u l t o s 
c o m 6 0 a n o s o u m a i s d e i d a d e
De acordo com a Sociedade Brasileira de 
Geriatria e Gerontologia, com o envelhecimento 
populacional e o aumento da prevalência das 
doenças crônicas e degenerativas, é importante 
que o idoso esteja atento às vacinas indicadas de 
acordo com a sua faixa etária.
Vamos enfatizar as principais doenças 
imunopreviníveis, cuja vacinação é ofertada para 
idosos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). São 
elas:
• Influenza (Gripe);
• difteria e tétano (dT);
• Pneumococo (Pneumocócica 23). 
É importante sempre estar atualizando o 
calendário vacinal do idoso de acordo com as 
vacinas tomadas durante a sua infância e fase 
adulta, como a Hepatite B e Febre Amarela. Além 
disso, também devem ser avaliados reforços 
vacinais de acordo com o cenário epidemiológico 
local diante de surtos, endemias e epidemias (por 
exemplo, casos de surtos de sarampo, meningite, 
etc).
/ / C a l e n d á r i o v a c i n a l p a r a a d u l t o s 
c o m 6 0 a n o s o u m a i s d e i d a d e
// Influenza 
(Gripe)
A Influenza ou gripe é uma infecção viral 
aguda do trato respiratório, com 
distribuição global e elevada 
transmissibilidade. Sua importância 
deve-se a altas taxas de hospitalização 
em idosos ou pacientes portadores de 
doenças debilitantes crônicas. 
Recentemente, tem sido destacado seu 
potencial pandêmico, resultado da 
emergência, a intervalos de tempo não 
muito bem definidos, de novos subtipos 
virais. 
/ / I n f l u e n z a ( G r i p e )
Agente Etiológico 
Vírus Influenza, que são vírus RNA, subdivididos 
em quatro tipos antigenicamente distintos: A, B, 
C e D. O tipo A é mais suscetível a variações 
antigênicas (mutações), contribuindo para a 
existência de diversos subtipos e sendo 
responsável pela ocorrência da maioria das 
epidemias de gripe. Os vírus Influenza B sofrem 
menos variações antigênicas e, por isso, estão 
associados com epidemias mais localizadas. Os 
vírus Influenza C são antigenicamente estáveis, 
provocam doença subclínica e não ocasionam 
epidemias, motivo pelo qual merecem menos 
destaque em saúde pública. 
Os vírus da influenza D afetam principalmente os 
animais e não são conhecidos por infectar ou 
causar doenças em pessoas. 
As vacinas contra a gripe sazonal não protegem 
contra os vírus influenza C ou D. Além disso, as 
vacinas contra a gripe não protegem contra 
infecções e doenças causadas por outros vírus 
que também podem causar sintomas 
semelhantes aos da gripe.
/ / I n f l u e n z a ( G r i p e )
Reservatório
Os vírus do tipo B ocorrem exclusivamente em humanos; os 
do tipo C, em humanos e suínos; os do tipo A, em humanos, 
suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves e os tipo D em 
suínos e bovinos. 
Modo de Transmissão 
O modo mais comum é a transmissão direta (pessoa a 
pessoa), por meio de gotículas expelidas pelo indivíduo 
infectado ao falar, tossir e espirrar. O modo indireto também 
ocorre por meio do contato com as secreções do doente. 
Nesse caso, as mãos são o principal veículo, ao propiciarem 
a introdução de partículas virais diretamente nas mucosas 
oral, nasal e ocular. Apesar da transmissão inter-humana ser 
a mais comum, já foi documentada a transmissão direta do 
vírus de aves e suínos para o homem. 
/ / I n f l u e n z a ( G r i p e )
Período de Incubação
Em geral, de 1 a 4 dias.
Período de Transmissibilidade
Um indivíduo infectado pode transmitir o vírus no 
período compreendido entre 2 dias antes do 
início dos sintomas até 5 dias após os primeiros 
sintomas.
Suscetibilidade e Imunidade
A suscetibilidade é geral. A imunidade aos vírus 
influenza é adquirida a partir da infecção natural 
ou pela vacinação, sendo que esta garante 
imunidade apenas em relação aos vírus 
homólogos da sua composição. Assim, um 
hospedeiro que tenha tido uma infecção com 
determinada cepa terá pouca ou nenhuma 
imunidade contra uma nova infecção por uma 
cepa variante do mesmo vírus. Isso explica, em 
parte, a grande capacidade deste vírus em causar 
frequentes epidemias e a necessidade de 
atualização constante da composição da vacina 
com as cepas circulantes. 
/ / I n f l u e n z a ( G r i p e )
Quadro Clínico
Apresenta-se com início abrupto com febre, dor no 
corpo e tosse seca. Em geral, tem evolução 
autolimitadade poucos dias. Na Influenza sazonal, 
os primeiros sintomas costumam se manifestar 24 
horas após o contato e, normalmente, a pessoa 
apresenta febre (>38ºC), dor de cabeça, dor nos 
músculos, calafrios, prostração, tosse seca, dor de 
garganta, espirros e coriza. Pode também 
apresentar pele quente e úmida, olhos 
hiperemiados e lacrimejantes. A febre é o sintoma 
mais importante, com duração em torno de 3 dias. 
Os sintomas sistêmicos são muito intensos nos 
primeiros dias da doença. Com sua progressão, os 
sintomas respiratórios tornam-se mais evidentes e 
mantêm-se, em geral, por 3 a 4 dias após o 
desaparecimento da febre. É comum a queixa de 
garganta seca, rouquidão e sensação de queimor
retroesternal ao tossir. O quadro clínico em adultos 
sadios pode variar de intensidade. Os idosos quase 
sempre se apresentam febris, às vezes sem outros 
sintomas, mas, em geral, a temperatura não atinge 
níveis tão altos. Na Influenza Pandêmica, as 
manifestações clínicas vão depender da 
patogenicidade e da virulência da nova cepa, 
podendo variar de casos mais leves até 
manifestações compatíveis com pneumonia viral 
primária.
/ / I n f l u e n z a ( G r i p e )
Complicações
São mais comuns em idosos e indivíduos com algumas 
condições clínicas, como doença crônica pulmonar 
(asma e doença pulmonar obstrutiva crônica - DPOC), 
cardiopatias (insuficiência cardíaca crônica), doença 
metabólica crônica (por exemplo, diabetes), 
imunodeficiência ou imunodepressão, gravidez e 
doença crônica renal. As complicações pulmonares 
mais comuns são as pneumonias bacterianas 
secundárias, principalmente pelos agentes 
Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus e 
Haemophillus Influenzae. 
/ / I n f l u e n z a ( G r i p e )
Diagnóstico Laboratorial 
Para o diagnóstico laboratorial deve-se 
realizar a coleta de material através de 
swab combinado (oral + nasal), para 
realização de exame de PCR. Deve-se 
verificar a disponibilidade de coleta 
que muitas vezes é limitada a 
situações de surtos ou casos 
hospitalizados. 
/ / I n f l u e n z a ( G r i p e )
Diagnóstico Diferencial 
As características clínicas da Influenza 
são semelhantes àquelas causadas 
por outros vírus respiratórios, tais 
como rinovírus, vírus parainfluenza, 
vírus sincicial respiratório, 
coronavírus e adenovírus. O 
diagnóstico, muitas vezes, só é 
possível pela análise laboratorial. 
/ / I n f l u e n z a ( G r i p e )
Tratamento
Durante os quadros agudos, recomenda-se repouso 
e hidratação adequada. Medicações antitérmicas 
podem ser utilizadas. No caso de complicações 
pulmonares graves, podem ser necessárias medidas 
de suporte intensivo. 
Os antivirais fosfato de oseltamivir (Tamiflu®) e 
zanamivir (Relenza® - autorizado em casos de 
intolerância gastrointestinal grave, alergia e 
resistência ao oseltamivir) são medicamentos de 
escolha para o tratamento de influenza. O 
tratamento com o antiviral, iniciado de maneira 
precoce, preferencialmente, nas primeiras 48h do 
início dos sintomas, pode reduzir a duração dos 
sintomas, principalmente em pacientes com 
imunossupressão e idosos. O Ministério da Saúde 
(MS) disponibiliza estes medicamentos no Sistema 
Único de Saúde (SUS) para influenza, conforme 
prescrição.
/ / I n f l u e n z a ( G r i p e )
Características Epidemiológicas
A influenza é uma doença sazonal, de 
ocorrência anual; em regiões de clima 
temperado, as epidemias ocorrem quase 
que exclusivamente nos meses de inverno. 
No Brasil, o padrão de sazonalidade varia 
entre as regiões, sendo mais marcado 
naquelas com estações climáticas bem 
definidas, ocorrendo com maior frequência 
nos meses mais frios, em locais de clima 
temperado.
/ / I n f l u e n z a ( G r i p e )
No século XX, ocorreram três importantes 
pandemias de influenza: a gripe espanhola (1918-
20), a gripe asiática (1957-60) e a de Hong Kong 
(1968-72) que, juntas, estima-se que causaram 
mais de 50 milhões de óbitos. Uma característica 
importante das pandemias é a substituição da cepa 
atual por uma nova cepa pandêmica. Nesse 
contexto, a influenza constitui uma das grandes 
preocupações das autoridades sanitárias mundiais, 
devido ao seu impacto na morbimortalidade 
decorrente das variações antigênicas cíclicas 
sazonais. Além disso, existe a possibilidade de 
haver pandemias, pela alta capacidade de mutação 
antigênica do vírus influenza A, inclusive com troca 
genética com vírus não humanos, ocasionando 
rápida disseminação e impacto entre os suscetíveis 
não imunes, com grande repercussão social e 
econômica. A importância da influenza como 
questão de saúde pública cresceu após o ano de 
2009, quando se registrou a primeira pandemia do 
século XXI, devido ao vírus influenza A (H1N1), com 
mais de 190 países notificando milhares de casos e 
óbitos pela doença. Verifica-se maior gravidade em 
idosos, crianças, pessoas com comprometimento 
imunológico, cardiopatias e pneumopatias.
/ / I n f l u e n z a ( G r i p e )
A vigilância da influenza, inclui, entre outras, ações 
de prevenção e controle, capacitações da rede, 
atualização dos sistemas de informação, pesquisas 
e distribuição de medicamentos e vacinas. Em 
2000, foi instituída a vigilância da influenza no 
Brasil, por meio da vigilância sentinela de 
Síndrome Gripal (SG). Após a pandemia de 
influenza A(H1N1) em 2009, foi observada a 
necessidade de investimentos na rede de 
vigilância da influenza no Brasil para qualificação 
do serviço. 
A partir de 2011, com a implementação de 
recursos financeiros, pactuados através de 
portarias para fortalecimento da vigilância 
sentinela de influenza, nos eixos epidemiológico e 
laboratorial, houve um aumento no número de 
unidades de saúde sentinelas para influenza e 
também foi incorporada a vigilância de Síndrome 
Respiratória Aguda Grave (SRAG) como sentinela. 
Com essas ações, foi observado melhorias na 
captação de dados epidemiológicos, no 
diagnóstico laboratorial e também no acesso 
oportuno ao medicamento. A vigilância sentinela 
constitui-se numa rede de serviços de saúde, 
presente em todas as regiões do país, tendo por 
objetivos: identificar os vírus respiratórios 
circulantes; permitir o monitoramento de 
atendimento dos casos hospitalizados e de óbitos, 
para orientar na tomada de decisão nas três 
esferas do Sistema Único de Saúde – SUS. 
/ / I n f l u e n z a ( G r i p e )
A vacinação é considerada a melhor estratégia de 
prevenção para influenza, possui capacidade de 
promover imunidade durante o período de maior 
circulação dos vírus influenza reduzindo o 
agravamento da doença e o número de óbitos. 
A estratégia de campanhas anuais de vacinação 
contra a influenza é realizada desde 1999, com o 
propósito de reduzir internações, complicações e 
mortes na população alvo. O estabelecimento de 
grupos populacionais prioritários a serem cobertos 
é uma decisão respaldada em bases técnicas, 
científicas e logísticas, evidência epidemiológica, 
eficácia e segurança do produto, somados à garantia 
da sustentabilidade da estratégia adotada para a 
vacinação. Atualmente, os grupos prioritários para 
receber a vacina pelo SUS incluem: pessoas de 60 
anos e mais, crianças de seis meses a menores de 6 
anos de idade, trabalhadores da saúde, gestantes, 
povos indígenas, professores, pessoas com 
comorbidades e outras condições clínicas especiais, 
pessoas com deficiência permanente, puérperas, 
forças de segurança e salvamento, forças armadas, 
caminhoneiros, trabalhadores de transporte 
coletivo rodoviário de passageiros urbano e de 
longo curso, trabalhadores portuários, funcionários 
do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 
21 anos de idade sob medidas socioeducativas e 
população privada de liberdade.
/ / I n f l u e n z a ( G r i p e )
// Vacina contra 
Influenza
/ / V a c i n a c o n t r a I n f l u e n z a
A composição da vacina é estabelecida 
anualmente pela OMS, com base nas 
informações recebidas de laboratórios de 
referência sobre a prevalência das cepascirculantes. A partir de 1998, a OMS faz 
recomendações sobre a composição da vacina 
no segundo semestre de cada ano para atender 
às necessidades de proteção contra influenza 
no inverno do Hemisfério Sul. A vacina é 
composta de cepas virais inativadas, purificadas 
e cultivadas em células de embrião de galinha. 
As vacinas atualmente utilizadas no Programa 
Nacional de Imunizações (PNI) são trivalentes. 
Composição e 
Apresentação
A vacina influenza deve ser administrada 
anualmente em todas as pessoas incluídas nos 
grupos prioritários. O esquema vacinal e a 
dosagem podem variar conforme a idade.
Crianças até 8 anos de idade devem receber 2 
doses no primeiro ano de vacinação com 
intervalo mínimo de 30 dias entre elas; a partir 
do ano seguinte, devem receber apenas 1 dose. 
Crianças a partir de 9 anos de idade e adultos 
recebem 1 dose anualmente, inclusive no 
primeiro ano de vacinação.
A dose é de 0,25ml para crianças entre 6 meses 
e 2 anos, 11 meses e 29 dias de idade. A partir 
de 3 anos completos a dose é de 0,5ml.
/ / V a c i n a c o n t r a I n f l u e n z a
Esquema 
Vacinal
Via de 
administração
Deve ser administrada por via intramuscular ou 
subcutânea profunda. Recomenda-se a 
administração da vacina por via subcutânea em 
pessoas que apresentam discrasias sanguíneas ou 
estejam utilizando anticoagulantes orais.
Conservação 
e validade
Deve ser conservada entre +2°C e +8°C. Após a 
abertura do frasco, deve ser utilizada até 7 dias, 
desde que mantidas as condições assépticas e 
temperatura adequada. O prazo de validade 
estabelecido pelo produtor necessita ser 
rigorosamente respeitado.
Eficácia
Quando há boa equivalência entre a cepa viral 
contida na vacina e a cepa circulante, a proteção 
contra influenza é da ordem de 70% a 90% em 
menores de 65 anos. As pessoas mais idosas ou 
com algumas doenças crônicas podem apresentar 
títulos mais baixos de anticorpos séricos após a 
vacinação e continuar suscetíveis à influenza. 
/ / V a c i n a c o n t r a I n f l u e n z a
• Doenças febris agudas, moderadas ou graves: 
recomenda-se adiar a vacinação até a resolução 
do quadro, com o intuito de não se atribuir à 
vacina as manifestações da doença.
• História de alergia a ovo: pessoas que após a 
ingestão de ovo apresentaram apenas urticária: 
recomenda-se administrar a vacina influenza, sem 
a necessidade de cuidados especiais. Em pessoas 
que após ingestão de ovo apresentaram quaisquer 
outros sinais de anafilaxia (angioedema, 
desconforto respiratório ou vômitos repetidos), a 
vacina pode ser administrada, desde que em 
ambiente adequado para tratar manifestações 
alérgicas graves (atendimento de urgência e 
emergência). A vacinação deve ser aplicada sob 
supervisão médica, preferencialmente.
• Em caso de ocorrência de síndrome de Guillain-
Barré (SGB) no período de até 30 dias após 
recebimento de dose anterior, recomenda-se 
realizar avaliação médica criteriosa sobre 
benefício e risco da vacina antes da administração 
de uma nova dose.
Precauções
/ / V a c i n a c o n t r a I n f l u e n z a
Contraindicações
História de anafilaxia à dose 
anterior da vacina e para as 
crianças menores de 6 meses 
de idade. 
/ / V a c i n a c o n t r a I n f l u e n z a
• Locais: eritema, dor e enduração de pequena 
intensidade, com duração de até dois dias. 
• Sistêmicos: febre, mal-estar e mialgia, mais 
frequentes em pessoas que não tiveram exposição 
anterior aos antígenos da vacina. A vacinação não 
agrava sintomas de pacientes asmáticos nem induz 
sintomas respiratórios. 
• Reações de hipersensibilidade: reações anafiláticas, 
extremamente raras e podem ser associadas a 
qualquer componente da vacina.
• Neurológicos: raramente, a aplicação de algumas 
vacinas pode anteceder o início da Síndrome de 
Guillain-Barré (SGB). Os sintomas geralmente 
aparecem na segunda semana e no máximo em até 
seis semanas após a administração da vacina 
influenza. A relação causal entre vacinas influenza e 
SGB apresenta resultados contraditórios. É 
desconhecido, até o momento, se a vacina 
influenza pode aumentar o risco de ocorrência da 
SGB em indivíduos com história pregressa dessa 
patologia. 
Eventos
adversos
/ / V a c i n a c o n t r a I n f l u e n z a
Todos os casos suspeitos de eventos 
adversos graves, raros e inusitados e 
erros de imunização (programáticos) 
devem ser notificados e investigados 
no sistema de registro e-SUS 
Notifica, disponível em 
https://notifica.saude.gov.br/notificacoes.
/ / V a c i n a c o n t r a I n f l u e n z a
// Tétano Acidental
/ / T é t a n o A c i d e n t a l
É uma toxi-infecção grave, não contagiosa, causada pela 
ação de exotoxinas produzidas pelo bacilo tetânico, as 
quais provocam um estado de hiperexcitabilidade do 
sistema nervoso central. A descrição do agente 
infeccioso, manifestações clínicas, modo de 
transmissão, diagnóstico e tratamento foram 
apresentados na semana 15 do curso. 
Postura de opistótono, 
decorrente de contratura 
muscular generalizada, 
causada pela toxina 
tetânica. Fonte: Biblioteca 
Pública de imagem de 
Saúde, Filadélfia, EUA. 
Riso sardônico, causado por 
contratura da musculatura 
facial. Fonte: Netter Images, 
Elsevier
Entre as medidas de prevenção e controle para 
reduzir a ocorrência de casos de tétano acidental no 
país, a vacinação é a principal medida de prevenção. 
Para a população idosa manter o esquema vacinal 
de reforço a cada 10 anos é de extrema relevância 
no combate ao tétano acidental. A vacina 
preconizada e disponível no SUS para esse reforço é 
a vacina dupla bacteriana do tipo adulto – dT, que 
promove imunização contra o tétano e também 
contra a difteria.
Vacina dupla bacteriana do tipo adulto – dT
Indicações: 
A vacina é utilizada na rede pública para a proteção 
das pessoas que não iniciaram ou não terminaram o 
esquema contra difteria e tétano até aos 6 anos, 11 
meses e 29 dias de idade com a vacina penta/DTP e 
para as doses de reforço a cada dez anos.
/ / T é t a n o A c i d e n t a l
Esquema preconizados de 
acordo com histórico 
vacinal:
• Esquema vacinal básico contra o tétano 
completo (3 doses): aplicar uma dose a 
cada dez anos.
• Esquema vacinal básico contra o tétano 
incompleto: completar esquema. 
Posteriormente, reforços a cada dez 
anos. 
/ / T é t a n o A c i d e n t a l
Histórico vacinal desconhecido ou não 
vacinados: uma dose de dT a qualquer 
momento, seguida de duas outras doses da dT, 
no esquema 0 - 2 - 4 a 6 meses. 
Posteriormente, reforços a cada dez anos. 
O detalhamento sobre essa vacina já foi 
apresentado nas semanas 13 e 23 do curso. 
Observação: As doses de dTpa recebidas por 
gestantes, profissionais de saúde ou outros 
indivíduos também são consideradas válidas ao 
se verificar o esquema vacinal de tétano e 
difteria. 
/ / T é t a n o A c i d e n t a l
// Doença 
Pneumocócica
A infecção causada pela bactéria Streptococcus 
pneumoniae (pneumococo) é uma das principais causas 
de morbidade e mortalidade em todo o mundo. O 
pneumococo causa doenças que atingem o trato 
respiratório e o cérebro, classificadas em dois tipos: 
Doença Pneumocócica Invasiva (DPI) – meningite, 
pneumonia bacterêmica e sepse, e Doenças Não 
Invasivas, consideradas mais leves, mas de grande peso 
econômico e social, que incluem otite média, sinusite, 
bronquite e também a pneumonia não bacterêmica.
/ / D o e n ç a P n e u m o c ó c i c a
Agente 
Etiológico
O Streptococcus pneumoniae ou 
pneumococo é uma bactéria gram-
positiva, capsulada, que tem mais 
de 93 sorotipos imunologicamente 
distintos de importância 
epidemiológica mundial na 
distribuição. 
Reservatório
O homem, sendo a nasofaringe o local de 
colonização do microrganismo, é o principal 
reservatório do Streptococcus pneumoniae. Taxas 
de colonização variam de acordo com a idade; 
estima-se que de 30% a 70% das crianças sejam 
colonizadas pelo S. pneumoniae (portam a 
bactéria da nasofaringe e, não necessariamente, 
irãoadoecer).
/ / D o e n ç a P n e u m o c ó c i c a
Modo de 
Transmissão
Contato direto (de pessoa para pessoa) ou pelo 
contato com as secreções nasofaríngeas por 
meio de gotículas de saliva ou muco expelidos 
quando os indivíduos infectados tossem, falam 
ou espirram. Algumas pessoas possuem a 
bactéria na nasofaringe sem apresentar 
qualquer sintoma, mas ainda assim são capazes 
de disseminá-la. Os portadores mais frequentes 
são as crianças menores de 2 anos.
Período de 
Incubação
Em geral, de 2 a 10 dias, em 
média 3 a 4 dias.
/ / D o e n ç a P n e u m o c ó c i c a
Suscetibilidade, 
Vulnerabilidade 
e Imunidade
A suscetibilidade é geral. As 
crianças menores de 5 anos, 
principalmente as menores de 1 
ano, pessoas maiores de 60 anos e 
indivíduos portadores de quadros 
crônicos ou de doenças 
imunossupressoras apresentam 
maior risco de adoecimento.
/ / D o e n ç a P n e u m o c ó c i c a
Quadro 
Clínico
Entre as principais manifestações clínicas 
provocadas pelo pneumococo citamos:
• Bacteremia pneumocócica: pode ocorrer em 
pacientes imunocompetentes e 
imunodeprimidos, e os que sofreram 
esplenectomia (retirada do baço) estão 
particularmente em risco. Quando ocorre 
bacteremia (presença da bactéria na corrente 
sanguínea), a infecção secundária de locais 
distantes pode provocar infecções, tais como 
artrite séptica, meningite e endocardite. 
Apesar do tratamento, a taxa geral de casos 
fatais para bacteremia é 30% a 40% em idosos. 
O risco de morte é mais alto durante os 
primeiros 3 dias. 
/ / D o e n ç a P n e u m o c ó c i c a
• Pneumonia pneumocócica: é a infecção 
grave mais frequente causada pelo 
pneumococo, podendo manifestar-se 
como pneumonia lobar ou, menos 
comumente, como broncopneumonia. 
• Sinusite paranasal pneumocócica: sinusite 
paranasal pode ser provocada por 
pneumococos e se tornar crônica e 
polimicrobiana. Os seios maxilares e 
etmoidais são acometidos com mais 
frequência. Infecção dos seios da face 
provoca dor e secreção purulenta e pode 
se estender para o crânio, causando as 
seguintes complicações: trombose do 
seio cavernoso, abscessos cerebrais, 
epidurais ou subdurais, tromboflebite 
cortical séptica, meningite.
/ / D o e n ç a P n e u m o c ó c i c a
• Meningite pneumocócica: a meningite 
purulenta aguda é provocada 
frequentemente por pneumococos e 
pode ser secundária a bacteremias de 
outros focos (em especial pneumonia); 
extensão direta de otite, processo 
mastoide ou seios paranasais. Ocorrem 
sintomas típicos de meningite (ex., 
cefaleia, rigidez de nuca e febre). As 
complicações após a meningite 
pneumocócica incluem: perda auditiva 
(em até 50% dos pacientes), 
convulsões, disfunção mental, paralisias 
e óbito.
/ / D o e n ç a P n e u m o c ó c i c a
Diagnóstico
O diagnóstico laboratorial 
específico é feito por meio das 
técnicas de cultura, Reação em 
Cadeia Polimerase (PCR) e 
aglutinação pelo látex. A cultura 
é considerada padrão ouro para 
o diagnóstico da doença.
Devem ser feitos testes de 
sensibilidade antimicrobiana.
/ / D o e n ç a P n e u m o c ó c i c a
Tratamento
Em caso de suspeita de infecção pneumocócica, 
embora o tratamento de escolha para as infecções 
pneumocócicas seja com antibióticos betalactâmicos 
ou macrolídios, o tratamento tornou-se um desafio 
pelo surgimento de cepas resistentes. Cepas 
altamente resistentes a penicilina, ampicilina e outros 
betalactâmicos são mundialmente comuns. O fator 
predisponente mais comum para resistência a 
betalactâmicos é o uso desses fármacos nos vários 
meses anteriores. A resistência a antibióticos 
macrolídios também aumentou significativamente; 
esses fármacos não são recomendados como 
monoterapia para pacientes hospitalizados com 
pneumonia adquirida na comunidade.
Pacientes gravemente enfermos com infecções não 
meníngeas causadas por microrganismos altamente 
resistentes à penicilina frequentemente podem ser 
tratados com cefalosporinas de 3ª geração como 
ceftriaxona ou cefotaxima. 
O tratamento precoce e adequado dos casos reduz 
significativamente a letalidade da doença e é 
importante para o prognóstico satisfatório. 
/ / D o e n ç a P n e u m o c ó c i c a
Características 
Epidemiológicas
Mundialmente, as doenças do trato 
respiratório inferior são consideradas um 
problema de saúde pública, 
representando as principais causas de 
morbimortalidade em todas as idades. A 
incidência de pneumonia adquirida na 
comunidade aumenta com a idade, 
atingindo 25 a 35 casos por 1.000 
habitantes por ano na população com 65 
anos ou mais, sendo o Streptococcus 
pneumoniae (pneumococo) o agente 
etiológico mais comum nessa faixa etária. 
/ / D o e n ç a P n e u m o c ó c i c a
A vacina pneumocócica 23-valente é 
polissacarídica, induz resposta imunológica de 
curta duração, sem induzir memória 
imunológica, os níveis de anticorpos 
diminuem após cinco a dez anos, e essa queda 
é mais rápida em alguns grupos que em 
outros, como imunodeprimidos, incluindo os 
pacientes com esplenectomia anatômica ou 
funcional. Indicada para as crianças a partir de 
dois anos de idade.
Composição: Trata-se de vacina inativada. É 
composta de partículas purificadas 
(polissacarídeos) das cápsulas de 23 tipos 
de Streptococos pneumoniae (pneumococo), 
cloreto de sódio, água para injeção e fenol.
Vacina 
pneumocócica 
polissacarídica 
23-valente – VPP23
/ / D o e n ç a P n e u m o c ó c i c a
O SUS oferta para pessoas com 60 anos e 
mais de idade que vivem em instituições 
fechadas como asilos, hospitais e casas de 
repouso, por apresentarem mais riscos de 
contrair pneumonias. Há também algumas 
situações clínicas que podem receber a 
vacina pelos Centros de Referência para 
Imunobiológicos Especiais (CRIEs), como 
pneumopatas crônicos, 
esplenectomizados, pacientes oncológicos, 
transplantados de órgãos sólidos ou de 
células-tronco hematopoiéticas, pessoas 
vivendo com HIV/aids, entre outros. 
Indicação
/ / D o e n ç a P n e u m o c ó c i c a
Via de administração
Intramuscular profunda.
Esquema
Uma dose, com um reforço único após 5 anos. 
Não se deve administrar mais do que 1 reforço 
devido à possibilidade de indução de tolerância 
imunológica.
Conservação e validade: deve ser conservada 
entre +2°C e +8°C e não deve ser congelada. 
Contraindicação: histórico de anafilaxia causada 
por algum componente ou dose anterior da 
vacina. Crianças menores de 2 anos de idade.
Eventos adversos 
As reações adversas mais frequentes, que 
ocorrem com mais de 10% dos vacinados, são 
dor no local da aplicação (60,0%), inchaço ou 
endurecimento (20,3%); vermelhidão (em 
16,4%); dor de cabeça (17,6%); cansaço (13,2%) 
e dor muscular (11,9%). Reações locais mais 
intensas, com inchaço de todo braço, chegando 
até o cotovelo, hematoma e manchas vermelhas 
podem ocorrer em menos de 10% dos 
vacinados.
/ / D o e n ç a P n e u m o c ó c i c a
// Meningites
Vivemos em um mundo no qual é muito 
difícil de imaginar que, há algumas 
décadas, era comum que as pessoas 
morressem por doenças como rubéola, 
meningite, poliomielite e tétano. Com a 
evolução da medicina e o 
desenvolvimento de vacinas, essas 
enfermidades se tornaram raras e 
passaram a ser vistas como algo de um 
passado distante.
/ / M e n i n g i t e s
Por ser uma questão que interfere na 
saúde mundial, é importante considerar o 
posicionamento da Organização Mundial 
da Saúde (OMS) sobre o assunto. E ela não 
poderia ser mais clara. A organização 
divulgou uma lista das 10 grandes ameaças 
à saúde em 2019 e, entre elas, estava o 
medo de vacina. A questão foi apontada 
como um dos problemas que mais poderia 
causar vítimas neste ano.
A vacina é a forma mais eficiente de 
prevenir uma série de doenças. Dados 
divulgados pela OMS apontam que a 
medida é responsável por evitar de 2 a 3 
milhões de mortes por ano, atualmente. A 
decisão de não vacinar mais os filhos pode 
parecer algo individual. Mas, na verdade, é 
uma questão de saúde pública. 
/ / Me n i n g i t e s
A partir do momento em que crianças não são mais 
vacinadas, cria-se um grupo suscetível a contrair 
determinadas doenças. Como portadoras dos 
agentes infecciosos, elas acabam propagando 
enfermidades para outros dois grupos: os que 
também escolheram não tomar vacinas, mas 
também os que, por algum motivo, não podem 
tomá-las e estariam vulneráveis. Nesse último caso, 
encontram-se os que ainda não têm idade para 
serem imunizados contra certas doenças e os que 
têm alguma deficiência imunológica. Com isso, a 
sociedade fica ainda mais exposta a surtos. 
Em resumo, quanto mais pessoas se vacinarem, 
mais a população como um todo estará protegida. 
Esse fenômeno no qual a maioria da população é 
vacinada, controlando a disseminação de doenças e 
protegendo quem ainda não se vacinou, é chamado 
de efeito rebanho ou imunidade de grupo. 
Uma 
decisão 
coletiva
/ / M e n i n g i t e s
Apesar de já existirem pessoas que desconfiavam da 
eficiência e segurança da vacina, a comunidade 
médica acredita que o movimento antivacina teve 
um estopim. Em 1998, o médico britânico Andrew 
Wakefield publicou um estudo em uma respeitada 
revista científica, a Lancet. Nele, Wakefield 
relacionava a vacina tríplice viral, que previne contra 
a caxumba, o sarampo e a rubéola, ao autismo. Das 
12 crianças com autismo analisadas no artigo, oito 
teriam manifestado a doença duas semanas depois 
da aplicação da vacina. A teoria era de que o 
sistema imunológico havia sofrido uma sobrecarga 
com a imunização. Um tempo após a publicação, o 
estudo começou a ser questionado. O médico 
estava envolvido com advogados que queriam lucrar 
a partir de processos contra fabricantes de vacinas. 
Além disso, ele utilizou dados falsos e alterou 
informações sobre os pacientes. Após a confirmação 
do caso, a Lancet se retratou e retirou o estudo de 
seus arquivos. 
A origem do 
movimento
/ / M e n i n g i t e s
Mas depois que algo dessa gravidade chega 
na população como confiável, fica difícil 
desfazer o estrago. Até hoje, muitas 
pessoas citam o estudo, relacionando não 
apenas a vacina tríplice viral com o 
autismo, mas vacinas de modo geral. 
As consequências dessa confusão afetam o 
presente, com pais deixando de vacinar 
seus filhos e impulsionando o retorno de 
doenças que estavam praticamente 
erradicadas. Em 2019, a OMS declarou que 
os surtos de sarampo que estavam 
ocorrendo se deviam à falta de cobertura 
da vacina em certas regiões. Cerca de 110 
mil pessoas morreram por causa da doença 
em 2017. 
/ / M e n i n g i t e s
Para o grupo contrário à vacina, o correto seria 
iniciar a vacinação quando a pessoa estivesse 
com o sistema imunológico mais “maduro”. 
Além disso, os componentes desse grupo 
acreditam que as vacinas deveriam ser dadas 
uma de cada vez (sem a aplicação de uma 
única injeção para mais de uma doença) e que 
o tempo entre uma dose e outra deveria ser 
maior. A justificativa das pessoas que 
defendem esse movimento é que aplicar 
doses combinadas ou simultâneas causaria 
uma suposta sobrecarga imunológica. 
Argumentação 
contra 
vacina 
/ / M e n i n g i t e s
Vale ressaltar que a OMS já declarou que a 
administração de várias vacinas ao mesmo tempo não 
causa problemas à imunidade. Ela também defende 
essa medida para evitar um desconforto na criança, de 
ter que se submeter a diversas doses, e para ela não 
precisar ir a centros de saúde inúmeras vezes, 
economizando tempo, dinheiro e não deixando que ela 
fique ainda mais exposta a outras doenças que 
poderiam ser transmitidas nesses locais. 
Estudos apontam que a ausência de vacinas na infância 
aumentaria drasticamente a mortalidade infantil. No 
século 20, uma em cada cinco crianças com menos de 
5 anos morria de alguma doença infecciosa. 
Também já foi constatado que os bebês podem ser 
capazes de ter respostas imunológicas antes mesmo de 
nascerem. Estima-se que uma criança já seria capaz de 
responder a aproximadamente 10 mil antígenos. Logo, 
os especialistas concluíram que se elas recebessem 11 
vacinas simultaneamente, apenas 0,1% do sistema 
imunológico estaria sendo utilizado. Vale lembrar que 
até os 2 anos, as crianças recebem cerca de 33 vacinas. 
A eficácia das vacinas já foi mais do que provada pela 
ciência, pela medicina, pelas estatísticas. Dois milhões 
de pessoas salvas por ano, ou quatro vezes a Guerra 
Civil Síria, não são um número qualquer.
/ / M e n i n g i t e s
// Considerações 
Finais
Chegamos ao final desta aula. É 
importante destacar os seguintes 
pontos abordados:
1- A gripe, ou influenza, é uma doença respiratória 
com sinais e sintomas semelhantes a várias outras 
infecções virais do trato respiratório. 
2- A infecção por influenza, apesar de evoluir de 
forma benigna na maioria dos casos, tem maior 
potencial de gravidade em imunodeprimidos, 
gestantes e idosos.
3- A vacinação contra a Influenza é capaz de reduzir 
casos de internações e óbitos, principalmente nos 
grupos mais vulneráveis. 
4- A vacina Influenza é disponibilizada para os grupos 
prioritários anualmente, antes do inverno, com a 
composição recomendada pela Organização Mundial 
de Saúde, considerando as cepas virais mais comuns 
no ano vigente. 
// Considerações Finais
5- Para obterem proteção adequada, os idosos devem 
receber a vacina influenza todos os anos.
6- O tétano acidental ainda é uma doença responsável 
por internações e óbitos no Brasil, já que grande 
parcela da população adulta, incluindo os idosos, não 
possui o esquema vacinal atualizado.
7- Idosos também devem receber, a cada 10 anos, 
vacina dupla bacteriana do tipo adulto – dT.
A infecção causada pela bactéria Streptococcus 
pneumoniae (pneumococo) é uma das principais 
causas de morbidade e mortalidade em todo o 
mundo.
8- O pneumococo é uma bactéria que pode causar 
diversas doenças, como otite média, sinusite, 
bronquite, meningite, pneumonia e sepse.
9- Existem mais de 90 sorotipos de pneumococos 
identificados. 
10 - A vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente 
está indicada para idosos (acamados, hospitalizados 
ou institucionalizados) e para algumas situações 
clínicas de maior risco de infecção e complicações, 
como diabéticos, pessoas vivendo com HIV/aids, 
transplantados, pacientes oncológicos, portadores de 
pneumopatias ou cardiopatias, entre outros.
// Considerações Finais
11- A Organização Mundial de Saúde estima que as 
vacinas previnem de 2 a 3 milhões de óbitos no 
mundo, por ano e tem como uma meta combater a 
recusa vacinal que foi considerada uma das principais 
ameaças à saúde, atualmente. 
12 - A disseminação de informações incorretas, 
conhecidas como fake news, são uma das principais 
responsáveis pela diminuição da aceitação da 
população às vacinas.
13 - O profissional de saúde, principalmente o 
profissional da sala de vacina, tem um papel 
fundamental na orientação da população, 
multiplicando informações corretas sobre imunização 
e reforçando a importância de todos estarem 
vacinados, valorizando o papel do SUS e do PNI para a 
proteção da saúde de toda a população.
// Considerações Finais
Até a 
próxima!
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de 
Vigilância em Saúde. Departamento de 
Vigilância Epidemiológica. Doenças 
infecciosas e parasitárias: Guia de bolso / 
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância 
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Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de 
Vigilânciaem Saúde. Departamento de 
Imunização e Doenças Transmissíveis. 
Coordenação-Geral do Programa Nacional de 
Imunizações. Manual dos Centros de 
Referência para Imunobiológicos Especiais– 5. 
ed. – Brasília, 174 p. 2019. [acesso em: 19 jul. 
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// referências
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Brasília, 35 p. 2014. [acesso em: 19 jul. 2021]. 
Disponível: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
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GUIA DE VACINAÇÃO GERIATRIA SBIm/SBGG -
2016/17; [acesso em: 19 jul. 2021].Disponível 
em: 
https://sbgg.org.br/wp-
content/uploads/2014/11/Guia-Geriatria-
SBIm-SBGG-3a-ed-2016-2017-160525-
web.pdf
Miranda, Denismar Borges de; Tendência da 
mortalidade por pneumonia em idosos no 
Brasil e o contexto da vacinação 
pneumocócica [manuscrito] - Tese 
(Doutorado) - Universidade Federal de Goiás, 
Instituto de Patologia Tropical e Saúde 
Pública (IPTSP), Programa de Pós Graduação 
em Medicina Tropical e Saúde Pública, 
Goiânia, 2019
Toscano, Cristiana; Cartilha de vacinas: para 
quem quer mesmo saber das coisas - Brasília: 
Organização Pan-Americana da Saúde, 2003.
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Vacina pneumocócica polissacarídica 23-
valente – VPP23. [acesso em: 19 jul. 2021]. 
Disponível em: 
https://familia.sbim.org.br/vacinas/vacinas-
disponiveis/vacina-pneumococica-
polissacaridica-23-valente-vpp23 (Última 
Atualização: 16/09/2020)
Netter Collection of Medical Illustrations. 
[acesso em: 07 jul. 2021]. Disponível em: 
https://www.netterimages.com/tetanus-
labeled-hansen-ca-2e-neurology-frank-h-
netter-40414.html
// referências
r
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