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Correção PET 3 História 2º Ano Ensino Médio 2021 Todas as Semanas

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140
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO: 
Cultura e Política na construção do Estado Nacional Brasileiro.
TEMA/TÓPICO: 
Embates políticos e culturais no processo de construção e afirmação do Estado Nacional.
HABILIDADE(S): 
Analisar fontes (festas, monumentos, pinturas e fotografias): os significados simbólicos da Monarquia; o 
exercício e legitimação do poder; sua relação com as liturgia políticas ao longo da história brasileira.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Brasil Império ( 1822-1889 ).
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Arte e Sociologia.
TEMA: Os significados simbólicos da Monarquia - parte I
BREVE APRESENTAÇÃO 
Caro (a) estudante, nesta semana você vai conhecer um pouco sobre os significados simbólicos da 
Monarquia Brasileira - os rituais, as roupas, as joias, e analisá-los. O objetivo é entender como todo o 
cerimonial da Monarquia é importante para demonstrar e manter o poder político. 
COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA
ANO DE ESCOLARIDADE: 2º ANO – EM
PET VOLUME: 03/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA:
BIMESTRE: 3º
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 
TURNO:
TOTAL DE SEMANAS: 
NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 
jenergoncalves
Realce
jenergoncalves
Realce
jenergoncalves
Realce
141
PARA SABER MAIS: 
O que é Monarquia. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=qqxBS9XMA2A>. Acesso 
em: 04 maio 2021.
Monarquia e República. Formas de Governo. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?-
v=ZO8FgflR-YE>. Acesso em: 04 maio 2021.
Sobre as roupas dos Imperadores do Brasil. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?-
v=JugYEauKgvw>. Acesso em: 04 maio 2021. E disponível em: <https://www.youtube.com/wat-
ch?v=WPnwj4MVSAQ>. Acesso em: 04 maio 2021.
As coroas imperiais do Brasil. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=JpBtfTogv-
jY>. Acesso em: 04 maio 2021.
Casa do período imperial em Paraty. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=30c60i-
g3kDI>. Acesso em: 04 maio 2021.
ATIVIDADES
1 - Leia o texto abaixo, de autoria do historiador José Murilo de Carvalho, professor da UFRJ:
“A enorme visibilidade do poder era sem dúvida em parte devida à própria monarquia com suas pompas, 
seus rituais, com o carisma da figura real. Mas era também fruto da centralização política do Estado. 
Havia quase unanimidade de opinião sobre o poder do Estado como sendo excessivo e opressor ou, 
pelo menos, inibidor da iniciativa pessoal, da liberdade individual. Mas (...) este poder era em boa parte 
ilusório. A burocracia do Estado era macrocefálica: tinha cabeça grande mas braços muito curtos. Agi-
gantava-se na corte mas não alcançava as municipalidades e mal atingia as províncias. (...) Daí a obser-
vação de que, apesar de suas limitações no que se referia à formulação e implementação de políticas, 
o governo passava a imagem do todo-poderoso, era visto como o responsável por todo o bem e todo o
mal do Império.”
Carvalho, J. Murilo de. TEATRO DE SOMBRAS. Rio de Janeiro, IUPERJ/ Vértice, 1988. 
De acordo com a análise do texto acima, como o poder monárquico fazia para ter visibilidade no con-
texto do Brasil Imperial?
2 - Que importância você avalia que têm as cerimônias para a legitimação do poder político, seja em 
Monarquias ou em Repúblicas ? 
A visibilidade era perceptível principalmente por causas das práticas cerimoniais típicas de uma monarquia e 
seus títulos de nobreza, cuja figura central era o imperador do Brasil. Além disso, podemos citar a 
centralização do poder político nas mãos do imperador, principalmente com a criação do Poder Moderador 
na Constituição de 1824. A burocracia (conjunto de funcionários que auxiliava na administração do Estado) 
também não deve ser esquecida, embora o seu alcance fosse mínimo nas regiões mais afastadas da Côrte do 
Rio de Janeiro.
O poder político também é exercido por meio de símbolos, que demarcam hierarquias sociais, que se 
refletem em favorecimentos políticos, que por sua vez, trazem poder econômico. Por isso, ter um título de 
nobreza (Conde, Duque, Barão, etc) tinha tanta importância na representação do poder político.
142
3 - (ENEM 2009 cancelado)
As imagens reproduzem quadros de D. João VI e de seu filho D. Pedro I nos respectivos papéis de mo-
narcas. A arte do retrato foi amplamente utilizada pela nobreza ocidental, com objetivos de representa-
ção política e de promoção social. No caso dos reis, essa era uma forma de se fazer presente em várias 
partes do reino e, sobretudo, de se mostrar em majestade. 
A comparação das imagens permite concluir que
a) as obras apresentam substantivas diferenças no que diz respeito à representação do poder.
b) o quadro de D. João VI é mais suntuoso, porque retrata um monarca europeu típico do século
XIX.
c) os quadros dos monarcas têm baixo impacto promocional, uma vez que não estão usando a coroa,
nem ocupam o trono.
d) a arte dos retratos, no Brasil do século XIX, era monopólio de pintores franceses, como Debret
e) o fato de pai e filho aparecem pintados de forma semelhante sublinha o caráter de continuidade
dinástica, aspecto político essencial ao exercício do poder régio.
jenergoncalves
Realce
143
4 -. Compare as imagens abaixo, de D. João VI, rei de Portugal, Brasil e Algarves, com as de seu filho 
e herdeiro D. Pedro I, Imperador do Brasil, levando em conta o que você reconhece como significados 
simbólicos da Monarquia. 
Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Debret-djoaovi-mcm.jpg?uselang=pt-b#file> Acesso em: 
04 maio 2021.
Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Jean-Baptiste_Debret_-_Coroa%C3%A7%C3%A3o_de_D._
Pedro_I.jpg?uselang=pt-br>. Acesso em: 04 maio 2021.
A principal figura das monarquias é o monarca, que pode receber nomes, como rei/rainha, imperador/
imperatriz. O poder, em geral, é hereditário, e o trono é ocupado de maneira vitalícia, Nas monarquias 
hereditárias, o poder só é transmitido quando o monarca falece ou renuncia ao trono. Para garantir-se a 
transmissão do poder, existe uma linha de sucessão que organiza os herdeiros do trono. A representação 
do poder do rei/imperador é materializada com a Coroa Imperial, o Cetro Imperial e o Manto Imperial. 
Símbolos que representam a superioridade do rei/imperador em relação a todos os outros indivíduos que 
vivem no território dominado por ele.
144
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO: 
Cultura e Política na construção do Estado Nacional Brasileiro.
TEMA/TÓPICO:
Embates políticos e culturais no processo de construção e afirmação do Estado Nacional.
HABILIDADE(S): 
Analisar fontes (festas, monumentos, pinturas e fotografias): os significados simbólicos da Monarquia; o 
exercício e legitimação do poder; sua relação com as liturgia políticas ao longo da história brasileira.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Brasil Império ( 1822-1889 ).
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Arte e Sociologia.
TEMA: Os significados simbólicos da Monarquia - parte II
Caro (a) estudante, nesta semana você vai conhecer um pouco sobre os significados simbólicos da Mo-
narquia Brasileira e analisá-los.
BREVE APRESENTAÇÃO
Você já ouviu falar da cerimônia do beija-mão? Sabe por que era feita no Brasil monárquico? Você repa-
ra em monumentos históricos e sabe como interpretá-los? Que tal tratarmos disso agora? 
PARA SABER MAIS: 
Paço Imperial: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=OnoBqjeOc8E>. Acesso em: 04 
maio 2021.
Quinta da Boa Vista: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=JiWU-lRVcBc>. Acesso em: 
04 maio 2021.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=bpnMAUcZOcM>. Acesso em: 04 maio 2021.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=YmHTElrKTN4>. Acesso em: 04 maio 2021.
Palácios do Brasil Império: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=YhxwgBYFliY>. Aces-
so em: 04 maio 2021.
O Palácio Imperial de Petrópolis: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=HTfl-adPNgs>. 
Acesso em: 04 maio 2021.
Museu Imperial de Petrópolis: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=aDvnTJLFHas>. 
Acesso em: 04 maio2021.
145
ATIVIDADES
A Família Real Portuguesa transferiu-se para o Brasil em Novembro de 1807, fugindo da invasão de Portu-
gal por tropas napoleônicas. Essa família pertencia à Casa Real de Bragança ou à Dinastia de Bragança, 
começada em 1640 e que reinou até 1910, quando foi implantada a república em Portugal.
A Família Real de Bragança reviveu um antigo costume de demonstração de poder da Idade Média, a 
Cerimônia do Beija-mão, que foi muitas vezes repetida no Rio de Janeiro, no século XIX:
CERIMÔNIA DO BEIJA-MÃO
 Função medieval revivida pelos Bragança, a cerimônia de corte do beija-mão era uma antiga represen-
tação pública, que punha o monarca em contato direto com o vassalo. Este, por sua vez, lhe apresen-
tava as devidas reverências e suplicava por alguma mercê, frequentemente concedida pelo rei. Pleno 
de significado simbólico, o cerimonial reforçava a autoridade paternal do soberano protetor da nação, 
bem como o respeito à monarquia, confirmado pela postura altamente reverencial diante dos reis, e 
pelo fascínio que exercia sobre o povo em geral. Regras prescritas determinavam a seqüência de atos 
que levava ao ponto mais alto da cerimônia do beija-mão: chegando junto à sua majestade, por meio de 
uma genuflexão, que consiste em dobrar um pouco ambos os joelhos ficando o corpo inteiro, punha-se 
um joelho em terra e lhe beijava a mão. Após levantar, tornava-se a fazer outra genuflexão, e voltando-
-se para o lado direito retirava-se da sala. Dom João recebia o público para a cerimônia todas as noites,
exceto domingos e feriados, no palácio de São Cristóvão, acompanhado por uma banda musical.
Disponível em: <http://historiacolonial.arquivonacional.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3513:nascimento-do-
principe-da-beira-beijamao&catid=139&Itemid>. Acesso em: 04 maio 2021. 
1 - Após a leitura do texto anterior, analise o significado simbólico da cerimônia do Beija-mão, destacando 
as implicações políticas e sociais desse evento histórico.
Disponível em : <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Beijamao.jpg?uselang=pt-br>. Acesso em: 01 maio 2021. 
A cerimônia do Beija-Mão tinha como objetivo reforçar a autoridade do rei, considerado um pai que 
protege toda a nação. Havia também a intenção de criar uma cultura de respeito à monarquia, pois 
simbolicamente o povo se curvava diante do rei. 
146
2 - Analise a pintura acima - A Cerimônia do Beija-mão na Corte de D. João VI - feita em 1826 por um artista 
e militar inglês conhecido apenas pelas iniciais A.P.D.G. De acordo com a imagem, que significados 
tinha essa cerimônia ? Justifique sua resposta.
Analise a foto abaixo, da Estátua Equestre de D. Pedro I, feita pelo fotógrafo Marc Ferrez (1843-1923), 
uma imagem que está em domínio público e pertence ao acervo do Instituto Moreira Salles. Em seguida, 
responda a terceira questão desta semana:
 Domínio Público. Acervo do Instituto Moreira Salles. 
Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Monumento_a_D._Pedro_I_no_Largo_do_Rocio,_atual_pra%C3%A7a_
Tiradentes_-_1.jpg?uselang=pt-br>. Acesso em: 05 maio 2021.
3 - Que imagem de D. Pedro I o escultor procurou transmitir para quem observa a estátua presente na 
fotografia ? 
4 - Na sua opinião, quais são os objetivos de erguer esse tipo de monumento ? 
A cerimônia do Beija-Mão tinha como objetivo reforçar a autoridade do rei, considerado um pai que 
protege toda a nação. Havia também a intenção de criar uma cultura de respeito à monarquia, pois 
simbolicamente o povo se curvava diante do rei. 
A intenção é transmitir a imagem de D. Pedro I na posição central, como grande líder da jovem nação 
independente do Brasil. A postura do imperador montado no cavalo, com braço erguido em direção ao 
céu tenta demonstrar um homem poderoso e confiante, sendo essas qualidades requeridas para o líder 
político do Brasil. 
Preservar a memória e não deixar que a suposta grandiosidade do líder caia no esquecimento popular.
147
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO: 
Cultura e Política na construção do Estado Nacional Brasileiro.
TEMA/TÓPICO: 
Embates políticos e culturais no processo de construção e afirmação do Estado Nacional.
HABILIDADE(S): 
Analisar fontes ( jornais e revistas da época ) que expressam as sátiras ao poder: o Império em caricaturas.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Segundo Reinado ( 1840-1889 ).
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Arte, Sociologia, Linguagens.
TEMA: O Império em caricaturas - parte I
Caro (a) estudante, nesta semana você vai analisar charges que foram publicadas em revistas brasilei-
ras durante o Segundo Reinado ( 1840-1889 ) e vai aprender a interpretá-las.
BREVE APRESENTAÇÃO 
Charge é um gênero textual que usa o desenho para fazer críticas a algum acontecimento daquela épo-
ca por meio do humor.
A palavra vem do Francês charge, que significa carga ou exagero. No caso, os desenhos exageram 
os traços de alguém ou de algo para torná-los burlescos ( cômicos; que causam riso por serem muito 
ridículos ).
As charges foram criadas no começo do século XIX por desenhistas que queriam se expressar de forma 
original e inusitada ( fora do comum ). Muito publicadas em jornais e revistas da época, faziam críticas 
aos políticos e aos hábitos das pessoas.
Para entender uma charge é necessário conhecer o contexto histórico em que foi feita; ou seja, o que 
estava acontecendo naquele momento naquela sociedade específica.
No Brasil do século XIX, principalmente durante o Segundo Reinado (1840 -1889), foram publicados mui-
tos jornais, e, principalmente, revistas, que usavam a charge como forma de expressão.
O primeiro jornal brasileiro que publicou caricaturas como forma de sátira política foi o periódico 
Cabrião, de São Paulo, fundado em 1866, e que teve curta duração: foi fechado em 1867 devido às 
suas críticas ao Império. 
No Rio de Janeiro, nesse período, circularam dezenas de revistas com charges, com destaque para: 
O Arlequim, A Vida Fluminense, O Mosquito, Semana Illustrada, O Besouro, O Mequetrefe, A Comédia 
Social, A Galeria, O Contemporâneo, A Revista Illustrada.
148
PARA SABER MAIS: 
Segundo Reinado. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=z2kqwUUHQoQ>. Acesso 
em: 04 maio 2021.
Vídeo que indica livros sobre a vida de D. Pedro II. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=7Xej0W4RYjc>. Acesso em: 04 maio 2021.
O que é charge. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=fWGK_iM1Mzs>. Acesso em: 
04 maio 2021.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=HElu-s39dz4>. Acesso em: 04 maio 2021.
Charge, cartum e tirinha. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=rbKMXdE4zdk>. 
Acesso em: 04 maio 2021.
História da caricatura no Brasil. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=O0ha_wN-
4zeU>. Acesso em: 04 maio 2021. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=bcjQFRF0cL0>. Acesso em: 04 maio 2021.
ATIVIDADES
Analise as charges seguintes, criadas durante o governo de D. Pedro II e publicadas em jornais da época: 
CHARGE “CARROSSEL PARTIDÁRIO”
“O rei se diverte”, charge de Faria, publicada no jornal “O Mequetrefe”, 09/01/1878.
TRANSCRIÇÃO DA IMAGEM:
O caricaturista desenhou Pedro II como o eixo de um carrossel no qual giram os cavalinhos. Na barra do 
vestido da dama no cavalinho, lê-se “Partido Liberal”. Em oposição, o homem da charge representa o 
Partido Conservador. Quem gira o carrossel é uma idosa, em cujo vestido está escrito “diplomacia”. Tal 
como um carrossel, os partidos políticos giravam, isto é, revezavam-se no poder ao redor de D. Pedro II, 
o eixo central, e de acordo com o ritmo da diplomacia imperial, uma velha conhecida, maliciosa e esper-
talhona. A diplomacia se limitava a uma troca de favores e de distribuição de títulos, cargos e pensões.
Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues. Disponível em: <https://ensinarhistoriajoelza.com.br/caricaturas-do-segundo-
reinado-critica-com-humor-e-ironia/>. Acesso em: 23. abr. 2021.
149
1 - Quem é o homem representado no eixo do carrossel e qual a sua importânciano que diz respeito ao 
equilíbrio político da época?
2 - O que essa charge revela sobre os partidos políticos durante o Segundo Reinado (1840-1889)? 
3 - O desenhista representa a diplomacia como quem gira o carrossel. Qual sua função, no contexto do 
Segundo Reinado ? 
CHARGE “BALCÃO DE NEGÓCIOS” 
Pobre país ! A corrupção alimenta a vaidade, para dar vida ao patriotismo !” 
É a legenda da charge de Ângelo Agostini, publicada em “O Cabrião”, 1867.
TRANSCRIÇÃO DA IMAGEM:
Carregando sacos de dinheiro, clientes compram medalhas e títulos de nobreza que estão expostas na 
vitrine atrás do balcão. O vendedor na charge é o primeiro-ministro, observado pelo imperador, atrás 
dele. Aos pés deste, um indígena, símbolo da nação brasileira, esconde o rosto entre as mãos. A charge 
possui a seguinte legenda: “Pobre país! A corrupção alimenta a vaidade, para dar vida ao patriotismo !”. 
A venda de comendas (títulos de nobreza, cargos políticos e pensões para políticos e seus filhos), feita 
sob anuência do imperador, era uma forma de manipulação política e de aumentar as receitas do gover-
D. Pedro II, imperador do Brasil. E sua importância reside no equilíbrio político nas disputas entre o 
Partido Liberal e o Partido Conservador.
Revela que na verdade não existia grandes diferenças entre eles, pois eles se revezavam no poder e 
defendiam os interesses da elite política latifundiária.
A importância reside no fato de o imperador Dom Pedro II, imbuído das atribuições concedidas pelo Poder 
Moderador, ter total liberdade para escolher os integrantes do Conselho de Estado. Diplomaticamente o 
imperador controlava as disputas e revezava o poder entre os partidos Liberal e Conservador para evitar 
conflitos políticos.
150
no no segundo reinado. Para isso, não se obedeciam a critérios de competência, mas o interesse em se 
obter vantagens materiais – fato que deixa a nação (representada pelo indígena) prostrada de vergonha. 
Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues. Disponível em: <https://ensinarhistoriajoelza.com.br/caricaturas-do-segundo-
reinado-critica-com-humor-e-ironia/>. Acesso em: 23 abr. 2021. 
1 - De acordo com o texto acima, o que eram comendas, no Segundo Reinado ( 1840-1889), e como elas 
eram adquiridas ? 
2 - Que ideias o chargista apresenta ao desenhar um indígena atrás do balcão, escondendo o rosto ? 
As comendas eram títulos de nobreza, cargos políticos e pensões para políticos e seus filhos. Elas eram 
compradas e representavam o favorecimento político e econômico pessoal.
Ele quis representar a vergonha nacional, pois o índio é o habitante nativo do Brasil e nunca 
precisou comprar títulos de nobreza para amar e proteger sua terra natal.
151
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO: 
Cultura e Política na Construção do Estado Nacional Brasileiro.
TEMA/TÓPICO: 
Embates políticos e culturais no processo de construção e afirmação do Estado Nacional.
HABILIDADE(S): 
Analisar fontes ( jornais e revistas da época ) que expressam as sátiras ao poder: o Império em caricaturas.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Segundo Reinado ( 1840-1889 ).
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Arte, Sociologia, Linguagens.
TEMA: O Império em caricaturas - parte II
Caro (a) estudante, nesta semana você vai analisar charges que foram publicadas em revistas brasileiras 
durante o Segundo Reinado ( 1840-1889 ) vai interpretá-las e contextualizá-las em seu momento histórico. 
BREVE APRESENTAÇÃO
 Charge é um gênero textual que usa o desenho para fazer críticas a algum acontecimento daquela épo-
ca por meio do humor.
No Brasil do século XIX, principalmente durante o Segundo Reinado (1840 -1889), foram publicados mui-
tos jornais, e, principalmente, revistas, que usavam a charge como forma de expressão.
No Rio de Janeiro, foi fundada a revista Semana Illustrada, que circulou de Dezembro de 1860 a Abril 
de 1876, período em que o Imperador do Brasil era D. Pedro II. Uma inovação na imprensa da época, jun-
tava texto e imagem para fazer críticas políticas e sociais. Foi fundada por aquele que é considerado o 
criador da imprensa humorística ilustrada no Brasil, o imigrante alemão Henrique Fleiuss, desenhista, 
caricaturista, pintor de aquarelas e proprietário de tipografia.
Um outro nome de destaque é o do desenhista italiano Angelo Agostini (1843-1910), o mais importante artista 
gráfico do Segundo Reinado (1840-1889). Angelo Agostini fundou, em Janeiro de 1876, a Revista Illustrada, 
que hoje em dia é uma fonte de pesquisa histórica muito importante para nos revelar os costumes da época.
PARA SABER MAIS: 
Sobre a História das caricaturas no Brasil: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?-
v=usb3na5F5iQ>. Acesso em: 04 maio 2021.
Sobre Angelo Agostini: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=IUXXPWz3hB4>. 
Acesso em: 04 maio 2021.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=R223xIuKUso>. Acesso em: 04 maio 2021.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=pmi-PQzL7Ig>. Acesso em: 04 maio 2021.
Sobre a Revista Illustrada:Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=_DBGnVb6pIk>. 
Acesso em: 04 maio 2021.
Sobre as primeiras revistas brasileiras: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=p-
tkfqbl9Oec>. Acesso em: 04 maio 2021. 
152
ATIVIDADES
Observe a imagem a seguir: 
O indígena, representando o Império, coroa com louros o monarca. Xilogravura, 1869. 
O indígena, representando o Império, coroa com louros o monarca. Xilogravura, 1869. Com seu manto 
real em verde e amarelo, as cores da casa dos Habsburgo e Bragança, mas que lembravam também os 
tons da natureza do “Novo Mundo”, cravejado de estrelas representando o Cruzeiro do Sul e, finalmente, 
com o cabeção de penas de papo de tucano em volta do pescoço, D. Pedro II foi coroado imperador do 
Brasil. O monarca jamais foi tão tropical. Entre muitos ramos de café e tabaco, coroado como um César 
em meio a coqueiros e paineiras, D. Pedro transformava-se em sinônimo de nacionalidade.
SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado). 
1 - No Segundo Reinado, a monarquia brasileira recorreu ao simbolismo de determinadas figuras e 
alegorias. A análise da imagem e do texto revela que o objetivo de tal estratégia era:
a) exaltar o modelo absolutista e despótico.
b) valorizar a mestiçagem africana e nativa.
c) reduzir a participação democrática e popular.
d) mobilizar o sentimento patriótico e antilusitano.
e) obscurecer a origem portuguesa e colonizadora.
Blog: Ensinar História – Joelza Esther Domingues. Disponível em: <https://ensinarhistoriajoelza.com.br/enem-2016-2-aplicacao-
historia/>. Acesso em: 04 maio 2021. 
jenergoncalves
Realce
153
2 - Observe a charge a seguir e responda.
Charge de AGOSTINI, A. Revista Illustrada, n. 309, 29 jul. 1882 (adaptado). 
Segundo a charge, os últimos anos da Monarquia foram marcados por
a) debates promovidos em espaços públicos, contando com a presença da família real.
b) atividades intensas realizadas pelo Conde D’Eu, numa tentativa de salvar o regime monárquico.
c) revoltas populares em escolas, com o intuito de destituir o monarca do poder e coroar seu genro.
d) críticas oriundas principalmente da imprensa, colocando em dúvida a continuidade do regime político.
e) dúvidas em torno da validade das medidas tomadas pelo imperador, fazendo com que o Conde
D’Eu assumisse o governo.
Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues. Disponível em: <https://ensinarhistoriajoelza.com.br/enem-2016-2-aplicacao-
historia/>. Acesso em: 04 maio 2021. Questão 19
A charge da questão anterior, de Angelo Agostini, tem o Conde D’Eu, o marido da Princesa Isabel, como 
personagem principal. Ao fundo, vemos seu sogro, o Imperador D. Pedro II, em situação semelhante à 
representada na capa da Revista Illustrada, conforme você pode analisar a seguir. 
Disponível em : <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pedro_II_angelo_agostini.jpg?uselang=pt-br>. Acesso em:06 maio 2021.
jenergoncalves
Realce
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3 - A charge acima é do anode 1887, quando D. Pedro II tinha 62 anos e faltavam apenas dois anos para 
a Proclamação da República. Que mensagem essa charge passa do imperador ? 
A imagem criada por Agostini representa D. Pedro II como um imperador ultrapassado e incapaz de
governar, pois ele dorme diante dos jornais que retratam os problemas do país.
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SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO: 
Cultura e Política na Construção do Estado Nacional Brasileiro.
TEMA/TÓPICO: 
Embates políticos e culturais no processo de construção e afirmação do Estado Nacional.
HABILIDADE(S): 
Analisar manifestações culturais: festas e celebrações religiosas e profanas.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Brasil Império ( 1822-1889 ).
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Sociologia.
TEMA: Festas e celebrações religiosas no Brasil Império ( 1822-1889 ) parte I
Caro (a) estudante, nesta semana você vai conhecer como eram festas e celebrações religiosas no 
Brasil Império.
BREVE APRESENTAÇÃO
Os príncipes, no século XIX, ainda não podiam se casar com quem conhecessem pessoalmente. Os casa-
mentos eram acordos entre famílias de reis de diferentes países. 
D. Pedro I, depois de ter ficado viúvo da imperatriz Leopoldina, ainda se casou de novo, com a Princesa
Amélia de Leuchtenberg, neta de Josefina, esposa de Napoleão Bonaparte, e de seu primeiro marido.
Um príncipe escolhia uma princesa de acordo com a imagem que visse dela em uma pintura – e nem sem-
pre essa imagem correspondia à realidade, como aconteceu com o retrato da Princesa Teresa Cristina 
das Duas Sicílias, escolhida por D. Pedro II para sua esposa. Ao desembarcar no Rio de Janeiro, ela foi 
uma decepção para D. Pedro, que, no entanto, teve que se casar assim mesmo.
Entre os jovens que não eram nobres os casamentos também eram acordos – sempre entre famílias da 
mesma classe social. De preferência, o rapaz deveria ser de família de mais posses e prestígio do que a 
moça. A diferença com relação aos nobres é que os jovens se encontravam pessoalmente várias vezes 
antes de ficarem noivos.
PARA SABER MAIS:
Exposição sobre a Princesa Leopoldina: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?-
v=kREc8gv6FTM>. Acesso em: 04 maio 2021.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=KmcmxNWOHbw>. Acesso em: 04 maio 2021.
Sobre a procura de D. Pedro I por um segundo casamento: Disponível em: <https://www.youtu-
be.com/watch?v=75_BabJ0pXc>. Acesso em: 04 maio 2021.
Sobre o Casamento de D. Pedro II e a Princesa Amélia:
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=amMULsaYGbM>. Acesso em: 04 maio 2021.
Sobre o casamento da Princesa Isabel: 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=5H3eUnImZHw&t=2s>. Acesso em: 04 maio 2021. 
156
ATIVIDADES
1 - A princesa austríaca Leopoldina 
desembarcou no Rio de Janeiro em 5 
de novembro de 1817 para se casar com 
o herdeiro do Reino Unido de Portugal,
Brasil e Algarves, o então príncipe D.
Pedro, que mais tarde seria o Imperador 
D. Pedro I do Brasil.
Que informações a pintura do francês Jean-Baptiste Debret nos fornece acerca de costumes e rituais 
do Brasil Imperial ?
Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Casamento_de_Pedro_e_Leopoldina_(alegoria),_
da_cole%C3%A7%C3%A3o_Museu_Hist%C3%B3rico_
Nacional.jpg?uselang=pt-br>. Acesso em: 04 maio 2021.
2 - A imagem ao lado é uma alegoria do casamento 
do então príncipe Pedro de Portugal, Brasil e 
Algarves com a princesa Leopoldina da Áustria. 
Uma alegoria é uma figura de linguagem que 
transmite um ou mais sentidos. Com base nisso, 
interprete a pintura, considerando os aspectos 
culturais do Brasil Imperial.
Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Debret_-_
Estudo_para_o_desembarque_de_D._Leopoldina_no_Brasil.
jpg?uselang=pt-br >. Acesso em: 04/05/2021
A imagem demonstra que os mesmos rituais da côrte europeia era reproduzidos aqui no Brasil, com toda a 
pompa e ritualística dos casamentos envolvendo as mais poderosas monarquias. Casamentos que eram 
arranjados apenas para garantir o atendimento aos interesses políticos e econômicos.
A imagem demonstra Dom Pedro e D. Leopoldina 
ajoelhados diante da imagem de uma santa católica. 
Isso supostamente demonstraria a fé de ambos e a 
importância da religião católica para a monarquia 
brasileira. 
157
3 – A imagem ao lado mostra a cerimônia 
de casamento entre o Imperador 
D. Pedro I e a Princesa Amélia de 
Leuchtenberg, acontecida no Rio de 
Janeiro, em Outubro de 1829. Quais 
elementos a pintura apresenta que 
possibilita a identificação da nobreza 
como protagonista desse ritual?
4 - A imagem abaixo, do francês Jean-Baptiste Debret, mostra uma cerimônia religiosa de extrema-
unção (perdão dos pecados de quem está correndo risco de morrer) feita no Rio de Janeiro de 1839. De 
acordo com a análise da imagem, o doente teria que posição social ? Por quê ? 
Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jean-Baptiste_Debret_-_Extrema-un%C3%A7%C3%A3o_levada_a_um_
doente.JPG?uselang=pt-br>. Acesso em: 04 maio 2021.
A imagem indica que trata-se de uma pessoa com poder e elevado status social, pois há uma 
pompa pública na realização da cerimônia.
O imperador e a imperatriz estão no 
centro da imagem e em primeiro 
plano, recebendo mais luz do que 
todos os demais participantes do 
evento.
158
SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO: 
Cultura e Política na Construção do Estado Nacional Brasileiro.
TEMA/TÓPICO: 
Embates políticos e culturais no processo de construção e afirmação do Estado Nacional.
HABILIDADE(S): 
Analisar manifestações culturais: festas e celebrações religiosas e profanas.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Brasil Império ( 1822-1889 ).
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Sociologia.
TEMA: Festas e celebrações profanas no Brasil Império ( 1822-1889 ) parte II. 
Caro (a) estudante, nesta semana vamos saber como era o Carnaval no Brasil Império
BREVE APRESENTAÇÃO 
O Carnaval, no Rio de Janeiro do Brasil Império, era uma festa doméstica, celebrada entre as famí-
lias, e também de rua, envolvendo multidões nas quais misturavam-se pessoas de todas as classes 
e posições sociais.
O desenhista italiano Angelo Agostini ( 1843-1910 ), já nosso conhecido das Semanas 3 e 4 desse 
PET, durante o Segundo Reinado ( 1840-1889 ) registrou com seu traço inconfundível muitas ima-
gens dessa festa. 
PARA SABER MAIS: 
Sobre Angelo Agostini: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=IUXXPWz3hB4>. 
Acesso em: 04 maio 2021.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=R223xIuKUso>. Acesso em: 04 maio 2021.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=pmi-PQzL7Ig>. Acesso em: 04 maio 2021.
Texto “ Do Império à República: o Carnaval visto pelos quadrinhos (1869-1910)”:
Disponível em: <https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/8/30/do-impeacuterio-agrave-
-republica-o-carnaval-visto-pelos-quadrinhos-1869-1910>. Acesso em: 04 maio 2021.
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ATIVIDADES
Leia o texto abaixo, da professora Natania A. Silva Nogueira, da rede pública municipal de Leopoldina (MG):
“ O carnaval pode ser representado de diversas formas e com diversas finalidades pelo traço de artistas, 
expressando ideias e valores. Independentemente de julgar se os valores de um determinado sujeito 
da história são certos ou errados, verdadeiros ou falsos, trata-se de avaliar se esse juízo, essa repre-
sentação se insere no contexto histórico do qual ele faz parte. É disso que trata este texto: da imagem 
que, junto com a palavra escrita, conta a história de uma festa sob o prisma de um artista, revelando o 
testemunho de um tempo.
Nosso recorte localiza-se entre 1869 e 1910, levando em conta a produção de um dos mais importantes 
artistas que atuaram no Brasil: Angelo Agostini. Durante o tempo em que esteve no Rio de Janeiro, 
Agostini retratou os carnavais cariocas e forneceu elementos para uma análise histórica dessa festa 
naquele momento histórico específico, marcado pelo abolicionismo e pelo republicanismo.
Carnaval e imprensa no Brasil (1850 – 1910)
O carnaval no Brasil, mais especificamente na cidade do Rio de Janeiro, foi por muito tempo um festejoque se fazia pelas ruas, quando populares se reuniam e, aos poucos, formavam-se multidões de foliões. 
Era o entrudo, que tinha origem portuguesa e foi trazido para o Brasil provavelmente entre os séculos XVI 
e XVII. Consistia em um folguedo alegre, mas violento. Havia entrudos familiares e populares. Nas ruas, 
os homens de boas famílias se misturavam com populares, em sua maioria negros e mestiços. As senho-
ras tidas como honestas assistiam de longe, das sacadas das casas, e mais tarde passaram a participar 
do corso carnavalesco vespertino, dentro de carros, protegidas do contato com os foliões das ruas.
Corso é o nome que os passeios das sociedades carnavalescas do século XIX adquiriram no início do 
século XX, no Rio de Janeiro, após uma tentativa de reproduzir no país as batalhas de flores caracterís-
ticas dos carnavais mais sofisticados da virada do século. A brincadeira consistia no desfile de carrua-
gens enfeitadas – e, posteriormente, de automóveis sem capota.
A Figura 1 mostra um entrudo na Rua do Ouvidor, de onde as famílias podiam assistir, das sacadas, aos 
folguedos. A partir de 1906, essa prática foi transferida para a nova Avenida Central, onde famílias alu-
gavam sacadas para poder assistir aos desfiles.
Figura 1: Entrudo na Rua do Ouvidor – Angelo Agostini (1884).
Fonte: Acervo particular de Gilberto Maringoni Oliveira. “ 
Disponível em: <https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/8/30/do-impeacuterio-agrave-republica-o-carnaval-visto-pelos-
quadrinhos-1869-1910>. Acesso em: 05/05/2021
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1 - Explique o que era entrudo e descreva como acontecia no Rio de Janeiro do século XIX.
2 - Observe a figura acima. Cite as diferenças que você nota entre os foliões que estão na rua e os que 
estão nas sacadas.
3 - Explique o que era corso, durante os carnavais. Por que as mulheres podiam participar?
Figura 2: Angelo Agostini (1880).
Fonte: Acervo particular de Gilberto Maringoni Oliveira. 
Na Figura 2, Agostini mostra um entrudo familiar e um entrudo popular. Nos entrudos familiares, era 
comum usarem-se os limões de cheiro ou laranjas de cheiro – pequenas bolas de cera recheadas de 
águas perfumadas –, que eram vendidos em tabuleiros pela cidade (como na Figura 1), que os foliões 
atiravam uns nos outros. Havia também jatos d’água, farinha, lama, cinzas, enfim, tudo que pudesse 
ser usado para deixar a outra pessoa suja. Nos entrudos de rua, os populares, corria-se o risco de 
receber na cabeça os conteúdos de penicos, lançados na multidão pelos moradores dos sobrados. 
O entrudo era um festejo que se fazia pelas ruas, os populares se reuniam e aos poucos formavam-
se multidões de foliões. Era um festejo alegre, porém, violento.
As pessoas reunidas na rua representam os setores mais pobres da população, enquanto os grupos que 
permanecem nas sacadas das casas são provavelmente pessoas ricas e da elite que não desejam se misturar 
com o povo.
Corso é o nome que os passeios das sociedades carnavalescas do século XIX adquiriram no início do 
século XX, no Rio de Janeiro. As mulheres podiam participar porque aquelas consideradas honestas 
assistiam de longe, das sacadas das casas, e mais tarde passaram a participar do corso 
carnavalesco vespertino, dentro de carros, protegidas do contato com os foliões das ruas.
161
Além de tudo isso, havia também o risco de ser agredido por um policial, que usava o cassetete para 
apartar os ânimos da multidão.
Nesse quadro, faz uma descrição de um desfile de carros alegóricos, acompanhado de um entrudo, que 
ali parece mais anárquico que no primeiro, com mulheres desmaiando e homens brigando, enquanto 
outras pessoas, fantasiadas ou não, aglomeravam-se para poder assistir ao desfile. Mascarados, ho-
mens de cartola, mulheres em pânico etc. Agostini traduz em desenho a violência dos carnavais, sob 
sua ótica particular.
4 - Após a análise da imagem e a leitura do texto, apresente as diferenças entre o entrudo familiar e o 
entrudo de rua. 
Gostou de saber sobre imagens do Brasil Império? Então aguarde o começo da República (1889)!
Entrudo familiar eram brincadeiras e jogos mais moderados com objetivo de entretenimento social. 
Ocorriam geralmente nas casas de famílias ricas dos centros urbanos. Numas das mais populares 
brincadeiras, os moços da época faziam uma espécie de guerra com limões. O jogo não era violento e 
não tinha por objetivo machucar, mas apenas estabelecer laços de amizade.
 
O entrudo popular ocorria nas ruas das cidades, principalmente nos bairros mais populares. Ocorriam 
guerras de ovos, água suja, urina, frutas podres, etc. Tinham um caráter agressivo e desrespeitoso.

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