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Empreendedorismo (Modulo 2) Oportunidade, ideias e Gestão empreendedora 10ª classe

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Waldano Heler Natxari Wanga 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quanto vale a sua ideia? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2021 
 
 
 
EMPREENDEDORISMO 
Modulo 2 –Oportunidade, ideias e Gestão empreendedora 10ª classe. 
 
ÍNDICE 
II. OPORTUNIDADES EMPREENDEDORAS. ......................................................... 1 
2.1. Ambiente da actividade empreendedora............................................................ 1 
2.1.1. Significado, componetes e importancia do Ambiente empreendedor. ....... 1 
2.2.1. .Oportunidades empreendedoras em Angola. ............................................... 3 
2.2.2. Indentificação e Tipos de oportunidades Emprendedoras........................... 5 
2.2.2.1. Caracteristicas de oportunidade genuina .................................................... 6 
 
2.3. IDEIAS EMPRRENDEDORAS ............................................................................ 7 
2.3.1. Fontes de ideias empreendedoras. ................................................................. 7 
2.3.2. Avaliação, classificação e Importancia das ideias empreendedoras. ........ 9 
 
2.4. Análise FOFA. ..................................................................................................... 10 
 
2.5. Dimensão das actividades emprendedoras. .............................................. 11 
2.5.1. Beneficios fiscais das MPME. ......................................................................... 11 
 
2.6. Formas de organização e legalização da actividades empreendedoras.
 ........................................................................................................................................ 13 
2.6.1. Empresas Singulares..................................................................................... 13 
a. Empresário em Nome Individual ........................................................................... 13 
b. Sociedade Unipessoal ............................................................................................ 14 
 
2.6.2. Empresas Colectivas ..................................................................................... 14 
a. Sociedade em Nome Colectivo .......................................................................... 14 
b. Sociedade Por Quotas ......................................................................................... 15 
c. Sociedade Anónima ............................................................................................. 16 
d. Sociedade em Comandita ................................................................................... 16 
e. Cooperativas.......................................................................................................... 17 
f. Empresas familiares. ............................................................................................ 18 
 
III. GESTÃO EMPREENDEDORA............................................................................ 18 
3.1. FUNÇÕES DE GESTÃO. ................................................................................... 18 
3.1.1. Significado, Componentes e importância das funções de Gestão. ........ 18 
a. Planificação............................................................................................................ 18 
b. Orçamentação ....................................................................................................... 18 
c. Organização .......................................................................................................... 19 
d. Coordenação/Liderança ...................................................................................... 19 
e. Designação do pessoal e Direcção .................................................................. 19 
f. Controlo .................................................................................................................. 19 
g. Funções alargadas da gestão: ........................................................................... 19 
 
Bibliografia: ................................................................................................................. 20 
 
 
 
 
II. OPORTUNIDADES EMPREENDEDORAS. 
2.1. Ambiente da actividade empreendedora 
2.1.1. Significado, componetes e importancia do Ambiente empreendedor. 
 
O Ambiente empreendedor é o conjunto de características do meio 
socioeconómico, das Condições Estruturais e dos indicadores do potencial de 
um país que têem um impacto significativo no setor empresarial e nas 
dinâmicas de empreendedorismo. 
 
O ambiente empreendedor inclui: 
 o ambiente contextual/Macroambiente: Afecta directamente a 
empresa e integra os contextos economicos, socio-cuçtural, politico-legal 
e etecnologico. 
 o ambiente transacional/microambinetal: Influencia directamente a 
empresa e e composto pelos clientes, fornecedores, concorrentes e toda 
a comunidade onde a empresa está inserida.
A nível nacional, é possível identificar um conjunto de condições estruturais 
que se aplicam quer a negócios já estabelecidos, quer a novos negócios. 
 
 
 
Através da utilização do modelo apresentado na Figura acima O Monitor 
Global do Emprrendedorismo (GEM1) identificou um conjunto de dez 
condições estruturais que se relacionam diretamente com os fatores 
impulsionadores e com as dificuldades ao empreendedorismo em Angola. 
 
Os principais componetes do Ambiente empreendedor, são: 
1. Apoio Financeiro – Disponibilidade de recursos financeiros, capital próprio 
e fundos de amortização de dívida para empresas novas e em crescimento, 
incluindo bolsas e subsídios. 
 
1
 O projeto Global Entrepreneurship Monitor/Monitor Global do Emprrendedorismo (GEM 
–Angola resulta do trabalho de uma parceria que integra especialistas em empreendedorismo 
em Angola da Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI) uma empresa de consultadoria, 
criada em 1996, Centro de Estudos e Investigação Científi ca da Universidade Católica de 
Angola (UCAN) criado em março de 2002 e O Banco de Fomento Angola (BFA). 
2 
 
2. Políticas Governamentais – Grau em que as políticas governamentais 
relativas a impostos, regulamentações e sua aplicação são neutras no que diz 
respeito à dimensão das empresas e grau em que estas políticas incentivam ou 
desincentivam empresas novas e em crescimento. 
3. Programas Governamentais – Existência de programas, em todos os 
níveis de governação (nacional, regional e municipal), que apoiem diretamente 
negócios novos e em crescimento. 
4. Educação e Formação – Grau em que a formação sobre a criação ou 
gestão de negócios novos e em crescimento é incluída no sistema de 
educação e formação, bem como a qualidade, relevância e profundidade dessa 
educação e formação para criar ou gerir negócios pequenos, novos ou em 
crescimento. 
5. Transferência de Investigação e Desenvolvimento (I&D) – Grau em que a 
I&D a nível nacional conduz a novas oportunidades comerciais, assim como o 
nível de acesso à I&D por parte dos negócios pequenos, novos ou em 
crescimento. 
6. Infraestrutura Comercial e de Serviços – Infl uência das instituições e 
serviços comerciais, contabilísticos e legais, que permitem a promoção dos 
negócios pequenos, novos ou em crescimento. 
7. Abertura do Mercado – Grau em que se impede que os acordos e 
procedimentos comerciais sejam alvo de mudanças e substituições, 
impossibilitando empresas novas e em crescimento de estar em concorrência e 
de substituir fornecedores e consultores de forma recorrente. 
8. Acessos a Infraestruturas Físicas – Acesso a recursos físicos 
(comunicação, transportes, utilidades, matérias-primas e recursos naturais) a 
preços que não sejam discriminatórios para negócios pequenos, novos ou em 
crescimento. 
9. Normas Sociais e Culturais – Grau em que as normas sociais e culturais 
vigentes encorajam (ou não desencorajam) iniciativas individuais que levam a 
novas formas de conduzir negóciose atividades económicas e, por sua vez, 
contribuem para uma maior distribuição da riqueza e do rendimento. 
10. Empreendedorismo Sénior – Grau em que pessoas com mais de 50 anos 
podem ter interesse em iniciar uma atividade empreendedora, tendo em conta 
os programas e os benefícios fiscais existentes que permitem apoiar esta parte 
da população. 
A sobrevivencia de qualquer empresa depende da sua capacidade de interagir 
e de reagir com o meio onde desenvolve sua actividade. Compreender o 
ambiente geral, as principais tendencias e mudanças que afectam o negócio 
que a empresa vai desenvolver é o primeiro passo e o mais importante para 
determinar objectivos e iniciar um caminho bem sucedido. 
 
O ambiente é importante por permitira a empresa/empreendedor saber 
aproveitar os factores do ambiente favoraveis no seu desenvolvimento e 
minimizar o impacto dos factoes desfavoraveis 
 
 
 
3 
 
2.2. OPORTUNIDADE EMPREENDEDORAS EM ANGOLA 
2.2.1. .Oportunidades empreendedoras em Angola. 
 
No âmbito do estudo GEM analisa-se a distribuição da actividade 
empreendedora pelos diferentes setores de atividade: 
• Setor extrativo: inclui agricultura, silvicultura, pescas e extração de 
matérias brutas; 
• Setor da transformação: inclui construção, manufatura, transporte, 
comunicações, utilidades e distribuição grossista; 
• Setor orientado ao cliente organizacional: inclui finanças, seguros, 
imobiliário e todas as atividades onde o cliente primário é outro negócio; 
• Setor orientado ao consumidor: inclui todos os negócios direcionados 
para o consumidor final, como o retalhista, bares, restauração, 
alojamento, saúde, educação e lazer, entre outros. 
 
o ciclo de vida do processo empreendedor tem diferentes estágios de 
desenvolvimento: 
 Empreendedores de negócios nascentes: indivíduos que empregam 
recursos para começar um negócio do qual esperam ser proprietários. 
(até 3 meses) 
 Empreendedores de novos negócios: que são proprietários e gerem 
um novo negócio que proporcionou remuneração sa larial (por um 
período superior a 3 mesese inferior a 3 anos e meio) 
 Empreendedores de negócios estabelecidos: indivíduos que são 
proprietários e gestores de um negócio já estabelecido (Que está em 
funcionamento há mais de 3 anos e meio). 
 
A análise da atividade empreendedora debruça-se sobre vários parâmetros 
associados à criação e cessão de negócios, dando origem ao principal índice 
criado e monitorizado pelo estudo GEM: A Taxa de Atividade 
Empreendedora Early-Stage Total (TEA) - mede a proporção de indivíduos 
com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos que estão envolvidos na 
criação e gestão de negócios que proporcionaram remunerações por um 
período de tempo: Negocios nacentes e Negócios novos. 
 
O pagamento de um salário por um período superior a três meses a qualquer 
pessoa (incluindo o proprietário) é considerado como o marco de nascimento 
de um negócio. Os negócios que proporcionaram uma remuneração salarial 
por mais de três meses e menos de três anos e meio são considerados novos. 
Este ponto limite máximo foi estabelecido, tendo essencialmente em 
consideração que a maioria dos novos negócios não sobrevive para além dos 
três ou quatro anos. 
 
Neste contexto, destacam-se alguns dos principais resultados associados à 
atividade empreendedora em Angola: 
1- Angola registou uma taxa TEA de 35,2%, o que significa que existem entre 
35 e 36 empreendedores earlystage (indivíduos envolvidos em start-ups ou 
na gestão de novos negócios), por cada 100 indivíduos em idade adulta. 
 o setor económico onde se regista uma maior percentagem de 
atividade empreendedora, nascente ou nova, é o setor orientado para 
o consumidor (78,9%).- 
 O setor extrativo é o que regista a menor percentagem de 
empreendedores early-stage em Angola (2,2%) . 
 
4 
 
2- A principal motivação para a atividade empreendedora (empreendedores 
early-stage) é: 
 Oportunidade ( 61,5%) 
 Necessidade (35,1%) 
 Combinação de outras motivações (3,9%) 
. 
3- Distribuição da atividade early-stage por género: Homens (34,5%) e 
Mulheres (36,9%) o que demonstra a preponderância do empreendedorismo 
earlystage feminino no país. 
 
4- A faixa etária entre os 35 e os 44 anos é a que regista a maior incidência de 
atividade empreendedora early-stage em Angola (TEA de 41,2%). Em 2014, 
a faixa etária que registou a maior percentagem foi a dos 25 e os 34 anos 
(27%). 
 
5- O nível de escolaridade onde se regista a maior incidência de atividade 
empreendedora early-stage diz respeito ao nível do Ensino Superior 
(licenciatura) ao qual corresponde uma TEA de 42,3%. 
 
 
6-30,9% dos empreendedores early-stage desistiram do negócio por problemas 
em obter financiamento, enquanto 29,7% o fizeram porque o negócio não 
era lucrativo. 
 
7- 23,5% da população adulta angolana afirmou ter cessado o negócio, sendo 
que o mesmo não continuou, enquanto 5,9% afirmou ter cessado o negócio 
mas o mesmo continuou. Tal revela que Angola apresenta dificuldades em 
manter ativos os negócios criados, sendo a sua taxa de cessação de negócios 
bastante superior à das restantes economias orientadas para os fatores de 
produção. Os principais motivos são: problemas em obter financiamento 
30,9% e o negócio não ser lucrativo (29,7%). 
 
As Condições estruturais empreendedoras (CEE) mais e menos 
favoráveis à atividade em Angola: 
 
As CEE dizem respeito a um conjunto de dez condições que se relacionam 
diretamente com os fatores impulsionadores e os constrangimentos ao 
empreendedorismo. Tendo presente o resultado da sondagem realizada aos 
especialistas nacionais, justifica-se realçar os seguintes pontos principais 
relativos às condições estruturais mais e menos favoráveis à atividade 
empreendedora em Angola: 
5 
 
1) Condições estruturais mais favoráveis: São as três CEE com maior 
classificação média , sendo por isso, facilitadoras da atividade 
empreendedora – Empreendedorismo Sénior, Normas Sociais e 
Culturais e Infraestrutura Comercial e de Serviços. 
2) Condições estruturais intermédias: São as quatro CEE com 
classificação média intermédia obtida no ano de 2016 –Políticas 
Governamentais, Programas Governamentais, Educação e 
Formação e Acesso a Infraestruturas Físicas. 
3) Condições estruturais menos favoráveis: São as CEE que registaram 
a classificação média mais baixa no ano de 2016,sendo, por isso, 
limitadoras da atividade empreendedora – Apoio Financeiro, 
Transferência de I&D e Abertura do Mercado. 
 
As princiais razões que levaram à desistência do negócio tanto em 
Angola, como nos diferentes tipos de economias, são: 
1. Problemas na obtenção de financiamento; 
2. Negócio não lucrativo; 
3. Oportunidade de vender o negócio; 
4. Razões pessoais; 
5.Outras razões, tais como o surgimento de outras oportunidades de 
emprego ou de negócio, o planeamento prévio da saída, a reforma ou a 
ocorrência de um incidente. 
 
2.2.2. Indentificação e Tipos de oportunidades Emprendedoras. 
 
A visão de oportunidade é a capacidade de enxergar na rotina, nos 
problemas do dia-a-dia, numa situação especifica, num segmento ou em 
determinada industria, oportunidades que podem gerar empreendeimentos com 
produtos e soluções que inovem e ofereçam uma solução melhor para a 
demanda identificada. 
 
Saber reconhecer e identificar oportunidades de negócios é, uma das principais 
características dos grandes empreendedores, que ficam atentos a todas as 
situações ao seu redor, em busca de algo ou alguma ideia que possa lhes 
oferecer chances de lançar um novo produto ou serviço no mercado, que 
atenda, com excelência as necessidades de seu público-alvo. 
As oportunidades empreendedoras se manifestam de diversas maneiras, tipos 
e abordagens. Para Smith, Matthews e Schenkel (2009) as oportunidades 
podem ser de dois tipos: 
 
1-.Identificadas: as oportunidades existem e estão à espera de serem 
descobertase Nesta abordagem os indivíduos fazemuma varredura do 
ambiente para descobrir as oportunidades competitivas associada às 
imperfeições do mercado que são negligenciados por outros (EDELMAN; 
RENKO, 2010) (ALVAREZ; BARNEY, 2007) e (VAGHELY; JULIEN, 2010) e 
elas podem ser: 
 
a. oportunidade codificada: quando ela pode ser claramente 
percebida e transmitida formalmente através de códigos, está bem 
documentada e é mais fácil de comunicar. O que demanda um 
estado de alerta. No estado de alerta existem três elementos 
essenciais: 
https://www.ibccoaching.com.br/portal/conheca-os-tipos-de-empreendedorismo-e-suas-areas-de-atuacao-ideais/
6 
 
1) Procura e busca de informação; 
2) Conexão de informações e 
3) Avaliações sobre oportunidades rentáveis; 
 
b. oportunidade tácita: é aquela oportunidade que não está tão clara, 
é difícil de codificar e comunicar. 
 
2-Criadas: A ‘abordagem da criação’ se baseia na visão construcionista 
segundo a qual os empreendedores processam informações de uma forma 
interpretativista e constroem sua realidade a partir dessas informações 
Segundo esta abordagem, as oportunidades não podem ser reconhecidas ou 
descobertas, pois elas não pré-existem, mas se manifestam para aqueles que 
buscam criar empreendimentos (SARASON; DEAN; DILLARD, 2006) e 
(VAGHELY; JULIEN, 2010). 
 
A maioria das ideias de negócio direccionam-se a um, ou vários, de três 
aspectos: 
 Novo mercado: Frequentemente ocorrem mudanças nos padrões e hábitos 
de consumo das pessoas que criam oportunidades de satisfazer melhor as 
necessidades das pessoas. Não implica o lançamento no mercado de um 
novo serviço ou produto, mas sim à inovação - a forma de dar resposta ao 
consumidor é que evoluiu. 
 Nova tecnologia:Alguns novos negócios baseiam-se em novas tecnologias 
e técnicas aplicadas aos processos de produção e serviços. 
 Novo benefício: A presentação de novas formas de oferecer um produto ou 
de prestar um determinado serviço. 
 
2.2.2.1. Caracteristicas de oportunidade genuina 
 
A oportunidade é um produto ou serviço que contempla 4 caracteristicas: 
1-Criar valor significativo para os clientes: Como o produra ira tornar a vida 
das pessoas melhor (Quais as necessidades do mercado e qual o tamanho do 
publico alvo). Os clientes só pagaram por um produto, somemente se 
perceberem um beneficio cujo o valor supera o seu custo. Ela cria valor para 
os meus clientes. 
2- Oferecer um potencial de Lucro: Quanto vale apena envestir e qual a 
estimativa de lucro. Uma oportunide deve remunerar acima dos reiscos do 
negocio. Vai dar Lucro? 
3-Condizer com a capacidade da equipa envolvida: Ter Capacidade tecnica 
(conhecimento) e financeira (Dinheiro) para realizar o negócio. Temos 
condiçoes de executa-la? 
4-Durabilidade:Quanto maior o tempo que a ideia vai atender as 
necessidades, maior lucro. (Porém a oportunidade momentaneas. Por quanto 
tempo durará. 
7 
 
Assim, o empreendedor precisa de realizar uma análise genérica inicial da ideia 
para perceber se é minimamente segura e se existe, de facto, uma 
oportunidade: 
 O que é que está a criar a oportunidade? Durante quanto tempo é que as 
condições que criam a oportunidade se irão manter? 
 O mercado potencial tem uma dimensão interessante? 
 Qual é a necessidade real para o produto/serviço? 
 Quais são os clientes alvos? Como é que se pode chegar aos clientes alvo? 
 Qual é a sensibilidade ao preço e quanto é que o produto/serviço vale para 
os clientes? 
 De onde parte a competição? Em que é que os concorrentes não estão a 
satisfazer as necessidades? 
 Qual reacção é possível antecipar da parte dos concorrentes directos e 
indirectos? 
 A tecnologia a utilizar já está disponível? Os custos são conhecidos? 
 Os recursos necessários para criar a nova empresa estão disponíveis? 
 
O empreendedor precisa de procurar uma ideia de negócio que tenha em conta 
as alterações no mercado e na sociedade à sua volta. Todavia, para que uma 
ideia seja uma oportunidade é importante, antes de mais uma análise e 
conhecimento do mercado e, por acréscimo, das pessoas. Antes mesmo 
de começar a reunir os recursos humanos, financeiros ou sociais 
necessários ao estabelecimento do negócio. 
 
2.3. IDEIAS EMPRRENDEDORAS 
2.3.1. Fontes de ideias empreendedoras. 
O empreendedorismo é um processo que começa com o reconhecimento de 
uma oportunidade empresarial e é seguido pelo desenvolvimento de uma ideia 
de como exercer essa oportunidade, a avaliação da viabilidade da 
oportunidade, o desenvolvimento do produto ou do serviço que será fornecido 
aos clientes, montagem de recursos humanos e financeiros, desenho 
organizacional, bem como a busca de clientes (SHANE; LOCKE; COLLINS, 
2003). 
 
As pessoas empreendem por necessidade ou oportunidade.Empreender por 
oportunidade ou necessidade são duas formas comuns de empreender, mas 
nenhuma é melhor que a outra. A oportunidade e a necessidade são duas 
excelentes motivações para que o empreendedor tenha a atitude para tirar sua 
ideia do papel e ter o seu próprio negócio. 
 
De facto, as oportunidades de negócio estão à nossa volta à espera de um 
empreendedor capaz de as identificar e de as aproveitar. As ideias surgem de 
muitos lados e fontes. Numa primeira fase todas as ideias são vagas, contudo 
através de uma análise cuidada o empreendedor conseguirá dar forma à ideia 
e desenvolvê-la. As ideias podem surgir das mais diversas fontes e contextos: 
8 
 
 
As ideias de negócios têm muitas vezes origem na: 
a) Identificação de necessidades - mediante a pesquisa de necessidades 
não satisfeitas e da concepção de produtos e/ou serviços para as 
satisfazer a clientes dispostos a pagar; 
b) Observação de deficiências - existem produtos/serviços passíveis de 
sofrer algumas alterações e melhorias (e.g, design de embalagens, 
serviço ao cliente, preço, espaços físicos...). Ou seja, pensar o que 
melhorar quando se constitui uma empresa semelhante às outras que já 
tem actividade iniciada; 
c) Observação de tendências - Analisar de perto o mercado e observar 
tendências locais, regionais, nacionais ou internacionais em alguma 
dimensão ambiental (e.g., padrões de consumo, alteração de gostos e 
preferências, idade da população, entre outras). O empreendedor ao 
seguir estas tendências pode aproveitar oportunidades emergentes! 
d) Derivação da ocupação actual - o potencial empreendedor identifica a 
ideia de negócio no seu emprego anterior (e.g., algo na serviço/produto 
da empresa passível de ser melhorado, recurso a meios/inovações que 
não estão a ser empregues, etc.). 
e) Procura de novas aplicações - A procura de novos usos para bens que 
já existem.. 
f) Hobbies - Através dos hobbies as pessoas podem identificar 
necessidades ainda não satisfeitas, ou seja, oportunidades de mercado.. 
g) Imitação do sucesso de outro - São poucos os empreendedores que 
lançam empresas com ofertas verdadeiramente novas. Contudo, para 
ter sucesso é essencial que se analise de perto os motivos pelos quais a 
empresa-modelo está a ser bem sucedida e onde o empreendedor pode 
incluir alguma forma de diferenciação. 
9 
 
h) Canais de distribuição - fontes de novas ideias, uma vez que 
conhecem melhor o mercado (e.g., sugestões de produtos e serviços 
novos desejados pelo consumidor, de características preferidas (design, 
tamanho, etc). 
i) A adaptação e resposta a regulamentações governamentais pode 
ser uma fonte de ideias de novos produtos (e.g., quando o governo 
emite uma nova legislação. novas empresas podem ser formadas para 
suprir com produtos/serviços as necessidades das organizações). 
j) Os esforços do próprio empreendedor em Investigação e 
Desenvolvimento (I&D) são uma fonte de novas ideias. 
 
Tipos de ideias inovadoras: 
 Incremetais: Ocorre passo a passo, com melhorias gradativas e 
continua de um produto, serviço ou processo existente. 
 Radical: Ocorre com uma mudança eruptiva, gerando um produto ouserviço até então desconhecido pelo mercado. 
2.3.2. Avaliação, classificação e Importancia das ideias empreendedoras. 
 
Existem muitos empresários e empreendedores que acreditam que as ideias 
que surgem em suas mentes são verdadeiramente extraordinárias 
oportunidades de negócios. Porém, nem sempre uma ideia por si só é o 
suficiente para fazer com que um negócio seja realmente viável e gere os 
resultados esperados. Porém, muitos empreendedores não enxergam dessa 
forma e, ao ter uma grande ideia, passam a ficar bastante obcecados por ela e 
não descansam até vê-la saindo do papel e ganhando vida. 
Ter ideia faz parte da natureza humana. As ideia surgem sempre que 
pensamos em problemas ou tomamos decisões. Assim, é fundamental que 
haja um distanciamento emocional, ou seja, é preciso submeter a ideia à uma 
avaliação crítica, analisando, principalmente, se realmente o que está sendo 
proposto vai atender à uma necessidade dos consumidores, ou se trata -se de 
algo que só vai servir para gastar energia de forma desnecessária, podendo, 
muitas vezes, prejudicar a permanência dos negócios no mercado. 
 Os 5 critérios para saber o valor ou qualidade da sua ideia são: 
 
1 – EQUIPA: quem está lá para fazer acontecer. O mercado muda as 
tendências com facilidade, consequentemente as ideias também, e quem é que 
pode fazer isso? Somente um ótimo time! Por isso, quem quer investir e sabe 
como investir, olha para essa questão em primeiro lugar. 
 
2 – MERCADO: Grande parte da avaliação de ideias iniciais está relacionada 
em quantas pessoas ela pode ajudar. quanto mais gente sua ideia 
REALMENTE puder ajudar, mais ela tem valor. 
 
3 – PODER DE OPERAÇÃO:. Quando uma ideia é avaliada e são identificados 
os pontos estratégicos daquilo que precisa ser feito. Não se trata de ser a 
10 
 
melhor solução e sim de envolver uma ótima solução que seja possível de 
entregar/materializar. 
É bom pensar numa solução “super maravilhosa” para as pessoas, mas isso 
entra em choque com o tempo de espera. Às vezes, a ideia pode demorar, 
custar caro ou ser complexa demais para se realizar 
 
4 – DIFERENCIAL: o que tem de diferente naquilo que você está propondo? 
Talvez seja um processo melhor para criar determinado produto, agregar um 
serviço especial que poucos sabem como fazer, ou é realmente uma nova 
solução. Obvio que quanto mais única, original e promissora sua ideia for, 
maior será o valor dela perante investidores. 
 
5 – CANAIS: são nada mais, nada menos que suas conexões. Quem você 
pode acessar para fazer essa ideia fluir? Quem é que influencia diretamente no 
valor da sua ideia? Isso permite aumentar a propensão dela acontecer e ter 
sucesso. No início do negócio o mais difícil é começar a gerar uma demanda 
real e constante de clientes. 
 
2.4. Análise FOFA. 
 
A sigla FOFA significa Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças e é a 
tradução do termo inglês SWOT que é o acrônimo para Strengths, 
Weaknesses, Opportunities and Threats . 
 
A Matriz FOFA (SWOT) é uma ferramenta relativamente simples, ideal para 
começar o Planejamento Estratégico de uma empresa e visa posicionar ou 
verificar o posicionamento da companhia em seu ramo de atuação, desde a 
criação de uma pequena empresa à gestão de uma multinacional. 
 
Ao utilizar a Matriz SWOT, temos as análises divididas em duas grandes óticas: 
 Análise do ambiente interno: Consiste na análise das Forças e 
Fraquezas, que são fatores internos e gerenciáveis. Uma vez que a 
empresa conheça quais são suas forças, ela pode trabalhar para manter e 
tornar estes pontos mais fortes e cada dia. E conhecendo as fraquezas, 
pode tomar as ações necessárias para corrigi-las ou evita-las. 
 Análise do ambiente externo: Consiste na analise das Oportunidades e 
Ameaças que são fatores externos a organização e não é possivel 
manipulá-los diretamente. Mas nem por isto sua empresa deve deixar de 
https://www.treasy.com.br/blog/5-passos-para-criar-um-planejamento-estrategico-para-sua-empresa
https://www.treasy.com.br/wp-content/uploads/2015/10/an%C3%A1lise-swot-02.png
11 
 
monitorar as oportunidades e ameaças. Uma vez que sua empresa 
conhece quais são as oportunidades do ambiente em que está inserida, 
pode atuar pró-ativamente para aproveitar estas oportunidades. E 
conhecendo as principais ameaças do cenário em que se encontra, é 
possível atual para minimizar os riscos e impedir que estas ameaças 
afetem os resultados da companhia. 
 
 
2.5. Dimensão das actividades emprendedoras. 
 
Em Angola, de acordo com a Lei n°30/11, de 13 de setembro de 2011, as 
PMEs distinguem-se por dois critérios, quais sejam: o número de trabalhadores 
efetivos e o volume de faturamento anual, sendo que este último fator 
prevalece sempre que for necessário decidir sobre a classificação das 
mesmas. Dessa forma, consideram-se: 
a) Micro empresas - aquelas que empregam até 10 trabalhadores e/ou 
tenham um faturamento anual bruto não superior ao equivalente a USD 250 
mil; 
b) Pequenas empresas - aquelas que empregam mais de 10 e até 100 
trabalhadores e/ou tenham um faturamento anual bruto superior ao equivalente 
a USD 250 mil e igual ou inferior a USD 3 milhões; 
c) Médias empresas, aquelas que empregam mais de 100 e até 200 
trabalhadores e/ou tenham um faturamento anual bruto superior ao equivalente 
a USD 3 milhões e igual ou inferior a USD 10 milhões. 
d) Grandes empresas, aquelas que empregam mais de 200 trabalhadores 
e/ou tenham um faturamento anual bruto superior a USD 10 milhões. 
 
2.5.1. Beneficios fiscais das MPME. 
Angola mantém uma elevada dependência do setor petrolífero e da atividade 
de importação, uma vez que o setor produtivo nacional mantém uma baixa 
capacidade de satisfazer as necessidades de consumo interno. 
Adicionalmente, as Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) continuam 
a ter uma importância reduzida no ramo empresarial Angolano ao contribuírem 
apenas com 5% do imposto industrial. Angola tem aproximadamente apenas 
50.000 mil empresas formalmente identificadas. 
O programa das MPME está enfocado em quatro setores econômicos 
prioritários, quais sejam: 
(a) Agricultura, Pecuária e Pescas; 
(b) Materiais de Construção; 
(c) Indústria Transformadora,Geologia e Minas; e 
(d) Serviços de Apoio ao Sector Produtivo. 
12 
 
 
A taxa dos benefícios, resulta da multiplicação entre a taxa do Imposto 
Industrial patente no n.o 1 do artigo 64º da Lei que altera o Código do Imposto 
Industrial, aprovada pela Lei n.o 26/20, de 20 de Julho com a taxa de redução 
prevista por cada Zona, constante no n.o 2 do artigo 20o da Lei das Micro, 
Pequenas e Medias Empresas, aprovada pela Lei n.o 30/11 de 13 de 
Setembro: 
Z
O
N
A
 
P
R
O
V
ÍN
C
IA
S
 
 VALOR NOMINAL DA TAXA DO IMPOSTO INDUSTRIAL 
(REGIME 
GERAL2) 
REGIME SIMPLIFICADO3 
EMPRESAS 
SEM 
CONTABILIDA
DE 
ORGANIZADA 
(Redução) 
EMPRESAS 
COM 
CONTABILIDA
DE 
ORGANIZADA 
(Proporção) 
EMPRESAS COM 
RENDIMENTOS 
EXCLUSIVAMENTE 
(AGRÍCOLAS, 
AQUÍCOLAS,AVÍCOL
AS, PISCATÓRIA, 
SILVÍCOLAS E 
PECUÁRIA) 
(Proporção) 
A 
Cabinda, 
Záire, 
Uige, 
Bengo, 
Kwanza 
Norte, 
Malanje, 
Kuando 
Kubango, 
Cunene, 
Namibe, 
Lunda 
Norte, 
Lunda Sul 
Moxico. 
50% 12,5% 5% 
B 
Kwanza 
Sul, 
Huambo 
Bié, 
35% 16% 6,5% 
C 
Benguela 
Huila 
35% 20% 8% 
D 
Luanda, 
Benguela 
(Municípi
os de 
Benguela, 
e Lobito) 
10% 22,5% 9% 
 
Desde Abril de 2021 a emissão de alvará comercial é exigivel apenas para o 
conercio de Bens alimentares, Especies Vivas (Vegetais, Animais, Aves e 
pescados), Medicamenos, Automoveis, combustiveis, lubrificantes e Produtos 
 
2
 O Regime Geral é aplicado as Pequenas empresas com facturação bruta anual superior a 
USD 250 mil; e as Médias empresas com facturação bruta anual superior a USD 3 milhões. 
3
 O Regime Simplificado é aplicado as Micro empresas com facturação bruta anual não 
superior a USD250 mil. 
13 
 
quimicos. As restantesd actividades consideradas de Baixo risco a saúde 
humana e animal estam sujeitas a um procedimento simplificado de cadastro e 
autorização junto da Admnistração Municipais. 
2.6. Formas de organização e legalização da actividades empreendedoras. 
 
Segundo Alberto Asquini apud Tmazette (2002) e Ramos (2012), a partir da 
chamada Teoria Poliédrica, que entende a empresa como um fenómeno 
jurídico multifacetado podemos definir critérios para a classificação das 
empresas com base em quatro perfis: 
1) Perfil subjectivo - a pessoa que exerce a actividade; 
2) Perfil funcional - a particular força em movimento que é a actividade 
empresarial dirigida a um determinado escopo produtivo; 
3) Perfil objectivo - o conjunto de bens; 
4) Perfil corporativo - a organização formada pelo empresário e seus 
colaboradores destinada a um fim comum. 
 
A combinação de juízos, segundo os diferentes perfis de análise, permitirá 
tomar decisões quanto ao tipo de formato jurídico para as empresas. 
 
Os diferentes formatos jurídicos existentes no ordenamento angolano divididos 
em duas categorias – singulares e colectivas – nas quais encontramos 
diferentes tipologias de sociedades Lei n.º 06/03 de 3 de Março - Lei de 
Revisão do Código Comercial (Assembleia Nacional, 2003): 
 Empresas Singulares 
 Empresa em Nome Individual 
 Sociedade Unipessoal 
 Por Quotas 
 Anónima (por acções) 
 Empresas Colectivas 
 Sociedade em Nome Colectivo 
 Sociedade por Quotas 
 Sociedade Anónima 
 Sociedade em Comandita 
 Simples 
 Por Acções 
 Cooperativas. 
Estas denominações podem ser Privadas, publicas (EP) e Mistas 
(Publicas+Privadas) 
2.6.1. Empresas Singulares 
a. Empresário em Nome Individual 
Titular: um único indivíduo ou pessoa singular. 
Firma: contém sempre o nome civil completo ou abreviado do empresário. 
Pode ser adicionada uma alcunha pela qual o empresário é conhecido e ainda, 
pode conter uma expressão alusiva ao negócio. 
Capital: não existe montante mínimo para o capital. 
Património: património pessoal e património do negócio encontram-se unidos. 
Responsabilidade: ilimitada – o empreendedor responde por todas as dívidas 
contraídas pela empresa com todos os bens constituintes do seu património 
pessoal ou empresarial. 
14 
 
Vantagens: 
 Total controlo do proprietário sobre o negócio; 
 Possibilidade de redução dos custos fiscais; 
 Constituição e dissolução simples; 
 Não existe capital social mínimo. 
 
Desvantagens: 
 Risco associado à fusão do património da empresa com o património 
pessoal do proprietário; 
 Dificuldade em obter créditos para fundos. 
 
b. Sociedade Unipessoal 
Lei n.º 19/12 de 11 de Junho - (Assembleia Nacional, 2012) 
Titular: constitui-se por um único sócio na modalidade de: 
 sociedade por quotas ou de 
 sociedade anónima. 
Firma: contém a expressão “Sociedade Unipessoal” ou a palavra “Unipessoal”, 
ou ainda a abreviatura “SU”, seguida da abreviatura “Lda.” ou “SA” conforme a 
tipologia adoptada. 
Capital: O valor mínimo do capital social é o valor em Kz correspondente a: 
 Sociedade por quotas: US$ 1.000,00 
 Sociedade anónima US$ 20.000,00 (caso se trate de uma, as acções 
não podem terem valor inferior a US$ 100,00 (cem dólares americanos). 
Responsabilidade: limitada ao montante do capital social, ou ao valor das 
acções. 
Criação da Empresa: no método tradicional, junto do GUE ou do SIAC. 
Vantagens: 
 Total controlo do proprietário sobre o negócio; 
 Património pessoal do proprietário não responde pelas dívidas 
contraídas pela empresa, visto que se encontra separado do 
património da mesma. 
Desvantagens: 
 Maior complexidade na constituição da empresa; 
 Sem vantagens fiscais; 
 Exigência de um capital social mínimo. 
2.6.2. Empresas Colectivas 
Lei n.º 01/04 de 13 de Fevereiro (Assembleia Nacional, 2004) 
a. Sociedade em Nome Colectivo 
Sócios: mínimo 2, (sendo admitidos sócios de indústria4 desde que, no pacto 
social, seja atribuído um valor à sua contribuição em indústria). 
 
4
 Socio cuja contribuição consista apenas em serviço. 
15 
 
Firma: composta pelo nome completo ou abreviado do apelido ou da firma de 
todos, alguns ou um dos sócios, seguido da expressão “e Companhia”, a sua 
abreviatura “Cia” ou ainda qualquer outra expressão ou palavra que indicie a 
existência de mais sócios. 
Capital: não existe montante mínimo obrigatório. 
Responsabilidade: Ilimitada, subsidiária e solidária, (os sócios respondem não 
só pelas suas entradas, mas também pelas entradas de todos os outros sócios. 
Os empresários entram também com o seu património pessoal, caso haja uma 
insuficiência do património da sociedade). Os sócios de indústria possuem uma 
responsabilidade igual à dos restantes sócios. Contudo, no plano interno, só 
respondem pelas perdas sociais se assim o estipular o contrato estabelecido. 
Património: património pessoal dos sócios e o património da sociedade 
encontram-se fundidos. 
vantagem e desvantagem: a responsabilização solidária. Ou seja, cada sócio 
responde não só pelas suas dívidas, mas também pelas dívidas de todos os 
outros sócios. 
b. Sociedade Por Quotas 
Sócios: mínimo 2. Não são admitidos sócios de indústria. 
Firma: obrigatoriamente, a firma deve terminar com a palavra “Limitada” ou a 
sua abreviatura “Lda.”, podendo escolher-se a primeira parte do nome de entre 
as seguintes opções: a) nome composto pelo nome completo ou abreviado de 
um, alguns, ou de todos os sócios; b) expressão alusiva ao ramo de actividade; 
c) conjugação dos elementos a) e b). 
Capital: mínimo equivalente em Kz a US$ 1.000,00 (dividido por quotas). 
Património: património da empresa é independente do património pessoal dos 
sócios. 
Responsabilidade: limitada ao capital social, (é este capital que responde 
perante as dívidas da sociedade. Os sócios podem ter acréscimos na sua 
responsabilidade se o contrato estipulado assim o indique). 
Vantagens: 
 Separação do património da empresa com o património pessoal 
dos sócios, não respondendo este último pelas dívidas da 
empresa; 
 Diversificação de experiências e conhecimentos de diferentes 
sócios; 
 Maior facilidade em arranjar fundos e investimentos. 
Desvantagens: 
 Não existe um controlo absoluto da empresa por um empresário; 
 Um sócio pode ser chamado pelos credores para responder pela 
totalidade do capital; 
 Maior complexidade na constituição e dissolução da empresa; 
 Sócios não podem colocar no seu IRS prejuízos do seu negócio; 
 Existência de um capital social mínimo. 
16 
 
c. Sociedade Anónima 
Sócios: mínimo de 5 sócios singulares ou colectivos ou 2 sócios desde que 
um deles seja o Estado. (Não são admitidos sócios de indústria). 
As sociedades anónimas podem ser constituídas por via de subscrição pública 
(com abertura da subscrição do capital ao público logo após a constituição) ou 
sem subscrição pública (se os fundadores subscrevem integralmente o capital 
social). 
Firma: termina sempre com a expressão “Sociedade Anónima” ou a sua 
abreviatura “SA”. Podendo escolher-se o resto do nome de entre as seguintes 
opções: a) nome composto pelo nome completo ou abreviado de um, alguns ou 
de todos os sócios; b) expressão alusiva ao ramo de actividade; c) conjugação 
dos elementos a) e b). 
Capital: mínimo em Kz equivalente a US$ 20.000,00, dividido em acções de 
valor – nominal e igual –equivalente a US$ 50,00 cada. 
Acções: podem encontrar-se representadas de forma titulada – documentos 
em papel, ou de forma escritural – representadas por registo na conta de quem 
adquire, junto da entidade registadora. Existem acções nominativas onde se 
conhecem os titulares, ou acções ao portador, nas quais o emitente não 
conhece a identidade dos titulares. 
Responsabilidade: limitada ao valor das acçõesque se encontra subscrito. 
Vantagens: 
 Maior facilidade na transmissão dos títulos representativos da 
sociedade; 
 Cada sócio arrisca apenas o capital subscrito, não respondendo 
pelas dívidas da sociedade; 
 Maior facilidade de acesso ao crédito fundos de investimento. 
Desvantagens 
 Grande diluição do controlo da empresa, desde os mais 
pequenos aos maiores accionistas; 
 Constituição e dissolução da sociedade complexa e dispendiosa; 
 Sujeição a uma fiscalização rigorosa, cuja intensidade aumenta 
caso a sociedade seja cotada num mercado de capitais. 
 
d. Sociedade em Comandita 
Sócios: trata-se de uma sociedade mista, pois existem dois tipos de sócios: 
 Comanditados – contribuem com bens ou serviços 
 Comanditários – contribuem com capital, assumem a gestão e a 
direcção efectiva da sociedade. 
Existem duas formas possíveis de sociedades em comandita: 
 Simples – cujo número mínimo de sócios é dois; 
 Por acções – em que as participações dos sócios comanditários se 
encontram representadas por acções. Numa sociedade em comandita 
por acções, o número mínimo de sócios sendo 6 – 5 comanditários e 1 
comanditado. 
17 
 
Firma: nome completo ou abreviado, ou a firma de pelo menos um dos sócios 
de responsabilidade ilimitada (comanditado), seguido de “em Comandita” ou 
“& Comandita” para sociedades do tipo simples, e no caso de sociedades por 
acções acrescentar “em Comandita por Acções” ou “& Comandita por 
Acções”. 
Responsabilidade: é diferente para diferentes tipos de sócios: 
Comanditários – têm responsabilidade limitada, sendo que respondem apenas 
pelas suas entradas; 
Capital: não existe montante mínimo obrigatório se for simples e igual ao das 
sociedades anónimas se for por acções. 
Comanditados – perante as dívidas da sociedade este tipo de sócios 
responde de forma ilimitada e solidária entre si (cada sócio responde não só 
pela proporção que lhes corresponde nas dívidas da sociedade, mas também 
pelas dívidas de todos os outros sócios, afectando o seu património pessoal se 
assim for necessário). 
Património: no caso dos sócios comanditários o património pessoal encontra-
se totalmente separado do património da empresa. Os sócios comanditados, 
pelo contrário, possuem os bens patrimoniais da sociedade fundidos com os 
seus bens pessoais. 
Criação da empresa: no método tradicional, junto do GUE ou do SIAC. 
e. Cooperativas 
Lei nº 23/15 de 31 de Agosto (Assembleia Nacional, 2015) 
Definição: pessoas colectivas autónomas, de livre constituição, de capital e 
composição variáveis e de controlo democrático, em que os seus membros se 
obrigam a contribuir com recursos financeiros, bens e serviços, para o exercício 
de uma actividade empresarial, de proveito comum e com riscos partilhados. 
Finalidade: visa a promoção dos interesses sociais e económicos dos seus 
membros, com retomo patrimonial predominantemente realizado na proporção 
das suas operações com a cooperativa. Divide-se em dois graus diferentes: 
 Primeiro grau – constituídas por pessoas singulares e/ou colectivas, 
cujo objecto assenta na prestação directa de serviços aos seus 
membros; 
 Grau superior – constituídas por uniões, federações ou confederações 
de cooperativas cujo objecto assenta na coordenação, financiamento, 
formação, orientação e organização produtiva em maior escala dos 
serviços das suas cooperativas filiadas, bem como na defesa e 
promoção dos interesses das suas filiadas perante instituições públicas 
ou privadas. 
Firma: A denominação adoptada deve ser seguida ou precedida, conforme os 
casos, das expressões «cooperativa», «união de cooperativas», «federação 
de cooperativas», «confederação de cooperativas» e, ainda, seguida «de 
responsabilidade limitada», ou «de responsabilidade ilimitada» ou das 
respectivas abreviaturas. 
Cooperadores: o número de membros de uma cooperativa é variável e 
ilimitado 
18 
 
 Na cooperativa de primeiro grau: não podendo ser inferior a 10 
 Na cooperativa de grau superior: não podendo ser inferior 2. 
A Legislação complementar respeitante a cada ramo de actividade pode exigir, 
Capital: não existe montante mínimo obrigatório. o capital subscrito pode ser 
realizado em dinheiro, bens ou direitos, trabalho ou serviços. 
Joia: os estatutos da cooperativa podem exigir a realização de uma joia de 
admissão, a ser paga de uma só vez ou em prestações periódicas. O montante 
das joias reverte para as reservas legais que forem estatutariamente definidas. 
Responsabilidade: os membros podem adquirir diferentes estatutos dentro 
das cooperativas – com responsabilidade limitada para uns, e ilimitada para 
outros. Comummente, a responsabilidade de cada cooperador é limitada ao 
montante de capital subscrito. 
f. Empresas familiares. 
Definição: Empresa em que umaou mais familias, interligadas, detém uma 
maioria absoluta ou relativa do capital da empresa e que por essa via 
determinam a nomeação dos principais órgãos de Gestão. 
Vantagens: 
 Compromisso de longo.prazo e maior resiliencia em situação de crise, 
 Utilização frequente do patrimonio da familia para garantia de 
responsabilidades da Empresa. 
Desvantagens: 
 Limitação ao crecimento para evitar a diluição da posição da familia. 
 Dificuldades na implantação de uma gestão profissionalizada e na 
captção de talentos fora da familia. 
 Pouca atenção às areas estrategicas da empresa, condicionadas aos 
interesses da familia. 
III. GESTÃO EMPREENDEDORA 
3.1. FUNÇÕES DE GESTÃO. 
3.1.1. Significado, Componentes e importância das funções de Gestão. 
 
A GESTÃO é a arte e ciência de conseguir fazer as coisas através de outras 
pessoas com os melhores resultados». As funções fundamentais da gerência 
administrativa são: 
a. Planificação (Decidir antecipadamente o que fazer de maneira a fazer, 
quando fazer e quem deve fazer.) 
Planejar - Estabelece os objectivos da empresa, especificando a forma como 
serão alcançados. Parte de uma sondagem do futuro, desenvolvendo um plano 
de acções para atingir as metas traçadas. É a primeira das funções, já que 
servirá de base directora à operacionalização das outras funções. 
 
b. Orçamentação (Identificar, descrever, quantificar, análisar e valorizar custos 
de produção, tranporte e venda). 
A orçamentação consiste em agregar os custos estimados de atividades 
individuais, ou dos pacotes de trabalho – que foram realizados na etapa de 
estimativa de custos – para estabelecer o orçamento inicial mínimo necessário 
19 
 
para se iniciar um projeto novo ou uma determinada etapa de um em 
andamento. 
Por ser a base da fixação do preço do projeto, a orçamentação torna-se uma 
das principais áreas no negócio da construção. Um dos requisitos básicos para 
um bom orçamentista é o conhecimento detalhado do serviço. 
Orçar não é um mero exercício de futurologia ou jogo de adivinhação. Um 
trabalho bem executado, com critérios técnicos bem estabelecidos, utilização 
de informações confiáveis e bom julgamento do orçamentista, pode gerar 
orçamentos com alto grau de precisão, embora não perfeitamente exatos, 
porque o verdadeiro custo de um empreendimento é virtualmente impossível de 
se fixar de antemão. Exitem 7 tipos de orçamento: 
 Orçamento incremental 
 Orçamento de base zero 
 Orçamento top-down 
 Orçamento bottom-up 
 Orçamento baseado nas atividades 
 Orçamento contínuo (rolling budgeting) 
 Beyond budgeting 
(Definição, Principios, Vantagens e Desvantagens) 
 
c. Organização (envolve a determinação e a enumeração de actividades 
necessárias para a consecução de objectivos.) 
Organizar - É a forma de coordenar todos os recursos da empresa, sejam 
humanos, financeiros ou materiais, alocando-os da melhor forma segundo o 
planeamento estabelecido 
 
d. Coordenação/Liderança (unificar e harmonizar todos os esforços e todas 
actividades.) 
Coordenar: a implementação de qualquer panejamento seria inviável sem acoordenação das atitudes e esforços de toda a empresa, almejando as metas 
traçadas. 
 
e. Designação do pessoal e Direcção (preencher os cargos existentes na 
estrutura organizacional.) e (orientar e suspender os subordinados) 
Designar o pessoal e Dirigir: Pressupõe que as relações hierárquicas estejam 
claramente definidas, ou seja, que a forma como admi nistradores e 
subordinados se influenciam esteja explícita, assim como o grau de 
participação e colaboração de cada um para a realização dos objectivos 
definidos. Faz com que os subordinados executem o que deve ser feito. 
 
f. Controlo (significa ver se tudo corre de acordo com o plano estabelecido.). 
Controlar: É estabelecer padrões e medidas de desempenho que permitam 
assegurar que as atitudes empregadas são as mais compatíveis com o que a 
empresa espera. O controlo das actividades desenvolvidas permite maximizar 
a probabilidade de que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e ditadas 
 
g. Funções alargadas da gestão: 
 Relações com agentes internos e externos. 
 Informação: recolha, indagar e distribui-la. 
 Negociação, arbitragem e gestão de conflitos. 
 Criatividade e espírito empreendedor. 
 Representação da instituição. 
 
20 
 
Bibliografia: 
 
 FERREIRA, M.P., SANTOS, J.C., & SERRA, F.R. (2008). Ser 
empreendedor - pensar, criar e moldar a nova empresa (1ª ED.). 
LISBOA: EDIÇÕES SÍLABO, LDA. 
 GASPAR, F. (2009). O processo empreendedor e a criação de 
empresas de sucesso, 1ª ED. 
 GEM, 2018 – Estudo sobre o empreendedorismo-Angola 2016/2017, 
 MINF, AGT 2020- Manual de Apoio às Micro, Pequenas e Médias 
Empresas, Luanda, 
 WANGA, Waldano Heler Natxari (2015) Gestão Curso de agregação 
financeira, Ed. Academia.educ, Luanda. 
 WANGA, Waldano Heler Natxari (2016) Governação Democrática e 
Desenvolvimento em Àfrica, Ed. Academia.educ, Luanda.

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