Aspergillus fumigatus em pulmão de ovino no Brasil

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Aspergillus fumigatus em 
pulmão de ovino no 
Brasil
Huber Rizzo et al., 2016
Lia Palhano
Naylson Lima
Patrícia Albuquerque
Priscila Lelli
Universidade Estadual do Ceará
Faculdade de Veterinária
Microbiologia Veterinária II
Fortaleza – CE
2021
Introdução
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Introdução
Aspergillus spp. 
Ascomicetos ambientais, filamentosos saprofíticos com hifas hialinas 
septadas, oportunistas, capazes de colonizar tecidos vivos 
Condições de estresse;
Imunossuprimido;
Terapia prolongada com antibacterianos.
• Pneumonia (cordeiros, ovinos, caprinos, bovinos e alpacas adultos);
• Mastite, abortamento e lesões no trato gastrointestinal (ovinos); 
• Rinite (caprinos).
Causador de:
Aspergillus fumigatus em meio Agar Extrato de Malte (MEA) incubado
em estufa a 25°C durante 7 dias. 2
(Fragner et al. 1970)
(Gancedo et al. 2000)
(Young 1970)(Hughes & Mueller 2008)(Gancedo et al. 2000) (Carmo et al. 2014)
Introdução
Instalam no tecido pulmonar Lesões nodulares
Ingestão do alimento contaminado
Transmissão
Aspergillus fumigatus
Placentite (bovinos e equinos)
Abortos 3
Fungo se mantém no ambiente com acúmulo de matéria orgânicaVia aerógena
(Latge 1999)
(Coberline et al. 2003)
Descrever os aspectos clínicos, patológicos e do isolamento do
agente em cordeiro, atendido no Ambulatório de Grandes Animais
do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade
Federal Rural de Pernambuco (AGA/DMV/UFRPE).
Objetivo
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Histórico
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12 de maio de 2015
Ambulatório de Grandes Animais –
AGA, da Universidade Federal Rural de 
Pernambuco – UFRPE
3,5 kg
3 meses
Histórico
Ovelha
Identificação:
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Histórico
Na residência, era criado com um cão, filhote, da raça Labrador.
Não tinha histórico de vermifugação, porém o resultado do
exame coproparasitológico de ovos por grama, realizado no dia
de sua chegada, foi negativo.
Histórico Clínico:
• Rejeitado pela mãe, logo após o nascimento;
• Nasceu em uma propriedade rural, mas foi transferido para 
uma residência em Recife/PE.
Alimentação: 
• Leite bovino industrializado (via mamadeira), farelo de trigo
e milho.
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Estado Clínico
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● Apatia, pelos eriçados, crostas de secreção na narina
esquerda, mucosas oculares rosa-pálidas e linfonodos pré-
escapulares e parotídeos aumentados;
● Feridas com secreção purulenta, distribuídas pelo corpo,
região cornual e orelhas, causando edema do pavilhão
auricular, boletos dos membros anteriores e da cauda.
Estado Clínico
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✓ Temperatura retal: 40°C;
✓ Olho direito com úlcera de melting;
✓ FC: 144bpm;
✓ FR: 48mpm;
✓ Dispneia expiratória ;
✓ Leve ruído inspiratório;
• Animal responsivo ao tratamento
• Feridas reduzindo sua exsudação, evoluindo para a 
formação de crostas
➢ 9° dia de tratamento: paciente prostrado, em decubito 
lateral
➢ Secreção nasal de coloração avermelhada. 
➢ Óbito
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Estado Clínico
Exames
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• 1°, 3°e 7° dia de internamento: coleta de amostras de sangue, para realização de exame
hematológico; e de soro, para mensuração das proteínas plasmáticas total (PPT) e fibrinogênio;
• 9°dia de internamento: coleta de soro para exame bioquímico
Na necrópsia
✓ Animal em estado de caquexia;
✓ Mucosas e musculatura pálidas;
✓ Atrofia gelatinosa da gordura cavitária;
✓ Traqueia levemente hiperêmica e edematosa em terço médio e 
distal, respectivamente.
Exames
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Na necrópsia
• Pulmões: aumentados de tamanho, com áreas
salientes multifocais de aspecto caseoso com formato
e tamanhos variados, de coloração amarelada ao
centro e vermelha nas extremidades;
• Cavidade abdominal: presença de fibrina na serosa
dos órgãos, principalmente, no intestino.
• Fígado: áreas pálidas;
• Cortical dos rins: pelve com degeneração gordurosa;
• Baço: hipotrofia.
Figura 1. Aspecto
lateral de pulmão
ovino com áreas
salientes
multifocais de
aspecto caseoso
com formato e
tamanhos variados
decorrente da
infecção por
Aspergillus
fumigatus.
Figura 2. Aspecto
dorsal dos lóbulos
pulmonares do
ovino acometido
por Aspergillus
fumigatus.
Exames
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Na necrópsia
• Coletada de fragmentos para análise histopatológica de 
pulmão, fígado, baço, coração e rim
No pulmão:
No fígado:
• Congestão;
• Compressão dos capilares sinusóides, -infiltrado
inflamatório periportal;
• Proliferação de ductos biliares;
• Hiperplasia e hipertrofia de hepatócitos.
• Lesões granulomatosas;
• Exsudato fibrinoso nos brônquios;
• Infiltrado inflamatório do tipo mononucleares difuso;
• Proliferação de fibroblastos;
• Manto epitelióide com presença de imagens negativas
de hifas e macrófagos espumosos .
Exames
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• Atrofia da região cortical, medular, paracortical;
• Rarefação da polpa branca;
• Perda da relação córtico-medular;
• Congestão medular e hiperplasia dos cordões medulares.
No baço:
• Espessamento da cápsula de Bowman;
• Nefrose;
• Infiltrado inflamatório intersticial do tipo mononuclear
• Atrofia do glomérulo difusa; 
• Presença de áreas de fibrose no espaço intersticial.
Rins:
Achados histopatológicos:
• Quadro de broncopneumonia fúngica;
• Hepatite periportal;
• Atrofia esplênica;
• Nefrose.
Nos fragmentos pulmonares:
• Desenvolvimento exuberante de fungo
filamentoso com coloração acinzentada e
grande quantidade de hifas aéreas
Exames
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Resultados
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● Imprints em lâminas com corante 
panótico;
● Pneumonia obstrutiva.
● Micrografia do crescimento fúngico;
● Fita adesiva em lâmina com azul 
de metileno;
Resultados
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Figura 4. Micromorfologia das estruturas vegetativas e aéreas
(reprodutivas) de Aspergillus fumigatus. Azul de metileno. 100X.
Características
Clínicas
Patológicas
Microbiológicas
Resultados
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Diagnóstico
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Estruturas de frutificação.
Meio Saboraud-dextrose
Diagnóstico
Figura 5. Hifas septadas e ramificadas em tecido pulmonar de ovino 
acometido de aspergilose. Panótico. 100X. 20
Vesícula esférica e carreira dupla de fiálides.
A. flavusA.fumigatus
Vesícula entumecida
Diagnóstico
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A. flavus
Descrita como a segunda mais patogênica.
Maior virulência.
Diagnóstico padrão: Corpos de frutificação.
Diagnóstico
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Conídios esféricos, lisos, 
dispostas em cadeias 
longas.
Rápida formação nos 
meios Ágar sangue e Ágar 
Saboraud - dextrose.
Consistência granular e 
algodonosa com 
pigmentação variada.
A. fumigatus Caracterísicas macromorfológicas Cultivo
Diagnóstico
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Dificuldade de uso na rotina microbiológica
PCRImunohistoquímica
Técnicas de alta sensibilidade e especificidade
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Microscopia
Broncopneumonia difusa
Figura 3.1. Fotomicrografia de pulmão de ovinos acometido por Aspergillus fumigatus. Observar pequenas áreas de
parênquima pulmonar funcional (estrela vermelha), bronquíolo respiratório (estrela amarela) e circundando extensas áreas de
processo inflamatório (estrela verde) (A e B).
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• Reação inflamatória crônica granulomatosa.
• Infiltrado inflamatório mononuclear rico em 
macrofágos.
Microscopia
Figura 3.2. Barra = 50µm; detalhe do infiltrado inflamatório
mononuclear rico em macrófagos (seta preta) (C)
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Citomarcação de hifas fúngicas no 
parênquima pulmonar.
Figura 3-1. PAS. Barra = 4µm.; citomarcação de hifas fúngicas no parênquima 
pulmonar (seta azul) (E) 
Microscopia
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Necrose de coagulação e trombose 
fúngica vascular.
Diferem-se dos achados presentes 
neste relato.
Pequenas áreas necróticas em 
associação com neutrófilos e linfócitos
Discreta hepatite periportal sem 
presença de hifas.
Rim Fígado
Outros achados microscópicos
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Conclusão
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Aspergillus fumigatus pode ser considerado como
um agente etiológico causador de pneumonia fúngica
fatal em ovinos, a depender da situação de
imunossupressão que predisponha a penetração e
desenvolvimento do mesmo no parênquima pulmonar
do susceptível.
Conclusão
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Obrigado (a)!
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