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Parede Torácica, Cavidade Torácica e Pericardio docx


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Mariana Cezar Lopes – 104C 
Parede Torácica 
O esqueleto da parede torácica é formado por ossos e por cartilagens costais, ou seja, é uma 
parede osteocartilaginosa. Ela é composta pelas costelas, pelo esterno e pelas vértebras, e 
protege os órgãos torácicos (coração, pulmões, grandes artérias e veias) e alguns órgãos 
abdominais superiores (fígado, baço…). Ela também participa da respiração, devido ao aumento 
dos diâmetros da cavidade torácica, aumentando, consequentemente, o volume dentro dela, 
diminuindo a pressão dentro dela, deixando o ar entrar. 
A fratura de várias costelas subsequentes gera o chamado tórax paradoxal, que é uma 
instabilidade do tórax, que vai dificultar a respiração, pois essas costelas ficam soltas podendo 
furar o coração. Nesse caso, é necessário que a costela seja fixada com alguns grampos metálicos 
para que a respiração possa acontecer de forma melhor. O impedimento da expansão do tórax 
causa asfixia. 
 
COSTELAS: 
A parede torácica apresenta 12 pares de costelas, podendo ter variações anatômicas. Podem ser 
classificadas: 
De acordo com a sua fixação no esterno: 
 Costelas verdadeiras ou vertebro esternais: se fixa diretamente no esterno, através da sua 
cartilagem costal. Da 1ª a 7ª costela. 
 Costelas falsas ou vertebro-condrais: não se fixam diretamente ao esterno e sim a 
cartilagem costal das costelas acima, formando a margem costal. Da 8ª a 10ª 
 Costelas flutuantes ou vertebrais ou livres: estão fixadas apenas à coluna vertebral, não 
tendo fixação anterior. A 11ª e a 12ª. 
De acorda com as suas semelhanças: 
 Costelas típicas: é comum e possui as mesmas características, ou seja, são semelhantes e 
tradicionais, possuindo cabeça, colo, corpo. Da 3ª a 9ª costela. 
 Costelas atípicas: são diferentes, sendo a 1ª e 2ª (mais diferentes) e 10ª, 11ª e 12ª (só se fixam 
de forma diferente). 
o A 1ª costela é mais curta e mais larga, tendo também três acidentes ósseos próprios: 
o tubérculo do músculo escaleno anterior (músculo do pescoço), dois sulcos por 
onde passam a artéria e a veia subclávia. 
o A 2ª costela apresenta uma tuberosidade do serrátil anterior, pois esse músculo se 
fixa de forma mais ampla nessa costela. 
Mariana Cezar Lopes – 104C 
 
Existe uma cirurgia estética que retira as costelas flutuantes, para que a cintura fique mais fina. 
ESTERNO: 
O esterno é dividido em 3 partes: manúbrio, corpo e processo ou apêndice xifoide. A parte mais 
superior do manúbrio é a incisura jugular ou supraesternal, abaixo dela temos uma referência que 
é angulação do manúbrio com o corpo é chamada de ângulo do esterno ou esternal, este é 
usado para contagem das costelas, pois está ligado a 2ª costela. Essa contagem é importante em 
casos de fratura, para se ter uma noção de qual costela foi fraturada, e em para que se possa 
contar os espaços intercostais, que são os espaços entre as costelas (existem 11) que são 
importantes para ausculta cardíaca e para o eletrocardiograma. 
Obs.: abaixo da 12ª costela existe um outro espaço, que é chamado espaço subcostal. 
ANOMALIA DO ESTERNO: pode apresentar o esterno para fora (pectus carinatum ou peito de 
pombo) ou pode apresentar o esterno para dentro (pectus excavatum), esses que podem gerar 
um desconforto estético, porém é de difícil correção, pois esse osso é bem resistente. 
Cavidade Torácica 
A cavidade torácica é o espaço protegido pela parede torácica, sendo composta por 2 
cavidades pleuropulmonares ou pulmonares e 1 cavidade chamada mediastino, que fica no 
meio. 
CAVIDADES PULMONARES: aloja os pulmões e as pleuras. 
MEDIASTINO: aloja o coração, principalmente, sendo dividido em superior e inferior por uma linha 
imaginária, chamada de plano transverso do tórax, que passa no disco entre as vértebras T4 e T5, 
indo até o ângulo esternal. 
 Superior: acima do plano transverso do tórax 
 Inferior: abaixo do plano transverso do tórax e é dividido pelo pericárdio 
o Anterior: é a parte a frente do pericárdio, apresenta tecido gorduroso, pequenos 
vasos, o timo (na criança jovem). 
o Médio: é onde fica o pericárdio e o coração. 
o Posterior: é a partir de fica atrás do pericárdio, é por onde passa a aorta, além de ter 
uma parte do esôfago. 
 Essa divisão é importante para localizar as estruturas importantes de cada 
parte. 
 
 
 
Mariana Cezar Lopes – 104C 
Pericárdio 
O pericárdio é uma estrutura serosa fixada no diafragma, que envolve o coração, a parte final 
das grandes veias e a parte inicial da artéria (vasos da base). Ele protege o coração, e além disso 
possibilita que as contrações cardíacas ocorram de uma forma mais suave, diminuindo o atrito. É 
vascularizado pela artéria e pela veia pericardicofrênica, que é remo de torácica interna, e sua 
principal inervação é feita pelo nervo frênico. 
PERICÁRDIO FIBROSO: camada mais externa, sendo essa mais resistente. 
PERICÁRDIO SEROSO: camada mais interna, sendo essa mais delicada. Apresenta: 
 Lâmina parietal: está mais próxima da parede, mais unida ao pericárdio fibroso. 
 Lâmina visceral: está mais próxima da víscera, mais unida ao pericárdio seroso. 
CAVIDADE PERICÁRDICA: é uma cavidade virtual que fica entre a lâmina parietal e a visceral. É 
preenchido pelo líquido pericárdico, que serve para diminuir o atrito entre os folículos do 
pericárdio. 
SEIO TRANSVERSO: é o espaço no pericárdio que fica atrás da aorta e do tronco pulmonar e na 
frente da veia cava superior, ele é usado quando ocorre hemorragia na aorta. Também é onde 
são colocados ductos em cirurgias do coração, para que o sangue passe por fora dele. 
SEIO OBLÍQUO: é o espaço no pericárdio que fica atrás do pericárdio, sendo um fundo cego. Ele 
tem relação com as veias pulmonares e com a cava inferior, pois elas empurram o pericárdio para 
frente formando esse espaço, sendo também usada em procedimentos que se tem que fazer uma 
massagem cardíaca segurando o coração na mão (massagem cardíaca intratorácica). 
Ex.: em pacientes que tiveram a parede torácica destruída, não tendo como massagear o tórax, 
sendo necessária essa massagem cardíaca. 
DERRAME PERICÁRDICO: ocorre o aumento do líquido pericárdico, aumentando a cavidade 
pericárdica, que pode ser causada pela pericardite. Esse aumento pode comprimir o coração, 
causando o tamponamento cardíaco. Depende, além da quantidade de líquido, também do 
tempo. Se esse aumento for lento o pericárdio vai se adaptando, demorando muito para levar ao 
tamponamento cardíaco. 
TRÍADE DE BECK: são os sinais e sintomas apresentados pelo paciente que tem acúmulo de sangue 
na cavidade pericárdica, comprimindo o coração e causando o tamponamento cardíaco. Esses 
sinais são: 
 Tingencia das veias do pescoço e da face ou jugular (ficam dilatadas porque o sangue 
não consegue chegar ao coração). 
 Pressão muito baixa - hipotensão arterial (porque o coração não relaxa e nem recebe 
sangue, e com isso ele não consegue jogar o sangue para frente). 
 Abafamento dos sons ou bulhas cardíacas. 
Tem que ser feita uma pulsão e drenagem, que é feita enfiando uma agulha de baixo 
do processo xifoide voltado para esquerda. 
 
 
 
 
Mariana Cezar Lopes – 104C

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