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HISTÓRIA É importante que o paciente conte sua história espontaneamente. ° IDENTIFICAÇÃO: Nome, idade, sexo, cor, profissão, procedência, escolaridade e mão de preferência. Nos exames neuropsicológicos, as notas variam de acordo com o grau de escolaridade. Quanto a mão de preferência, relaciona-se com a força, sensibilidade vibratória, hemisfério cerebral dominante. ° SINTOMAS: Início, quanto tempo se iniciaram, evolução ou ordem de aparecimento, quanto tempo demorou para o quadro se instalar totalmente, se está piorando, modifica com algum medicamento. ° EVOLUÇÃO: MONOFÁSICA: Piora inicial que pode evoluir ou haver estabilização. ↝ AVC, Paralisia facial periférica de Bell. PROGRESSIVA: Características dos tumores e doenças degenerativas. EPISÓDICAS, RECORRENTES: Na maioria das vezes não deixa nenhuma sequela e nenhum sinal da sua existência, sendo identificada principalmente na anamnese. ° EVOLUÇÃO NO TEMPO: AGUDO: Ocorre em minutos, horas, de um dia para outro. ↝ Doença vascular, causas infecciosas SUBAGUDO: Dias ou 1 semana. ↝ Doença inflamatória ou tóxica. EM SURTOS (Períodos de melhora e piora): Esclerose múltipla. ° INTERROGATÓRIO: Perguntar sobre desmaio, tontura ou vertigem, dor ou cefaleia, distúrbios sensitivos, distúrbios esfincterianos, alteração na memória, alteração do sono. ° ANTECEDENTES PESSOAIS: Certas doenças são mais frequentes em pessoas com antecedentes pessoais específicos. Como o diabetes que favorece inúmeras doenças neurológicas, como AVC, neuropatia periférica. ° USO DE MEDICAMENTOS: Ansiolíticos (benzodiazepínicos), podem causar sonolência e perda de concentração, antidepressivos: obstipação, retenção urinária e déficit de memória. ° ANTECEDENTES FAMILIARES: Predisposição genética para determinadas doenças. A enxaqueca e epilepsia possuem fatores que influenciam o aparecimento em familiares. Perguntar se algum familiar tem ou teve quadro similar ao que o paciente está apresentando. ° HÁBITOS PESSOAIS: O alcoolismo provoca várias doenças neurológica, como a neuropatia periférica, crises convulsivas, TCE, hematomas subdurais, diminuição da imunidade, meningites pneumocócica. O fumo favorece o aparecimento de isquemias cerebrais. Uso de drogas ilícitas alteram o SNC causando alucinações, confusão, convulsão, agitação psicomotora e coma, a cocaína causa lesão arterial, aumento da PA. VERTIGEM ° Ao queixar-se de tontura, o paciente pode estar relacionando a atordoamento, desmaio, vertigem rotatória, visão turva, cefaleia, confusão mental ou zumbido. ° A sensação de tontura pode ser evidenciada no desmaio, anteriormente a perda de consciência. PRÉ-SÍNCOPE: Estágio do desmaio que há déficit de perfusão cerebral que não é suficiente para induzir a perda de consciência. O paciente relata atordoamento, turvação visual e sensação de peso. HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA: Paciente se queixa de tontura ao levantar-se. ° É uma sensação ilusória de movimento do próprio corpo ou do ambiente, decorrente da disfunção do sistema vestibular. SISTEMA VESTIBULAR: Capta informações pelos receptores especiais dos canais semicirculares, sáculo e utrículo, ambos possuem seus órgãos @lorenalimarl receptores (máculas), embebidos em gel com otólitos (aparelho otolítico). Os canais semicirculares transmitem informações da aceleração angular da região cefálica e a macula transmite da aceleração linear do segmento cefálico → Nervo vestibulococlear VIII (informações auditivas e vestibulares) → Tronco → Núcleos vestibulares → Núcleos dos pares cranianos oculomotor, troclear, abducente, vestíbulo-cerebelo. LESÕES PERIFÉRICAS: Causam tontura, vertigem e osciloscopia de curta duração que passa com o tempo, pode causar diminuição da audição e sensação de ouvido tapado. ° VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA: Vertigem periférica, bem frequente, ocorre principalmente quando o paciente muda a posição da cabeça, principalmente ao olhar para cima (VERTIGEM DO MALEIRO/PRATELEIRA), virar na cama, ao deitar-se ou levantar-se, quando ocorre o paciente relata que tudo roda. Diferente da hipotensão ortostática, a vertigem é rotatória e só ocorre quando o paciente está em movimento. ° VERTIGENS DE ORIGEM DO SNC: Longa duração, não se adaptam e raramente estão associadas a sintomas auditivos. Confirmado no exame neurológico ao provocar a tontura e nistagmo. DOR E CEFALEIA Importante perguntar sobre o início, frequência, intensidade, duração, irradiação, fatores de melhora e piora, desencadeantes. ° ENXAQUECA: O paciente pode relatar dores há alguns anos, com frequência variável, várias vezes por semana. Geralmente é acompanhada com um pródromo (horas antes, alterações no humor, comportamento, tensão na musculatura cervical) ou aura (minutos antes, visuais- escotomas cintilantes), hemiparesia, afasia ou hemiparestesia. ° CEFALEIA TIPO TENSÃO: Cefaleia corriqueira, não caracteriza gravidade, relacionada com a tensão, dor bitemporal, acomete as têmporas, região occipitonucal. ° CEFALEIA CRÔNICA DIÁRIA: Alta frequência, mais de 15 vezes por mês, de fraca a média intensidade, associada a alterações no humor e pode ocorrer abuso de analgésicos. Frequentemente ocorre na região occipitonucal e frontal e sintomas de depressão. ° CEFALEIA EM SALVAS/HORTON: Tendência de repetir sempre no mesmo horário e dias consecutivos, geralmente vem algumas horas após deitar-se para dormir, de forte intensidade, pulsátil e que dura horas. Acompanhada de lacrimejamento, ingurgitamento natal e coriza. ° ARTERITE TEMPORAL: Dor latejante, temporal, melhora com a compressão das carótidas e piora ao deitar com a palpação das artérias temporais. Quando não é tratada, pode levar a cegueira. ° TUMORES: Se intensifica com o passar dos dias, piora no fim da noite ou no meio da madrugada, devido ao aumento da pCO2 com a vasodilatação intracraniana, pode ser acompanhada de vômitos em jatos. ° SINUSITES: Dor facial, piora ao deitar-se, mais intensa pela manhã, piora com a compressão dos seios. ° MENINGITES: Dor difusa e constante, mais intensa na região nucal, piora com o barulho e luz. Paciente apresenta febre e sinais de irritação meníngea. ° HEMORRAGIAS: Dores de início súbito. SEMIOTÉCNICA ° MOTRICIDADE: Manobras deficitárias. Podem indicar déficit de força global, distal (lesões piramidais ou de nervos periféricos), proximal (miopatia). Pode ocorrer redução da velocidade de contração, devido lesões no cerebelo. MINGAZZINI: Manobra dos braços estendidos, com os dedos abertos e permanecer por 2 min. Com o dorso da mão para cima. Caso esteja afetado o membro faz adução dos dedos, flexão do punho, flexão do cotovelo e queda do braço (disfunção piramidal). BARRÉ: Paciente com os braços estendidos e as mãos como se estivesse empurrando uma parede. FINGER TAP: Face palmar do polegar com a do índice, caso tenha presença de déficit, o movimento será lentificado. FLEXÃO E EXTENSÃO DOS DEDOS: Movimento de abrir e fechar os dedos rapidamente, em déficit o movimento é lento. ° COORDENAÇÃO / SENSIBILIDADE PROFUNDA (INDIRETA): ROLAR DOS BRAÇOS: Movimentos circulares dos antebraços no sentido horário e anti-horário. Caso tenha lesão unilateral, o lado lesionado não possui movimentos com a mesma amplitude e velocidade. INDEZ-NARIZ: Paciente toca com a extremidade do dedo indicador a ponta do nariz e o outro braço aberto, fazendo troca. ARTRESTESIA (Propriocepção): Reconhecimento da posição da articulação. Consiste em mover a extremidade do dedo e perguntar ao paciente em que posição encontra-se. ° TÔNUS: MOVIMENTAÇÃO PASSIVA DOS MEMBROS: Movimentação rápida e sucessiva de alguns segmentos do corpo. Em casos de hipotonia, a movimentação é mais fácil e ampla, na hipertonia a movimentação é menos pronunciada. É importante para verificar a resistência oferecida ao movimento. ↝ LESÕES PIRAMIDAIS (Hipertonia espástica): Paciente apresenta sinais de canivete (inicia com resistência e conforme o ângulo do braço aumenta, há diminuição dessa resistência). ↝ LESÕES EXTRAPIRAMIDAIS (Hipertonia plástica): Com o movimento da articulação, há resistência de intensidade oscilatória, conhecido como sinal de roda denteada. ↝ LESÕES NERVOSAS PERIFÉRICAS, CEREBELARES, PIRAMIDAIS EM FASE AGUDA: Ocorre hipotonia, não há resistência aos movimentos impostos, a articulação abre em amplitude maior que o normal. ° NERVOS CRANIANOS: ÓPTICO II: REFLEXO FOTOMOTOR DIRETO E CONSENSUAL. ↝ As fibras do trato óptico descem para o mesencéfalo dorsal, antes do corpo geniculado lateral para realização da miose. Quando há resposta direta o paciente fixa o olhar em um ponto e o examinador traz a luz, espera-se uma constrição rápida e depois uma leve dilatação. ↝ Na consensual a constrição do olho contralateral não é estimulado, aumentando a magnitude. OCULOMOTOR III: Quando há lesão o paciente possui estrabismo divergente, dificuldade em olhar medialmente, para cima e para baixo, ptose palpebral, anisocoria, diplopia, turvação visual. ABDUCENTE VI: Em casos de lesão ocorre estrabismo convergente e diplopia que piora no olhar horizontal e olhar para alvos distantes. FACIAL VII: Realizar mimica facial, enchendo a boca com ar e segurando (andar inferior), para avaliar o andar superior pede ao paciente para fechar os olhos com força e segurar, não deixando o examinador abrir. HIPOGLOSSO XII: ↝ INSPEÇÃO DA LÍNGUA: Forma, aparência, sulcos, atrofia, fasciculações (ocorrem em lesões no neurônio motor inferior), colocar para fora e verificar desvios. VAGO X e ACESSÓRIO XI: Verificar elevação do palato mole e pede para o paciente falar a letra A, examinando a movimentação da úvula. ↝ LESÃO UNILATERAL: Sinal da cortina, puxa úvula para o lado normal, há perda do reflexo do vômito do lado lesionado e achatamento do arco. ↝ LEÃO BILATERAL: Não consegue elevar o palato/úvula em fonação, ausência do reflexo do vômito, fala anasalado, regurgitação.
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