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SEMANA DA LOGOTERAPIA – AULA 2 (Live Dr. Alberto Nery) A RESPOSTA DA LOGOTERAPIA A DOR E A CULPA A vida é plena de sentido sobre todas as condições e circunstâncias O sentido da vida sempre é uma possibilidade Será q é necessário sofrimento para encontrar sentido na vida? O sentido é possível, APESAR do sofrimento e não por causa dele, não é de modo algum necessário O sentido é possível em meio ao sofrimento quando esse sofrimento é inevitável; quando dá para evitar, temos que fazer o possível para não sofrer A capacidade de sofrer é algo que vamos aprender no decorrer da vida (vamos adquirindo por nós mesmos) Potencial humano de quando não conseguimos mudar a situação podemos mudar nós mesmos (a relação com o sofrimento, o sentido que ele tem em nossa vida) A principal ocupação da pessoa não consiste em obter prazer ou evitar dor, mas antes, em ver um sentido em sua vida O sofrimento sem um sentido, leva o indivíduo ao desespero Visão antropológica (de ser humano): Três séculos foram marcados pela fuga ao sofrimento e pela tentativa de fugir da realidade, tentou-se evita-la recorrendo a dois ídolos: a atividade e a racionalidade. Idolatria dos valores criadores (atividades); o homem mais desenvolvido dos mamíferos (razão) – razão como divindade da modernidade positivista “homo patiens”: atreve-te a sofrer; o homem que é capaz de sofrer O homem moderno hipervalorizou a produtividade e a racionalidade e se esqueceu que o sofrimento faz parte da vida. Como resultado temos uma geração que não sabe lidar com o sofrimento, não temos resiliência para encarar o mercado de trabalho, términos de relacionamentos, etc. Mundo moderno: infelicidade como sintoma de desajuste; o fardo da infelicidade inevitável ser acrescido da infelicidade pelo fato de a pessoa ser infeliz (cultura na qual a felicidade é quase um imperativo; indivíduo cria uma ilusão de que ninguém mais é infeliz, só ele e pensa que ele deveria ser feliz) O indivíduo se torna despreparado para aceitar como o sofrimento acontece, por mínimo que seja TRÍADE TRÁGICA DA EXISTÊNCIA HUMANA: Dor, Culpa e Morte. (Não há nenhum ser humano que possa dizer que jamais sofreu, jamais falho e que não morrerá) Às vezes Frankl usa o termo sofrimento para se referir apenas a dor e não aos outros tópicos da tríade OTIMISMO TRÁGICO: é a pessoa permanecer otimista apesar da tríade trágica. Como é possível dizer sim a vida apesar de tudo isso? Dor: transformar o sofrimento em uma conquista, uma realização humana Culpa: extrair da culpa a oportunidade de mudar a si mesmo para melhor Morte: fazer da transitoriedade da vida um incentivo para realizar ações responsáveis A prioridade permanece com a mudança criativa da situação que nos faz sofrer, mas realmente superior é o saber como sofrer, quando se faz necessário Sofrimento (Dor). Sofrer significa agir e significa crescer, significa igualmente amadurecer, o indivíduo que se eleva acima de si mesmo avança para a maturidade; o verdadeiro produto do sofrimento é um processo de maturidade; a maturidade pressupões, todavia, que o indivíduo tenha alcançado uma liberdade interior, apesar da sua dependência exterior; Se na dor eu posso crescer a amadurecer, na dor eu posso ter uma conquista; O ser humano que enfrenta o abismo passa a ver o mundo de outra forma “O sofrimento é o megafone de Deus para despertar o mundo surdo” (Megafone de Deus – C.S Lewis) O oposto da dor é a anestesia, mas o indivíduo que está anestesiado, não sente dor e não sente nada. A sensibilidade dos faz sentir prazer e dor. O propósito do sofrimento é reparar os defeitos da personalidade do homem ENCONTRANDO SENTIDO. Valores de criação: o que o homem dá ao mundo, sob forma de suas obras e criações; Valores de experiência: o que o homem recebe do mundo, em termo de encontros e experiências; Valores de atitude: a postura que se adota diante da vida, quando se é defrontado com um destino ao qual não pode mudar (o mais profundo são os valores de atitude, o que encontramos passando pelo sofrimento) O indivíduo é muito mais do que seu sofrimento e adoecimento O sofrimento deixa de ser sofrimento no momento em que ele encontra sentido O sofrimento significativo equivale a “amor por”. Aceitando-o não só fazemos alvo de uma intenção, mas visamos por meio dele algo que não é idêntico a ele. Transcendemos, assim, o sofrimento. Não há nada no mundo que possa permitir ao homem superar dificuldades externas ou problemas internos como a consciência de ter um propósito na vida A culpa é um chamado a mudança, algo pode ser transformado em nossa vida Frankl não nega as influências externas, vulnerabilidades sociais, questões genéticas, etc...Mas ele diz que o ser humano é capaz de mudar isso; é fato e influência, não é destino. O ser humano é capaz de determinar a si mesmo; quando justificamos tudo em outras coisas, tiramos nossa responsabilidade sobre a vida O mal é um mistério, pois se pudéssemos encontrar a causa do mal, o justificaríamos e o mal é injustificável Não existe culpa coletiva (Da mesma forma que existem pessoas boas e ruins entre os nazistas, existem pessoas boas e ruins entre os judeus prisioneiros) Nem tudo o que dizem que é nossa culpa, é a nossa culpa. Culpa falsa/ inautêntica (culpa sugerida pelos pais, educadores e sociedade, a culpa angustiada dos tabus; efeito de constrangimento social) e culpa autêntica (resulta dos valores próprios e da consciência clara de ter violado um padrão original, é um autojulgamento feito com liberdade, vem de uma convicção moral) Rejeitar culpas que os outros colocam em nós Lidando com a culpa: Reconhecer a culpa autentica; aceitar; trilhando o caminho da transformação; aprendendo a me perdoar
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