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Teoria do erro Erro de tipo – Art. 20, caput, CP O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. O erro de tipo pode ser: -Essencial Quando o agente não compreende a natureza criminosa do fato, podendo ser considerado crime culposo ou sendo afastada a tipicidade do fato. Podendo ser inescusável, caracterizado em situações em que o agente age de maneira descuidada. Exclui-se o dolo, mas não afasta-se a culpa. Ou escusável, quando não pode ser evitado pela normal diligência do agente. Neste caso, exclui-se o dolo e a culpa, restando afastada a tipicidade do fato. -Acidental Ocorre a respeito das circunstâncias ou forma de execução do crime, não isentando o agente da pena. O erro pode ser sobre um objeto ou sobre uma pessoa, quando o agente pensa atingir uma e atinge outra. Contudo, o autor do crime responderá por sua intenção de atingir algo ou alguém e não pelo que realmente atingiu. Art. 20, §3, CP. Quando o erro é provocado por um terceiro, este responderá pelo crime praticado – art. 20§2, CP. Há também: o erro na execução, quando o sujeito não ofende a outra pessoa por achar que é outra, mas por erro em seu golpe. Se atingir as duas, responde por ambos os resultados; o erro sobre o nexo causal, quando o agente pensando já ter consumado o delito, pratica outra conduta que acaba consumando realmente o crime, no caso, o autor responderá por consumação com sua primeira conduta; e o resultado diverso do pretendido, quando o indivíduo pretende atingir um bem jurídico e atinge outro, neste caso ele responderá pelo delito consumado na modalidade culposa (art.74, CP), mas se atingir o bem pretendido tamém, responderá pelos dois delitos (art. 70, CP). Erro de proibição – art. 21, CP É quando o agente, por falso conhecimento ou desconhecimento, não sabe que sua conduta é criminosa. Evitável: quando o agente tem condições de saber da ilicitude do fato e não tem, ele não fica isento da pena, mas pode tê-la reduzida de um sexto a um terço. Inevitável: quando qualquer pessoa de inteligência mediana, nas mesmas circunstâncias também cometeria o erro, podendo haver exclusão da culpabilidade. Descriminantes putativas -Erro de tipo permissivo: Quando o sujeito pensa estar amparado por excludentes de ilicitude como legítima defesa, estado de necessidade, consentimento do ofendido, entre outros. -Erro proibição indireto: o agente pensa que a conduta não é proibida, embora tenha consciência do que está fazendo.
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