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GESTAO DA INOVACAO E SUSTENTABILIDADE 1

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SOCIEDADE CIVIL INTEGRADA MADRE CELESTE
ESCOLA SUPERIOR MADRE CELESTE - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
AMANDA CRISTINA RODRIGUES CAVALCANTE
RUBIA AMARAL DA SILVA
WELLEM DE JESUS CAVALHO SAMPAIO
SUSTENTABILIDADE: UMA ANÁLISE BIBLIOGRÁFICA SOBRE SUA VANTAGEM NA GESTÃO DA INOVAÇÃO.
Ananindeua - Pará 
2020/1
SOCIEDADE CIVIL INTEGRADA MADRE CELESTE
ESCOLA SUPERIOR MADRE CELESTE - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
AMANDA CRISTINA RODRIGUES CAVALCANTE
RUBIA AMARAL DA SILVA
WELLEM DE JESUS CAVALHO SAMPAIO
SUSTENTABILIDADE: UMA ANÁLISE BIBLIOGRÁFICA SOBRE SUA VANTAGEM NA GESTÃO DA INOVAÇÃO.
Paper apresentado à disciplina TCC 1, turma AN7N1, como parte dos requisitos para avaliação parcial, que compõem a nota do 1º NPC.
Orientador: Prof. Me. Ellen Claudine.
	
Ananindeua - Pará 
2020/1
SOCIEDADE CIVIL INTEGRADA MADRE CELESTE
ESCOLA SUPERIOR MADRE CELESTE - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
AMANDA CRISTINA RODRIGUES CAVALCANTE
RUBIA AMARAL DA SILVA
WELLEM DE JESUS CAVALHO SAMPAIO
	SUSTENTABILIDADE: UMA ANÁLISE BIBLIOGRÁFICA SOBRE SUA VANTAGEM NA GESTÃO DA INOVAÇÃO.
Paper apresentado à disciplina TCC 1, turma AN7N1, como parte dos requisitos para avaliação parcial, que compõem a nota do 1º NPC.
Orientador: Prof. Me. Ellen Claudine.
	BANCA EXAMINADORA 
_________________________________________________________ 
Prof. Me. Ellen Claudine – Profª. Orientadora do Semestre 
_________________________________________________________ 
Prof. ...................................................................................................... 
 Conceito:___________________
	Ananindeua - Pará 
2020/1
25
1 TEMA
 Sustentabilidade: uma análise bibliográfica sobre sua vantagem na gestão de inovação.
2 PROBLEMA
	Atualmente, devido as constantes mudanças ocorridas em relação ao mercado, e com a presente preocupação com o meio ambiente, organizações têm buscado em desenvolver estratégias para estarem em crescimento e desenvolvimento constante para se manterem nos negócios empresariais.
	Devido a isso, a inovação e sustentabilidade têm se tornado fator essencial de diferenciação e de competitividade entre as empresas. Existem vários estudos relacionados à sustentabilidade e inovação, e suas aplicabilidades e vantagens utilizadas nos negócios. É notório como esses dois elementos trazem um diferencial dentro das organizações, para o seu crescimento.
	Com isso busca-se analisar a seguinte questão: De que maneira a vantagem da sustentabilidade é fundamental para uma gestão de inovação?
3 HIPOTESES
Lakatos e Marconi (2000, p. 13) diz que hipóteses são soluções provisória para o problema, além de ter uma consistência logica para que possa ser submetida a verificação, a fim de ser comprovada. Destacam também que a hipótese deve ser compatível com uma fundamentação teórica preliminar.
Diante desta premissa, observa-se as seguintes hipóteses para a suposta resposta para o problema a ser analisado.
3.1 A sustentabilidade uma nova forma de gestão de inovação.
Os gestores de inovação devem conhecer profundamente e mapear a sustentabilidade, para transformá-la em vantagem competitiva, pois uma organização inovadora depende de uma cadeia de valor com grande capacidade de adaptação, disposta a quebrar paradigmas para obter resultados financeiros e sociais que assegurem a sua perenidade (MAGALHÃES, 2007).
3.2 Sustentabilidade direciona a inovação para que a empresa reavalie seus processos, aumente sua competitividade, gerando mais lucratividade e contribua com o meio ambiente.
A inovação é agregação de qualidade e incorporação de tecnologia além de ser requisito para uma economia competitiva, próspera e sustentável, com maior produtividade (FORMIGA, 2010, p.211)
3.3 A inovação auxilia para a construção de estratégias que contemplem aspectos ambientais e sociais por parte das empresas 
As empresas orientadas para a sustentabilidade devem demonstrar capacidade de inovar não apenas com eficiência econômica, mas também com responsabilidade socioambiental (BARBIERI et al., 2010)
4 OBJETIVO GERAL
 Analisar a vantagem da sustentabilidade na gestão de inovação.
4.1 OBJETIVO ESPECIFICO
· Descrever os conceitos de sustentabilidade e gestão de inovação
· Identificar como a sustentabilidade é fundamental para uma gestão de inovação
· Identificar a vantagem da sustentabilidade na gestão de inovação
5 JUSTIFICATIVA
A ideia de criar um mundo melhor, com organizações que contribuam para isto de forma sustentável e com estratégias inovadoras tem se tornado uma questão importante de modo geral entre as organizações. Albuquerque (2009, p.24) aponta alguns fatores que mostram os motivos pelos quais as empresas estão se voltando cada vez mais para questões ambientais: “necessidade de obediência às leis, eficácia em custos, opinião pública, pressão dos movimentos ambientalistas e pensamento a longo prazo”. Ainda de acordo com Albuquerque (2009, p.26), “a sustentabilidade empresarial é o novo caminho para o desenvolvimento econômico e social”.
De acordo com o objetivo geral do presente trabalho que é analisar a vantagem da sustentabilidade como gestão de inovação, sendo a inovação um importante fator de competitividade nos dias de hoje, a escolha do tema se justifica fundamentalmente em entender de que a maneira os autores tem relacionado sustentabilidade e inovação, conforme Lisboa (2000) refere a sustentabilidade e a inovação como dois fatores fundamentais para alcançar uma vantagem competitiva a longo prazo, tornando-se igualmente num aspeto central para as empresas. Como referem Vilanova e Dettoni (2011, p. 13), “estamos num contexto de incerteza que está a ser encarado por nações, regiões e empresas, pelo menos em parte, através de estratégias de inovação sustentável”.
6 REFERENCIAL TEORICO
6.1 INOVAÇÃO
O mundo vive em constante mudança, ele nunca para de evoluir, todo dia tem uma tecnologia nova que ajuda e nos auxilia de alguma forma, os meios de comunicação ficam mais rápidos, os métodos de produção ficam mais eficazes e sustentáveis. Sempre tem uma tecnologia nova para nos ajudar na comunicação, locomoção, e até mesmo a ter mais saúde. Cientistas, engenheiros, e outras profissões, sempre estiveram na história pensando em uma forma de inovar, e melhorar a nossa vida, deixando as coisas mais práticas, eficazes e sustentável.
A palavra inovar, do Latim, significa tornar novo, renovar, que corresponde a innovatìo, significando renovação. Modernamente, de acordo com Houaiss (2001, p. 1622) os sentidos são: “a) ação ou efeito de inovar e b) aquilo que é novo, coisa nova, novidade”.
O conceito de inovação inicialmente foi definido pelo economista austríaco Joseph Schumpeter no início da década de 1930. Schumpeter (1988) conceitua inovação como a introdução de novos produtos, novos métodos de produção, a abertura de novos mercados, a conquista de novas fontes de fornecimento e a adoção de novas formas da organização. Suas propostas tinham como núcleo conceitual a ideia de que o desenvolvimento econômico é conduzido pela inovação por meio de um processo dinâmico, em que as novas tecnologias substituem as antigas, em processo por ele denominado “destruição criativa”, teoria na qual implica uma constante busca pela criação de algo novo que simultaneamente destrói velhas regras e estabelecem novas – tudo sendo orientado pela busca de novas fontes de lucratividade.
Porter (1990, p. 36), define que a inovação é um conjunto de melhorias na tecnologia e nos métodos ou maneiras de fazer as coisas. As principais causas de inovação são as novas tecnologias, as novas necessidades do comprador, o aparecimento de um novo segmento de indústria, custos ou oportunidades oscilantes de insumo, ou ainda mudanças nos regulamentos governamentais
A inovação teve vários conceitos ao longo do tempo para cada autor que se dedicava a falar sobre o assunto, para Higgins(1995) era ligada à novidade, assim como Roger (1995) que tinha como definição que a inovação:“era uma ideia ou objeto, que é percebido como novo por um indivíduo”. Logo então surgiu a ideia de Cumming (1998) que considera inovação como a primeira aplicação bem sucedida de um produto ou processo. Já Damapour (1996/694) diz que é sobre mudança: “inovações são concebidas como meios de mudança da organização seja como respostas às mudanças do ambiente externo ou como uma ação preventiva que influencie o ambiente. No entanto para Dosi (1988), a inovação em sua essência é relacionada à descoberta, à experimentação, desenvolvimento, imitação e à adoção de novos produtos, novos processos de produção e novos arranjos organizacionais (MACHADO; ARAÚJO; LEHMANN, 2006)
6.1.1 Tipos de Inovação.
Segundo Schumpeter, a inovação possui 5 tipos: introdução de novos produtos; introdução de novos métodos de produção; abertura de novos mercados; desenvolvimento de novas fontes provedoras de matérias primas e outros insumos e criação de novas estruturas de mercado em indústria. Essa inovações podem ainda ser classificadas em quatro tipos, de acordo com o Manual de Oslo (2005): inovações de produto, de processo, organizacional e de marketing, que serão definidas a seguir.
 6.1.2 Inovação de Produto
As inovações de produto envolvem mudanças significativas nas potencialidades de produtos e serviços. Nesta categoria, são considerados os bens e serviços totalmente novos e aperfeiçoamentos importantes para produtos existentes.
6.1.3 Inovação de Processo
As inovações de processo representam mudanças significativas nos métodos de produção e de distribuição. Representam a implementação de um método de produção ou distribuição novo ou significativamente melhorado, como mudanças significativas em técnicas, equipamentos e/ou softwares.
6.1.4 Inovação organizacional
Uma inovação organizacional é a implementação de um novo método organizacional nas práticas de negócios da empresa, seja na organização do seu local de trabalho – como novos métodos para distribuir responsabilidades e poder de decisão entre os empregados – ou em suas relações externas – como novos tipos de colaborações com organizações de pesquisa ou consumidores ou novos métodos de integração com fornecedores.
As inovações organizacionais, além de serem um fator de apoio para as inovações de produto e processo, podem também melhorar a qualidade e a eficiência do trabalho, acentuar a troca de informações e refinar a capacidade empresarial de aprender e utilizar conhecimentos e tecnologias.
6.1.5 Inovação de Marketing
As inovações de marketing envolvem a implementação de novos métodos de marketing, o que inclui mudanças no design do produto e na embalagem, na promoção do produto e sua colocação, e em métodos de estabelecimento de preços de bens e de serviços.
Inovações de marketing são voltadas para melhor atender as necessidades dos consumidores, abrindo novos mercados, ou reposicionando o produto de uma empresa no mercado, com o objetivo de aumentar as vendas e a fatia de mercado.
6.2 SUSTENTABILIDADE
Os desafios do século XXI nos abriram os olhos para diversos problemas que enfrentamos atualmente, o desenvolvimento para uma empresa competitiva perante o mercado levamos em conta de que forma ele promove a sustentabilidade. Assim, é preciso que os empreendedores tenham como propósito a inovação como a cultura organizacional de sua empresa.
Com a ideia de sustentabilidade como inovação em alta, os empreendimentos buscam tornar-se contemporânea sua ação no mercado e sociedade, seguindo a tendência para um futuro próximo de que o consumidor se tornará cada vez mais responsável, exigindo conhecer o impacto econômico, social e ambiental de seus padrões de consumo e dos produtos que escolhe.
“Sustentabilidade é um conceito amplo e considerando a pluralidade de suas definições, podemos estender muito além do ambiente para o desenvolvimento econômico, a sociedade, o patrimônio, a educação, a ética e o contexto tecnológico. Conquanto não há consenso sobre a potencialidade da sustentabilidade, a questão permanece em aberto a uma ampla variedade de interpretações” (SANTOS et al., 2009, p. 3710).
Em 1980, começava uma discussão sobre os problemas ambientais, onde um novo conceito estava sendo desenvolvido, porém longe de ser assimilado, a sustentabilidade. A sustentabilidade é utilizada, mas pouco explicado. É de natureza conceitual, mal compreendido (EKINS et al., 2003). Trata-se de um acessório de moda (HASNA, 2010) ou um senso comum (MOLDAN et al., 2012). Há inconsistente interpretação e aplicação, alto grau de ambiguidade do conceito, incluindo uma percepção incompleta dos problemas de pobreza, degradação ambiental e o papel do crescimento econômico (LÉLÉ, 1991; MORI; CHRISTODOULOU, 2012; SLIMANE, 2012). E a situação não tem melhorado até então, continua sendo um slogan popular e brilhante (SLIMANE, 2012).
Durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em abril de 1987, foi apontado os primeiros pareceres sobre desenvolvimento sustentável. Para Dovers e Handmer (1992) sustentabilidade é uma via de mudança intencional e melhoria que mantém ou aumenta esse atributo do sistema, ao responder às necessidades da população presente, a sustentabilidade é o objetivo final, de longo prazo. 
John Elkington, sociólogo britânico, criador da Triple Botton Line (TBL), o “tripé da sustentabilidade”, também conhecido como 3 P’s da Sustentabilidade (People, Planet, Profit, traduzido para o português, pessoas, planeta e lucro) que aborda a ideia que as três devem interagir de forma globalizante para que as organizações com seus resultados lhe atribuam, de fato, o título de sustentável dentro dessa lógica. Para Elkington (1994), a sustentabilidade é o equilíbrio entre os três pilares: ambiental, econômico e social.
Elkington (2001) afirma que a perspectiva de que as empresas devem contribuir de forma paulatina com a sustentabilidade surge do reconhecimento de que os negócios precisam de mercados estáveis, e que devem possuir habilidades tecnológicas, financeiras e de gerenciamento necessário para possibilitar a transição rumo ao desenvolvimento sustentável.
Para Hove (2004), o desenvolvimento sustentável é um processo de mudança em que a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação tecnológica e mudança institucional são feitas de acordo com o futuro, considerando as necessidades presentes.
Tal processo que a tem evoluído, de acordo com as questões aparecendo na atualidade, um processo de diversas mudanças que buscam um único objetivo, a sustentabilidade em si. Representada como meta ou um ponto final (HOVE, 2004). Portanto, para alcançar a sustentabilidade requer-se o desenvolvimento sustentável (PRUG; ASSADOURIAN, 2003). 
Assim, em sua grande maioria, os conceitos relacionados ao desenvolvimento sustentável têm como base os princípios da sustentabilidade, a perspectiva de longo prazo, importância fundamental das condições locais, compreensão da evolução não linear dos sistemas ambientais e humanos (MOLDAN et al., 2012).
A sustentabilidade surgiu como termo do movimento ecológico, em respeito aos recursos renováveis, ou seja, como suporte das condições ecológicas necessárias para a vida humana, um bem-estar para futuras gerações, sendo assim sustentabilidade ecológica e não desenvolvimento sustentável (LÉLÉ, 1991).
O que Ayres (2008) confirma, que a sustentabilidade é uma definição normativa a respeito da maneira que seres humanos agem em relação a natureza, sua responsabilidade para com o outro e as gerações futuras.
Assim a sustentabilidade é essencial para as empresas prosperarem no cenário atual, acarretando no desenvolvimento sustentável que, para Binswanger (2002), significa aperfeiçoar e melhorar o crescimento e harmonizar o desenvolvimento econômico utilizando o conceito de sustentabilidade para frear a destruição do meio.
É necessário falar que desenvolvimento sustentável e sustentabilidade não são sinônimos, mas que estão atreladas uma a outra, o processo que leva ao um resultado, respectivamente. 
A sustentabilidade pode ser vista emdois níveis diferentes: sustentabilidade fraca ou sustentabilidade forte. A sustentabilidade fraca pode ser interpretada como a extensão do bem estar econômico (NEUMAYER, 2003) é exigido que o valor do capital natural seja preservado. Em oposição, a sustentabilidade forte é um paradigma da não substituição, no qual existem sistemas naturais que não podem ser corroídos ou destruídos sem comprometer os interesses as gerações futuras (FIORINO, 2011) é exigido que um subconjunto do capital natural total seja preservado em termos físicos, de modo que suas funções permaneçam intactas.
No século XXI, não basta apenas cumprir as legislações de um país, de um estado ou de um município. As instituições precisam atuar ativamente para que a sustentabilidade seja incorporada ao seu negócio, por meio do planejamento e da gestão estratégica. A sustentabilidade possibilita muitas oportunidades de mercado, devido aos desafios inerentes a ela, que incluem escassez de recursos, aumento da demanda por recursos devido à elevação da taxa de consumo, seguido pelo aumento do número de pessoas no mundo.
A necessidade da busca por inovação e por novos modelos de negócios, além da iniciativa de empresas em enfrentar riscos e desenvolver uma gestão eficiente para investimentos socioambientais, assim como já acontece em outras áreas. A gestão sustentável é definida, segundo Hart e Milstein (2003), como um processo de realização do desenvolvimento humano em uma sociedade de forma igualitária, prudente e segura.
Sendo assim, as contribuições de uma organização sustentável, tanto de produto como de processo, contribuem positivamente em seu desempenho, o que não é mais configurado como vantagem competitiva, e sim, como novos mercados voltados para inovação.
6.3 GESTÃO DA INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE
A inovação é um fator de competitividade essencial no âmbito empresarial. A estreita relação entre inovação e sustentabilidade, decorre das empresas se fazerem presentes no mercado. Pois uma empresa que não inova, e nem possui estratégias sustentáveis, tende a estagnar (HART; MILSTEIN, 2004).
Com o desenvolvimento do conceito de sustentabilidade, ocorreram mudanças globais em torno das estratégias e práticas organizacionais, principalmente as referentes ao seu processo de inovação, de modo a integrar aspectos não apenas econômicos, mas também aspectos sociais e ambientais (HAMI; MUHAMAD; EBRAHIM, 2015).
Diante dos conceitos de sustentabilidade e inovação, já explorados anteriormente, nota-se a importância da aplicabilidade de ambos, conjuntamente nas organizações, para que haja um maior poder de competitividade perante o mercado.
Nas últimas décadas, a sustentabilidade vêm se desenvolvendo e ganhando força no meio empresarial, assim como o processo de inovação tem incorporado elementos essenciais para a sua introdução nas organizações, onde está se construindo entre os fenômenos da sustentabilidade e da gestão da inovação uma relação de proximidade (HRONSZKY, 2009).
Foxon e Pearson (2008, p. 148) definem as inovações sustentáveis como ações direcionadas para processos nas organizações e sistemas tecnológicos mais sustentáveis, onde a utilização de recursos e produção de resíduos permanecem dentro de limites ambientais adequados e níveis socialmente econômica aceitável. Esse tipo de gestão representa uma relação direta entre os fenômenos da sustentabilidade e da inovação, na qual ambos estão voltados para mudanças com o pensamento futuro. Conforme Verloop (2004, p 117) sustentabilidade diz respeito à preocupação com o bem-estar futuro, e a inovação diz respeito à criação de novos produtos que podem gerar valor somente se eles se encaixam nessa idéia de futuro.
Segundo HANSEN; GROSSEDUNKER; REICHWALD (2009) são vários os desafios enfrentados pela sustentabilidade, exigem esforço e recursos das organizações, mas ao mesmo tempo aumentam as oportunidades de inovação, pois as regulações ambientais e sociais aumentam a busca incessantemente por inovação e a sustentabilidade apresenta uma nova fonte de ideias e visões que levam a novas oportunidades de negócios. Assim, segundo os autores, as inovações sustentáveis, nesse sentido, podem ser definidas como inovações as quais mantêm ou melhoram o estoque de capital (econômico, ambiental, social) de uma organização.
Barbieri (2007) destaca que o desenvolvimento sustentável está estreitamente relacionado com as inovações pelo seu potencial de impacto sobre o meio ambiente e a sociedade, já que determinam o que será produzido, com que meios, para quem e como serão distribuídos os resultados do esforço coletivo.
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