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01 - Petição Inicial e Audiência de Conciliação

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Procedimento Comum 
 Fase Postulatória
Os procedimentos podem ser comuns ou especiais. 
Os processos que observarão o procedimento comum 
são identificados por exclusão: todos aqueles para os 
quais a lei não tenha previsto o especial. 
O CPC trata do procedimento comum a partir do art. 
319, dividindo-o em quatro fases: 
 Postulatória: o autor formula sua pretensão 
por meio da petição inicial e o réu apresenta a 
sua resposta; 
 Ordinatória: o juiz saneia o processo e aprecia 
os requerimentos de provas formulados pelas 
partes; 
 Instrutória: são produzidas as provas 
necessárias ao convencimento do juiz; 
 Decisória. 
Isso não significa que, em cada uma das fases, sejam 
praticados apenas atos processuais do tipo que lhes 
dá o nome. A classificação leva em conta apenas o 
tipo de ato predominante. Dessa forma, em qualquer 
das quatro fases, não apenas na última, o juiz 
proferirá decisões interlocutórias. Há possibilidade de 
atos instrutórios, como a juntada de documentos, em 
qualquer fase. 
 
Fase postulatória 
 
PETIÇÃO INICIAL 
 
É o ato que dá início ao processo, e define os 
contornos subjetivo e objetivo da lide, ou seja, nela o 
autor narra o seu problema e provoca a atividade 
jurisdicional. 
 
REQUISITOS DA P.I 
 
Arts. CPC 
319: Requisitos 
320: doc’s indispensáveis a propositura as ação 
 
I - Juízo a que é dirigida 
II - Qualificação do autor e réu ( Pode requerer ao juiz 
as diligencias necessárias p/ obtenção das 
informações e a P.I não será indeferida se na falta 
dessas informações for possível a citação do réu. 
 
III – Fato e fundamentos jurídicos do pedido: 
Corresponde a causa de pedir. 
 
IV – O pedido com suas especificações: deve ser 
CERTO (art. 322) e DETERMINADO (art 324) 
São considerados pedidos implícitos: 
 Juros legais (art. 322 § 1º) 
 Correção monetária (art. 322 § 1º) 
 Verbas de sucumbência, honorários 
advocatícios 
 Prestações sucessivas (art. 323) 
 
Admite-se pedido GENÉRICO: 
 Nas ações universais (art. 324, I) 
 Quando não for possível determinar, desde 
logo, as consequências do ato ou do fato (art. 
324, II) 
 Quando a determinação do objeto ou do valor 
depender de ato que deva ser praticado pelo 
réu (art. 324, III) 
 
Os pedidos podem ser CUMULADOS quando: 
 Sejam compatíveis entre si (art. 327, I) 
 Seja competente o mesmo juízo (art. 327, II) 
 Seja adequado para o mesmo tipo de 
procedimento (art 327, III) 
Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de 
procedimento, será admitada a cumulação se o autor 
empregar o procedimento comum (art. 327, §2º) 
 
 Cumulação 
PRÓPRIA: ocorre quando se pretende o acolhimento 
simultâneo de todos os pedidos. 
*Simples: as pretensões não tem relação entre si. 
*Sucessiva: Os pedidos guardam entre si um 
vinculo de precedência lógica. 
IMPRÓPRIA: ocorre quando se pretende o 
acolhimento parcial dos pedidos. 
*Alternativa: o autor não gera preferencia 
entre os pedidos cumulados 
*Subsidiária: o autor formula um pedido de 
sua preferencia (principal), mas tbm elabora um 
pedido de subsidiário para a eventualidade do juiz não 
deferir o principal (art. 326) 
 
 
V – O valor da causa 
 Toda petição inicial terá valor da causa e a ele 
será atribuído VALOR CERTO, ainda que não 
tenha conteúdo imediatamente aferível (art. 
291) 
 O valor da causa seguirá as REGRAS do art. 
292 
 
VI – As provas com que o autor pretende demonstrar 
a verdade dos fatos alegados: 
 A petição inicial será instruída com os 
documentos indispensáveis a propositura da 
ação (art. 320) 
 Admite-se tbm a juntada posterior de 
documentos formados após a petição inicial 
ou a contestação, bem como dos que se 
tornaram conhecidos, acessíveis ou 
disponíveis após esses atos, cabendo à parte 
que os produzir comprovar o motivo que a 
impediu de juntá-los anteriormente e 
incumbindo ao juiz, em qq caso, avaliar a 
conduta da parte de acordo com o art. 5º (art. 
435, parágrafo único) 
 
VII – A opção do autor pela realização ou não de 
audiência de conciliação e mediação. 
 Só não haverá audiência se ambas as partes 
expressamente demonstrarem desinteresse. 
O autor, então, deverá indicar na P.I, seu 
desinteresse na autocomposição, e o réu 
deverá faze-lo por petição, apresentada 10 
dias de antecedência, contados da data de 
audiência. (art. 334. §5º) 
 
SANEAMENTO DA P.I 
 
A primeira atuação do juiz no processo é o juízo de 
admissibilidade da petição inicial. 
Haverá três alternativas: 
 Pode encontrá-la em termos, caso em que 
determinará o prosseguimento com a citação 
do réu (ou até com o julgamento imediato, 
nas hipóteses do art. 332); 
 Pode constatar a necessidade de algum 
esclarecimento, ou a solução de algum defeito 
ou omissão, caso em que concederá prazo ao 
autor para emendá-la, indicando o que 
precisa ser completado ou corrigido; 
 Pode verificar que há um vício insanável, ou 
que não foi sanado pelo autor, no prazo que 
lhe foi concedido, caso em que proferirá 
sentença de indeferimento da inicial. 
 
No art. 330 do CPC, elenca as possibilidades de 
indeferimento que resultam todas na extinção do 
processo sem resolução de mérito: 
 I – P.I Inépta: é a inaptidão da inicial para 
produzir os resultados almejados, seja por 
falta de pedidos seja por falta de 
fundamentação (§ 1º do art. 330) 
 II - Quando a parte for manifestamente 
ilegítima 
 III - Quando ao autor carecer de interesse 
processual. 
 
Dessa forma, caso a petição inicial possua vícios, antes 
de indeferi-la o juiz mandará o autor corrigi-los. 
O prazo para emenda da inicial é de 15 dias (art 321) 
Caso o autor não faça as correções, o juiz prolatará 
SENTENÇA de indeferimento da inicial (art 330.) sem 
resolução do mérito (art 485, I) e por isso a demanda 
poderá ser proposta novamente. (art 486) 
Contra essa sentença, cabe recurso de APELAÇÃO no 
prazo de 15 dias (art 1009 e 1003 §5º) 
 Tal apelação permite o JUIZO DE RETRATAÇÃO, que 
terá efeito regressivo. Ou seja, o juiz, ao receber o 
recurso poderá ANULAR a sentença e determinar o 
normal prosseguimento do feito. 
O prazo de retratação é de 5 dias (at. 331). 
Caso o juiz não se retrate e não ocorra o efeito 
regressivo, ANTES de enviar a apelação ao tribunal. O 
réu deverá ser citado para oferecer resposta ao 
recurso (art. 331 §1º) 
Após o prazo de resposta do réu ao recurso, com ou 
sem contrarrazões, a apelação será enviada ao 
tribunal. 
O juízo de admissibilidade das apelações não é feito 
pelo juiz de 1º grau. A apelação deve subir 
independentemente dessa análise (art. 1010 §3º). 
Não interposta apelação, o réu será intimado do 
trânsito em julgado da sentença (art. 331 §3º). 
 
DA AUDIÊNCIA DE TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO 
É fase indispensável nos processos de procedimento 
comum. (art 334) 
A eventual conciliação nessa fase ainda inicial do 
processo se ajusta ao princípio econômico, já que o 
poupará de avançar a fases mais adiantadas. 
 Audiência de conciliação: quando não há 
vinculo anterior entre as partes (art. 165, §2º) 
 Audiência de mediação: quando há vinculo 
anterior entre as partes. (art. 165 §3º) 
Desde que a inicial tenha preenchido os requisitos de 
admissibilidade e não seja caso de improcedência de 
plano, o juiz designará audiência de conciliação ou 
mediação, na qual atuará necessariamente, onde 
houver, o conciliador ou mediador. 
Deverá ser realizada no mínimo de 30 dias e o réu 
deverá ser citado com antecedência mínima de 20 
dias (art. 334) 
Será dispensada apenas quando o direito não admitir 
autocomposição ou quando ambas as partes 
demonstrarem de forma expressa desinteresse pelo 
ato (art 334 §4º) 
Na hipótese de desinteresse mutuo pela audiência, o 
autor deverá demonstra-lo na petição inicial e o réu 
em petição comum a ser protocolada com no mínimo 
10 dias de antecedência da sessão (art. 334 §5º) 
As partes deverão estar acompanhadas por seus 
advogados ou defensores públicos (art. 334 §9º) 
Nessa audiência,a parte deverá se fazer representar 
por procurador através de procuração especifica com 
poderes para transigir e negociar (art 334 §10) 
É possível ocorre mais de uma sessão na tentativa de 
autocomposição, desde que não se exceda DOIS 
MESES da realização da primeira. (art 334 § 2º) 
A autocomposição obtida será reduzida a termo pelo 
conciliador ou mediador e posteriormente, 
homologada por sentença pelo juiz (art 334 §11º). 
Essa sentença homologatória é titulo executivo 
judicial (art. 515, II) 
A audiência poderá ocorrer por meio eletrônico (art. 
334, §7º) 
O não comparecimento injustificado à audiência de 
conciliação é considerado ato atentatório à dignidade 
da justiça e será sancionada com multa de até 2% da 
vantagem econômica pretendida ou o valor da causa, 
revertida em favor da União ou do Estado. (art 334, 
§8º)

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