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8º Aula 11-05 Afecções do sistema respiratório

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11/05 Afecções do sistema respiratório 
 
 
 
Vias aéreas anteriores 
(cavidade nasal, faringe, laringe e traqueia) 
Tumores 
Corpos estranhos 
Traumatismos 
 
Sinusite 
 mais comum em seios paranasais 
Oestrose 
 
Vias aéreas posteriores 
Broncopneumonias – CDRB 
Pneumonias intersticiais 
Parede e cavidade torácica 
 
 
Oestrose 
Acomete ovinos, caprinos, bovinos, bubalinos cervídeos mas a maior incidência em ovinos. 
 
Afecção causada pelo vetor que são moscas (oestrus ovis) que depositam seus ovos ao redor das narinas e 
consequentemente as larvas começam a migrar para os seios nasais para se desenvolverem (3º estágio larvais) ao 
longo de algumas semanas ou meses. O animal apresenta sintomatologias de sinusite, rinite, espirro, irritação, 
secreção, infecção mais profunda, quadros de pneumonias e afins. 
 
Ciclo biológico 
Exógeno 
(Vetor/moscas adultas) 
pupa em torno de 2 sem a 2 meses > se forma em suelo em torno de 1 a 5 dias 
 
Endógeno 
(ocorre dentro do hospedeiro) 
Ocorre dentro do hospedeiro 
Vetor deposita > migração > larva 1 em torno de 1 a 9 meses para seu 
desenvolvimento > se torna larva 2 em torno de 10 a 15 dias > se torna larva 3 > 
animal apresenta sintomatologia > espirra > a larva vai para o ambiente 
 
Sinais e sintomas 
Agitação 
Escondem a cabeça 
Coçando o focinho 
Espirros 
Processo irritativo e inflamatório resultando na produção de muco e secreção nasal purulenta 
Lacrimejamentos 
Sinusite/Rinite 
Dispneia 
Transtornos nervosos e locomotores ((meneios de cabeça: pleurotótono e opistótono, head tild e olhar para 
estrelas) 
Emagrecimento progressivo 
Morte por inanição 
Diagnóstico 
Sinais clínicos + exame das cavidades nasais + swab + endoscopia 
 
Tratamento 
Ivermectina – 200μg/KG, VO ou SC (o controle e profilaxia é feito com o mesmo medicamento no final do verão e 
outra dose no inverno) 
 
Diagnóstico diferencial 
Corpos estranhos 
Adenocarcinoma nasal 
Pneumonia 
Traumatismo 
Sinusite 
 
 
 
 
 
 
Broncopneumonias 
Maior incidência em rebanhos leiteiro e de corte, sem distinção de idade, acomete tanto animais jovens como 
adultos. 
 
Entidade clínica única de broncopneumonia mas causado por inúmeras associações de agentes infecciosos 
(bactéria, vírus ou protozoário/vetor), comprometimento das defesas do hospedeiro e de fatores ambientais que 
favorecem o crescimento dos micro-organismos. E quando houver uma quebra/falha/alteração entre o agente, 
hospedeiro e ambiente teremos o aparecimento da doença. 
 
1º tipo de broncopneumonia 
Pneumonia enzoótica dos bezerros 
Acomete rebanho leiteiro estando relacionada diretamente com as instalações 
 
Susceptibilidade maior durante o período da transferência de imunidade passiva para imunidade ativa, aonde 
costumam ocorrer pneumonias. 
 
Fatores relacionados 
Asfixia neonatal (animais que nasceram frágeis) 
FTIP (sistema imune prejudicado) 
Estresse (desmame, saindo da gaiola e indo para o piquete, cirurgias (mochação) 
Má nutrição (baixa resposta imunológica) 
Problemas de instalação (aglomeração, narina com narina, fácil transmissão) 
Altas concentrações de amônia (cama suja) 
Odor amoniaco (quadros irritativos, sinusite/rinite) 
 
Fatores relacionados a instalação: lavagem com alta pressão aumenta umidade que favorece para proliferação 
bacteriana devido a pouca ventilação e altas temperaturas. Durante a lavagem/limpeza surge patógenos em forma de 
aerossol. Um perigo quando há alta concentração de animais caso seja baias coletivas, 
 
Baias coletivas: altas concentrações de animais, contato direto com animais de diferentes idades (cada afecção 
acomete diferentes tipos de idade o que seria um risco) resultando em diferentes doenças. 
 
Infecção bacteriana: devido á queda da imunidade (transferência da passiva pra ativa ou falha na colostragem), 
estresse (eleva nível de cortisol/corticoides endógenos e má nutrição (deficiência de vitamina/minerais), favorecendo 
infecções virais. 
 
Fatores esses que levam a multiplicação bacteriana nasal, desafio bacteriano pulmonar, depuração bacteriana 
pulmonar prejudicada (não há mais células de defesas para auxiliar) resultando na broncopneumonia bacteriana, 
possivelmente também pneumonia viral secundária. 
 
2º tipo de broncopneumonia: 
Febre de transporte 
Acomete rebanho de corte, normalmente ocorre após o transporte da fazenda, onde viviam, para o confinamento 
(cria-recria / aglomeração) havendo uma falha/queda de imunidade durante o processo. 
 
Susceptibilidade: bezerros de corte desmamados (6-8 meses) / 3 semanas após o transporte 
 
Permanência prolongada em instalações de comercialização (mudança de instalação) 
Antimicrobianos na água de bebida 
Desmame próximo á introdução do confinamento (estresse duplo desmame + transporte) 
Fornecimento de ração rica em energia á introdução (troca de dieta = quadros de indigestão = acidose) 
Métodos cirúrgicos próximos a introdução (mochação e descorna) 
Mistura de bovinos de várias fontes 
Introdução de novos bovinos nas instalações do confinamento por períodos prolongados (maior facilidade de 
introduzir novas doenças naquele lote) 
Baixos títulos de anticorpos contra os vírus (normalmente não foram vacinados para afecções respiratória onde 
favorece ainda mais) 
 
Gerando quadros de desidratação, acidose, aumente de corticoides e surgimento de novas infecções 
 
Resultando em multiplicação bacteriana, desafio bacteriano, dificuldade na depuração bacteriana, surgimento das 
pneumonias bacterianas. 
 
Devido a fragilidade do sistema respiratório teremos quadros de deficiência de vitamina/mineral, ampla variação de 
temperaturas diária (estresse térmico) e altas concentrações de partículas de poeira transportadas pelo ar, 
favorecendo a uma baixa resposta do sistema respiratório. 
 
Agentes etiológicos: 
Bactérias: Mannheimia (pasteurella) haemolytica, Pasteurella multocida, Histophiis sommi (Haemophilus somnus) 
Vírus: Vírus sincicial respiratório bovino (VSRB), Vírus tipo 3 da parainfluenza bovina (PI-3), Vírus da diarréia viral 
bovina (VDVB), Herpesvírus bovino tipo I (rinotraquóte bovina infecciosa) e Lentivirus (Maedi visna, pneumonia 
intersticial em pequenos ruminantes). 
 
Sinais e sintomas 
Apatia 
Hiporexia/Anorexia 
Corrimento nasal e ocular 
Tosse, dispnéia 
Febre 
 
Exame físico: auscultação crepitante grosseira 
 
Diagnóstico 
Sinais clínicos 
Histórico/anamnese 
Hemograma (alteração no leucograma) 
Swab nasais + citologia + cultura e antibiograma 
Lavado traqueal + citologia + cultura e antibiograma 
Broncoscopia + LBA + citologia 
US, Raio x 
Sorologia 
*** Na prática é feito somente diagnóstico teraupeutico por 7 dias e avaliar se o animal respondeu, caso suspeite de 
alguma doença se faz sorologia mas é muito raro. 
 
Tratamento 4 pilares 
Viral: tratamento sintomático e profilático de controle (vacinas) 
(ATB somente se tiver infecção secundária, se apresentar leucograma baixo dispensa ABT). 
Bacteriana: 
ATB por 7 dias, broncodilatador (aminofilina - inalação ou injetável), mucolítico (ALIV-V), inalação (berotec + 
atrovent), oxigenioterapia, AINES (flunexim meglumine) no máximo 3 dias. 
 
Se o animal apresentar somente auscultação sibilo não é necessário administrar mucolítico somente o 
broncodilatador. 
 
!!!!! 
Antibióticoterapia por 7 dias: amoxicilina, ampicilina, cetfiofur, enrofloxacina 
* controle da infestação bacteriana 
AINES: Flunexim meglumine 
* reduzir febre e inflamação pulmonar 
Broncodilatores, mucolíticos: cloridrato de bromexina 
* manutenção do fluxo de ar 
* conservação das trocas gasosas 
Terapia de suporte: fluidoterapia e oxigenioterapia 
 
 
 
 
Pneumonia verminótica 
Dictyocaulus viviparus, maior incidência em climas temperados/frios/inverno e não excessivamente seco. Região 
do Sul, Serranas. 
 
Ciclo exógeno: L1-L3 disposta no ambiente sendo ingerida pelo bovino através da pastagem/forragem. 
Ciclo endógeno: as larvas L-3 chegam aluz intestinal atravessando a mucosa intestinal, passando os capilares e 
finalmente se instalam nos linfonodos mesentéricos, aqui ocorre a mudança de estágios larvais onde se tornam L4, 
após seguem pelos linfonodos, cai nos vasos linfática e na corrente sanguínea, artéria pulmonares, se instalando nos 
brônquios, broquíolos e alvéolos (pulmão), atingem maturidade sexual (L-adulto) e fazem ovipostura, começam a 
migrar do pulmão e as células presentes entram em ação como a mucolíticas responsável por englobar os ovos e as 
células cilíadas de eliminar como corpo estranho do sistema respiratório, consequentemente chegam a laringe e o 
animal acaba deglutindo, caí no TGI, elimina através das fezes e começa novamente o ciclo. 
 
Diagnóstico 
* coproparasitológico (técnica de ovos pesados / baermann) 
* Necropsia 
 
Tratamento 
Antiparasitários: benzimidazóis, levamisol ou ivermectinas 
Antibióticos: amoxicilina, ampicilina, ceftiofur, enrofloxacina (devido infecção secundária - usar somente se o 
lecuograma estiver alto) 
Controle da infestação bacteriana: AINES (flunexim meglumine) - reduzir febre e inflamação pulmonar 
Broncodilatadores, mucolíticos: cloridrato de bromexina para manutenção do fluxo de ar e conservação das troca 
gasosa. 
Terapia de suporte: fluidoterapia e oxigenioterapia

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