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Tarefa 3 Observamos na Unidade 3 que muitos sites produtivos aumentaram a sua produção devido à crescente procura de insumos e produtos variados. No entanto, o aumento na produção geralmente impõe perdas ao meio ambiente do trabalho. Considere que você trabalhe em uma empresa de mineração, cuja produção, dobrou nos últimos 2 anos, desta forma a companhia necessitou implantar jornada de trabalho em turnos para atender a demanda de produção durante 24h/dia. O Diretor da Empresa solicitou ao SESMT uma avaliação detalhada dos impactos gerados pela mudança do fluxo de produção, diante disso, argumente a respeito sobre cada etapa necessária para a avaliação deste ambiente laboral e quais as normas e legislações aplicadas a cada uma delas. Devido a crescente demanda por insumos, as empresas visam atender suas necessidades, sem perder a eficácia e confiabilidade do seu processo produtivo. No entanto, a adoção de novas medidas para atendimento da demanda, acarreta impactos, dos quais devem ser avaliados, e desta forma, torna-se primordial a utilização de normas e legislações pertinentes de acordo com a sua atividade e etapas do processo, buscando minimizar esses impactos. Na indústria de mineração muitos são os impactos causados em seu processo e desta forma utiliza-se de normas e leis que buscam minimizar esses impactos. Neste viés, temos a NR22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração, este documento evidencia a necessidade de se aplicar um Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR, buscando atender as exigências e propor medidas de controle, redução ou eliminação a incidência de doenças e acidentes do trabalho e para isso torna-se necessário contemplar alguns aspectos, dentre eles: a) riscos físicos, químicos e biológicos; são aqueles presentes nos ambientes de trabalho, tais como: poluentes atmosféricos, ruídos, calor, radiação em geral, capazes de causar danos à saúde do trabalhador, as vezes irreversível. b) atmosferas explosivas; Atmosfera explosiva, é a mistura de substancias inflamáveis com o ar em condições atmosféricas, que podem surgir em forma de gases, vapores, poeiras, névoas e que em contato com alguma fonte de ignição, pode ocorrer a combustão/explosão. Para os profissionais do SESMT é uma das condições mais críticas, visto que existe alto potencial de ocorrer danos irreversíveis, aos trabalhadores, comunidades e ao meio ambiente. c) deficiências de oxigênio; O ar é composto por vários gases diferentes, dentre eles o oxigênio, cuja a sua concentração é de 20,9% v/v. Quando os níveis de oxigênio caem abaixo de 19,5% v/v, dizemos que existe uma deficiência de oxigênio no ar, vale ressaltar que concentrações de oxigênio abaixo de 16% v/v são consideradas perigosas para os seres humanos. d) ventilação; A ventilação pode consistir em inserir o ar do ambiente externo (não contaminado) no interior do ambiente, diminuindo a concentração do poluente no ambiente e garantindo a permanência humana no local. Lembrando que as condições de qualidade do ar e conforto térmico devem obedecer ao disposto na legislação. e) proteção respiratória, de acordo com a Instrução Normativa n.º 1, de 11/04/94, da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho; Este item tem a finalidade de instruir o uso de EPR - Equipamento de Proteção Respiratória com o objetivo de proteger contra a inalação de contaminantes nocivos ou de ar com deficiência de oxigênio. f) investigação e análise de acidentes do trabalho; Acidentes são eventos inesperados que podem causar danos físicos, materiais e ao meio ambiente. Por isso torna-se importante realizar uma investigação e análise, visando a identificação de suas origens, evitando que esses acidentes venham ocorrer. g) ergonomia e organização do trabalho; A ergonomia é um conjunto de procedimentos que visam os cuidados com o bem -estar, conforto, segurança e saúde do profissional, dentro e fora do seu ambiente de trabalho, atrelado a organização do trabalho, ele busca planejar e racionalizar os sistemas produtivos para que as tarefas sejam executadas de forma adequada e segura. h) riscos decorrentes do trabalho em altura, em profundidade e em espaços confinados; A maioria dos acidentes de trabalho em altura, profundidade e em espaços confinados, são acarretados devido ao não cumprimento de normas de saúde e segurança do trabalho, em especial a NR35. Esta norma apresenta requisitos mínimos e medidas de proteção, atribuindo responsabilidades entre empregadores e empregados, antes do inicio da atividade, com o objetivo de promover a segurança dos trabalhadores envolvidos com esta atividade, direta ou indiretamente. i) riscos decorrentes da utilização de energia elétrica, máquinas, equipamentos, veículos e trabalhos manuais; Os equipamentos devem estar em perfeita condições de utilização e segurança. Antes de iniciarem as tarefas, é fundamental que os profissionais que exercerão a atividade, sejam capacitados para a função e possuam conhecimento das normas pertinentes, dentre elas a NR10, e desta forma, garanta a saúde e segurança do trabalhador. j) equipamentos de proteção individual de uso obrigatório, observando- se no mínimo o constante na Norma Regulamentadora n.º 6. Equipamentos de Proteção Individual – EPI, são equipamentos fornecidos com o objetivo de evitar possíveis ameaças a saúde ou segurança do trabalhador durante o exercício de uma determinada função. Vale ressaltar que a empresa é obrigada a oferecer ao funcionário o EPI adequado de acordo com a sua tarefa, conforme disposto na NR6. No entanto, apenas fornecer o equipamento não o torna eficiente, uma vez que seria interessante oferecer treinamentos capacitando a forma adequada de utilizá-lo, além disso analisar e adotar outras medidas preventivas a fim de não depender unicamente do EPI como forma de proteção, uma vez, que existem tarefas e ambientes que o uso do EPI torna-se dificultoso. O uso do EPI é primordial em casos que não seja possível eliminar o risco a partir de outras medidas. Cabe também ao funcionário manter o seu EPI em boas condições, ou comunicar quando o mesmo não puder mais ser utilizados, para que possa ser realizada a troca. k) estabilidade do maciço; A empresa ou Permissionário de Lavra Garimpeira precisa adotar medidas para controlar a estabilidade do maciço, baseado em critérios de engenharia, incluindo ações que monitore o movimento dos estratos; tratar de forma adequada o teto e as paredes; monitorar e controlar as bancadas, taludes das minas a céu aberto; verificar os impactos sobre a estabilidade de áreas anteriores lavradas e verificar a presença de fatores condicionantes de instabilidade de maciços, em especial, água, gases, rochas alteradas, falhas e fraturas, conforme NR22. l) plano de emergência; e Deve-se elaborar, implementar e manter plano de emergência atualizado, sendo necessário incluir no mínimo os requisitos descritos a seguir: a) identificação de seus riscos maiores; b) normas de procedimentos para operações em casos de: I- incêndios; II- inundações; III- explosões; IV- desabamentos; V- paralisação do fornecimento de energia para o sistema de ventilação; VI- acidentes maiores e VII outras situações de emergência em função das características da mina, dos produtos e dos insumos utilizados. m) outros resultantes de modificações e introduções de novas tecnologias. O desenvolvimento das indústrias induziu a criação de novos protocolos de segurança mais exigentes e específicos como a NR22. No entanto, em paralelo, as tecnologias também se desenvolveram e o futuro da mineração está na automação de processos que unem diversas áreas envolvidas na mineração, recebendo o nome de “Mineração 4.0”, aos poucos o setor de mineração vai cedendo a necessidade de incorporar a tecnologia ao dia a dia das minas. Além danecessidade de contemplar os aspectos e NR citadas, deve-se considerar os níveis de ação acima dos limites de exposição ocupacional e limites de tolerância previstos na NR15, ou na ausência destes observar os limites de exposição ocupacional adotados pela American Conference of Governamental Industrial Higyenists – ACGIH, ou os valores que venham ser estabelecidos em negociação coletiva, desde que mais rigorosos (conforme NR9, item 9.3.5.1,”c”), além disso o próprio PGR estabelece algumas etapas, as quais devem ser atendidas, conforme descritas na sequência: a) antecipação e identificação de fatores de risco, levando-se em conta, inclusive, as informações do Mapa de Risco elaborado pela CIPAMIN, quando houver; b) avaliação dos fatores de risco e da exposição dos trabalhadores; c) estabelecimento de prioridades, metas e cronograma; d) acompanhamento das medidas de controle implementadas; e) monitorizarão da exposição aos fatores de riscos; f) registro e manutenção dos dados por, no mínimo, vinte anos e g) análise crítica do programa, pelo menos, uma vez ao ano, contemplando a evolução do cronograma, com registro das medidas de controle implantadas e programadas. Além de atender aos requisitos das NRs de maneira geral, deve-se adotar as medidas mais restritivas de acordo com cada etapa e atividade, e desta forma, ainda atendendo o setor de mineração, temos a NRM – Normas Regulamentadoras de Mineração que poderão nos auxiliar, dentre elas: NRM-01 Normas Gerais NRM-02 Lavra a Céu Aberto NRM-03 Lavras Especiais NRM-04 Aberturas Subterrâneas NRM-05 Sistemas de Suporte e Tratamentos NRM-06 Ventilação NRM-07 Vias e Saídas de Emergência NRM-08 Prevenção contra Incêndios, Explosões e Inundações NRM-09 Prevenção contra Poeiras NRM-10 Sistemas de Comunicação NRM-11 Iluminação NRM-12 Sinalização de Áreas de Trabalho e de Circulação NRM-13 Circulação e Transporte de Pessoas e Materiais NRM-14 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas NRM-15 Instalações NRM-16 Operações com Explosivos e Acessórios NRM-17 Topografia de Minas NRM-18 Beneficiamento NRM-19 Disposição de Estéril, Rejeitos e Produtos NRM-20 Suspensão, Fechamento de Mina e Retomada das Operações Mineiras NRM-21 Reabilitação de Áreas Pesquisadas, Mineradas e Impactadas NRM-22 Proteção ao Trabalhador
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