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Introdução à HistologiaTECIDO EPITELIAL - Histologia é o estudo dos tecidos; - Tecido é um grupo de células que compartilham localização, morfologia e funcionalidade; - A diferenciação dos quatro tecidos básicos do corpo vão ser as características das células e da matriz; - Todo órgão tem parênquima e estroma; - Parênquima: células ou parte do órgão voltada para função do órgão e varia de acordo com o órgão. Ex: o parênquima pulmonar são os alvéolos. - Estroma: tecido de sustentação, de preenchimento. Geralmente é tecido conjuntivo; Funções - Revestimento; - Proteção; - Absorção; - Secreção: secreta substâncias – se organiza em GLÂNDULAS; - Obs: uma célula pode ser de revestimento e de secreção. Ex: as células do intestino; - Células mioepiteliais: função contrátil e de revestimento. Ex: estruturas glandulares; Características Gerais - Células poliédricas: múltiplas faces; - Células justapostas: células próximas umas às outras; - A justaposição faz com que as células se comprimam e gera a característica de poliedrismo; - Pouca MEC: pouco espaço entre elas pela justaposição; - Células unidas por junções intercelulares; - Se organizam em folhetos, camadas ou em unidades secretoras; - Formatos variados; - Em geral, se apoiam em tecido conjuntivo: lâmina própria, porção basal e porção apical; LÂMINA PRÓPRIA - Camada de tec conjuntivo que dá suporte aos epitélios que revestem órgãos ocos; PORÇÃO BASAL - Parte das células voltadas para a lâmina própria. Voltada para parede do órgão. PORÇÃO APICAL - Superfície oposta à porção basal. Voltada para o lúmen do órgão; PORÇÕES LATERAIS - Adjacente à célula vizinha; - As células epiteliais são polarizadas – parte das organelas e estruturas estão na região basal e outras mais na região apical; LÂMINA BASAL - Superfície de contato entre células epiteliais e o tec conjuntivo de suporte; - Formada por moléculas: colágeno, glicoproteínas e proteoglicanos; - Fixa o epitélio ao tecido conjuntivo por fibrilas de ancoragem; - Como se ela fosse uma substância cimentante; - Filtração de moléculas do tec conj para o epitelial e vice-versa; - Influenciar na polaridade das células; - Regular a proliferação e a diferenciação celular no tec epitelial; - Influenciar no metabolismo; - Auxiliar na organização das proteínas nas membranas plasmáticas, afetando a transdução de sinais; - Servir como caminho e suporte à migração de células; - Pode ser visualizada no microscópio eletrônico; MEMBRANA BASAL - Camada de membrana que fica na base do epitélio; - Não é sinônimo de lâmina basal; - Pode ser visualizada na microscopia óptica; Especializações de Membrana - Especializações que podem estar na região apical, na região lateral ou na região basal; Especializações da Superfície Basal - São de dois tipos principais: adesões focais e hemidesmossomos; - Vão ter como finalidade fixar a base do epitélio as regiões subjacentes (lâmina própria e tec conjuntivo); - Contribuem no processo de adesão junto à lâmina basal; - São intracelulares; 1 – HEMIDESMOSSOS - Espécie de placa, pontuais; 2 – ADESÃO FOCAL - Molécula mais complexa; Especializações de Superfície Lateral - São chamadas de junções intercelulares; - Unem as células e se dividem em 3 tipos de acordo com suas funções; 1 – JUNÇÕES DE OCLUSÃO - Processo de fechamento, vedação do espaço intercelular – impedir passagem de m.o ou de toxinas; - Estão na região mais superior da superfície lateral; - Se houver ruptura – o epitélio fica mais predisposto à invasão por m.o; - Não deve haver passagem de substâncias nas áreas de oclusão, com exceção de água, de quantidade bem limitada – canal aquoso das claudinas; - Formadas por zônulas: espécie de faixa contínua que se dispõe ao longo de toda a região da membrana; - As zônulas são formadas, principalmente, por moléculas chamadas de ocludina e claudina; - Onde houver as ocludinas as membranas estão realmente vedadas, mas onde há claudinas há formação de um canal aquoso; 2 – JUNÇÕES DE ADESÃO - Unir as membranas de células vizinhas; - Caderinas, interdigitações, zônula de adesão e desmossomos; Interdigitação: dobras das membranas laterais - As dobras de uma célula se encaixam nas dobras da célula adjacente – promove adesão Zônula de Adesão: faixa abaixo da zônula de oclusão; - Se encaixa na zônula de adesão da célula adjacente; - Não promove vedação; Desmossomos: duas placas e cada uma está na face interna da célula e se encaixam no espaço intercelular; Caderinas: proteínas que se projetam pela zônula de adesão; - Se encontram no espaço intercelular; - São dependentes de cálcio; 3 – JUNÇÕES COMUNICANTES - Permite a comunicação de células adjacentes – compartilhamento de substâncias; - Chamadas também por junções GAP; - Compostas por conexóns (canais) que ficam alinhados; - Os canais podem estar abertos ou fechados – estímulo; - Quando o canal se abre – gerado um poro pelo qual as substâncias passem; Especializações da Superfície Apical - Destinadas à geração de movimento e aumento da superfície de contato; 1 – MICROVILOSIDADES - São projeções da membrana apical – formato semelhante a dedo; - Aumentar a superfície de contato e potencializar a capacidade de absorção do órgão; - Não são dotadas de motilidade – movimento apenas passivo em virtude de presença de músculo na parede do órgão; - Presentes no intestino delgado; 2 – ESTEREOCÍLIOS - Projeções da membrana apical; - São mais finos e mais longos; - Estrutura imóveis; - Aumentar a superfície de contato; - Presentes no epidídimo; 3 – CÍLIOS - São mais curtos; - Dotados de motilidade – movimentos de varredura; - Geram um fluxo na estrutura onde existem; - Presentes nas vias respiratórias – depuração mucociliar – deslocamento de muco com partículas estranhas ou m.o; - Cílios imóveis – indivíduo com tendência à infecções respiratórias recorrentes – o muco é depositado mas não é retirado; - Os braços de dineina são os um dos principais responsáveis por essa motilidade dos cílios; - Reveste o órgão, mas também pode secretar;EPITÉLIO DE REVESTIMENTO - Proteção, absorção, percepção de estímulos do ambiente; - Células dispostas em camadas, folhetos; - Classificadas em: número de camadas e características morfológicas; Nº de camadas - Simples: uma camada de células; - Estratificado: mais de uma camada; - Pseudoestratificado: só uma camada, mas com núcleos desalinhados; Morfologia - Cúbico: células globosas; - Colunar: células alongadas; - Pavimentoso: células achatadas; - A morfologia é definida pelas células superficiais; - O formato do núcleo acompanha o formato da célula – importante na visualização microscópica óptica; - Epitélio de transição: as células mudam de formato conforme estímulo. Ex: bexiga – presença da urina; O epitélio estratificado pavimentoso se divide em queratinizado e não queratinizado; - Não queratinizado: não possui camada de queratina na superfície. Geralmente, está em mucosas de órgãos úmidos; - Queratinizado: possui camada de queratina na superfície. É depositada pelas células que morrem na superfície do epitélio. Protege e previne a perda de líquidos; Está presente na epiderme; Células Caliciformes - Produtoras de muco e são consideradas células glandulares, mas compõem a estrutura de revestimento; Epitélio Ciliado - Possui cílios na superfície; Neuroepitélio - Possuem terminações nervosas que fazem a captação dos estímulos. Ex: língua, nariz...; Metaplasia - Alteração reversível do epitélio quando este é exposto a agentes agressivos e nocivos – cigarro, refluxo...; - É um processo de adaptação do epitélio para se tornar mais resistente a ação do agente agressor; - Acontece principalmente no tecido epitelial, mas pode ocorrer no tec conjuntivo; - Constituído por células secretoras que se organizam em unidades secretoras;EPITÉLIO GLANDULAR - Apresentam no citoplasma grânulos de secreção; - Podem sintetizar, armazenar e excretar: Proteínas - enzimas (pâncreas); Lipídios (sebáceas); Carboidratos (salivares); - A glândula é considerada um tecido epitelial pois nasua formação embrionária elas crescem em direção à lâmina própria e adquirem uma posição abaixo do epitélio de revestimento; - As glândulas podem ser: exócrinas, endócrinas ou mistas; Exócrinas - No processo de migração para a lâmina própria, elas mantêm um canal de ligação com o epitélio de revestimento; - Ou seja, apresenta um ducto – canalizar a secreção para uma cavidade ou para uma superfície; - Podem ser classificadas: quantidade de ductos, formato da porção secretora, modo de secreção; Quantidade de Ductos - Simples: só um ducto; - Composta: mais de um ducto; Porção Secretora - Tubular: formato de túbulo, mais alongada. Substâncias mucosas; - Alveolar: mais arredondada. Substâncias serosas; - Túbulo-alveolar; Modos de Secreção - Merócrinas: na liberação de secreção, não há perda de fragmento da célula. Ex: salivares, sudoríparas, lacrimais; - Olócrinas: na liberação da secreção, elas entram em desintegração e são liberadas junto à secreção. Ex: sebáceas; - Apócrinas: secreção eliminada com parte da célula; Endócrinas - Ao migrar para lâmina própria, elas perdem a comunicação com o epitélio de revestimento; - Então, elas fazem uma anastomose com vasos sanguíneos para enviar a secreção pela circulação; - Secretam os HORMÔNIOS; - Cordonal: cordões de células que se anastomosam com vasos sanguíneos; - Folicular: se organizam em unidades chamadas de folículos. A parede é formada pelas células secretoras e o espaço interno armazena o precursor do hormônio (inativo); Anfícrina (mistas) - Possue porção endócrina e exócrina; - Ex: pâncreas, fígado, gônadas; - Estabelecimento e manutenção da forma do corpo, da posição de órgãos, de estruturas...;TECIDO CONJUNTIVO - Preenchimento, sustentação, suporte e nutrição; - Conectivo – fazer conexão de estruturas; - Principal componente: MATRIZ EXTRACELULAR; - As suas células ficam dispersas nessa matriz; - Matriz extracelular: proteínas fibrosas e substância fundamental; - Proteínas fibrosas: predominantemente compostas de colágeno, constituem os tendões, aponeuroses, cápsulas de órgãos e meninges - Substância fundamental: complexo viscoso, hidrofílico e adesivo; - Dependendo da estrutura, a composição da matriz varia na proporcionalidade dos elementos; - Os tecidos conjuntivos se originam do mesênquima; Células do Tecido Conjuntivo - Podem ter origem de uma célula tronco hematopoiética; - Ou podem se originar de uma célula mesenquimal indiferenciada - Algumas células estão presentes na circulação e outras residem o próprio tec conjuntivo propriamente dito; - Essas que estão presentes na circulação, vão para o tecido quando são recrutadas. Ex: neutrófilos; 1 – FIBROBLASTOS - São as células mais abundantes do TCPD; - Síntese da matriz: colágeno, elastina, glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas multiadesivas; - Controla e regula o crescimento, a proliferação e migração de células; - Principal célula envolvida no processo de cicatrização – deposita tecido cicatricial; - Ativo: cheio de prolongamentos, núcleo mais volumoso e maior quantidade de organelas; - Quiescente: fibrócitos – mais delgada e fusiforme, sem muitos prolongamentos, núcleo mais retraído e redução na disposição das organelas – menos gasto de energia ou célula envelhecida; - O fibrócito pode ser estimulado e voltar a ser um fibroblasto. Ex: grandes cirurgias; - Miofibroblastos: contém filamentos de actina – contração – importante no processo de contração da ferida; - O processo de contração irá proporcionar a junção das bordas – reestabelece a união dos tecidos; 2 – MACRÓFAGOS - Variados morfologicamente – função e tecido; - Derivam de células precursoras da medula óssea: Monócitos (circulação) → Macrófagos (tec conj); - Capacidade de fagocitose; - Quando está atuante, é mais esférica e discreta mas ao exercer a função fagocitária, emite pseudópodes que vão englobar a estrutura a ser fagocitada; - Distribuem-se na maioria dos órgãos – Sistema Fagocitário Mononuclear: monócitos, macrófagos, células de Kupffer, microglias, célula de Langerhans, célula dendrítica, osteoclasto, célula gigante multinucleada (junção de vários macrófagos); 3 – MASTÓCITOS - Amplamente distribuídos pelo corpo (derme e nos tratos respiratório e digestivo); - Mastócito maduro: célula globosa, grande e citoplasma com grânulos metacromáticos (capacidade de mudar a cor do corante); - Principal função: estocar mediadores químicos da resposta inflamatória – histamina, heparina...; - Participam de reações imunes, inflamação, reações alérgicas e infestações parasitárias; - Mastócitos de tec conj: heparina; - Mastócitos de mucosa: sulfato de condroitina; - Hiperssensibilidade imediata: mediada pelo IgE; - Numa primeira exposição ao alérgeno, não há uma resposta mas há produção dos anticorpos para esta substância (imunoglobulinas E) e se ligam aos receptores dos mastócitos; - Numa posterior exposição, o indivíduo desencadeia uma resposta alérgica – o antígeno se liga à IgE e desencadeia no interior da célula reações que irão liberar mediadores químicos e estes causam reações de hiperssensibilidade, que o grau depende de indivíduo e outros fatores; - Anafilaxia: degranulação maçissa dos mastócitos; 4 – PLASMÓCITOS - Células grandes e ovoides e pouco abundantes no indivíduo saudável; - São pouco numerosos no tecido conjuntivo normal, exceto onde há penetração de bactérias e proteínas estranhas; - São abundantes nas inflamações crônicas - São responsáveis pela síntese de anticorpos; 5 – LEUCÓCITOS - Células brancas do sangue; - Células oriundas do sangue que migram para o tecido conjuntivo quando são recrutadas (diapedese); 6 – CÉLULAS ADIPOSAS Células do tecido conjuntivo que armazenam energia na forma de triglicerídeos; Matriz Extracelular - Principal componente do tecido conjuntivo; - Função estrutural e meio para intercâmbio de nutrientes e catabólitos; - Influencia a comunicação extracelular; - Composta por fibras e SFA; Fibras do Tecido Conjuntivo - São proteínas alongadas que se polimerizam; - A distribuição dos três tipos de fibra varia em diferentes tipos de tecido conjuntivo; - As características morfológicas e funcionais dos tecidos dependem do tipo de fibra; - Dois sistemas de fibras • Sistema colágeno: Fibras colágenas e reticulares; • Sistema elástico: Fibras elásticas, elaunínicas e oxitalânicas; 1 – COLÁGENAS - Colágeno tipo I; - São as mais abundantes; - Mais espessas, resistentes à tração; 2 – RETICULARES - Colágeno tipo III; - Finas – arcabouço, envoltórios, membranas; 3 – ELÁSTICAS - Elastina; - Caráter de elasticidade/resistência; Substância Fundamental - Mistura complexa altamente hidratada de moléculas aniônicas e glicoproteinas multiadesivas – mantém a hidratação da matriz retendo a água e a fixação dos componentes da matriz; - Incolor, transparente e viscosa; - Preenche os espaços entre as células e fibras do tecido conjuntivo; - Lubrificação; - Barreira à penetração de microrganismos invasores; - EX: Ácido hialurônico e fibronectina; FrouxoTECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO - Suporte, preenchimento, revestimento - Consistência delicada - Flexível - Bem vascularizado – suporte nutricional - Não é muito resistente à trações; - Não há predomínio de um constituinte; - Preenche espaços entre grupos de células musculares; - Suporta células epiteliais: ex: lâmina própria; - Forma camadas em torno dos vasos sanguíneos – túnica adventícia; - Papilas da derme, hipoderme, glândulas; Denso - Resistência e proteção aos tecidos; - Menos flexível e mais resistente à tensão; - Predomínio de fibras colágenas; 1 – MODELADO - Fibras colágenas alinhadas e paralelas entre si; - Derme profunda; 2 – NÃO MODELADO - Fibras colágenas dispostas de modo aleatório; - Tendão, aponeuroses...; - Tecido avascular com matriz extracelular abundante – nutrição por estruturas periféricas;TECIDO CARTILAGIONOSO - Função: suporte de tecidos moles, revestimento de superfícies articulares (principalmente ossos longos); - Sua função vai depender da estrutura da matriz – tipos de cartilgaensdiferentes; - Constituído basicamente de condrócitos(células mais abundantes); e matriz extracelular; - As células ficam abrigadas em lacunas – podem abrigar apenas uma célula ou várias células; Formação das Cartilagens – Histogênese - Se originam a partir do mesênquima; - As células mesenquimais possuem prolongamentos e a medida em que vão se diferenciando vão se tornando mais esféricas (condroblastos) - Os condroblastos começam a se proliferar e a produzir matriz e a medida em que essa matriz é produzida, ela vai afastando as células; - Gradativamente, as células começam a amadurecer, se tornam condrócitos, que ao se multiplicarem formam os grupos isógenos; Tipos de Cartilagem 1 – Cartilagem HIALINA - Composição: colágeno tipo II, GAGS, proteoglicanos e glicoproteinas multiadesivas; - É a mais abundante do corpo humano; - É extremamente hidratada; - Forma o primeiro esqueleto do embrião; - Presente no disco epifisário de ossos em crescimento; - Fossas nasais, traqueia e brônquios, extremidade ventral das costelas e nas superfícies articulares dos ossos longos; PERICÔNDRIO - Tecido conjuntivo denso (colágeno tipo I) que envolve a cartilagem hialina; - Constitui a fonte de novos condrócitos para a cartilagem – condrogênese; - Responsável pela nutrição, oxigenação e eliminação de metabólitos da cartilagem; - Possui uma região fibrosa (mais superficial) e abaixo uma camada condrogênica (origem das novas células); - A medida em que os condrócitos vão amadurecendo, eles vão se posicionando mais interiormente na célula; CARTILAGEM ARTICULAR - É um tipo de cartilagem hialina, porém é uma exeção; - Não possui pericôndrio; - Se nutre a partir do líquido sinovial; - Quanto mais afastada da superfície óssea, mais características de cartilagem hialina vai ter; - E a medida em que se aproxima da superfície, vai adquirindo características ósseas – mineralização da matriz; CONDRÓCITOS - Células que compõe essa cartilagem; - Podem vir isolados em lacunas ou agrupados em lacunas; - Função: produz e mantém a matriz cartilagionsa; - Grupos Isógenos: condrócitos que se originam de uma célula-mãe em comum – capacidade de multiplicação; - A matriz territorial indica as lacunas e são mais escurecidas devido a presença dos proteoglicanos; 2 – Cartilagem ELÁSTICA - Composição: muito semelhante à hialina e o que vai diferir é na grande quantidade de fibras elásticas; - Elastina confere coloração amarelada à cartilagem; - Apresenta pericôndrio; - Pavilhão auricular, meato acústico externo, epiglote, tuba auditiva; 3 – Cartilagem FIBROSA - Composição: colágeno tipo I; - Possui características de tecido conjuntivo denso e tecido cartilagionoso – cartilagem intermediária; - Também chamada de fibrocartilagem; - É encontrada no ponto de inserção dos ligamentos nos ossos, tendões, discos intervertebrais e menisco; - Associada a tecido conjuntivo denso (imprecisão dos limites); - Condrócitos formam fileiras alongadas devido a grande presença de fíbras colágenas; - Não possui pericôndrio; Crescimento do Tecido Cartilagionoso 1 – INTERSTICIAL - Através da divisão mitótica dos condrócitos existentes pela presença dos grupos isógenos; - Reduz com o passar dos anos – mais predominante nos primeiros anos de vida; 2 – APOSICIONAL - A partir das células do pericôndrio; - Persiste de modo mais evidente ao longos dos anos; - Formação de novas células na periferia da cartilagem – condroblastos – condrócitos; - O tecido ósseo é o principal componente do esqueleto;TECIDO ÓSSEO - Suporte para os tecidos moles; - Proteção de órgãos vitais; - Reserva e depósito de cálcio, fosfato e outros íons, armazenando- os ou liberando-os de maneira controlada; Células 1 – OSTEOBLASTOS - Originado de célula mesenquimal indiferenciada; - Produz a matriz óssea, especialmente a parte orgânica; - Estão na superfície da matriz; - Se organizam em camadas; - Se torna um osteócito quando é aprisionado pela sua matriz; 2 – OSTEÓCITOS - Possui mesma origem dos condroblastos; - Mantém a matriz óssea; - É um osteoblasto maduro; - Corpo central onde partem prolongamentos para o interior da matriz; - Os prolongamentos das células se unem a partir de junções comunicantes – compartilhamento de substâncias, nutrientes...; 3 – OSTEOCLASTOS - Origem de uma célula hematopoiética – chega no tecido ósseo a partir da circulação; - Célula multinucleada; - Prolongamentos vilosos – voltada para a matriz; - Através desses prolongamentos são liberadas enzimas e ácidos responsáveis por desgastar a matriz; - Reabsorção óssea e remodelação óssea; - ‘’Macrófago ósseo’’; Matriz Óssea Parte inorgânica: representa cerca de 50% do peso da matriz óssea; - Fosfato, cálcio, bicarbonato, magnésio, potássio, sódio e citrato; Parte orgânica: fibras colágenas, proteoglicanos e glicoproteínas; Porção orgânica + inorgânica → rigidez e resistência do tecido ósseo; 1 – Periósteo e Endósteo - Camada de tecido conjuntivo revestido por células osteogênicas; - O periósteo reveste externamente e o endósteo internamente; - A camada mais superficial do periósteo contém principalmente fibras colágenas (fibras de Sharpey) para sua ancoragem ao tecido ósseo; - Principais funções: nutrição do tecido ósseo e osteogênese; Classificação do Tecido Ósseo Macroscopicamente 1 – COMPACTO - Matriz densa e sem espaços 2 – ESPONJOSO - Matriz com trabéculas e espaços que conferem aspecto de esponja; Microscopicamente - Primário e secundário contém as mesmas células e os mesmos constituintes. Vão diferir na organização; 1 – IMATURO/PRIMÁRIO - É o que aparece primeiro, tanto no desenvolvimento embrionário como na reparação das fraturas; - Tecido temporário e substituído por tecido secundário; - Persiste próximo às suturas dos ossos do crânio, nos alvéolos dentários e em alguns pontos de inserção de tendões; - Apresenta fibras colágenas dispostas em várias direções sem organização definida; - Tem menor quantidade de minerais e maior proporção de osteócitos do que o tecido ósseo secundário; 2 – MADURO/SECUNDÁRIO/LAMELAR - Se organiza em camadas concêntricas, circunferenciais; - Formado pelos sistemas de Havers ou ósteons – vascularização e inervação da matriz; - A matriz é depositada em camadas concêntricas em tornos desses canaus; - Canais de Volkman: unem os canais de Havers; Histogênese 1 – OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA - Ocorre no interior de membranas de tecido conjuntivo – centro de ossificação; - Células mesenquimais indiferenciadas se diferenciam em osteoblastos que produzem matriz óssea e em determinado momento vão ser aprisionados na matriz e se transformam em ósteócitos; - Esse processo se expande nesta membrana e assim forma o tecido ósseo; - A vascularização também se dá do tecido mesenquimatoso; - Processo formador dos ossos frontal, parietal e de partes do occipital, do temporal e dos maxilares superior e inferior; - Contribui também para o crescimento dos ossos curtos e para o aumento em espessura dos ossos longos; 2 – OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL - Interior de um molde de cartilagem hialina; - Responsável pela formação dos ossos curtos e longos; - Se inicia na diáfise dos ossos; - Primeiro a cartilagem hialina sofre modificações: hipertrofia dos condrócitos e morte por apoptose dos mesmos, redução e mineralização da matriz cartilaginosa; - As cavidades antes ocupadas pelo condrócitos são invadidas por capilares sanguíneos e células osteogênicas; - Tais células diferenciam-se em osteoblastos, que depositarão matriz óssea sobre os tabiques de cartilagem ossificada; - O material inorgânico advém da circulação; - Entre a epífise e a diáfise, vai permanecer uma cartilgem epifisária até o final do crescimento do comprimento dos ossos – fechamento das epífises ósseas; Crescimento do Osso - Em casos de ossos chatos e irregulares, há deposição de osso na parte externa e os osteoclastos vão promovendo a rebsorção na parte interna; - Nos casos dos ossos longos, há a cartilagem epifisária que vai ser responsável pelo aumento do comprimento. Já o diâmetro, vaihaver o crescimento externo e a rebsorção interna; - A cartilagem epifisária, quanto mais próxima da diáfise, mais mineralizada; Reparo Ósseo 1 - Consolidação óssea direta (primária) - Osso fraturado é estabilizado cirurgicamente com placas de compressão - Remodelação interna semelhante a do osso maduro; 2 - Consolidação óssea indireta (secundária) - Fixação óssea não-rígida ou semirrígida; - Envolve periósteo, tecidos moles adjacentes, formação óssea endocondral e intramembranosa; - Profiferação do periósteo – molde de cartilagem – calo mole – calo duro; - Tipo de tecido conjuntivo especializado;TECIDO ADIPOSO - Homeostasia energética – armazena gordura; - Gordura em forma de TAG; - Células – adipócitos; - MEC – tecido conjuntivo frouxo; - Sua localização vai depender muito de idade, sexo, predisposições genéticas...; - No início da vida, a deposição do tecido adiposo é uniforme mas vai se direcionando com o passar da idade e outros fatores (listados acima); Distribuição do Tecido Adiposo - Variável – local e da função; - Os adipócitos podem estar isolados ou em pequenos grupos; - Grandes agregados – corpos; Funções - Reserva energética; - Modela a superfície corporal; - Forma coxins absorventes de choques – absorção de impactos (palmas das mãos, planta dos pés...); - Contribui para o isolamento térmico do organismo – má condutor de calor; - Preenchimento de espaços; - Auxilia a manter os órgãos em suas posições normais – o tecido adiposo sustenta órgãos mais suspensos; - Atividade secretora – fatores de crescimento, citocinas, hormônios...; Histogênese - Origem mesenquimatosa; - Dois tipos com linhagens celulares diferentes; - Células tronco perivasculares: mesmas células que dão origem aos vasos, parte delas vão dar origem ao tecido adiposo unilocular; - Células progenitoras miogênica esquelética: dão origem ao músculo esquelético e ao sofrer ação do sinalizador, vão se diferenciar em lipoblasto – tecido adiposo multilocular; - OBS: a transdiferenciação não ocorre em condições normais. O que se acredita é que so ocorreria em condições extremas. Ex: frio extremo, exercícios extenuantes; Classificação - Locular é a forma como a gordura se armazena dentro das células; 1 – UNILOCULAR - Gordura depositada em uma única gota e não apresenta uma membrana envoltória; - Coloração branca a amarelo escuro – relacionada à alimentação – carotenos; - Mais abundante; - Maior porcentagem em adultos; - Forma o panículo adiposo – camada subcutânea; - Espessura uniforme por todo corpo do recém-nascido; - Deposição e acúmulo seletivo com o passar do anos (mamas, abdomen, glúteos, coxas...) – genética, idade, sexo, hormônios; - Hormônios sexuais e da suprarrenal; - Distribuído de forma mais profunda; - Funções: modelamento do corpo, coxins, isolamento térmico, manutenção da posição dos órgãos; - Tecido muito vascularizado; - Citoplasma como uma fina faixa e na periferia; - Núcleo periférico; - Volume variado de acordo com a gordura armazenada; - Grande quantidade – poliedrismo – muito próximas e se comprimem mutuamente; Função Secretora - Capacidade de produzir substâncias; - Fatores de crescimento, hormônios, citocinas...; - Leptina – hipotálamo – sensação de saciedade – fisiopatologia da obesidade, síndromes metabólicas; Deposição e Remoção da gordura do interior dos adipócitos - O armazenamento é dinâmico; - Continuamente pode armazenar ou queimar para produção de ATP; - A gordura chega ao adipócito em forma de AG transportados por quilomicrons, VLDL ou AG livres – dentro da célula ficará em forma de TAG; - Para sair da célula, TAG são quebrados e vão para circulação transportados por albumina; - Recebem inervação do SNA – estimulação simpática para liberação de gordura; Períodos dietéticos deficientes em calorias - Nesta condição adversa, as células perdem maior parte da gordura; - Células tornam poligonais ou fusiformes com várias gotículas lipídicas; - Segue uma sequência: - 1 fase: mobilização de gorduras mais superficiais – panículo adiposo e camada subcutânea; - 2 fase: depósito mesentérico e retroperitonial; - 3 fase: coxins das mãos e dos pés; 2 – MULTILOCULAR - Gordura distribuida em várias gotas de tamanhos diferentes e não há membrana envoltória; - Cor parda – grande qnt de mitocôndrias; - Células menores de aspecto poligonal; - Vascularização abundante; - Distribuição limitada; - Está mais presente nos recém-nascidos (região cervical e abdominal); - Função: termogênese – produz energia na forma de CALOR; - Termogênese: as mitocôndrias há presença da termogenina que desacopla a utilização da gordura para produção de ATP - Transporte de nutrientes, gases, produtos do metabolismo, metabólitos, hormônios, moléculas sinalizadoras e eletrólitos;CÉLULAS DO SANGUE - Defesa – transporte de leucócitos para recrutamento do foco da agressão – diapedese; Composição do Sangue - É caracterizado como tecido conjuntivo mas não apresenta matriz, pois é um fluido; - Plasma: parte líquida do sangue (55%); - Eritrócitos (45%); - Leucócitos e plaquetas (1%); Plasma - 90% água; - 1% sais inorgânicos, íons, gases; - 2% Compostos orgânicos (aminoácidos, vitaminas, hormônios, glicose); - 7% Proteínas (albumina,globulinas e proteínas da coagulação); Origem das células sanguíneas - Origem mesenquimatosa – célula tronco hematopoietica; - Duas linhagens: mieloides e linfoides; - Linfoides – linfócitos; - Mieloides – hemácias, plaquetas, eosinófilos, neutrófilos, basófilos, monócitos e células dendríticas; Estudo das Células Sanguíneas - Esfregaço sanguíneo: espalhamento da gota de sangue na superfície da lâmina; - Deve ser o mais delgado e uniforme possível; Células 1 – HEMÁCIAS - Anucleadas; - Discos bicôncavos – aumento da superfície de contato, favorecendo sua função de transporte; - 120 dias de vida; - Estrutura flexível; - Hemoglobina – proteína que se liga aos gases a serem transportados; - O formato de disco bicôncavo só é possível devido a presença de proteínas na membrana – banda 4,1, espectrina, anquirina...; - Se houver alterações desses complexos proteicos pode haver mudança no formato da hemácia – prejuízo no transporte; - Principal função de transportar O2 e CO2 pela hemoglobina – oxi-hemoglobina e carbamino-globina; - Possui mais afinidade pelo O2; - Reticulócitos: eritrócitos jovens – 1% do que se circula – ainda possuem RNA e não apresenta formato de disco bicôncavo; - Um aumento de reticulócitos na circulação indica de que as hemácias estão morrendo precocemente; 2 – LEUCÓCITOS - Glóbulos brancos; - Células de defesa; - Dois grupos: granulócitos e agranulócitos; - Granulócitos são aqueles que se enxergam seus grânulos na microscopia e possuem grânulos específicos e inespecíficos; - Já os agranulócitos só possuem os grânulos inespecíficos - Grânulos inespecíficos: armazenam enzimas digestivas e estão presentes em diversos tipos de células – não são vistos na microscopia; - Grânulos específicos: substâncias voltadas para a função que a célula vai exercer; - Granulócitos (PMN): neutrófilos, eosinófilos e basófilos; - Agranulócitos: monócitos e linfócitos; *Granulocitopoiese* Neutrófilos - Fagocitose – geralmente, são as primeiras células a serem recrutadas contra agressões e bactérias; - Citoplasma mais neutro; - Células Polimorfonucleares – núcleo segmentado; - Podem vir como bastonete (jovem) ou segmentado; - Quanto mais segmentado, mais maduro; Eosinófilos - Afinidade por corantes ácidos – eosina; - Defesa contra parasitoses, fagocita complexos IgE, processos alérgicos...; Basófilos - Afinidade por corantes básicos; - Em indivíduos saudáveis, estão em quantidade baixa; - Função análoga dos mastócitos – resposta alérgica; - Grânulos específicos basófilos (Histamina e Heparina); - Receptores para IgE; Linfócitos - Núcleo esférico e bem corado; - Citoplasma escasso e periférico; - Processos infecciosos de um modo geral, agudos e crônicos; - Linfócitos B e T, NTK...; Monócitos - Precursores dos macrófagos; - Maior diâmetro dos leucócitos; - Ovais com núcleo reniforme e excêntrico;- ↓RER e ribossomos; ↑CG e Mit; 3 – PLAQUETAS - São fragmentos citoplasmáticos de megacariócitos; - Corpúsculos anucleados; - O megacariócito é produzido na medula óssea mas pelo seu tamanho não entra na circulação – quem entra são as plaquetas; - Coagulação e reparação da parede dos vasos; - Diminuição do n de plaquetas: hemorragia já instalada ou predisposição à hemorragia; - Aumento do n de plaquetas: predisposição a trombos; - Origem mesodérmica – mesenquimatosa;TECIDO MUSCULAR - Células alongadas com filamentos de proteínas contráteis (miofilamentos); - As proteínas contráteis geram forças para a contração, usando a energia do ATP; - Alguns de seus componentes celulares possuem nomenclaturas distintas: sarcoplasma (citosol), sarcolema (membrana) e retículo sarcoplasmático; - Dividido em 3 tipos: estriado esquelético, estriado cardíaco e liso; Músculo Esquelético - Feixes de células cilíndricas longas e multinucleadas (núcleos periféricos) com estrias transversais; - Contém as miofibrilas; - Contração rápida e vigorosa sujeitas ao controle voluntário; ORGANIZAÇÃO DO MÚSCULO - As fibras musculares estão organizadas em grupos de feixes, sendo estes feixes envolvidos por uma camada de tec conjuntivo chamado de epimísio – recobre todo o músculo; - Do epimísio partem finos septos de tecido conjuntivo que se dirigem para o interior do músculo, separando os feixes. Esses septos constituem o perimísio; - E envolvendo cada fibra muscular têm-se o endomísio – lâmina basal da célula muscular; - O tecido conjuntivo mantém as fibras musculares unidas - força de contração gerada atue sobre o músculo inteiro, força de contração transmitida para vasos e tendões e penetração de vasos e nervos nas fibras; ORGANIZAÇÃO DAS FIBRAS - Estriações transversais – faixas claras e escuras; - Faixa escura - anisotrópica banda A; - Faixa clara – isotrópica banda I – no centro de cada banda – linha transversal escura linha Z; - Linha Z – partem filamentos de actina; - Banda A – filamentos grossos e finos; - Banda I – filamentos finos; - Banda H – filamentos grossos; - Desmina: ligam as miofibrilas umas às outras; - Distrofina: prende o conjunto de miofibrilas ao sarcolema, devido a sua afinidade pelos miofilamentos e por proteínas da membrana plasmática; - Essas proteínas são essenciais para dar estabilidade; - Distrofia muscular – falha ou ausência da distrofina – perda de força muscular progressiva; PROTEÍNAS PRINCIPAIS - Actina e miosina – contráteis; - Troponina e tropomiosina – regulatórias; - Nebulina e titina – acessórias; - Processos dependentes de cálcio e de ATP; RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO - Organelas constitutídas por cisternas que vão armazenar cálcio; - Quando houver estímulo, o RS libera cálcio para ser ligado a troponina; TÚBULOS T - Sistema T – é uma rede de túbulos; - Acelera o processo de despolarização; - A onda entra pelo túbulo T, permitindo a despolarização do RS e consequentemente a saída de cálcio – formação da tríade; Músculo Cardíaco - Células ramificadas e alongadas; - Fibras possuem um ou dois núcleos centrais e são circundadas por tecido conjuntivo - Característica exclusiva: discos intercalares; - Contração involuntária, vigorosa e rítmica; DISCOS INTERCALARES - É o ponto de união entre as fibras; - Apresenta junções comunicantes; - Vão contribuir para a característica sincial; - Músculo sincicial: as fibras são estimuladas ao mesmo tempo como uma estrutura só; - Presença de díade: túbulo T e cisterna do retículo sarcoplasmático; - Fibras cardíacas apresentam grânulos secretores; - Estes grânulos contêm molécula precursora do hormônio ou peptídeo atrial natridiurético – produzido quando há expansão do vol sanguíneo; - Atua nos rins aumentando a eliminação de sódio (natriurese) e água (diurese) pela urina; SISTEMA DE MARCA-PASSO - Autonomia de contração; - Sistema de contração pelas células que transmitem o impulso; - No período de desenvolvimento, essas células marcapasso perdem sua característica de contratilidade e adiquirem a de excitabilidade – fibras modificadas; Músculo Liso - Aglomerados de células fusiformes mais espessas no centro e afiladas nas extremidades, - Núcleo único e central; - Sem estrias; - Contração lenta e involuntária; - Fibras musculares lisas são revestidas por lâmina basal e mantidas unidas por fibras reticulares; - Contração de algumas fibras se transforma na contração do músculo inteiro; - As fibras são unidas por junções comunicantes; - A terminação nervosa apenas se aproxima da fibra e estas fibras possuem receptores para os NT liberados por essa terminação; - As fibras que receberam esse NT, a informação é compartilhada para as demais fibras – fibras como uma estrutura só; CONTRAÇÃO - É diferente dos outros; - Dependente de cálcio advindo do meio extracelular; - Filamentos de actina, miosina e tropomiosina espalhados no sarcoplasma; - Não existem sarcômeros nem troponina; - Cavéolas: depressões no sarcolema da fibra muscular lisa e acumulam cálcio extracelular; - O retículo sarcoplasmático está localizado logo inferiormente e interiormente as cavéolas; - Ao estímulo, o cálcio extracelular adentra na célula e desencadeira a liberação de calcio pelo retículo – liberação cálcio por cálcio; - A fibra muscular lisa ao se contrair, além de reduzir ela se deforma devido a essa disposição dos filamentos; - Importante lembrar que na contração do m.liso terá a presença da calmodulina – proteína específica do músculo liso; Processo de contração: 1. Sob estímulo do sistema nervoso autônomo, íons Ca+2 migram do meio extracelular para o sarcoplasma; 2. Íons Ca+2 se combinam com calmodulina que ativa fosforilação das moléculas de miosina II; 3. Essas moléculas se distendem e se combinam com actina; 4. Ocorre o deslizamento da actina e miosina II uns sobre os outros isso provoca a contração do músculo; Regeneração do Tecido Muscular - Músculo cardíaco: não se regenera. As lesões são invadidas por fibroblastos que produzem fibras colágenas, formando uma cicatriz de tecido conjuntivo denso; - Ex: infarto grande – fibras substituídas por tecido conjuntivo; - Músculo esquelético: capacidade de regeneração intermediária; - São células satélites que se proliferam após lesão ou estímulo originando novas fibras musculares; - Depende da lesão, tamanho e quantidade de fibras lesionadas; - Músculo liso: ocorrendo lesão, as células viáveis entram em mitose e reparam o tecido destruído; - Geração e transmissão de informações – impulsos nervosos;TECIDO NERVOSO - Origem ectodérmica; - Praticamente não possui matriz extracelular; - Basicamente, o sistema nervoso é constituído só por tecido nervoso. Ex: medula; - Recebe estímulo, integra e envia comandos; - Distribuído pelo organismo, interligando-se e formando uma rede de comunicações; - Dois componentes: neurônios (unidade funcional) e células da glia (suporte, sustentação, proteção); Segregação dos componentes - Corpos celulares; - Axônios (prolongamentos); - São regiões de aspecto macroscópico distinto – substância branca e substância cinzenta; - Subs branca: axônios mielinizados e células da glia; - Subs cinzenta: formada por corpos celulares e células da glia; Neurônios - Unidade funcional do SN; - Responsáveis pela recepção, transmissão e processamento de estímulos; - Reagem a estímulos com modificações da diferença do potencial da membrana celular – potencial de ação; 1 – MORFOLOGIA - Multipolares: mais de dois prolongamentos celulares – em geral, são os eferentes – são os mais comuns; - Bipolares: dois pontos de ramificação – um dentrito e um axônio; - Pseudopolares: prolongamento único que se divide em dois, um ramo se dirige a periferia e outro pra SNC; 2 – FUNÇÃO - Neurônios motores: originam-se no SNC e conduzem seus impulsos aos órgãos efetores; - Neurônios sensoriais: recebem estímulos sensoriais e os conduzem ao SNC para processamento; - Interneurônios: localizados completamente no SNC, estabelecem conexões entre neurônios, formando circuitoscomplexos; 3 – CORPO CELULAR - Pericário ou corpo neuronal; - Parte do neurônio que contém o núcleo e o citoplasma envolvente do núcleo; - Centro trófico – organelas e produção de substâncias; - Função receptora e integradora de estímulos; - Rico em RER que forma agregados de cisternas entre as quais ocorrem polirribossomos livres – corpúsculos de Nissl – síntese proteica intensa; - Complexo de Golgi – grupos de cisternas localizadas em torno do núcleo; - Mitocôndrias - quantidade moderada no pericário; - Neurofilamentos e microtúbulos – ramificações; - Grânulos de pigmentos; 4 – DENDRITOS - São as terminações e atuam como o centro de recepção dos estímulos; - Aumentam a superfície da célula – são numerosos; - Recepção e a integração de impulsos trazidos por terminações de axônios de outros neurônios; - Não apresentam complexo de Golgi; - Impulsos são recebidos pelas espículas – projeções dos dendritos mais periféricas; 5 – AXÔNIOS - Estrutura cilíndrica e prolongamento único; - Transmissão do impulso nervoso; - Comprimento e diâmetro variáveis conforme o tipo de neurônio; - Podem ou não ter bainha de mielina e a presença desta acelera a transmissão do impulso; - Axônios mielinizados: entre cone de implantação e o início da bainha de mielina – segmento inicial; - Este segmento recebe estímulos que geram impulso nervoso; - Podem dar origem a ramificações colaterais - Axônio é mantido pelo pericário – substâncias; - Porção final do axônio ramificada – telodendro; Transporte Axônico - Podem ocorrer dois tipos de fluxos; - Ocorre a nível de citoplasma; - Fluxo anterógrado: do pericário ao axônio – trazer moléculas proteicas para a estrutura axonal; - Fluxo retrógrado: do axônio para o corpo – leva moléculas diversas para serem reutilizadas no corpo celular; - Esses fluxos ocorrem graças aos microtúbulos e proteínas motoras – dineína e cinesina – são responsáveis pelos fluxos axonais; Geração e Propagação de estímulos - Ocorre a nível de membrana; - O estímulo chega ao dendrito – processado a nível do corpo celular – impulso desencadeado no segmento inicial – impulso transmitido pelo axônio até sua terminação; - Sem bainha de mielina; - Com bainha de mielina - A bainha de mielina é uma membrana lipoproteica que atua como isolante elétrico e o impulso ocorre nos espaços sem bainha e assim a condução é acelerada e mais econômica; Sinapse - Ponto de comunicação entre dois neurônios ou entre o neurônio e a célula efetora; - Responsável pela transmissão unidirecional dos impulsos nervosos – sempre sai pela terminação axonal; - Locais de contato entre neurônios ou entre neurônios e outras células efetoras; - Constituída por: terminação axonal do neurônio pré-sináptico + fenda sináptica + neurônio pós-sináptico ou célula pós-sináptica; - Para a info passar, vai ser necessaria a presença de neurotransmissor que será exocitado para o espaço sináptico, se ligando a um receptor da pós-sináptica e desencadeando uma resposta; - O potencial gerado pode ser excitatório ou inibitório, depende do NT; Três tipos de sinapses (ponto de contato) - Axoaxônicas; - Axosomáticas; - Axodentritica: mais comum e mais importante; Tipo de potencial gerado - Excitatório: despolarização – entrada de Na +; Ex: Ach, noradrenalina; - Inibitório: hiperpolarização – entrada de CL-; Ex: GABA, glicina...; - Dependem do tipo de NT; Células da Glia - Responsáveis por tornar o ambiente neuronal adequado para seu funcionamente; - São pequenas porém mais numerosas que os neurônios – para cada neurônio, 10 neuróglias; 1 – OLIGODENDRÓCITOS (SNC) - Corpo central e prolongamentos; - Produzem bainha de mielina no SNC – para mais de um axônio; 2 – ASTRÓCITOS (SNC E SNP) - Formato estrelado – corpo central e vários prolongamentos; - Nutrição – ligam os neurônios aos capilares sanguíneos e à pia máter; - Sustentação, transferem nutrientes, controle do microambiente neuroanal, garantem maior sobrevivência; - Gliose: ocupação de um astrócito em um local onde houve morte de um neurônio; - Fibrosos: prolongamentos mais longos e menos numerosos e estão na subs branca; - Protoplasmáticos: prolongamentos mais curtos e numerosos e estão na subs cinzenta; 3 – MICROGLIA (SNC E SNP) - Macrófago do SN – fagocitárias; - Pequenas e alongadas, com prolongamentos curtos e irregulares; - Quando estão ativas, emitem prolongamentos; - Participam da inflamação e da reparação do SNC; 4 – CÉLULAS EPENDEMÁRIAS (SNC) - Células epiteliais colunares; - Podem ser ciliadas; - Presentes no revestimento do canal central da medula; - Facilitam a movimentação do LCR; 5 – CÉLULAS SATÉLITES (SNP) - Envolvem os gânglios nervosos – nutrição e proteção; 6 – CÉLULAS DE SCHWANN (SNP) - Exclusivas do SNP; - Produção da bainha de mielina no SNP; - Ela é bem expandida e vai se enovelando no axônio e depositando a bainha; - Só produz bainha para um axônio;