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A Incontinência Urinária e seu Impacto na Qualidade de Vida em Puérperas

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UNIPLAC
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA
UNIDADE EDUCACIONAL ELETIVO – 2º ANO
DATA: Agosto de 2021
ÁREA DO ELETIVO: Unidade Básica de Saúde Conta Dinheiro
ORIENTADOR: Lúcia Naomi Morimoto
RESUMO
A incontinência urinária e seu impacto na qualidade de vida em
puérperas: revisão de literatura
Autores: Mickhaela Stefenon Martinez
Isabela Pereira de Liz……….
Introdução: A Sociedade Internacional de Continência define incontinência
urinária (IU) como qualquer perda involuntária de urina. Pode-se realizar a
classificação da IU de acordo com seus sintomas, achados clínicos e exames,
em cinco tipos: de esforço (IUE), de urgência (IUU), mista, paradoxal e
contínua. No puerpério, a prevalência e incidência da IU variam conforme
população, período estudado e metodologia das pesquisas. Objetivo: Discutir a
IU no puerpério e definir seu impacto na qualidade de vida das puérperas.
Metodologia: As bases de dados Scielo, PubMed e Google Acadêmico foram
utilizadas para encontrar estudos sobre a IU e seu impacto na QV de puérperas
publicados após 2016. Foram utilizados os descritores “incontinência urinária” e
“puerpério”, na língua portuguesa e inglesa. Foram incluídos artigos sobre IU
em mulheres, focando em puérperas. Foram excluídos artigos sobre IU em
nulíparas e idosas. Os artigos selecionados foram lidos na íntegra,
identificando os tipos de IU, prevalência e impactos na saúde de puérperas.
Resultados: De modo geral, o tipo de IU mais comum no puerpério é a IUE,
seguida pela IU mista e IUU. A IUE é ocasionada pela diminuição da pressão
uretral, incapacitando a permanência de urina no trato urinário em atividades
que aumentam a pressão intravesical, como tosses e exercícios físicos. A IUU
possui relação com distúrbios neurológicos sensitivos ou hiperatividade motora
do músculo detrusor, ocasionando contração da bexiga. A IU mista ocorre por
interceptação de sintomas da IUE e da IUU. Existem fatores de risco que
ocasionam maior propensão ao desenvolvimento de IU no pós-parto, sendo os
principais: mulheres caucasianas, presença de IU na gestação, prática
pregressa de atividades de alto impacto, multiparidade, idade gestacional no
parto maior ou igual a 37 semanas e constipação. Em geral, a IU afeta
negativamente a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) das puérperas
nas esferas social, psicológica, física e econômica. O termo “qualidade de vida''
(QV) é complexo e contempla diversos fatores, como saúde física, estado
psicológico e independência. Desse modo, as puérperas com IU geralmente
possuem constrangimento: em procurar orientações dos profissionais da
saúde; durante o trabalho, diminuindo seu desempenho; durante a prática de
exercícios físicos, por limitações em níveis físicos; durante a relação sexual,
diminuindo sua satisfação. Além disso, essas mulheres realizam isolamento
social para evitar situações constrangedoras. Foram incluídos 5 artigos no
estudo, sendo 2 sobre IU em mulheres no geral e 3 sobre IU em puérperas.
Nos estudos avaliados, foram contemplados: tipos de IU, fatores de riscos
desencadeantes dessa patologia, seus principais impactos no cotidiano e QV
das mulheres. Conclusão: Os estudos reiteram que a IU afeta
significativamente a QV das puérperas em diversos âmbitos, sendo eles:
desempenho profissional, qualidade de sono, vida sexual e prática de
atividades físicas. Além disso, reportam uma relação significativa entre a IU e
processos psicológicos de ansiedade, depressão, diminuição do humor, baixa
autoestima, insegurança, medo, síndrome do pânico e isolamento social e
afetivo. Esse aspecto de isolamento é recorrente em mulheres incontinentes,
para evitar situações consideradas constrangedoras, frente a episódios de
perda urinária.
Palavras-chave: Incontinência urinária. Puerpério. Qualidade de vida.
Pós-parto.
REFERÊNCIAS
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