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Disciplina: Operação em Transportes Turísticos Aéres e Marítimos Aula 1: Aspectos Gerais, Conceituais e Constituintes dos Transportes Apresentação Nesta disciplina te levaremos a uma viagem inesquecível ao fascinante universo dos transportes aéreo e marítimo – duas ferramentas imprescindíveis ao desenvolvimento do turismo em todo o mundo. Nesta aula, serão analisados os conceitos norteadores do setor dos transportes e a sua inter-relação com a atividade turística. Também serão destacados aspectos intrínsecos ao segmento dos transportes e a maneira como eles in�uenciam o desenvolvimento socioeconômico de uma localidade. Estas abordagens são fundamentais para a compreensão do funcionamento do turismo enquanto fenômeno econômico e como a economia atual caracterizada pelos elevados níveis de competitividade e globalização depende diretamente de uma boa infraestrutura de transportes, em especial, o aéreo. Objetivos Identi�car a importância dos transportes na cadeia produtiva; Reconhecer conceitos norteadores dos transportes; Veri�car os aspectos introdutórios do estudo dos transportes. Porque usar os transportes aéreos e marítimos (Fonte: Shutterstock). Enquanto o transporte aéreo possibilita viagens cada vez mais rápidas e seguras, permitindo que seus usuários possam chegar em qualquer lugar do globo em até 24 horas, assim, movimentando o turismo em escala mundial. O transporte marítimo, por sua vez, é capaz de proporcionar viagens com alto grau de exclusividade e conforto através do segmento dos cruzeiros marítimos enquanto outras modalidades como barcas, ferries e hovercrafts constituem importantes ferramentas de mobilidade em diversos países e regiões. (Fonte: Shutterstock). A partir de agora você está convidado para embarcar nesta grande experiência de conhecimento e aprofundamento acadêmico e esperamos que possa desfrutar de todas as informações e debates que esta disciplina irá lhe proporcionar, e que no futuro elas sirvam como um grande diferencial em sua formação e inserção mercadológica. O setor dos transportes Antes de abordar os transportes aéreo e marítimo propriamente ditos, faremos algumas importantes re�exões sobre o setor dos transportes em geral, que servirão de base para a continuidade das discussões que pretendemos realizar. Primeiro: você saberia dimensionar a importância dos transportes em sua vida? Já parou para imaginar que sem eles provavelmente a humanidade não teria atingido o atual grau de desenvolvimento social, econômico, tecnológico e – turístico? Exemplo Tente visualizar a seguinte situação: João é um morador da cidade de Volta Redonda, distante aproximadamente 120 quilômetros da capital do estado, o Rio de Janeiro, e precisa realizar uma viagem a trabalho para Versalhes, na França. Para isso, ele utiliza um ônibus executivo até o Terminal Rodoviário do Rio de Janeiro, depois, um táxi até o Aeroporto Internacional onde embarca em um voo até Paris. Ao chegar na capital francesa ele �nalmente pega um trem que o levará até seu destino �nal. 1 Ônibus 2 Terminal Rodoviário 3 Táxi 4 Aeroporto 5 Avião 6 Paris 7 Trem 8 Versalhes Pense se João poderia atingir seu objetivo (trabalho) sem um meio de transporte permitindo seu deslocamento? E por que isso ocorre? O papel dos transportes na sociedade O esquema sintetiza bem a relevância dos transportes para todos nós, pois ele atua como um verdadeiro “elo ” , integrando as atividades que são básicas à nossa sobrevivência: nossas atividades residenciais (onde moramos), as atividades pro�ssionais (nosso emprego, estágio, curso, escola ou universidade) e as atividades de mercado (nossas demandas por consumo de bens, produtos e serviços, como os alimentos, por exemplo). 1 Leitura Para maiores informações, clique aqui <galeria/aula1/docs/doc1.pdf> e leia o texto. O que é transporte Vistas as características gerais e individuais dos transportes, há uma importante pergunta que nos cabe compreender: o que é transporte? Transporte nada mais é do que o deslocamento de pessoas e cargas de um lugar para outro (Rodrigues, 2008). https://estacio.webaula.com.br/cursos/gon192/aula1.html https://estacio.webaula.com.br/cursos/gon192/galeria/aula1/docs/doc1.pdf (Fonte: Shutterstock). E assim este setor participa do cotidiano de milhões de pessoas desde os primórdios da humanidade, quando animais eram domesticados para o transporte de mercadorias, à invenção da roda que, puxada por animais, aumentou a capacidade de carga, tanto de passageiros quanto de produtos. 2 Chegada a Revolução Industrial, a invenção das máquinas a vapor e a construção de embarcações de alta capacidade, o serviço de transporte deu um enorme salto de qualidade, que se tornaria ainda mais evidente no século XX quando se deu a expansão da indústria rodoviária e a indústria aérea passou a produzir aeronaves de grande porte e cada vez mais velozes. (Fonte: Shutterstock). Elementos fundamentais às operações com transportes Palhares (2001) enfatiza outro importante aspecto relacionado aos transportes: seus elementos constituintes. Para o autor são quatro os elementos fundamentais às operações com transportes, sendo eles, a via, o veículo, a força motriz e os terminais. https://estacio.webaula.com.br/cursos/gon192/aula1.html Clique nos botões para ver as informações. A via é o meio por onde se deslocam os veículos e elas podem ser naturais (ar, mares, rios e lagos) ou arti�ciais (rodovias, dutovias e ferrovias). Via Os veículos são as unidades que promovem o deslocamento de pessoas e mercadorias entre pontos distintos, e sua aplicabilidade varia muito em função da demanda, local e da tecnologia implementada. Veículo A força motriz é a força propulsora dos transportes, seja ela arti�cial, natural, humana ou animal.A força motriz arti�cial é produzida pelo homem para esta �nalidade, por exemplo, os motores de carros, navios, aviões e trens;O uso da força dos ventos para o movimento de barcos a vela e as caravelas, por exemplo, constitui uma forma de força motriz natural que é muito utilizada desde os séculos mais remotos até os dias de hoje em alguns casos especí�cos, principalmente no que concerne a atividades de lazer ou esportivas;A aplicação do esforço do próprio homem para gerar deslocamento a modalidades de transportes como barcos a remo, bicicletas, as famosas gôndolas que cruzam os canais de Veneza, e os riquixás – carrinhos puxados por pessoas, muito comum no Oriente, embora eles inicialmente tenham sido implementados na França durante a Idade Média – constituem formas de força motriz humana;E �nalmente a força motriz animal, ou seja, aquela que utiliza a força de animais no transporte de pessoas e mercadorias. Talvez esta seja uma das formas de força motriz mais antigas e ainda utilizada em praticamente todos os países do mundo. São cavalos, bois, os búfalos na Ilha de Marajó e até mesmo cães da raça husky siberiano que puxam trenós nas áreas geladas. Força motriz Já os terminais, sejam eles aeroportuários, ferroviários, portos, e rodoviários possuem basicamente três funções:• Permitir acesso ao modo de transporte que será utilizado: é necessário que exista um terminal para que os passageiros adotem os trâmites convencionais para o embarque;• Servir de área de integração modal: modos de transportes como os aviões, navios, trens e até mesmo os ônibus intermunicipais ou interestaduais são sistemas “dependentes”, ou seja, eles não atuam como sistemas do tipo “porta a porta” e dessa forma necessitam integração com outras modalidades de transportes complementares como carros, metrôs, ônibus de turismo, entre outros para que seus usuários �nalizem a sua viagem. Assim, quanto mais integrado com modos complementares um terminal for, maior a opção de escolha e mais fácil se torna a locomoção dos turistas no seu destino;• Servir de área de transferência entre veículos do mesmo modo: situação comum aos passageiros em trânsito, pois nem sempre é possível conseguir vooa partir de sua cidade direto ao seu destino �nal, obrigando-os a fazer uma conexão em outro aeroporto. Quer um exemplo? Se você um dia resolver tirar férias em Praga, provavelmente você não encontrará outra maneira de chegar à capital tcheca que não seja transferindo de aeronave em outro aeroporto europeu como Frankfurt, Paris, Roma, Madri, Londres ou Lisboa – locais onde temos mais opções de operações regulares e diretas partindo do Brasil. Terminais Classi�cação dos transportes Os transportes também se apresentam de diferentes formas para as mais distintas necessidades. Palhares (2002) ressalta que os transportes podem ser classi�cados de diversas maneiras, sendo as mais comuns: Transporte público e privado Para o autor o transporte público é aquele cujo acesso é livre a qualquer usuário, bastando que o mesmo adquira este direito através da aquisição de uma passagem ou bilhete, como os aviões, trens e ônibus. Já o transporte privado é aquele que se restringe a uma pessoa ou grupo de pessoas como ocorre nos jatos particulares, voos fretados, ônibus contratado ou táxis. Transporte regular e não regular São aqueles que cumprem frequência e horários previamente estabelecidos entre a empresa e o poder concedente da operação, enquanto os não regulares são modalidades de transportes destinadas a uma �nalidade especí�ca sem a obrigatoriedade de cumprir horários ou frequência, como os ônibus extras que partem em feriados prolongados quando há um acréscimo de demanda, ônibus de excursão, ou voos alugados. Transporte doméstico e internacional O transporte doméstico é aquele realizado entre pontos dentro de um mesmo país e o internacional, entre países diferentes. O transporte doméstico é aquele realizado entre pontos dentro de um mesmo país e o internacional, entre países diferentes. Expressões técnicas O setor de transportes é repleto de informações, conhecimentos e expressões técnicas que lhes são bastante peculiares. Vamos conhecer algumas delas? Catering É o fornecimento de serviços e produtos de alimentação pronta às aeronaves ou a grandes eventos. Code share É o compartilhamento de uma operação aérea entre duas empresas, um acordo de cooperação onde uma companhia aérea transporta passageiros que tenham emitido bilhete por outra companhia. Handling Também conhecido como ground handling, refere-se aos serviços de apoio prestados em solo às aeronaves, como bagagem, limpeza, traslado de passageiros até o avião. Jet lag É o descompasso �siológico causado normalmente em viagens de longa distância que abrange diferentes fusos horários. Dentre os seus sintomas mais comuns estão fadiga, falta ou excesso de sono, falta de apetite ou apetite “fora” do horário biológico da pessoa. Mach É a medida de velocidade utilizada no transporte aéreo advinda da relação entre a velocidade do objeto e a velocidade do som. Recebeu este nome em homenagem ao físico austríaco Ernst Mach que publicou a teoria de que um corpo poderia ultrapassar a velocidade do som no ano de 1877, um mach corresponde a 1.234,8 km/h aproximadamente. No show Expressão utilizada para passageiros que mesmo com reserva con�rmada, por algum motivo não comparecem ao embarque no dia e hora previstos. One way São viagens somente de ida, por exemplo: Rio de Janeiro – Curitiba. Open jaw São viagens de ida e volta, porém, com ponto de retorno diferente do de partida: Rio de Janeiro – Paris – São Paulo. Overbooking Expressão que identi�ca a venda de assentos além da capacidade de uma aeronave. Pax Expressão que signi�ca passageiro. Round trip Viagem de ida e volta. TKT Expressão que identi�ca bilhete de passagem – atualmente E- TKT para bilhetes emitidos pela Internet. Velocidade comercial É a relação entre a distância percorrida e o tempo gasto no deslocamento. Velocidade de cruzeiro Identi�ca a velocidade que permanece inalterada durante um deslocamento. Velocidade Máxima A velocidade limite que um veículo pode atingir. Notas Elo 1 Por isso dizemos que o setor de transportes funciona como uma “atividade de meio”. Oliveira (2009) a�rma que isso ocorre porque a grande maioria das pessoas utiliza um transporte para atingir um �m último e não como um bem �nal, ou seja, ninguém utiliza um transporte com base em seus atributos, em geral, seu uso tem uma utilidade relacionada com o destino, podendo ser a realização de um negócio, turismo, visita a parentes e amigos, entre tantos outros objetivos. Animais 2 Enquanto animais se ocupavam do transporte terrestre, as populações que habitavam regiões litorâneas ou ribeirinhas passaram a construir embarcações rudimentares como jangadas, barcos e canoas para poderem fazer a transposição das águas. Referências BELL, Suzanne. Forense Chemistry. 2. ed. Edinburgh, England: Pearson, 2014, cap. 14. HOLLER, F. James; SKOOG, Douglas A.; CROUCH, Stanley R. Princípios de Análise Instrumental. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009, cap. 6. NETTO Amilcar; ESPÍNDULA Alberi Manual de atendimento a locais de morte violenta 2 ed Campinas SP: Millennium 2016 NETTO, Amilcar; ESPÍNDULA, Alberi. Manual de atendimento a locais de morte violenta. 2. ed. Campinas, SP: Millennium, 2016, cap. 3 e 20. SANTIAGO, Elizeu. Criminalística Comentada. 1. ed. Campinas, SP: Millennium, 2014, módulos 18, 28, 45. TOCCHETTO, Domingos; STUMVOLL, Vitor. Criminalística. 6. ed. Campinas, SP: Millennium, 2014, cap. 3. Próxima aula A importância intermodalidade para o desenvolvimento do turismo e os princípios básicos da mobilidade e da acessibilidade; A estrutura intermodal brasileira a partir de nossos principais portões de entrada e sua in�uência na mobilidade turística; Estudos de caso no exterior. Explore mais Para essa aula, sugerimos: CORDEIRO, I.,BENTO, E.,BRITTO,C. Turismo e desenvolvimento sustentável: considerações sobre o modelo de resorts no litoral nordeste do Brasil. Caderno Virtual do Turismo. V.11,n.3,2011. Consulte o site: <//www.ivt.coppe.ufrj.br/ <//www.ivt.coppe.ufrj.br/> > OLIVEIRA, A.C. Turismo e população dos destinos turísticos: um estudo de caso do desenvolvimento e planejamento turístico na Vila de Trindade – Paraty/RJ.Caderno Virtual do Turismo. V4, n4,2004. Consulte o site: <//www.ivt.coppe.ufrj.br/ <//www.ivt.coppe.ufrj.br/> > https://www.ivt.coppe.ufrj.br/ https://www.ivt.coppe.ufrj.br/
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