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05 John Locke e o individualismo liberal
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John Locke e o individualismo liberal John Locke, o individualista liberal Defensor da liberdade e tolerância religiosa Fundador do empirismo: todo conhecimento deriva da experiência Teoria da tábula rasa: contrária a ideia de que certas idéias, princípios e noções são inerentes ao homem. Dois tratados sobre o governo civil Primeiro tradado: Robert Filmer defende o direito divino dos reis com base no princípio da autoridade paterna de Adão, supostamente o primeiro pai e o primeiro rei, e que os monarcas são descendentes de Adão. Segundo tratado: origem, extensão e objetivo do governo civil. Nem força nem tradição, apenas o consentimento dos governados são a fonte de poder político legítimo. O estado de natureza Jusnaturalismo, teoria dos direitos naturais: Oposição à doutrina aristotélica: a sociedade não precede ao indivíduo, mais o indivíduo precede a sociedade. Estado de natureza: pré-social, pré-político, total liberdade e igualdade, os homens eram dotados de razão (vida, liberdade e propriedade = direitos naturais do homem) (diferente de Hobbes, insegurança e violência) A teoria da propriedade O direito a propriedade já existe antes do estado, sendo um direito natural, não pode ser violado pelo estado. (Diferente de Hobbes, propriedade instituida pelo Leviatã) Moeda possibilita a acumulação, e com isso, a propriedade ilimitada e a desigualdade. O trabalho provoca diferença de valor em tudo quanto existe. (idéia precursora da teoria do valor do trabalho de Smith e Ricardo) O contrato social Diferente de Hobbes, onde há a troca da liberdade pela segurança, em Locke o contrato social é um pacto de consentimento onde os homens concordam livremente em formar uma sociedade para consolidar ainda mais os direitos de possuiam no estado de natureza. A sociedade política ou civil Passo 1: Indivíduos dão seu consentimento unânime para a entrada do estado civil Passo 2: escolha da forma de governo. Unanimidade cede lugar ao princípio da maioria. Todo governo não possui outra finalidade além da conservação da propriedade. 3 poderes: Legislativo (poder supremo), Executivo e Federativo. O direito de resistência Quando o governo viola lei estabelecida e atenta contra a propriedade, ele deixa de cumprir sua função, torna-se tirania. O uso da força sem amparo legal coloca o governo em guerra contra a sociedade, conferindo ao povo, legítimo direito de resistência à tirania e à opressão. Conclusão Locke, pai do individualismo liberal: Direitos naturais (Vida, liberdade e propriedade) como cerne do estado civil. Expos as diretrizes fundamentais do Estado Liberal. A posteriori, jutificou moralmente a Revolução Gloriosa. Influenciou a revolução norte-americana, ruptura com o sistema colonial brutânico: direitos naturais e direito de resistência. Influenciou filósofos iluministas franceses: Voltaire e Montesquieu Textos de Locke Introdução Distinguir o poder de um governante de comunidade do poder de pai de família, senhor de escravo, marido... Todos esses poderes podem estar numa mesma pessoa, por isso é importante distingui-los. Poder político: direito de fazer leis com pena de morte ou penalidades menores, para regular e preservar a propriedade. Dever de defender a comunidade de agressão estrangeira. Tudo isso em prol do bem público. Do estado e natureza Compreensão do poder político Do estado de guerra Aquele que tenta colocar a outrem sob seu poder absoluto, põe-se por causa disto num estado de guerra com ele. Quando homens vivem juntos, sem autoridade superior que possa julgar eles, verifica-se o estado de natureza. Porém, o uso da força em outra pessoa, sem que haja superior a quem possa recorrer, constitui o estado de guerra. Evitar o estado de guerra: razão para que os homens se reúnam em sociedade. Da propriedade Embora a terra e todas as criaturas inferiores sejam comuns a todos os homens Podemos dizer que o “trabalho” do seu corpo e a “obra” de suas mãos são propriamente seus. Assim o homem tem em si mesmo a base da propriedade. Limite da propriedade?? Dinheiro permite acumulação de trabalho excedente, e permite a troca de algo perecível por algo não perecível, na medida em que as pessoas atribuem valor à moeda, e indiretamente concordam com desigualdade. Da sociedade política ou civil A sociedade política não pode existir sem ter o poder de preservar a propriedade. Haverá sociedade política somente quando cada um dos membros dessa sociedade renunciar ao próprio poder natural, passando-o às mãos da comunidade. Os que estão unidos em um corpo, tendo lei comum estabelecida e judicatura para a qual apelar, com autoridade para decidir controvérsias e punir os ofensores estão em sociedade civil. Nesse estado a sociedade é capaz de estabelecer qual castigo cabe a cada transgressão cometida (poder de fazer leis), bem como possui o poder de castigar qualquer dano praticado contra qualquer dos membros da sociedade por alguém que não pertence a ela (poder de fazer guerra e paz). Aqui deparamos com a origem dos poderes legislativo e executivo. Do começo das sociedades políticas Sendo os homens iguais e independentes, ninguém pode ser expulso de sua propriedade e submetido ao poder político de outrem sem dar consentimento. Mas todo homem que consentir em formar um corpo político sob um governo, assume a obrigação para com todos os membros da sociedade a se submeter à vontade da maioria. Uma vez consentindo em participar dessa sociedade, está obrigado perpetuamente a ser súdito dela. Dos fins da sociedade política e do governo Se no estado natural o homem é livre, senhor absoluto de sua própria pessoa e posses, por que abrirá mão dessa liberdade, e sujeitar-se ao domínio de outro? Pois esse direito é incerto, está constantemente exposto à invasão de terceiros, sendo todos reis, tanto quanto ele, todos iguais a ele e em sua maioria, pouco observadores da equidade e da justiça. Para a preservação da propriedade, alguns requisitos são necessários, e inexistentes no estádo natural: 1°: Falta uma lei estabelecida: aceita mediante consentimento comum, como padrão do justo e injusto. 2°: No estado natural falta um juiz indiferente e com autoridade para resolver dissensões de acordo com a lei estabelecida. 3°: No estado natural frequentemente falta poder que apóie e sustente a sentença quando justa. Sendo o único motivo da existência do governo garantir a segurança e a propriedade da população por meio de leis de consentimento geral, o governo não teria serventia se não garantise a manutenção dessas leis, sendo assim o poder supremo obriga-se a governar mediante leis estabelecidas e não por meio de decretos expontâneos ou por vontade própria. Das formas de uma comunidade Democracia Oligarquia Monarquia Hereditária Eletiva Da extensão do poder legislativo Lei fundamental para a formação de um consentimento e criação do poder legislativo: O poder legislativo é supremo, sagrado e inalterável. Sem isto a lei não teria o que é absolutamente necessário à natureza da lei: o consentimento da sociedade sobre a qual ninguém tem o poder se fazer leis, se não o próprio poder legislativo. Encargos conferidos ao poder legislativo pela sociedade: 1°: Tem de governar por leis estabelecidas e promulgadas, que não poderão variar em casos particulares, instituindo a mesma regra a ricos e pobres... 2°: Tais leis devem ter como único fim o bem do povo. 3°: Não devem lançar impostos sobre a propriedade do povo sem consentimento deste, dado diretamente ou por meio de deputados. 4°: O legislativo não deve nem pode transferir o poder de elaborar leis a ninguém mais, ou colocá-lo em qualquer outro lugar que não o indicado pelo povo. Dos poderes legislativo, executivo e federativo da comunidade Como as leis podem ser elaboradas em curto prazo, há necessidade do poder legislativo manter-se em exercício permanentemente? Pois nem sempre teria com que se ocupar. Todavia, como as leis elaboradas têm força constante e duradoura, precisam de perpétua execução e observância. Também torna-se necessário um poder permanente