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Neuroanatomia - núcleos da base

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1 
 
Maria Carolina Braga Sampaio 
 
 
 
 Os núcleo da base 
(NB) são um conjunto 
de núcleos subcorticais 
com funções de 
regulação das ações 
motoras. 
 Influenciam nos 
movimentos agindo nas 
vias descendentes → 
são similares para o 
cerebelo. 
 O cerebelo e os núcleos da base fornecem circuitos de 
feedback que regulam áreas corticais e motoras do 
tronco encefálico → Eles recebem inputs (entradas) 
de várias áreas do córtex e os projetam para o córtex 
motor através do tálamo. 
 O cerebelo e os núcleos da base não enviam output 
(resultado) significativo diretamente para a medula 
espinal, mas agem precisamente sobre os neurônios 
motores do tronco encefálico. 
 Embora as contribuições exatas do cerebelo e dos 
núcleos da base ainda não sejam muito claras, ambos 
são necessários para a realização de movimentos 
suaves e para a postura. 
Os núcleos da base fornecem graciosidade à 
performance, bem como uma postura de suporte para 
movimentos altamente qualificados. 
 
 Os núcleos da base fornecem o controle subconsciente 
do tônus da musculatura esquelética e da coordenação 
dos movimentos aprendidos. 
 Uma vez que um movimento voluntário é iniciado 
corticalmente, o ritmo e o padrão natural que nós 
adotamos para conseguir andar ou alcançar um objeto 
são controlados subconscientemente pelos núcleos da 
base. → Além disso, eles inibem os movimentos 
desnecessários. 
 As interconexões dos núcleos da base são complexas, 
envolvem tanto vias excitatórias quanto inibitórias e 
utilizam múltiplos transmissores (dopamina, glutamato, 
GABA, ACh e 5HT). 
 
 Além de produzir contole motor alterado, as doenças 
dos NB podem também comprometer a capacidade 
intelectual e afetiva → indicando importante papel na 
cognição e na emoção. 
 A demência é claramente uma inabilidade consequente 
da doença de Huntigton e pode estar presente em 
pacientes em estágios avançados da doença de 
Parkinson. 
 Os núcleos da base têm uma importante função nos 
aspectos das dependência a drogas e em doenças 
psiquiátricas. 
 
Organização e desenvolvimento dos núcleos da 
base 
Neuroanatomia 
Núcleo é uma estrutura do 
sistema nervoso central que 
é composta principalmente 
de substância cinzenta, e 
que age como um ponto de 
trânsito para sinais elétricos 
(potenciais de ação) em um 
subsistema neural 
 
Déficits no controle motor 
Parkinson: Escassez e desaceleração do movimento; 
Huntington: Movimentos contorcionais; 
Sx de Tourette: Tiques bizarros; 
Distorções posturais das distonias. 
2 
 
Maria Carolina Braga Sampaio 
 
Os componentes podem ser divididos em três categorias: 
entrada (aferente), saída (eferente) e núcleos intrínsecos. 
Núcleos aferentes: recebem conexões aferentes de 
regiões do cérebro → córtex cerebral particularmente. 
 
Após receberem as conexões, os núcleos aferentes 
projetam para os núcleos intrínsecos e de saída. 
 
Existem 03 núcleos aferentes, fundidos em uma 
simples estrutura → chamado estriado. 
1. Núcleo caudado; 
2. Putame; 
3. Nucleus accumbes; 
 
 
Núcleo caudado: (formato de C) Participa no controle dos 
movimentos dos olhos e na cognição Tem cabeça, corpo e 
calda. 
 
Putame: Controle dos movimentos do tronco e dos 
membros; 
 
Núcleo accumbens: Mediação das emoções → em 
conjunto com as partes adjacentes do núcleo caudado e 
Putame. 
 
Núcleos eferentes: projetam para regiões do diencéfalo 
e do tronco encefálico (não fazem parte dos núcleos da 
base). 
Globo pálido (segmento interno): Associando ao Putame e 
ao controle do tronco e dos membros. 
Parte reticular da substância negra: envolvida na cognição 
e no movimento conjugado dos olhos com o núcleo 
caudado. 
Pálido anterior (parte de saída): Importante para as 
emoções com o estriado anterior (estriado emocional). 
Estes núcleos estão localizados profundamente dentro 
da base do cérebro. 
 
 
Núcleos intrínsecos: Localizados profundamente 
dentro da base do cérebro. Suas conexões são muito 
restritas para os NB. 
Existem 5 núcleos intrínsecos: 
1. Segmento externo do globo pálido; 
2. Pálido anterior (parte intrínseca separada do de 
saída/eferente); 
3. Núcleo subtalâmico; 
4. Parte compactada da substância negra; 
5. Área tegmental anterior; 
Essas conexões são intimamente relacionadas com as 
entradas e saídas dos núcleos. 
 
 
 
1. Núcleo caudado 
1. Núcleo 
caudado 
4. Núcleo lentiforme 
1. Núcleo caudado 
4. Núcleo lentiforme 
3 
 
Maria Carolina Braga Sampaio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Putame 
3. Globo pálido 
1. Núcleo caudado 
4 
 
Maria Carolina Braga Sampaio 
 
 O nucleus accumbens é do estriado anterior e inferior 
para a parte anterior da capsula interna; 
 A cápsula interna também separa o segmento interno 
do globo pálido e a parte reticular da substancia negra; 
 Células da parte reticular da substância negra e o 
segmento interno do globo pálido estão espalhadas no 
interior da capsula interna. 
 O conteúdo dos neurotransmissores (NT) e as conexões 
neurais são similares no segmento interno do globo 
pálido e da parte reticular da substância negra (ambos 
são núcleos eferentes). 
 
Anatomia funcional dos núcleos da base 
 A organização geral dos NB se dá pela entrada e saída 
de conexões; 
 O circuito básico independe do motor, cognitivo ou da 
função emocional; 
 Começando com todas as áreas do córtex cerebral, 
informações passam através dos núcleos de entrada e 
deles para os núcleos de saída. 
 Conexões com o tálamo têm como alvo diversos 
núcleos que vão se projetar para diferentes áreas do 
lobo frontal. 
 As diferentes projeções conferem as distintas funções 
dos NB. 
 
 
 Conexões com o tronco encefálico controlam centros 
que têm como alvo o núcleo pedunculopontino → 
importante na teoria das comportas e o colículo 
superior que é importante para os movimentos dos 
olhos (mov sacádicos). 
 O segmento externo do globo pálido e o núcleo 
subtalâmico recebem entradas de outros NB e as 
projetam de volta. 
 A parte compacta da substância negra e a áreas 
tegmental ventral contêm neurônios dopaminérgicos 
que projetam para o estriado (núcleo ascendente) 
assim como para porlções do córtex. 
 A dopamina tem uma ação neuromodulatória nos 
neurônios do estriado → a depender do receptor pode 
despolarizar ou hiperpolariza os neurônios do estriado 
(neurônios pós-ganglionar). 
 
5 
 
Maria Carolina Braga Sampaio 
 
 
 
Vias direta e indiretas dos núcleos da base 
Formam circuitos comuns ao longo de todas as divisões 
funcionais dos NB. 
As aferências dos núcleos são os componentes do estriado 
→ eles recebem conexões de todas áreas corticais; 
O sombreado AZUL: é a via direta → conexões do estriado 
para os núcleos de saída e deles para o tálamo e tronco 
encefálico → Promove ações dos NB. 
O sombreado VERDE: é a via indireta → conexões do 
estriado para os 3 núcleos intrínsecos (seg. externo do 
pálido, parte anterior do pálido e o subtalâmico) → inibe as 
ações dos NB. (“freia as ações promovidas pela direta”) 
 Enquanto os NB recebem aferências de todas as áreas 
corticais, o retorno das vias do tálamo é direcionado 
apenas para o lobo frontal. 
 Os grupos de células dopaminérgicas inervam ambos → 
o córtex cerebral e o estriado. 
 Conexões para o tronco encefálico são direcionadas ao 
colículo superior → para o controle dos movimentos 
oculares e ao núcleo pedunculopontino, para o portal 
de controle. 
As eferências dependem de duas vias complementares → 
são as vias direta e indireta. 
 A atividade neural muda na via direta e na indireta à 
medida que informações do córtex são processadas. 
 Funções aberrantes nas vias diretas em muito 
distúrbios do movimentos parecem tônus muscular 
excessivo, tiques e comportamentos habituais. 
 Funções aberrantes na vias indiretas produzem 
debilidades: acniseia, bradcinesia e rigidez como na 
doençasde Parkinson. 
 
Neurotransmissores presentes no NB 
GLUTAMATO: excitatório → usado nos neurônios: 
 Corticoestriatais, 
 Talâmicos → que se projetam para o estriado; 
 Neurônios de projeção para o núcleo subtalâmico. 
 
 
 
6 
 
Maria Carolina Braga Sampaio 
 
 
GABA: inibitório → principal NT dos NB; 
No estriado, os neurônios espinhosos médios (projeções 
neurais com bastantes espinhas dendríticas) usam o GABA 
→ se projetam para os 2 segmento do globo pálido (interno 
e externo), para o pálido anterior e para a parte reticular 
da susbt. Negra. 
Esses neurônios espinhosos médios também possuem 
neuropeptídios com duas distintas classes de neurônios 
contendo encefalina e substância P (e dinorfina). 
Encefalina → marca neurônios do estriado da via indireta; 
Substância P → marca os da via direta; 
 Os neurônios das via direta e indireta têm diferenças 
neuroquímicas → por isso podem ser diferentes na 
vulnerabilidade a processos patológicos; 
Também contêm GABA → Projeções neurais do segmento 
interno e externo do globo pálido + parte reticular da 
susbt. Negra. 
 
DOPAMINA: Está nos neurônios da parte compacta da 
substância negra e área tegmental ventral; 
 A atividade e função dos alvos pós-sinápticos desses 
núcleos, estriado e porção do lobo frontal são 
importantes áreas reguladas pela dopamina. 
 A dopamina pode ser excitatória ou inibitória, depende 
do tipo de receptor presente no neurônio pós-
ganglionar. 
 
 
ACETILCOLINA: Presente nos interneurônios do estriado → 
regulam diversas funções como a plasticidade. 
As eferências dos NB são 
inibitórias 
 
Se liga 
Parkinson 
É um distúrbio do movimento hiPOcinético 
 Há um grande impacto negativo dos movimentos → 
acinesia (ausência ou perda dos movimentos 
involuntários) e bradicinesia → redução na 
velocidade dos movimentos → Estes são chamados 
sinais de hipocinesia → movimentos são 
considerados pobres. 
 Os pacientes exibem um tremor de repouso e quando 
o examinador move o membro do paciente, há uma 
resistência ou rigidez. 
 Os neurônios dopaminérgicos da parte compacta da 
substância negra e da área tegmental anterior são 
degenerados → a dopamina no estriado é reduzida 
drasticamente. 
O termo substância negra deriva da presença de um 
pigmento preto (neuromelanina) → percursor de 
catecolamina di-hidroxifenilamina (dopa) contidos na 
parte compacta. A neuromelanina está ausente nesses 
pacientes. 
 Neurônios dopaminérgicos também são destruídos 
em outras áreas do SNC → porém a perda da 
dopamina nos NB produz os mais debilitantes sinais 
neurológicos. 
 A terapia com L-dopa (precursor da dopamina) leva a 
uma melhora significativa nos sinais neurológicos. 
7 
 
Maria Carolina Braga Sampaio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Huntington 
É um distúrbio do movimento hiPERcinético 
 Sinais hipercinéticos: 
Coreia → caracterizada por rápidos movimentos 
involuntários e aleatórios dos membros e 
tronco; 
Atetose: movimentos distatis involuntários dos 
membros, assim como contorção da mão; 
 Os pacientes também podem desenvolver 
demência; 
 Herdada como um distúrbio autossômico 
dominante → gene Huntigton está localizado no 
braço curto do cromossoma 4 e codifica 
proteínas → Huntingtina → não tem uma função 
conhecida. 
 Ocorre uma expansão de nucleotídeos → é uma 
translocação dentro da Huntingtina tendo uma 
poliglutamina excessivamente longa repetida 
que faz os neurônios espinhosos médios 
ficarem vulneráveis à morte celular. Também 
permite a morte de neurônios de outras regiões 
do cérebro, incluindo o córtex. 
 As mudanças ocorrem precocemente nos 
neurônios do estriado que contêm a encefalina 
(via indireta); 
 Diversas doenças neurodegenerativas estão 
associadas a uma mutação de repetição da 
poliglutamina. 
 Apresentada durante meia idade na maioria dos 
pacientes; 
Hemibalismo 
É um distúrbio do movimento hiPERcinético 
 Ocorre após uma lesão no núcleo subtalâmico 
(NB intrínseco) 
 Causa incontroláveis movimentos nos membros 
contralaterais rápidos e balísticos (ou 
arremessos) → esses movimentos são 
produzidos por movimentos das articulações 
proximais do membros, como as articulações do 
ombro e cotovelo. 
Pessoa saudável 
Pessoa com a doença de Huntington 
 
Nota-se perda 
da característica 
abaulada da 
cabeça no 
núcleo caudado 
dentro do 
ventrículo 
lateral. 
 
8 
 
Maria Carolina Braga Sampaio 
 
 A cápsula interna tem a forma de uma ponta de seta 
 apontando para a linha mediana → contém fibras 
ascendentes (talamocorticais) e corticais 
descendentes; 
03 segmentos da capsula interna: parte anterior, 
parte posterior e joelho (concetando as outras duas 
partes); 
 
Parte anterior: Separa a cabeça do núcleo caudado do 
putame. 
 Contém axônios projetados para o cortex pré-
frontal e pré-motoras corticais; 
Parte posterior: Separa o putame do globo pálido 
(núcleo lenticular) lateralmete e medialmente do 
tálamo e do núcleo caldado. 
 Contém o trato corticoespinal e projeções para 
as areas somatossensoriais no lobo pariental 
mais do que trato corticobulbar. 
 
 Complementando os 3 segmentos da cápsula interna 
estão as porções retrolenticular e subleticular → 
nomeadas de acordo a sua localização com relação ao 
núcleo lenticular (formado pelo putame e o globo 
pálido); 
 
 
9 
 
Maria Carolina Braga Sampaio

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