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Mais um dia tranquilo do Dr. Gomes no Hospital Geral do município. No atendimento no ambulatório de epilepsia, chega dona Juliana, uma paciente de 24 anos, vendedora, solteira, acompanhada pela mãe, para primeira consulta, encaminhada pelo clínico geral da unidade de saúde de sua cidade. Refere que o mesmo a encaminhou por conta de crise convulsiva que teve no dia anterior. O médico explica que precisa investigar a etiologia da crise convulsiva. As principais causas de crise epiléptica são: febre, abstinência de álcool ou outras drogas (cocaína, anfetamina), medicamentos, acidente vascular cerebral, trauma cranioencefálico, infecções do sistema nervoso central (como meningite), e distúrbios metabólicos/eletrolíticos: hipo/hipernateremia, hipomagnesemia, hipocalcemia, hipoglicemia, hiperglicemia não-cetótica, uremia, hipóxia, hipertireoidismo, desidratação. Convulsões são surtos de potenciais de ação descontrolados. Durante a atividade repetitiva, a concentração de potássio aumenta no meio extracelular e modifica o potencial de equilíbrio deste íon, de tal forma que as correntes de saída enfraquecem e não são mais efetivas na repolarização da membrana. Nessa fase também há aumento da acetilcolina que reduz ainda mais a condutância do potássio, prolongando o efeito excitatório. Sobre o potencial de ação, responda as questões abaixo: 1) O que se quer dizer por potencial de membrana? Explique como o potencial de membrana podem ser produzidos pela passagem de íons através da membrana. O potencial de membrana é a diferença de potencial elétrico, em volts (V) entre os meios intra e extracelular. É motivada a partir de um gradiente eletroquímico através de uma membrana semi-perméavel. No potencial de repouso, acontece á entrada passiva de íons sódio (Na+), que em seguida são expulsos ativamente, simultaneamente acontece a entrada do íons potássio (K+) ativamente. Em seguida, o K+ sai passivamente da célula, tornando o meio interno, com isso a célula fica polarizada. 2) Faça a figura do potencial de ação indicando as suas diferentes fases e discuta a permeabilidade da membrana aos íons em cada fase. Explique os eventos que ocorrem durante as fases de despolarização e repolarização do potencial de ação. A repolarização é a segunda fase do potencial de ação e acontece logo após à despolarização. Durante este curtíssimo período, a permeabilidade na membrana celular aos íons sódio retorna ao normal e, simultaneamente, acontece agora um significativo aumento na permeabilidade aos íons potássio. A repolarização é a diminuição da permeabilidade da membrana 30 íon sódio e aumento da permeabilidade ao íon potássio. Despolarização: Aumento da permeabilidade da membrana ao íon sódio através da abertura dos canais de sódio voltagem dependentes e o influxo de sódio para dentro da célula. 3) Qual é a diferença entre uma fibra nervosa mielínica e outra amielínica e como a condução saltatória ocorre nas fibras mielínicas? Fibras Amielínica: Fibras envolvidas por uma única dobra da célula de bainha de mielina. Fibras Mielínicas: Fibras envolvidas por várias dobras da bainha de mielina. É mais eficiente na transmissão do impulso nervoso, pois apresentam a velocidade de programação do impulso nervoso, pois apresentam a velocidade de propagação de impulso, por isso as fibras mielínicas são mais rápidas, permitindo então a condição saltórial devido uma velocidade maior no processo da condução. Enquanto a propagação das Amielínicas é contínua, portanto mais lenta. 4) O neurônio obedece a “Lei do Tudo ou Nada”? Justifique, explicando esta lei. Sim, Um potencial de ação aocorre no axolema quando a despolarização atinge um certo nível, conhecido como limiar (acima de −55 mV na maioria dos neurônios). Dessa forma, vários potenciais de ação serão gerados em resposta a um estímulo supralimiar, que é intenso o suficiente para despolarizar a membrana acima do limiar. Cada um dos potenciais de ação formados a partir de um estímulo supralimiar tem a mesma amplitude que um potencial de ação gerado a partir de um estímulo limiar. Portanto, uma vez que seja gerado um potencial de ação, sua amplitude será sempre a mesma e ela não depende da intensidade do estímulo. Por outro lado, quanto maior for a intensidade do estímulo acima do limiar, maior será a frequência dos potenciais de ação, até que seja atingida uma frequência máxima de acordo com o período refratário absoluto. É possível identificar o evento tudo ou nada devido o potencial de ação que só é gerado se a voltagem for igual ou superior ao limiar excitatório da membrana. 5) O período refratário absoluto e relativo limitam o surgimento do potencial de ação. Qual é a diferencia entre os dois? Durante o período refratário absoluto, mesmo um estímulo muito intenso não conseguirá gerar um segundo potencial de ação. Este período coincide com o período de ativação e inativação do canal de Na + Os canais de Na + inativos não conseguem se reabrir; eles primeiro devem voltar ao estado de repouso. O período refratário relativo é o período de tempo durante o qual um segundo potencial de ação pode ser gerado, mas apenas por um estímulo maior que o usual. Ele coincide com o período no qual os canais de K + dependentes de voltagem ainda estão abertos, após a volta dos canais de Na + inativos para o repouso. Desse modo, no período refratário absoluto o canais sódio dependentes da voltagem estão inativados, portanto nessa situação não è possível fazer com que ele dispare outro potencial de ação. E no período refratário relativo os canais sódios estão fechados, mas podem ser aberto por um estimulo que ultrapassa o limiar.
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