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Módulo IV - Aula 21

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Prévia do material em texto

MÓDULO IV
/ / c u r s o d e
APERFEIÇOAMENTO 
FORTALECIMENTO 
DAS AÇÕES DE 
IMUNIZAÇÃO NOS 
TERRITÓRIOS MUNICIPAIS
Aula 
21
/ / C A L E N D Á R I O VAC I N A L 
DA C R I A N Ç A , CO M 
D E S TAQ U E PA R A A VAC I N A 
T R Í P L I C E V I R A L E T E T R A 
V I R A L
C
ré
d
it
o
s 
//
Todos os direitos reservados. É permitida a 
reprodução parcial ou total desta obra, desde 
que citada a fonte e que não seja para venda 
ou qualquer fim comercial. O conteúdo desta 
publicação foi desenvolvido e aperfeiçoado pela 
equipe MaisCONASEMS e Faculdade São 
Leopoldo Mandic.
Material de Referência. Mais CONASEMS. Curso de 
Aperfeiçoamento Fortalecimento das Ações de Imunização nos 
Territórios Municipais. Módulo IV: A Imunização Segura nos 
Ciclos de Vida - Aula 21 – Calendário vacinal da criança, com 
destaque para a vacina tríplice viral e tetra viral.
F i c h a 
C a t a l o g r á f i c a 
Ficha 
Técnica
Professoras Conteudistas – Faculdade 
São Leopoldo Mandic
Ana Cristina Souza Nogueira
Maria Lígia Bacciotte Ramos Nerger
Curadoria e Produção de Conteúdos 
Mandic 
André Ricardo Ribas Freitas
Fabiana Medeiros Lopes de Oliveira 
Giuliano Dimarzio
Laura Andrade Lagoa Nóbrega 
Márcia Fonseca
Regina Célia de Menezes Succi
Gestor Educacional
Rubensmidt Ramos Riani
Coordenação Técnica e Pedagógica
Cristina Crespo
Valdívia Marçal
Coordenação Pedagógica – Faculdade 
São Leopoldo Mandic
Fabiana Succi
Patricia Zen Tempski
Especialista em Educação a Distância
Kelly Santana
Priscila Rondas
Designer instrucional 
Alexandra Gusmão
Juliana de Almeida Fortunato
Pollyanna Micheline Lucarelli
Este material foi 
elaborado e desenvolvido 
pela equipe técnica e 
pedagógica do Mais 
CONASEMS em parceria 
com a Faculdade São 
Leopoldo Mandic.
Web Desenvolvedor 
Aidan Bruno
Alexandre Itabayana
Cristina Perrone 
Paloma Eveir
Coordenação Geral 
Conexões Consultoria em 
Saúde Ltda.
Revisão textual 
Gehilde Reis Paula de Moura
Olá!
Este é o seu Material de 
Referência da Aula 21 do 
Módulo 4. Ele apresenta de 
forma mais aprofundada o 
conteúdo referente à imunização 
segura nos ciclos de vida. A 
proposta é agregar mais 
conhecimento à sua 
aprendizagem, por isso leia-o 
com atenção e consulte-o 
sempre que necessário!
Objet ivo s de 
aprendizage
m
Aprimorar as práticas da vigilância em saúde.
Compreender o esquema vacinal da vacina tríplice 
viral e tetra viral.
Compreender a clínica, a cadeia de transmissão e 
a situação epidemiológica das doenças sarampo, 
rubéola e caxumba, bem como, suas respectivas 
histórias.
Reconhecer a importância da execução da ação de 
bloqueio em tempo oportuno.
Entender estratégias de vacinação para interrupção da 
cadeia de transmissão de doenças imunopreveníveis.
Compreender em que situação a estratégia 
bloqueio vacinal é necessária.
01
02
03
04
05
06
Intro
dução
Na Aula 21, você ampliará seus conhecimentos sobre 
as seguintes doenças: sarampo, rubéola, caxumba e 
varicela. Aprofundará seus estudos sobre o calendário 
vacinal da criança, com destaque para a vacina tríplice 
viral e tetra viral, bem como sobre as respectivas 
estratégias de vacinação.
B o a l e i t u r a !
// Sarampo
01 Agente etiológico
É uma doença infecciosa 
exantemática aguda, causada 
por um vírus, transmissível e 
extremamente contagiosa,
podendo evoluir com 
complicações e óbitos, 
particularmente em crianças 
desnutridas e menores de um 
ano de idade.
/ / S a r a m p o
Vírus RNA, pertencente ao gênero 
Morbillivirus, família Paramyxoviridae.
02 Reservatório
Homem.
03 Epidemiologia
Sua importância está na capacidade de causar a 
doença e mortalidade em crianças menores de 5 
anos. É uma doença de distribuição universal, 
com variação sazonal. Nos locais onde as 
coberturas vacinais não são homogêneas e estão 
abaixo de 95%, a doença tende a se comportar 
de forma endêmica, com a ocorrência de 
epidemia a cada 2 a 3 anos, aproximadamente. 
O sarampo afeta ambos os sexos, igualmente. A 
incidência, a evolução clínica e a letalidade são 
influenciadas pelas condições socioeconômicas, 
nutricionais e imunológicas.
Em países com manutenção de altos níveis de 
cobertura vacinal, a incidência da doença é reduzida, 
ocorrendo casos em períodos cíclicos que podem 
variar entre 5 e 7 anos. Quando indivíduos suscetíveis 
se acumulam e chegam a um quantitativo suficiente 
para sustentar uma transmissão ampla, podem 
ocorrer surtos explosivos, capazes de afetar todas as 
faixas etárias.
/ / S a r a m p o
No Brasil, o sarampo passou a 
ser doença de notificação 
compulsória nacional em 1968. 
Durante muitos anos, foi uma 
das principais causas de 
morbidade e mortalidade na 
infância, principalmente, nos 
menores de 1 ano de idade. 
/ / S a r a m p o
A doença comportava-se de forma endêmica no 
país, ocorrendo epidemias a cada 2 ou 3 anos. A 
vacina contra o sarampo foi introduzida no Brasil na 
década de 1960, e sua utilização na saúde pública foi 
resultante de iniciativas de alguns governos estaduais 
que, de acordo com suas possibilidades, importavam o 
imunobiológico no mercado internacional, embora de 
forma descontínua.
Em 1973, foi criado o Programa Nacional de 
Imunizações-PNI com os objetivos principais de 
organizar, implementar e avaliar as ações de 
imunização em todo o país. Nesse mesmo ano e em 
1974, foram realizadas campanhas de vacinação 
contra o sarampo em áreas urbanas de vários estados. 
Essa estratégia foi logo substituída pela valorização 
dos serviços de rotina e expansão dos serviços básicos 
de saúde.
Em 1986, ano que apresentou a maior epidemia da 
década, foram notificados 129.942 casos de sarampo, 
o que representou uma incidência de 97,7 por 
100.000 habitantes.
Campanhas de vacinação em massa contra o 
sarampo foram realizadas, em 1987, no estado de São 
Paulo e, em 1988, no Paraná, visando o controle e a 
eliminação da doença.
/ / S a r a m p o
Em 1992, o Brasil adotou a meta de eliminação 
do sarampo para o ano 2000, com a implantação 
do Plano Nacional de Eliminação do Sarampo, cujo 
marco inicial foi a realização da primeira Campanha 
Nacional de Vacinação contra a doença, no período de 
22 de abril a 25 de maio, destinada a crianças e 
adolescentes, tendo atingido uma cobertura de 96%, 
mas não homogênea no território nacional pois 32% 
dos municípios brasileiros ficaram abaixo da meta. No 
entanto o impacto das ações do Plano foi imediato. 
Após a Campanha Nacional de Vacinação, houve uma 
redução de 81% no número de casos notificados. Em 
1997, após 4 anos de relativo controle, observou-se o 
recrudescimento do sarampo no país, inicialmente 
com surtos em São Paulo e logo sua expansão para os 
demais estados.
O Ministério da Saúde (MS), visando fortalecer a 
vigilância epidemiológica do sarampo, criou, em 1999, 
um Grupo Tarefa com a designação de um técnico de 
vigilância do sarampo para cada uma das 27 Unidades 
Federativas, e dois para o nível nacional. Naquele ano 
foram confirmados 890 casos de sarampo, sendo 42% 
por diagnóstico laboratorial. Em 2000, foram 
confirmados 33 casos de sarampo, sendo 83% por 
diagnóstico laboratorial. Os últimos casos autóctones 
ocorreram ainda no ano 2000, no estado de Mato 
Grosso do Sul. 
/ / S a r a m p o
Entre 2001 e 2005, com exceção do ano de 2004, 
foram confirmados 10 casos de sarampo no Brasil, 4 
deles classificados como casos importados (do Japão, 
Europa e Ásia). Em 2006, foram confirmados 57 casos 
em dois surtos isolados, no estado da Bahia, sem 
identificação da fonte primária da infecção. Entre os 
anos de 2007 e 2009, foram notificados 4.517 casos 
suspeitos, sem registro de caso confirmado. No 
período de 2010 a 2012, foram notificados 4.380 
casos suspeitos, dos quais 114 foram confirmados, 
todos relacionados a casos importados ou secundários 
a estes. No período de março de 2013 a março de 
2014, ocorreu um surto no estado de Pernambuco, 
com 226 casos confirmados. No Ceará, ocorreu um 
surto no período de dezembro de 2013a julho de 
2015, registrando-se um total de 1.052 casos 
confirmados com manutenção da transmissão 
sustentada por longo período. Em 2016, foram 
notificados 664 casos suspeitos de sarampo, sem 
casos confirmados.
Em setembro de 2016, o Comitê Internacional 
de Especialistas (CIE), responsável pela avaliação da 
documentação e verificação da eliminação do 
Sarampo, Rubéola e Síndrome de Rubéola Congênita 
nas Américas, declarou a eliminação da circulação do 
vírus do sarampo na região das Américas.
/ / S a r a m p o
No Brasil, em 2018, houve a confirmação dos 
primeiros casos de sarampo, após o registro dos 
últimos casos da doença no ano de 2015 e o 
recebimento da certificação da eliminação do vírus 
em 2016. Em 2018, foram confirmados 10.346 
casos da doença. 
No ano de 2019, após um ano de 
franca circulação do vírus, o país 
perdeu a certificação de “país livre 
do vírus do sarampo”, dando início 
a novos surtos, com a confirmação 
de 20.901 casos da doença.
“ 
”/ / S a r a m p o
Fig. 1: vírus do sarampo
Em 2020, foram confirmados 8.448 casos, e 
em 2021, até a Semana Epidemiológica (SE) 9, 
foram confirmados 235 casos de sarampo. No 
período avaliado – SE 1 a 9 de 2021 – 3 estados 
permanecem com casos confirmados de 
sarampo no país, Amapá, Pará e São Paulo, 
mantendo a circulação do vírus. Destaca-se o 
estado do Amapá com 224 (95,3%) casos 
confirmados de sarampo, em 10 municípios, e a 
maior incidência (36,36 casos por 100 mil hab.), 
dentre as UF com casos confirmados. A faixa 
etária com o maior número de casos são os 
menores de 1 ano. 
/ / S a r a m p o
Para diminuir o risco da ocorrência de casos 
graves e óbitos por sarampo, o MS adotou, em 
agosto de 2019, a estratégia da Dose Zero da 
vacina tríplice viral para crianças de 6 a 11 
meses de idade. Esta dose aplicada antes de 1 
ano de idade, não é considerada válida para a 
rotina e não altera as demais doses previstas no 
calendário da criança. Ainda, a partir de 23 de 
novembro de 2020, o MS suspendeu essa dose, 
nos locais que interromperam a circulação do 
vírus, mantendo-a nos estados que continuam 
com a circulação do vírus do sarampo.
/ / R e s p o s t a I m u n e
Figura 3: Sangue
Transmissão
Ocorre de forma direta, por meio de secreções 
nasofaríngeas expelidas ao tossir, espirrar, falar ou 
respirar. Daí a elevada contagiosidade da doença. 
Também tem sido descrito o contágio por dispersão 
de aerossóis com partículas virais no ar, em 
ambientes fechados, como escolas, creches e clínicas.
Período de incubação
Pode variar entre 7 e 21 dias, desde a data da 
exposição até o aparecimento do exantema. 
Período de transmissibilidade
Inicia-se 6 dias antes do exantema e dura até 4 dias 
após o seu aparecimento. O período de maior 
transmissibilidade ocorre 2 dias antes e 2 dias após o 
início do exantema. O vírus vacinal não é 
transmissível.
/ / S a r a m p o
S u s c e t i b i l i d a d e e 
i m u n i d a d e
De um modo geral, todas as pessoas são suscetíveis 
ao sarampo, e a única forma de prevenção é a 
vacinação. Os lactentes cujas mães já tiveram 
sarampo ou foram vacinadas possuem, 
temporariamente, anticorpos transmitidos por via 
placentária, conferindo imunidade, geralmente, ao 
longo do primeiro ano de vida, o que interfere na 
resposta à vacinação. No Brasil, cerca de 85% das 
crianças perdem esses anticorpos maternos por volta 
dos 9 meses de idade.
M a n i fe s t a ç õ e s c l í n i c a s
Caracteriza-se por febre alta, acima de 38,5°C, 
exantema maculopapular (manchas avermelhadas, 
algumas com relevo) morbiliforme de direção 
cefalocaudal, tosse seca (inicialmente), coriza, 
conjuntivite não purulenta e manchas de Koplik 
(pequenos pontos brancos amarelados na mucosa 
bucal, na altura do terceiro molar, antecedendo o 
exantema). 
/ / S a r a m p o
De forma simplificada, as manifestações clínicas do 
sarampo são divididas em três períodos. 
Período de infecção – dura cerca de 7 dias, 
iniciando-se com período prodrômico, quando 
surge a febre, acompanhada de tosse, coriza, 
conjuntivite e fotofobia. Do 2º ao 4º dia desse 
período, surge o exantema, quando se acentuam 
os sintomas iniciais. O paciente apresenta 
prostração.
Período toxêmico – a ocorrência de 
superinfecção viral ou bacteriana é 
facilitada pelo comprometimento da 
resistência do hospedeiro à doença. 
São frequentes as complicações, 
principalmente, nas crianças até os 
2 anos de idade, especialmente, as 
desnutridas, e nos adultos jovens. 
Remissão – caracteriza-se pela diminuição dos 
sintomas, com declínio da febre. O exantema 
torna-se escurecido e, em alguns casos, surge 
descamação fina, lembrando farinha, daí o nome 
de furfurácea. 
É durante o exantema que, geralmente, se 
instalam as complicações sistêmicas, embora a 
encefalite possa aparecer após o 20º dia.
/ / S a r a m p o
01
02
03
Complicações
O sarampo é uma doença grave que pode deixar 
sequelas por toda a vida ou causar a morte.
As principais complicações variam de acordo com as 
fases da vida do paciente:
• Crianças: pneumonia; infecções de ouvido; encefalite 
aguda (inflamação no encéfalo); morte.
• Adultos: pneumonia.
• Gestantes: parto prematuro; bebê com baixo peso.
/ / S a r a m p o
Diagnóstico
O método laboratorial mais comum para confirmar o 
sarampo é a detecção de anticorpos IgM específicos 
para o vírus do sarampo em uma amostra de sangue.
Tratamento
O tratamento é sintomático. Podem ser utilizados 
antitérmicos, hidratação oral, terapia nutricional com 
incentivo ao aleitamento materno e higiene 
adequada dos olhos, da pele e das vias aéreas 
superiores. 
Prevenção
A única forma de prevenir o sarampo é por meio da 
vacinação.
Objetivos da vigilância e vacinação
• Manter a eliminação do sarampo mediante uma 
vigilância epidemiológica sensível, ativa e 
oportuna, permitindo a identificação e a 
notificação imediata de todo e qualquer caso 
suspeito na população, com medidas de controle 
pertinentes.
• Monitorar as condições de risco. É estabelecida a 
meta de no mínimo 95% de cobertura vacinal, de 
forma homogênea, em todos os municípios 
brasileiros, o que reduz a possibilidade da 
ocorrência do sarampo e permite a eliminação da 
transmissão do vírus. A eliminação dos suscetíveis 
interrompe a cadeia de transmissão.
/ / S a r a m p o
Notificação
Considerando-se a alta infectividade e 
contagiosidade da doença, todo caso suspeito de 
sarampo deve ser comunicado à Secretaria 
Municipal de Saúde (SMS) nas primeiras 24 horas 
após o atendimento do paciente, e também à 
Secretaria Estadual de Saúde (SES), para 
acompanhamento junto ao município. Além 
disso, a notificação deve ser registrada no 
Sistema de Informação de Agravos de Notificação 
(Sinan), utilizando-se a Ficha de 
Notificação/Investigação de Doenças 
Exantemáticas Febris Sarampo/Rubéola. 
Atenção!
A investigação do caso suspeito de 
sarampo deve ser realizada pela equipe 
municipal. As informações obtidas devem 
responder às demandas básicas da análise 
epidemiológica, ou seja, quem foi afetado, 
quando ocorreram os casos e onde estes 
se localizam. A partir dessas informações, 
são desencadeadas as condutas 
adequadas à situação.
/ / S a r a m p o
Medidas de prevenção e controle 
Proteção individual para evitar circulação viral 
No plano individual, o isolamento domiciliar ou 
hospitalar dos casos diminui a intensidade dos 
contágios. Deve-se evitar, principalmente, a 
frequência às escolas ou creches e outros 
agrupamentos até 4 dias após o início do exantema. 
O impacto do isolamento dos doentes é relativo à 
medida de controle, porque o período prodrômico da 
doença já apresenta elevada transmissibilidade do 
vírus e, geralmente, não é possível isolar os doentes, 
a não ser no período exantemático. A vigilância dos 
contatos deve ser realizada pelo período de 30 dias.
/ / S a r a m p o
Proteção da população 
A vacina é a única forma de prevenir a ocorrência do 
sarampo na população. O risco da doença para 
indivíduos suscetíveispermanece em função da 
circulação do vírus do sarampo em várias regiões do 
mundo e da facilidade em viajar. A principal medida de 
controle do sarampo é a vacinação dos suscetíveis: 
vacinação de rotina na rede básica de saúde, bloqueio 
vacinal, intensificação vacinal, varredura e campanhas de 
vacinação.
Vacinação na rotina 
Na rotina dos serviços de saúde, a vacinação contra 
o sarampo deve ser realizada conforme as 
indicações do Calendário Nacional de Vacinação 
vigente para a vacina tríplice viral.
As pessoas imunocomprometidas ou portadoras de 
condições clínicas especiais deverão ser avaliadas 
nos Centros de Referência para Imunobiológicos 
Especiais (CRIE) antes da vacinação. 
Profissionais da saúde têm indicação para receber 
duas doses de vacina tríplice viral, 
independentemente da idade.
Cada serviço de saúde deve identificar as 
oportunidades perdidas de vacinação, organizando 
e realizando estratégias capazes de anular ou 
minimizar as situações identificadas, 
principalmente por meio de: 
• treinamento de pessoal das salas de vacina; 
• avaliação do programa de imunizações; 
• revisão e atualização do cartão de vacinação de 
toda criança matriculada nas escolas, em 
parceria com as Secretarias Estaduais e 
Municipais de Educação; 
• busca sistemática de faltosos; 
• realização de campanhas vacinais;
• realização do monitoramento rápido de 
cobertura vacinal. 
/ / S a r a m p o
Bloqueio 
vacinal
A vacinação de bloqueio é uma atividade prevista 
pelo sistema de vigilância epidemiológica em 
conjunto com a equipe de imunizações, sendo 
executada quando da ocorrência de um ou mais 
casos suspeitos da doença. Deve ser realizada no 
prazo máximo de até 72 horas após o contato com 
o caso suspeito ou confirmado, a fim de se 
interromper a cadeia de transmissão e, 
consequentemente, vacinar os não vacinados, a 
partir dos 6 meses de idade, no menor tempo 
possível. 
O bloqueio vacinal é seletivo, e a vacina tríplice viral 
ou tetraviral deve ser administrada conforme a 
situação vacinal dos contatos do caso. Deve ser 
realizada uma extensa busca ativa de novos casos 
suspeitos e suscetíveis para um controle mais 
eficiente da doença. As gestantes suscetíveis e as 
crianças menores de 6 meses de idade devem ser 
afastadas do convívio com casos suspeitos ou 
confirmados e seus contatos, durante o período de 
transmissibilidade e incubação da doença. A 
vacinação das gestantes deve ser adiada para o 
puerpério. 
/ / S a r a m p o
Intensificação 
vacinal
Caracteriza-se pela adoção de estratégias para 
incrementar a vacinação de rotina, como a busca 
ativa de faltosos, identificação de bolsões de não 
vacinados e vacinação oportuna deles, 
especialmente, quando há casos confirmados da 
doença. Para esta ação, há o desenvolvimento de 
parcerias com órgãos governamentais e não 
governamentais para implementação de ações que 
melhorem o acesso da população às vacinas, que 
devem ser executadas com a otimização dos insumos 
disponíveis. Nesta ação, também devem ser 
consideradas as indicações do Calendário Nacional de 
Vacinação. 
A intensificação vacinal é seletiva para indivíduos a 
partir dos 6 meses de idade e deve abranger todos os 
locais frequentados pelo caso suspeito ou 
confirmado de sarampo: residência, escola, creche, 
cursinho, faculdade, alojamento, local de trabalho e 
outros estabelecimentos coletivos; ou todo o 
município, quando indicado. 
/ / S a r a m p o
Campanhas de 
vacinação 
A campanha de vacinação é uma ação 
pontual que tem um fim determinado e 
específico. É uma estratégia que tem 
abrangência limitada no tempo e visa, 
sobretudo, à vacinação em massa de 
uma determinada população, com uma 
ou mais vacinas. Durante a campanha, 
deve ser aproveitada a oportunidade 
para administrar o maior número 
possível de vacinas nos grupos-alvo, 
iniciando ou completando o esquema 
de vacinação estabelecido, visto a 
grande mobilização de recursos 
financeiros e de pessoas para a sua 
realização. 
/ / S a r a m p o
Campanha de seguimento 
contra o sarampo
A vacinação em campanhas de seguimento é uma 
atividade realizada periodicamente, em nível 
nacional, com o objetivo de alcançar crianças não 
vacinadas ou com esquema incompleto, 
principalmente, aquelas em idade pré-escolar. Essa 
estratégia é recomendada sempre que há o acúmulo 
de crianças desprotegidas em determinada faixa 
etária, seja pela soma dos não vacinados, seja pela 
falha primária da vacina. 
Nas campanhas de seguimento, a vacina é 
administrada de forma indiscriminada. O intervalo 
entre uma campanha e outra depende da cobertura 
vacinal alcançada na rotina dos serviços em um 
determinado período ou da situação epidemiológica 
do sarampo. 
Varredura
Também denominada de operação limpeza, a 
varredura é uma atividade na qual se verifica, casa a 
casa, a situação vacinal de todos os indivíduos a 
partir dos 6 meses de idade, realizando-se a 
vacinação de forma seletiva, de acordo com a 
situação encontrada. É realizada quando ainda há 
ocorrência de casos da doença, mesmo após a 
implementação de outras ações de vacinação.
/ / S a r a m p o
// Caxumba
A caxumba ou papeira é uma doença 
infecciosa viral aguda e contagiosa que pode 
acometer qualquer tecido glandular e nervoso 
do organismo, porém afeta especialmente as 
glândulas parótidas (produtoras de saliva), 
próximas ao ouvido ou às glândulas 
submandibulares e sublinguais. É uma doença de 
distribuição universal. Caracteriza-se pela alta 
morbidade e baixa letalidade e surge sob a forma 
de endemias ou surtos. Em geral, a caxumba 
possui evolução benigna. Entretanto alguns casos 
raros podem evoluir com complicações e 
internações, podendo culminar em óbito.
Agente etiológico
Vírus da família Paramyxoviridae, gênero 
Paramyxovirus.
Reservatório
O homem.
/ / C a x u m b a
Epidemiologia
A caxumba ocorre em todo o mundo, e o pico de 
incidência é tipicamente do final do inverno ao início 
da primavera, embora surtos esporádicos ocorram 
em qualquer época do ano. Ocorre mais comumente 
entre crianças em idade escolar, adolescentes e 
jovens adultos em idade universitária, no entanto, 
também, pode acometer adultos de qualquer faixa 
etária. É raro em lactentes com menos de um ano de 
idade, devido à proteção por anticorpos maternos.
No Brasil, caso individual de caxumba não é um 
agravo de notificação compulsória, no entanto surtos 
de caxumba em instituições fechadas e escolares são 
de notificação compulsória e devem ser notificados 
no módulo surtos do SINAN Net. A ocorrência de 3 
ou mais casos de caxumba com vínculo, em um 
mesmo local e período de tempo, é considerada 
surto. Define-se surto em ambiente hospitalar a 
ocorrência de um único caso confirmado de 
caxumba.
A vacinação é o instrumento disponível para o 
controle da doença. Após o programa de vacinação 
contra a caxumba no Brasil, houve redução drástica 
na incidência da doença.
/ / C a x u m b a
Na década de 80, havia alta incidência da doença, 
com ciclos de 2 a 4 anos. No final da década de 
90 e na década de 2000, houve importante 
queda da incidência, decorrente da implantação 
da vacina tríplice viral a partir de 1997, mas 
também devido à subnotificação, por não estar 
no elenco das doenças de notificação 
compulsória.
Atenção!
O número de casos de caxumba tem 
aumentado em vários estados a partir de 
2015, apresentando taxas maiores que 
nos anos pré-implantação da vacina; um 
dos motivos é que a imunização com a 
vacina tríplice viral não tem atingido a 
meta mínima de 95%. 
/ / C a x u m b a
/ / C a x u m b a
Transmissão
O vírus da caxumba é disseminado por meio de 
transmissão direta por secreções respiratórias 
(gotículas de saliva), e as precauções respiratórias 
são recomendadas de dois dias antes até cinco dias 
após o início da inflamação das parótidas 
(parotidite). A transmissão indireta é menos 
comum, porém pode acontecer através do contato 
com objetos e/ou utensílios contaminados com 
secreções do nariz e/ouda boca. A 
transmissibilidade máxima ocorre na saliva, porém 
o vírus também é encontrado no sangue e na urina 
e, se o sistema nervoso central (SNC) estiver 
envolvido, também é encontrado no líquido 
cefalorraquidiano (LCR). A contagiosidade da 
caxumba é semelhante à da gripe e da rubéola, 
mas menor que a do sarampo ou da varicela. Pode 
ocorrer infecção assintomática, podendo ocorrer 
transmissão do vírus aos indivíduos suscetíveis. 
Período de incubação
Pode variar entre 12 a 24 dias.
Período de transmissão
Começa uma semana antes e vai até nove dias 
após o aparecimento de inflamação nas glândulas 
salivares (mais comumente das parótidas). 
Manifestações clínicas
Após a transmissão, o vírus da caxumba replica-se 
na mucosa da nasofaringe e nos gânglios linfáticos 
regionais. Geralmente, inicia com alguns dias de 
febre, cefaleia, mialgia, fadiga e anorexia. Essas 
manifestações são geralmente seguidas pelo 
desenvolvimento de edema das glândulas salivares 
em 48 horas. 
A parotidite ocorre mais comumente em crianças 
entre dois e nove anos de idade. Um quadro de 
dor no ouvido geralmente precede o edema da 
parótida, e esse edema pode durar até 10 dias. O 
envolvimento unilateral inicial é seguido pelo 
envolvimento contralateral alguns dias depois em 
90% dos casos. Ao exame físico, o edema da 
parótida pode obscurecer o ângulo da mandíbula.
A infecção assintomática ocorre em 15 a 27% dos 
casos; é mais comum em adultos do que em 
crianças. Adultos com infecção sintomática têm 
maior probabilidade de apresentar manifestações 
graves do que crianças com infecção sintomática.
/ / C a x u m b a
CEFALEIA
EDEMA GLANDULARFEBRE – BAIXA 
A MODERADA
ANOREXIA
MAL-ESTAR
Complicações
A caxumba pode trazer algumas 
complicações para o organismo quando 
não tratada. Elas são potencialmente 
graves, embora não ocorram com 
frequência. A maior parte envolve 
inflamação e edema em algum local do 
corpo, como:
a) Testículos: conhecida como orquite, essa condição é 
caracterizada pelo edema dos testículos de homens que já 
atingiram a puberdade. É muito dolorosa, mas raramente 
leva à infertilidade;
b) Pâncreas: conhecida como pancreatite, causa sintomas 
como dor na parte superior do abdômen, náuseas e 
vômitos;
c) Ovários e mamas: mulheres que já atingiram a puberdade 
podem ter inflamação nos ovários, conhecida como ooforite 
ou ovarite, ou nas mamas, conhecida como mastite. 
Raramente essa condição causa infertilidade;
d) Cérebro: conhecida como encefalite; pode causar 
problemas neurológicos e trazer risco de morte;
e) Membranas e fluidos ao redor do cérebro e medula 
espinhal: conhecida como meningite; pode acontecer se o 
vírus da caxumba se espalhar pela corrente sanguínea e 
infectar o sistema nervoso central;
f) Perda de audição: apesar de raro, pode acontecer perda da 
audição em um ou dois ouvidos;
g) Aborto: não há comprovação científica, mas especialistas 
especulam que contrair caxumba nos estágios iniciais da 
gravidez pode levar ao aborto espontâneo.
/ / C a x u m b a
Diagnóstico
É basicamente clínico; os pacientes com suspeita de 
caxumba apresentam parotidite e sintomas 
sistêmicos típicos, principalmente se houver um 
surto de caxumba conhecido. Os testes laboratoriais, 
como os testes sorológicos, não são necessários para 
o diagnóstico, porém são altamente recomendados 
para fins de saúde pública. A amilase sérica costuma 
estar elevada nos casos de parotidite. Em situação de 
surto podem ser realizados exames como sorologia e 
RT-PCR em secreção de orofaringe, líquor e urina, 
numa quantidade definida de pessoas acometidas. 
/ / C a x u m b a
Atendimento e tratamento
O atendimento é ambulatorial, e o 
tratamento é feito no domicílio. A 
hospitalização dos pacientes só é 
indicada para os casos que apresentem 
complicações graves. O tratamento visa 
o alívio dos sintomas. A recuperação 
leva cerca de duas semanas. Como não 
existe tratamento específico, alguns 
cuidados devem ser tomados:
• Isolamento do doente até o edema glandular diminuir;
• Repouso;
• Dieta leve para reduzir a dor causada pela mastigação. 
Substâncias ácidas devem ser evitadas;
• Higiene bucal;
• Sintomáticos em caso de dor e/ou febre;
• Vômitos incoercíveis devido à pancreatite podem exigir 
hidratação intravenosa;
• Orquite: o repouso no leito e o suporte do escroto em 
algodão em uma ponte de fita adesiva entre as coxas para 
minimizar a tensão ou o uso de compressas de gelo 
geralmente aliviam a dor;
• Meningite asséptica: tratamento sintomático;
• Encefalites: tratamento do edema cerebral e manutenção 
das funções vitais.
/ / C a x u m b a
Isolamento 
Pessoas afetadas pela doença devem evitar 
comparecer à escola, ao trabalho ou a locais com 
aglomerações durante 9 dias após o início da doença. 
Em ambientes hospitalares, deve-se adotar o 
isolamento respiratório dos doentes, bem como o uso 
de equipamentos de proteção individual (EPI).
Prevenção
A única forma de prevenir a caxumba é por meio da 
vacinação.
Medidas de controle 
Vacinação na Rotina 
Na rotina dos serviços de saúde, a vacinação contra a 
caxumba deve ser realizada conforme as indicações do 
Calendário Nacional de Vacinação vigente com a vacina 
tríplice viral.
Situações de surto 
Na ocorrência de surto de caxumba, deve-se realizar 
intensificação da rotina de vacinação, com a busca 
ativa de pessoas não vacinadas ou com esquema 
incompleto para caxumba e que sejam contatos de 
casos suspeitos ou confirmados, nos locais onde estes 
casos estiverem concentrados (creches, escolas, 
faculdades, empresas, presídios, hospitais, entre 
outros). Nesta situação, a vacinação deve ser realizada 
de forma seletiva e em conformidade com as 
indicações do Calendário Nacional de Vacinação. A 
vacinação deve ser implementada tão logo os casos 
sejam identificados, visando minimizar a ocorrência de 
novos casos.
/ / C a x u m b a
// Rubéola
01 Agente etiológico
Doença exantemática aguda, de 
etiologia viral, que apresenta 
alta contagiosidade. 
Sua importância epidemiológica 
está relacionada ao risco de 
abortos, natimortos e à síndrome 
da rubéola congênita (SRC).
/ / R u b é o l a
Vírus RNA, gênero Rubivírus, família 
Togaviridae.
02 Reservatório
O homem.
Epidemiologia
No Brasil, a rubéola foi incluída na lista de doenças 
de notificação compulsória somente na segunda 
metade da década de 1990. Em 1997, ano em que o 
país enfrentou uma epidemia de sarampo, foram 
notificados cerca de 30.000 casos de rubéola, sendo 
que, no período de 1999 a 2001, ocorreram surtos 
em vários estados do país. Nesse período, 
observou-se um aumento progressivo no número 
de casos suspeitos de Síndrome da Rubéola 
Congênita (SRC), com incidências em 2001 de 
5/100.000 mulheres na faixa etária de 15 a 19 anos 
e de 6,3/100.000 mulheres na faixa etária de 20-29 
anos. Assim, a vigilância epidemiológica tem se 
mostrado sensível, oportuna e específica. A 
implementação do Plano de Erradicação do 
Sarampo no país, a partir de 1999, impulsionou a 
vigilância e o controle da rubéola. Em 2002, 
ocorreram 1.480 casos de rubéola no Brasil, o que 
corresponde a um decréscimo de 95%, quando 
comparado com a incidência de 1997. 
/ / R u b é o l a
Nesse ano, os coeficientes de incidência do sexo 
feminino ficaram em 1/100.000 mulheres. Entre 
2000 e 2002, foram confirmados 37.663 casos de 
rubéola. Em 2005, houve um surto de rubéola no 
Estado do Rio Grande do Sul, com 44 casos 
confirmados e identificação do genótipo 1D, o 
mesmo que circulava na Europa. Observaram-se, 
nos anos de 2006 e 2007, elevados incrementos no 
número de casos confirmados e surtos nos Estados 
do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará e São Paulo, 
com genótipo 2B, sendo neste ano o incremento de 
80%. Com a intensificação da vigilância 
epidemiológica e a campanha de vacinação contra 
rubéola que atingiu 97% de cobertura em 2008, o 
número de casos reduziu em 273%, quando 
comparado com o ano de 2007. No Brasil, o último 
caso confirmado derubéola ocorreu no mês de 
dezembro de 2008 no estado de São Paulo. Em abril 
de 2015, a Organização Pan-Americana da Saúde 
(OPAS) declarou a região das Américas livre da 
rubéola e da síndrome da rubéola congênita.
/ / R u b é o l a
Transmissão
Acontece diretamente de pessoa a pessoa, por 
meio das secreções nasofaríngeas expelidas pelo 
doente ao tossir, espirrar, falar ou respirar. 
Período de incubação
14 a 21 dias, com duração média de 17 dias, 
podendo variar de 12 a 23 dias.
Período de transmissibilidade
5 a 7 dias antes do início do exantema e de 5 a 7 
dias após.
Suscetibilidade e imunidade
A suscetibilidade é geral. A imunidade ativa é 
adquirida por meio da infecção natural ou pela 
vacinação. Os filhos de mães imunes podem 
apresentar imunidade passiva e transitória até os 9 
meses de idade.
/ / R u b é o l a
Manifestações clínicas
Em alguns casos, a infeção pelo vírus da rubéola não 
produz qualquer manifestação clínica perceptível, 
contudo, os sintomas mais comuns são:
• Exantema máculo-papular e puntiforme difuso, com 
início na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-
se posteriormente para o tronco e os membros;
• Aumento do tamanho dos nódulos linfáticos 
(linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical 
posterior);
• Febre baixa;
• Dor ou irritação na garganta;
• Outros sintomas como cansaço, dor articular, 
inflamação ocular, cefaleia, dor ao deglutir alimentos 
sólidos e líquidos, desidratação cutânea, congestão 
nasal e espirros.
Complicações
Apesar de raras, as complicações podem ocorrer com 
maior frequência em adultos, destacando-se a artrite ou 
artralgia, encefalites (1 para 5 mil casos) e manifestações 
hemorrágicas (1 para 3 mil casos).
/ / R u b é o l a
Diagnóstico
O vírus da rubéola pode ser isolado a partir do muco 
nasal, do sangue, da urina e do líquido 
cefalorraquidiano, no entanto, apesar da cultura viral 
constituir um importante meio de diagnóstico, este 
não é utilizado com muita frequência por exigir 
tecnologia indisponível na maioria dos laboratórios. 
Para confirmação ou descarte de casos, é realizada a 
titulação de anticorpos IgM e IgG para rubéola. 
Tratamento
Não existe um tratamento específico. O uso de 
analgésicos e antipiréticos pode amenizar a dor e a 
febre. Durante a gravidez, é frequente a 
administração de gamaglobulinas como forma de 
prevenir problemas futuros. De toda forma, convém 
permanecer em repouso no período mais crítico da 
infecção, logo que os primeiros sintomas surgem. 
/ / R u b é o l a
Objetivos da vigilância e da vacinação
• Detectar a circulação de vírus em determinado 
tempo e área geográfica;
• Identificar a população sob risco para SRC nessas 
áreas;
• Proteger a população suscetível.
Medidas de prevenção e controle 
Proteção individual para evitar circulação viral 
No plano individual, o isolamento domiciliar ou 
hospitalar dos casos diminui a intensidade dos 
contágios. Deve-se evitar, principalmente, a 
frequência às escolas ou creches e agrupamentos até 
7 dias após o início do exantema. Da mesma forma 
que o sarampo, o impacto do isolamento dos 
doentes é relativo à medida de controle, porque o 
período prodrômico da doença já apresenta elevada 
transmissibilidade do vírus.
Proteção da população 
A principal medida de controle da rubéola é a 
vacinação dos suscetíveis: vacinação de rotina, 
bloqueio, intensificação, varredura e campanhas de 
vacinação. Estas estratégias seguem as mesmas 
recomendações da vacinação contra o sarampo.
/ / R u b é o l a
// Síndrome da 
Rubéola 
Congênita
A infecção pelo vírus da rubéola durante a 
gestação pode comprometer o 
desenvolvimento do feto e causar aborto, 
morte fetal e anomalias congênitas, que 
caracterizam a Síndrome da Rubéola 
Congênita (SRC).
/ / S í n d r o m e d a R u b é o l a C o n g ê n i t a
A grande preocupação em relação à rubéola está 
na contaminação de mulheres grávidas. Se em 
crianças e adultos a doença é branda, no feto em 
desenvolvimento ela pode ser catastrófica. Se o 
vírus for adquirido durante o primeiro trimestre, o 
risco de malformações é maior que 80%. Além dos 
defeitos morfológicos, 1 em cada 5 mulheres 
infectadas sofre aborto nesta fase. A SRC se 
caracteriza por catarata, surdez, defeitos cardíacos, 
alterações no fígado e lesão neurológica, inclusive 
com retardo do desenvolvimento mental. Em vários 
países do mundo, o aborto é permitido em casos 
de rubéola no primeiro trimestre. Infecções 
contraídas após a 20ª semana de gestação trazem 
pouco risco de malformações, porém ainda existe a 
chance de transmissão da virose para o feto, 
causando baixo peso ao nascer. Nas grávidas, a 
sorologia ganha muita importância. Toda gestante 
deve ser testada para rubéola; caso seja IgG 
negativo, deve-se redobrar os cuidados em relação 
a contatos com pessoas com sintomas de virose. 
Mulheres que sejam IgG reagentes não correm 
risco de se infectar pelo vírus da rubéola durante a 
gravidez.
/ / S í n d r o m e d a R u b é o l a C o n g ê n i t a
Modo de transmissão
Via transplacentária, após a viremia materna.
Período de transmissibilidade
Recém-nascidos com SRC podem excretar o vírus da 
rubéola nas secreções nasofaríngeas, sangue, urina e 
fezes, podendo transmitir o vírus por até um ano, 
sendo necessário evitar o seu contato com outras 
grávidas não imunizadas. O vírus pode ser 
encontrado em:
• 80% das crianças no 1º mês de vida;
• 62% do 1º ao 4º mês;
• 33% do 5º ao 8º mês;
• 11% entre 9 e 12 meses; e
• 3% no 2º ano de vida.
Diagnóstico
O feto infectado produz anticorpos específicos IgM e 
IgG para rubéola, antes mesmo do nascimento. A 
presença de anticorpos IgM específicos para rubéola 
no sangue do recém-nascido é evidência de infecção 
congênita, uma vez que os anticorpos IgM maternos 
não ultrapassam a barreira placentária.
O diagnóstico diferencial da SRC inclui infecções 
congênitas por citomegalovírus, varicela zoster, 
coxsackievírus, echovírus, vírus herpes simples, HIV, 
vírus da hepatite B, parvovírus B19, Zika vírus, 
Toxoplasma gondii, Treponema pallidum, Plasmodium 
sp. e Trypanosoma cruzi, considerando-se a situação 
epidemiológica local.
/ / S í n d r o m e d a R u b é o l a C o n g ê n i t a
Saiba 
mais!
Tratamento
Não existe tratamento antiviral 
efetivo. Os cuidados devem ser 
direcionados às malformações 
congênitas e deficiências 
observadas. Quanto mais 
precoces forem a detecção e a 
intervenção, seja clínica, cirúrgica 
ou reabilitadora, melhor será o 
prognóstico da criança.
/ / S í n d r o m e d a R u b é o l a C o n g ê n i t a
Complicações da rubéola congênita
Podem surgir quando a doença não é identificada no seu 
início, e o acompanhamento não é feito de acordo com as 
recomendações. São elas:
• Surdez;
• Alterações nos olhos como cegueira, catarata, 
microftalmia, glaucoma e retinopatia;
• Problemas cardíacos como estenose da artéria 
pulmonar, defeito no septo ventricular, miocardite;
• Lesões do sistema nervoso como meningite crônica, 
vasculite com calcificação;
• Retardo mental;
• Microcefalia;
• Anemia hemolítica;
• Meningoencefalite;
• Problemas no fígado como fibrose e transformação 
de células gigantes hepáticas.
As alterações fetais podem ser observadas nos exames 
realizados durante a gravidez e logo após o nascimento, 
através da realização do ultrassom morfológico 
realizado entre a 18ª e 22ª semana de gestação. No 
entanto algumas alterações são diagnosticadas apenas 
após o nascimento do bebê ou ao longo do seu 
crescimento. 
/ / S í n d r o m e d a R u b é o l a C o n g ê n i t a
Objetivos da Vigilância
Notificar e investigar todos os casos suspeitos de 
SRC.
• Orientar sobre as medidas de prevenção e 
controle adequadas.
• Realizar monitoramento da situação da doença e 
de suas características
Notificação
A notificação de todos os casos suspeitos ou 
confirmados de SRC deve ser feita, de imediato, para a 
Comissão de Infecção Hospitalar e Serviço de 
Vigilância Epidemiológicada Unidade de Saúde. 
Deverá ser notificado todo recém-nascido cuja mãe 
foi caso suspeito ou confirmado de rubéola durante a 
gestação, ou toda criança até 12 meses de vida que 
apresente sinais clínicos compatíveis com infecção 
congênita pelo vírus da rubéola, independentemente, 
da história materna. A notificação deve ser registrada 
no Sistema de Informação de Agravos de Notificação 
(Sinan), por meio do preenchimento da Ficha de 
Notificação/ Investigação de Doenças Exantemáticas 
Febris Sarampo/Rubéola.
Em situações de abortamento ou perda fetal devido à 
infecção pelo vírus da rubéola, deve-se informar, na 
referida ficha, a ocorrência do aborto ou 
natimortalidade, no campo das observações 
adicionais. Simultaneamente, deve-se abrir uma Ficha 
de Notificação/Investigação de Síndrome da Rubéola 
Congênita (SRC) para o recém-nascido, se for o caso. 
/ / S í n d r o m e d a R u b é o l a C o n g ê n i t a
Todos os campos da ficha de 
notificação/investigação devem ser 
criteriosamente preenchidos, mesmo 
quando a informação for negativa. 
Investigação
Todo caso suspeito deve ser investigado em até 48 
horas após a notificação, com o objetivo de: 
• confirmar ou descartar o caso, conforme os 
critérios estabelecidos; 
• desencadear as medidas de controle 
pertinentes; 
• obter informações detalhadas e uniformes, para 
todos os casos, possibilitando a comparação 
dos dados e a análise adequada da situação 
epidemiológica da doença. 
/ / S í n d r o m e d a R u b é o l a C o n g ê n i t a
Toda gestante com resultado sorológico de IgM 
reagente ou inconclusivo para rubéola, ou que teve 
contato com casos confirmados de rubéola, deve ser 
acompanhada pelo serviço de vigilância 
epidemiológica, com o objetivo de se verificar a 
ocorrência de abortos, natimortos, ou o nascimento 
de crianças com malformações congênitas (SRC) ou 
sem qualquer anomalia (infecção congênita por 
rubéola - IRC). Os recém-nascidos também devem 
ser acompanhados para confirmação ou descarte do 
caso. 
Durante a investigação epidemiológica dos casos, 
devem ser avaliados os locais por onde a mãe 
esteve no período de 30 dias prévios à gravidez até 
o final da gestação (dentro ou fora do país) e 
eventuais contatos com pessoas que estiveram no 
exterior.
/ / S í n d r o m e d a R u b é o l a C o n g ê n i t a
// Vacina Tríplice 
Viral
01 apresentação
É uma vacina atenuada, contendo vírus vivos 
“enfraquecidos” do sarampo, da rubéola e 
da caxumba. Pode ser chamada pela sigla 
SCR (Sarampo, Caxumba, Rubéola).
Também é conhecida comercialmente como 
“MMR”, que é a sigla das doenças em inglês 
(Measles, Mumps, Rubella).
/ / V a c i n a T r í p l i c e V i r a l
Forma liofilizada, em frasco multidose, 
acompanhada do respectivo diluente. 
02 composição
Vacina combinada, contendo vírus vivo 
atenuado do sarampo, da caxumba e da 
rubéola, cultivados em embrião de 
galinha, traços de neomicina 
(conservante), gelatina, sorbitol ou 
albumina (estabilizante) e fenol 
(corante). Deve-se observar as 
informações do fabricante para se 
avaliar os componentes presentes na 
vacina.
03 idade e esquema
• Indivíduos de 12 meses a 29 anos de idade: 
administrar 2 doses, conforme situação vacinal 
encontrada. Considerar vacinada a pessoa que 
comprovar 2 doses. Na rotina, é utilizado o 
seguinte esquema para crianças:
o1ª dose aos 12 meses de idade com a vacina 
tríplice viral;
o2ª dose aos 15 meses de idade com a vacina 
tetra viral para as crianças que já tenham 
recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral 
(corresponde à 2ª dose da vacina tríplice 
viral e à 1ª dose da vacina varicela).
• Indivíduos de 30 até 59 anos de idade: 1 dose, 
conforme situação vacinal encontrada. 
Considerar vacinada a pessoa que comprovar 1 
dose. 
• No caso de bloqueio está indicada 1 dose de 
vacina tríplice viral em pessoas a partir dos 60 
anos de idade não vacinadas ou sem 
comprovante de vacinação para o sarampo e a 
rubéola.
• Profissionais de saúde, independente da idade: 
2 doses, conforme situação vacinal encontrada, 
observando o intervalo mínimo de 30 dias entre 
as doses. Considerar vacinado o trabalhador de 
saúde que comprovar 2 doses.
/ / V a c i n a T r í p l i c e V i r a l
Dosagem e via de administração
0,5 ml, por via subcutânea.
Local de aplicação
Região posterior do braço ou tríceps braquial 
direito.
Eficácia
Estudos clínicos demonstraram que a vacina tríplice 
viral é altamente imunogênica. Anticorpos contra a 
rubéola foram detectados em 99,3%, contra o 
sarampo em 98,0% e contra a caxumba em 96,1% 
dos primovacinados.
Conservação e validade
+2 ºC a +8 ºC.
ATENÇÃO: Sempre verificar a bula do laboratório 
fabricante quanto ao período máximo de uso da 
vacina após diluição.
/ / V a c i n a T r í p l i c e V i r a l
Precauções gerais
• Crianças com histórico de convulsão febril devem 
ser cuidadosamente monitoradas, uma vez que 
no período de 4 a 12 dias após a administração 
pode ocorrer febre associada ao uso da vacina.
• Pessoas que usaram medicamentos 
imunossupressores podem ser vacinadas pelo 
menos um mês após a suspensão do tratamento, 
a critério médico.
• Pessoas com imunodeficiências congênitas ou 
adquiridas; na possibilidade de exposição ao vírus 
selvagem, avaliar risco-benefício individual. 
Infecção pelo HIV em indivíduos em vigência de 
imunossupressão grave.
• Pessoas em uso de quimioterapia para tratar o 
câncer só podem ser vacinadas três meses após a 
suspensão do tratamento, a critério médico.
• Pessoas que receberam transplante de medula 
óssea só podem ser vacinadas de 12 a 24 meses 
após a cirurgia.
• É aconselhável evitar a gravidez por 30 dias após a 
vacinação. Mas caso a vacinação aconteça 
inadvertidamente durante a gestação, ou a 
mulher engravide neste prazo de 30 dias após ser 
vacinada, não é indicada a interrupção da 
gravidez, pois o risco de problemas para o feto é 
teórico. Não há relatos na literatura médica de 
problemas decorrentes desse tipo de situação. 
Porém, esta gestante deve informar a situação ao 
profissional que a acompanha e ser monitorada 
durante o pré-natal.
/ / V a c i n a T r í p l i c e V i r a l
Contraindicações
• Crianças menores de 6 meses; 
• Anafilaxia à dose anterior da vacina. 
Eventos adversos
• Ardência, hiperestesia, eritema, enduração (1º dia);
• Febre ≥ 39,5°C e cefaleia, irritabilidade, febre baixa, 
conjuntivite e/ou manifestações catarrais (5º ao 12º dias);
• Exantema (7º ao 10º dia), linfadenopatia (7º ao 21º dias). 
• Eventos raros:
o Manifestações neurológicas;
o Púrpura trombocitopênica;
o Reação anafilática;
o Artralgia e/ou artrite (1 a 3 semanas após);
o Parotidite, pancreatite, orquite e ooforite (10º ao 21º 
dias).
/ / V a c i n a T r í p l i c e V i r a l
Considerações
• Vacinação simultânea em crianças menores de 2 anos 
de idade. Esta vacina pode ser administrada, 
simultaneamente, com as demais vacinas do 
Calendário Nacional de Vacinação, exceto a vacina 
febre amarela em crianças menores de 2 (dois) anos 
de idade nunca vacinadas com tríplice viral, devido à 
possibilidade de menor resposta imunológica a estes 
agentes. Nesta situação, o intervalo mínimo entre as 
doses é de 30 dias, salvo em situações que 
impossibilitem manter este intervalo (com um mínimo 
de 15 dias).
• Crianças menores de 2 (dois) de idade, vacinadas 
anteriormente com a dose válida da vacina tríplice 
viral podem receber simultaneamente a febre 
amarela e a tríplice viral ou tetra viral. Caso a vacina 
tríplice viral não seja administrada simultaneamente 
com a vacina varicela (atenuada), considerar o 
intervalo mínimo de 30 dias entre as doses, salvo em 
situações que impossibilitem manter este intervalo 
(com um mínimo de 15 dias). (Instrução Normativa 
Referente ao Calendário Nacional de 
Vacinação/2019/SVS/MS). 
/ / V a c i n a T r í p l i c e V i r a l
• Vacinação de contatos de casos suspeitos ou 
confirmados de sarampo ou rubéola: contatos na 
faixa etária de 12 mesesa 59 anos de idade devem 
ser vacinados de acordo com as indicações do 
Calendário Nacional de Vacinação; indivíduos acima 
de 60 anos de idade sem registro de vacinação para o 
componente sarampo, administrar 1 dose de tríplice 
viral. 
• Deve-se realizar intensificação da vacinação de rotina, 
de forma seletiva, com busca ativa de pessoas não 
vacinadas ou com esquema incompleto e que sejam 
contato de casos confirmados nos locais de 
ocorrência como escolas, creches, empresas, etc.
• Pessoas de 20 a 49 anos vacinadas com a vacina dupla 
viral somente serão vacinadas com tríplice viral se 
forem contatos de casos de caxumba (N. I. Nº 
166/2016/CGPNI/DEVIT/SVS/MS).
/ / V a c i n a T r í p l i c e V i r a l
// Vacina Tetra 
Viral
01 apresentação
É uma vacina atenuada, contendo 
vírus vivos “enfraquecidos” do 
sarampo, da rubéola, da caxumba e 
da varicela (catapora).
Forma liofilizada, monodose, 
acompanhada do respectivo diluente.
02 composição
Vacina combinada, contendo o vírus do 
sarampo, caxumba, rubéola e varicela 
cultivadas em células embrionárias de 
galinha, traços de neomicina, lactose 
anidra, sorbitol, manitol, aminoácidos e 
água para injeção.
/ / V a c i n a Te t r a V i r a l
03 idade e esquema
Administrar 1 dose aos 15 meses de idade, em 
crianças que já tenham recebido a 1ª dose da 
vacina tríplice viral (corresponde a 1 dose de 
varicela e à 2ª dose da tríplice viral). Esta 
vacina poderá ser administrada em crianças 
que tenham até 4 anos, 11 meses e 29 dias de 
idade, que tenham recebido a 1ª dose da 
vacina tríplice viral, considerando intervalo 
mínimo de 30 dias.
04 dosagem e via de 
administração
0,5 ml, via subcutânea.
/ / V a c i n a Te t r a V i r a l
05 local de aplicação
Região posterior do braço ou tríceps braquial 
direito.
Eficácia
É uma vacina segura e bem tolerada, com elevada 
imunogenicidade contra os antígenos componentes, 
principalmente, nas crianças entre 1 a 12 anos de idade, 
que apresentam soroconversão de mais de 95% após a 
administração de uma dose.
Precauções
• Crianças com histórico de convulsão febril devem ser 
cuidadosamente monitoradas, uma vez que no 
período de 4 a 12 dias após a administração pode 
ocorrer febre associada ao uso da vacina. 
• A vacina tetra viral não deve ser usada em pacientes 
que apresentam problemas raros de intolerância a 
frutose. 
• Avaliar risco benefício nas crianças com 
trombocitopenia.
• Os salicilatos (AAS) devem ser evitados por 6 semanas 
após a vacinação, por risco de complicações 
(Síndrome de Reye).
/ / V a c i n a Te t r a V i r a l
Contraindicações
Hipersensibilidade conhecida a neomicina ou 
qualquer outro componente da vacina ou que 
tenham manifestado sinais de hipersensibilidade 
após administração das vacinas sarampo, 
caxumba, rubéola e ou varicela;
Imunodeficiência primária ou secundária com 
comprometimento grave do componente celular 
do sistema imune (linfócitos T). 
Conservação e validade
+2 ºC a + 8 ºC. Não pode ser congelada.
Eventos adversos
• Febre: 22%
• Exantema semelhante ao sarampo: 3% (5 a 12 
dias após a vacina)
• Convulsão febril: 1:2500
• Varicela pós-vacinação: geralmente leve com 
menos de 50 lesões em pele, sem febre e 
menor duração da erupção.
/ / V a c i n a Te t r a V i r a l
Atenção!
É estabelecida a meta mínima de 
95% de cobertura vacinal, de 
forma homogênea, em todos os 
municípios brasileiros.
Em situações emergenciais e na 
indisponibilidade da vacina tetra 
viral, a vacina tríplice viral (sarampo, 
caxumba e rubéola - atenuada) e 
varicela (atenuada) poderão ser 
utilizadas.
/ / V a c i n a Te t r a V i r a l
Considerações
• Vacinação simultânea em crianças menores de 2 
anos de idade: esta vacina pode ser administrada, 
simultaneamente, com as demais vacinas do 
calendário de vacinação, exceto a vacina febre 
amarela em crianças menores de 2 anos de idade 
nunca vacinadas com tetra viral ou tríplice viral. 
Nesta situação, o intervalo mínimo entre as doses 
é de 30 dias.
• Crianças menores de 2 anos de idade vacinadas 
anteriormente com a dose válida da vacina 
tríplice viral ou tetra viral podem receber, 
simultaneamente, a febre amarela e a tetra viral.
// Considerações 
Finais
Chegamos ao final desta aula. É importante destacar os 
seguintes pontos abordados:
•O sarampo é uma doença infecciosa exantemática aguda 
extremamente contagiosa que pode evoluir com 
complicações e óbitos.
•O acúmulo de suscetíveis ao sarampo a um quantitativo 
suficiente para sustentar uma transmissão ampla, resulta 
em surtos explosivos, capazes de afetar todas as faixas 
etárias.
•Após a realização da primeira Campanha Nacional de 
Vacinação contra o sarampo em 1992, houve redução de 
81% no número de casos notificados no Brasil.
•A caxumba é uma doença infecciosa viral aguda e 
contagiosa que pode acometer qualquer tecido glandular e 
nervoso do organismo, porém afeta especialmente as 
glândulas parótidas, submandibulares e sublinguais.
•A caxumba caracteriza-se pela alta morbidade e baixa 
letalidade e surge sob a forma de endemias ou surtos, 
geralmente com evolução benigna.
•A rubéola é uma doença exantemática aguda que 
apresenta alta contagiosidade, que está relacionada ao 
risco de abortos, natimortos e à síndrome da rubéola 
congênita.
/ / C o n s i d e r a ç õ e s F i n a i s
•A infecção pelo vírus da rubéola durante a gestação pode 
comprometer o desenvolvimento do feto e causar aborto, 
morte fetal e anomalias congênitas que caracterizam a 
síndrome da rubéola congênita.
•Em abril de 2015, a Organização Pan-Americana da Saúde 
declarou a região das Américas livre da rubéola e da 
síndrome da rubéola congênita.
•A única forma de prevenir o sarampo, a caxumba e a 
rubéola é por meio da vacinação.
•A vacina tríplice viral contém vírus vivos atenuados do 
sarampo, da rubéola e da caxumba e deve ser 
administrada pela via subcutânea.
•A vacina tríplice viral pode ser administrada 
simultaneamente com as demais vacinas do Calendário 
Nacional de Vacinação, exceto a vacina febre amarela em 
crianças menores de 2 anos de idade nunca vacinadas com 
tríplice viral, devido à possibilidade de menor resposta 
imunológica a esses agentes.
•O intervalo mínimo entre a vacina tríplice viral e outras 
vacinas atenuadas parenterais é de 30 dias.
•O MS adotou em 2019 a estratégia da Dose Zero da 
vacina tríplice viral para crianças de 6 a 11 meses de idade 
que permanece até o momento nos estados que 
continuam com a circulação do vírus do sarampo. A Dose 
Zero não é considerada válida para cobertura vacinal de 
rotina. 
/ / C o n s i d e r a ç õ e s F i n a i s
•É estabelecida a meta de no mínimo 95% de cobertura da 
vacina tríplice viral, de forma homogênea, em todos os 
municípios brasileiros.
•Profissionais da saúde têm indicação para receber duas 
doses de vacina tríplice viral, independentemente da 
idade.
•A vacina tetra viral contém vírus vivos atenuados do 
sarampo, da rubéola, da caxumba e da varicela e deve ser 
administrada pela via subcutânea aos 15 meses de idade.
•A idade máxima para administração da vacina tetra viral é 
4 anos, 11 meses e 29 dias.
Até a 
próxima
!
/ / C o n s i d e r a ç õ e s F i n a i s
BoletimEpidemiológico /ISSN 9352-7864 - MS.-
Secretaria de V igilância em Saúde - Semana 
Epidemiológica 13 (28/3 a 3/4/2021).
Brasil. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em 
Saúde: volume único [recurso eletrônico] / Ministério 
da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, 
Coordenação-Geral de Desenvolvimento da 
Epidemiologia em Serviços. – 3. ed. – Brasília: 
Ministério da Saúde, 2019. 740 p. : il.
Domingues,C.M.A.,et al. A evolução do sarampo no 
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Brasília mar. 1997/[acesso em: 10 jun. 2021] Disponível 
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SARAMPO-OPAS/OMS-Brasília –DF/[acesso em: 10 jun. 
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SBIm – Sociedade Brasileira de Imunizações 
sbim.org.br/calendarios-de-vacinacao
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C r é d i t o s das i m a g e n s
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Wikipédia, a enciclopédia livre
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus_do_sarampo

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