Buscar

Peças Processuais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 79 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 79 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 79 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prezados colegas, 
 
A segunda etapa é uma fase de grande ansiedade para todos, uma fase que quer ser 
ultrapassada rapidamente por nós, para que possamos almejar novas atividades 
profissionais. 
 
É com o objetivo de auxilia –los nessa etapa que utilizarei os nossos encontros e o material 
didático para um aprendizado rápido, eficiente e conclusivo para a aprovação no Exame de 
Ordem. 
 
O Instituto Praetorium organizou a Segunda Etapa em Direito Administrativo em dez 
encontros de 3 horas. Tais encontros serão assim organizados: 5 encontros sobre a parte de 
peças profissionais, especificamente as AÇÕES CONSTITUCIONAIS E PARECER, e 5 
encontros sobre os tema mais importantes em Direito Administrativo direcionado à 
Resolução de questões discursivas. 
 
CRONOGRAMA DE AULAS 
 
AULA 01: RESOLUÇÃO DE QUESTÕES: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, 
ENTIDADES PARAESTATAIS, SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
AULA 02: PEÇA PRÁTICA: MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL E 
COLETIVO 
 
AULA 03: RESOLUÇÃO DE QUESTÕES: ATO ADMINISTRATIVO, PODERES 
ADMINISTRATIVOS 
 
AULA 04: PEÇA PRÁTICA: MANDADO DE INJUNÇÃ E HABEAS DATA 
 
AULA 05: RESOLUÇÃO DE QUESTÕES: AGENTES PÚBLICOS E IMPROBIDADE 
ADMINISTRATIVA 
 
AULA 06: PEÇA PRÁTICA: PARECER E AÇÃO POPULAR 
 
AULA 07: RESOLUÇÃO DE QUESTÕES: LICITAÇÕES E CONTRATOS 
ADMINISTRATIVOS. 
 
AULA 08: PEÇA- PRÁTICA : AÇÃO CIVIL PÚBLICA E CONTESTAÇÃO 
 
AULA 09 RESOLUÇÃO DE QUESTÕES: INTERVENÇÃO DO ESTADO NA 
PROPRIEDADE PRIVADA E BEM PÚBLICO 
 
AULA 10: PEÇA-PRÁTICA E QUESTÕES: APELAÇÃO E CONTROLE 
ADMINISTRATIVO ( PROCESSO ADMINISTRATIVO). 
 
 
 
 
MATERIAL 01: PEÇAS PRÁTICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANDADO DE SEGURANÇA 
-INDIVIDUAL 
-COLETIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANDADO DE SEGURANÇA 
Legislação: lei 1533/51 
 
1) NOÇÕES GERAIS 
 O Mandado de Segurança é ação mandamental, pois no MS o juiz ou 
o Tribunal manda que a autoridade apontada como coatora pratique ou 
se abstenha de praticar determinado ato. 
 É remédio constitucional destinado ‘a proteção de direito líquido e 
certo contra abuso de poder ou ilegalidade. 
 É a medida cabível para a defesa de direito individual ou coletivo 
líquido e certo, ameaçado ou violado por ato ilegal ou abuso de poder de 
qualquer autoridade, desde que o direito não esteja amparado por 
habeas Corpus ou por habeas data. 
 Pode ser preventivo e suspensivo. Preventivo: quando os efeitos do 
abuso ou da ilegalidade da autoridade coatora ainda não se realizaram. 
Suspensivo ou repressivo: quando já realizado, tendo por intuito restaurar o 
estado anterior. 
 
 2) Espécies de Mandado de Segurança 
 
a) Mandado de segurança individual : destinado à tutela de direito 
subjetivo individual de direitos (CF art. 5º, LXIX). Pode ser impetrado 
por: 
-pessoa física, pessoa jurídica, universalidades reconhecidas por lei ( massa 
falida, espólio, condomínio), órgãos públicos dotados de capacidade 
processual ( Câmaras Municiipais, Assembléias Legislativas, Tribunais de 
Contas, Ministério Público), e inclusive pode haver litisconsórcio ativo 
facultativo. 
b) Mandado de Segurança coletivo: para a tutela de direitos coletivos (CF, 
art. 5º, LXX). `É impetrado por pessoas jurídicas para a defesa de seus 
membros ou associados. 
 
b.1) partido político com representação no Congresso Nacional. 
b.2) organização sindical 
b.3) entidade de classe 
b.4) associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo 
menos um ano. 
Não cabe MSCOLETIVO quando se caracteriza um conflito interno de 
interesses no âmbito da entidade. Se cada um dos associados tem seu 
interesse próprio, que não se confunde com o dos demais associados, não 
existem direitos coletivos homogêneos. 
 
 3)Direito líquido e certo 
 É aquele direito incontestável, que não admite controvérsia. 
 É o direito subjetivo que se baseia numa relação fático-jurídica, na 
qual os fatos sobre os quais incide a norma objetiva devem ser 
apresentados de forma incontroversa. 
 Não existe a produção de provas no Mandado de Segurança. A 
prova é pré-constituída. 
 No momento que se distribui a petição do MS a prova está preclusa 
para o impetrante, não se podendo juntar mais qualquer documento. 
EXCEÇÃO: pode acontecer do documento que eu preciso para 
comprovar os fatos que estão sendo alegados por mim, estejam nas mãos 
de terceiros. Por isso, a Lei 1533/51 permite em seu art. 6 que o impetrante, 
na inicial possa solicitar ao magistrado que requisite esses documentos. 
 Em mandado de segurança, a prova é documental. Não cabe prova 
oral (testemunhal) ou pericial. Portanto, não são todos os pedidos que eu 
posso requerer na petição inicial. 
 
 4- Pressupostos do Mandado de Segurança 
 
 O ato omissivo ou comissivo deve partir de autoridade pública ou de 
autoridade investida da condição de autoridade pública para efeitos do 
Mandado de Segurança ( pessoas que ocupam uma posição de 
hierarquia superior em uma entidade privada, mas que desempenha 
atribuições de grande repercussão para o interesse público) Autoridade 
delegada ( delegatários de serviços públicos; ex: empresa concessionária, 
universidades, entidades financeiras..) 
 É necessário, portanto, identificar sempre o ato e a autoridade da 
qual emana este. 
 
 5- Autoridade coatora. Quem pode ser? 
 
 É aquela que executa, concretiza o ato impugnado (Súmula 510 do 
STF). Essa autoridade tem, inclusive, poderes para desconstituir o ato. 
 Portanto, nem sempre a pessoa física que realizou o ato ilegal ou se 
absteve de fazer algo obrigatório, será a autoridade coatora. A Lei do 
Processo Administrativo Federal ( Lei 9784/99), em seu art.1, parágrafo 2, 
inciso III, estabelece ser autoridade o servidor ou agente público dotado 
de poder de decisão. Ela tem que ter competência para desfazer o ato 
impugnado. 
 
6-MATERIAL PROBATÓRIO 
Não há lide no Mandado de Segurança. Não há contenciosidade, tanto 
assim que não existe contestação nem resposta. O juiz oficia a autoridade 
coatora requisitando as informações. 
Por isso, temos que pedir ao juiz que notifique a autoridade coatora, para 
que sejam prestadas informações. 
 
 7-Foro competente 
 
 O foro competente é o foro do domicílio funcional da autoridade 
coatora, impetrada. 
 Entretanto, teremos que observar as normas de competência 
processuais, abaixo um rol importante, mas não exaustivo. 
PORTANTO, O PRIMEIRO DIPLOMA QUE HÁ QUE SE VERIFICAR É A 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, DEPOIS A CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E AS LEIS 
ORGÂNICAS.... 
- STF: art. 102,I, “d”da, CF (Presidente da República, Mesas da Câmara e do 
Senado, Tribunal de Contas da União, Procurador Geral da República e o 
próprio STF) 
-STJ: art. 105,I, b, CF/88 ( ministro de Estado, Comandantes da Marinha, 
Exército, Aeronáutica ou do próprio STJ) 
-TRF: art. 108, I, c , da CF: atos dos próprios Tribunais Regionais Federais e 
de juízes federais; 
- JUÍZES FEDERAIS, art. 109, VIII da CF: atos de outras autoridades federais. 
- OBS: NA JUSTIÇA ELEITORAL, DO TRABALHO E MILITAR também há que se 
observar a competência primeiramente na CF. 
- Observar sempre o art. 109, I. 
 
SÚMULAS RELACIONADAS 
STJ: 41, 177,206333 
STF: 248,330,433,511,266,268,623,624,625,626,629,630,631 
 
8)DESCABIMENTO DO MS 
A) contra lei em tese: veículo normativo que transmite normas 
gerais, abstratas e impessoais. Ex: leis, decretos , regulamentos, 
instruções normativas. è inviável a ofensa a direitos individuais e 
existem outros mecanismos para a defesa. Súmula 266. 
B) Coisa julgada. Súmula 268 
A lei 1.533/51 ainda aponta três exceções 
C) Art. 5º, I: interposição de recurso com efeito suspensivo; 
D) Art 5º, II: despacho ou decisão judicial quando houver recurso 
previsto nas leis processuais. 
Obs: a jurisprudência tem admitido a impetraçãode MS :se o recurso 
não possui efeito suspensivo (EX: agravo de instrumento), risco de 
lesão irreparável para a parte e o direito invocado tivesse certo grau 
de plausibilidade. 
E) Art. 5º, III: ato disciplinar, salvo quando haja vício na competência 
ou em alguma formalidade. Este dispositivo legal sofreu profunda 
interpretação constitucional: pode ser impetrado quando houver 
qualquer tipo de ilegalidade apontada. 
 9)Liminar 
 É prevista expressamente na Lei 1.533/51 (art. 7º, II) 
 Destina-se a evitar um dano irreparável do impetrante. Decorrem de 
ato subjetivo do juiz, presentes os pressupostos do “fumu boni iuris” - 
plausibilidade do direito e ‘periculum in mora” (dano irreparável ou de 
difícil reparação). 
 a)Característica da Liminar: 
 Provisoriedade. Vige enquanto o juiz não julga o mérito. A liminar 
cessa com a decisão do MS, quer seja denegatória, quer seja concessiva. 
(art. 4º da Lei 4.348/64). 
 Pode ser concedida inaudita altera pars, ou seja, liminarmente, sem a 
manifestação da outra parte. 
Entretanto, leis podem trazer casos específicos onde tem que ser dado o 
direito de se manifestar antes da concessão ou da não- concessão. 
- LEI 8.437/92: No mandado de segurança coletivo e nas ações civis 
públicas, somente poderá ser concedida após a audiência do 
representante judicial da pessoa jurídica de direito público, tendo esta a 
obrigação de se manifestar em 72 horas ( art. 2º ). 
Há casos também onde não pode haver pedido liminar: 
- lei 2.770/56: liberação de mercadorias importadas 
-lei 4.348/64: reclassificação ou equiparação de servidores e para a 
concessão de aumento ou extinção de vantagens. 
-lei 5.021/66: para pagamento de vencimentos e vantagens pecuniárias. 
 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES 
 -Prazo para impetração - Prazo decadencial - 120 dias a contar do ato 
ilegal. É prazo fatal, contínuo e improrrogável - art. 18 da Lei 1533. 
-HÁ PAGAMENTO DE CUSTAS, MAS DEVEMOS VERIFICAR QUE A UNIÃO, OS 
ESTADOS , MUNICÍPIOS, AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚPLICAS SÃO ISENTAS 
DESSE PAGAMENTO. 
Não há honorários advocatícios. 
- A petição deverá conter o valor da causa. 
-Há necessidade de advogado. 
-Mandado de Segurança Coletivo 
 Associação - independe de autorização dos associados ( Súmula 629). 
- MANDADO DE SEGURANÇA PREVENTIVO: 
 Requisitos 
 a) Ocorrência de situação concreta e objetiva indicativa de iminente 
lesão ou direito líquido e certo (individual ou coletivo) 
 b) justo receio de que a situação se concretize. 
 
 
 
2) EXMO.SR. JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA 
COMARCA DE (XXX) 
 
 
 
 
 
 
 NOME DO IMPETRANTE), (Nacionalidade), (Profissão), (Estado Civil), 
portador da Carteira de Identidade nº (xxx), inscrito no CPF sob o nº (xxx), 
residente e domiciliado na Rua (xxx), nº (xxx), Bairro (xxx), Cidade (xxx), Cep. 
(xxx), no Estado de (xxx), por seu procurador infra-assinado, mandato anexo 
(doc.1), vem à presença de V. Exa. impetrar 
 
 
 
MANDADO DE SEGURANÇA I NDIVIDUAL COM (OU SEM PEDIDO) LIMINAR 
 
 
 
 nos termos do art. 5º, LXIX da Constituição Federal de 1988, contra ato 
praticado pelo ILUSTRÍSSIMO SENHOR PREFEITO MUNICIPAL DE (XXX), chefe 
do Poder Executivo do Município de_____, com sede no endereço ______ pelos 
fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor: 
 
1)DOS FATOS 
 
 DEVEMOS APRESENTAR OS FATOS COMO EXPOSTO NA QUESTÃO, 
NÃO PODEMOS INVETAR FATOS... 
 
 1. O Impetrante concorreu a uma das vagas do Concurso Público para 
(xxx), conforme edital anexo (doc. 02/03), através de provas oral e escrita e de 
títulos, obtendo o 5º lugar entre os concorrentes (docs. 04/06). 
 
 
 2. Anunciado oficialmente o resultado do concurso (doc. 07), esperou que seu 
nome fosse indicado para preencher uma das (xxx) vagas abertas, habilitado que 
está, pelos meios legais, à conquista do lugar. 
 
 
 3. No entanto, surpreendentemente, a autoridade, aqui denominada coatora, 
ao invés de obedecer à ordem de aprovação no concurso, inseriu, depois do nome 
de (xxx), 4º colocado, os de (xxx) e (xxx), que obtiveram classificação inferior (7º e 
8º lugares). 
 
DO DIREITO 
 
1. DEVEMOS DEFINIR o que é direito líquido e certo; 
2. DEVEMOS COMPROVAR OS FATOS AO DIREITO FAZENDO A 
APRESENTAÇÃO DOS DOCUMENTOS QUE COMPROVAM A 
VIOLAÇÃO DO DIREITO 
3.DEVEMOS FUNDAMENTAR COM DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS, 
DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA / CASO TENHA SÚMULA DEVEMOS 
INDICÁ.LA. 
 
 
 
 
 3. O ato coator viola direito líquido e certo do Impetrante, de ser nomeado de 
acordo com a sua classificação. O Superior Tribunal de Justiça, em acórdão de 
que foi relator o eminente Ministro GERALDO SOBRAL, teve ensejo de proclamar: 
 
 MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. CONCURSO. 
NOMEAÇÃO. DIREITO. I - E ASSENTE A JURISPRUDÊNCIA NO SENTIDO DE 
QUE O ÊXITO NO CONCURSO NÃO GERA DIREITO PARA O HABILITADO 
SER NOMEADO DENTRO DO PRAZO DE VALIDADE DO CERTAME. O 
DIREITO EMERGE QUANDO PRETERIDO EM BENEFICIO DE CANDIDATO 
COM CLASSIFICAÇÃO INFERIOR. II - IN CASU, TENDO SIDO OS 
IMPETRANTES PRETERIDOS NA ORDEM DESCLASSIFICAÇÃO, CONCEDE-
SE A SEGURANÇA, A FIM DE QUE OS MESMOS POSSAM SER ADMITIDOS 
NO ÓRGÃO REQUERIDO. (PROCESSO:MS NUM:0000042 ANO:89 UF:DF 
RSTJ VOL.:00005 PG:00239 INFORMA JURÍDICO VERSÃO 12 N.1488) 
 
 5 DA MEDIDA LIMIMAR 
 
CASO HAJA A PRESE NÇA DOS REQUISITOS TEM QUE SER COMPROVADA 
 
 
PEDIDOS 
 
 
 Diante do exposto, pede-se: 
 
1-que seja concedida a liminar, em face de estarem demonstrados os requisitos 
para sua concessão 
 
OBS> SE NÃO PUDER SER CONCEDIDA INAUDITA ALTERA PARS: intimação 
de seu representante ( art. 3º , lei 4.348/64). 
 
2 que seja notificada a autoridade coatora para apresentar suas informações na 
forma do art. 7º, I da lei 1533/51. 
 
3 que seja intimado o órgão do Ministério Púlico competente. 
 
4 CASO HAJA LITISCONSÓRICIO PASSIVO DEVERÁ HAVER A CITAÇÃO DE 
TODOS. 
 
5 CASO HAJA REQUISIÇÃO DE DOCUMENTO NOS TERMOS DO ARTIGO 6º 
DA LEI 1533/51 
 
6 que seja aNualdo o ato ,que se abstenha de fazer/ ou 
 
que se faça... 
 
7 NÃO HÁ FASE PROBATÓRIA POR ISSO NÃO PODE REQUERER A 
PRODUÇÃO DE PROVAS. 
 
8 HÁ PAGAMENTO DE CUSTAS, MAS DEVEMOS VERIFICAR QUE A UNIÃO, 
OS ESTADOS , MUNICÍPIOS, AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚPLICAS SÃO 
ISENTAS DESSE PAGAMENTO LEIS 14.939/93 E 9289/96. 
 
 
 Dá-se a causa o valor de R$ (xxx) (valor expresso). 
 
 (Local, data e ano). 
 ( assinatura do advogado) NÃO PODEMOS DE MODO ALGUM COLOCAR 
O NOSSO NOME. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO (Art. 5º, LXIX e LXX da CF/88) 
 
Exmo. Sr. Des. Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de (xxx) 
 
 
 
 
 
 A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, SEÇÃO DE (XXX), órgão de 
classe, com existência legal, há mais de (xxx) anos, por seu advogado Sr._____________ 
que esta subscreve, vem à presença desta E. Tribunal impetrar 
 
 
 MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO 
 
 
 contra a autoridade coatora o Exmo. Sr. Juiz Diretor do Fórum da Comarca 
de (xxx), pelos motivos que passa a expor: 
 
DOSFATOS 
 (SEGUIR AS INSTRUÇÕES CONTIDAS NO MODELO DE MANDADO DE 
SEGURANÇAINDIVIDUAL 
 
 1. O Ilustre Diretor do Fórum da Capital, através de portaria, proibiu a vista de 
autos fora do Cartório, mesmo no curso de prazo, contrariando os direitos dos 
advogados no exercício da profissão. 
 
DODIREITO 
 
 . O Mandado de Segurança Coletivo pode ser impetrado por organização 
sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em 
funcionamento há pelo menos um ano, em defesados interesses de seus 
membros ou associados (CF, art. 5°, LXX, b). 
 
 
 1. É direito do advogado a retirada dos autos como é assegurado no art. 7º. 
do Estatuto da Advocacia: 
 
 "Art. 7º. São direitos do advogado: 
 XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, 
em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais; 
 
 
 2/ De conseguinte, a Portaria não poderia, como não pode, restringir os 
direitos assegurados por Lei. 
 Destarte, conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e 
certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável 
pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa 
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público (CF, art. 5°, LXIX). 
 3)DA LIMINAR 
-Definir os requisitos da medida liminar: periculum in mora e fumus boni iuris. 
-Identificar os requisitos com o caso concreto: prejuízo imediato da assistência 
jurídica aos clientes, já que os advogados não estão tendo amplo acesso aos 
autos processuais. 
- pede-se a imediata suspensão do ato administrativo emanado pelo juiz 
 
 DOSPEDIDOS 
 
 Peloexposto,REQUER: 
 
 
1que seja concedida a liminar para suspender a decisão administrativa do Exmo. 
Juiz, em face de estarem demonstrados os requisitos para sua concessão 
2 que seja notificada a autoridade coatora para apresentar suas informações na 
forma do art. 7º, I da lei 1533/51 
3 que seja intimado o órgão do Ministério Público competente 
4 CASO HAJA LITISCONSÓRICIO PASSIVO DEVERÁ HAVER A CITAÇÃO DE 
TODOS. ( não é o caso, no caso em tela) 
5 CASO HAJA REQUISIÇÃO DE DOCUMENTO NOS TERMOS DO ARTIGO 6º 
DA LEI 1533/51( não é o caso no caso em tela) 
6 que seja aNualdo o ato ausivo da autoridade coatora 
7 NÃO HÁ FASE PROPATÓRIA POR ISSO NÃO PODE REQUERER A 
PRODUÇÃO DE PROVAS 
8 HÁ PAGAMENTO DE CUSTAS, MAS DEVEMOS VERIFICAR QUE A UNIÃO, 
OS ESTADOS , MUNICÍPIOS, AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚPLICAS SÃO 
ISENTAS DESSE PAGAMENTO LEIS 14.939/93 E 9289/96 
 
 
 Dá-se à causa o valor de R$ (xxx) (valor expresso). 
 
 
 
 (Local/data) 
 
 ( assinatura do advogado). 
 
 
Modelo de mandado de segurança para garantia do fornecimento de 
DOCUMENTO DE TRANSFERÊNCIA ESCOLAR PARA MATRÍCULA EM 
OUTRA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL. 
 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE 
BELO HORIZONTE/MG. 
 
Lúcio Alves da Silva, menor absolutamente incapaz, representado por seu 
pai, Sr. Aldo Alves, engenheiro civil, brasileiro, casado, residente e domiciliado no 
endereço X, através do seu advogado Dr. Aldo Quintão, OAB/ MG 88888 que esta 
subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento 
nos artigos 5º, inciso LXIX, e 127, caput, da Constituição Federal, 201, IX, do 
Estatuto da Criança e do Adolescente, 72, VIII, propor 
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR, 
contra ato ilegal praticado pelo Diretora da ESCOLINHA LUZ AZUL LTDA, Sra. 
Val Lourdes, estabelecimento pertencente à rede particular de ensino, com sede no 
endereço X, nesta Cidade, pelos motivos fáticos e jurídicos que a seguir passa a 
expor: 
DOS FATOS 
 
 No dia 04 de dezembro de 2006, o referido pai da criança solicitou à diretoria da 
escola o cancelamento da matrícula do mesmo, bem como a emissão de sua 
transferência. Ocorre que, em razão de não terem sido pagas as mensalidades 
referentes aos meses de Novembro e Dezembro , a autoridade impetrada nega-se a 
entregar os documentos necessários à transferência do aluno, que optou mudar de 
instituição educacional. 
 Buscou-se, inicialmente, junto a esta escola, o equacionamento da questão, 
administrativamente, não se logrando, entretanto, êxito. 
 Com efeito, aos 04 dias do mês de janeiro de 2007, foi expedido um ofício (cópia 
em anexo) para a Escolinha, através do qual foi solicitado o histórico escolar da 
aludida criança. Tal ofício foi recebido pela Escola no dia 05 de janeiro de 2007, que 
o respondeu relatando que havia atrasos de pagamento e que portanto não poderia 
lhe entregar o histórico de seu filho. 
. Inobstante os argumentos do Ministério Público no sentido de que a escola 
poderia obter o pagamento das mensalidades não pagas e devidas através das vias 
judiciais cabíveis, e que estaria, nos termos da lei 9.870/99, impedida de exercer a 
retenção dos documentos, pois restaria violado, por via transversa, o direito 
público subjetivo constitucionalmente assegurado à educação, advertindo-a acerca 
do possível ajuizamento de AÇÃO MANDAMENTAL, a impetrada negou-se a 
enviá-los, lesionando, assim, direito líquido e certo da referida criança, ensejando a 
presente demanda judicial. 
DA LEGITIMIDADE E DO CABIMENTO DO MANDAMUS 
A instituição privada, quando presta serviços educacionais, exerce atribuições do 
Poder Público (cf. art. 205 da CF), desempenhando, por conseguinte, uma função 
delegada. 
Conforme magistério do pranteado Hely Lopes Meirelles, com arrimo no artigo 5°, 
inciso LXIX, da Constituição Federal, para fins de mandado de segurança, 
consideram-se atos de autoridade, não só os emanados das autoridades públicas, 
como também os praticados por pessoas naturais ou jurídicas com funções 
delegadas (in Mandado de Segurança, 24° edição, Editora Malheiros, 2004, p. 31). 
A Súmula 510 do Supremo Tribunal Federal é bastante explícita quanto ao assunto: 
“Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela 
cabe o mandado de segurança ou medida judicial” 
 
Nessa linha de entendimento, ao reter o documento de transferência do aluno, a 
impetrada violou direito líquido e certo deste, assegurado constitucionalmente, 
praticando ato ilegal, a desafiar o remédio constitucional que ora se utiliza. 
Ressalte-se que o mandado de segurança é o meio hábil para atacar o ato praticado 
pela impetrada, além do que dúvida não padece, por outro lado, que a Justiça da 
Infância e da Juventude da Comarca de Belo Horizontetem a competência 
absoluta para processar e julgar a presente ação, consoante giza o art. 148, IV, do 
ECA: 
“Art. 148 – A Justiça da Infância é competente para: 
(omissis) 
IV – conhecer de ações civis fundadas em interesses individuais, difusos ou 
coletivos afetos à criança e ao adolescente, observado o disposto no art. 209; 
(omissis)” 
Tal preceito legal tem sido acolhido pelos nossos Tribunais, podendo-se, ainda, 
observar os seguintes acórdãos: 
“COMPETÊNCIA. MENOR. HISTÓRICO ESCOLAR: NEGATIVA EM 
FORNECIMENTO POR INADIMPLÊNCIA. É da competência do Juizado da 
Infância e da Juventude todas as ações que visem garantir o direito do menor ao 
ensino e seu acesso à educação, - aí concluídas medidas ou ações que visem obrigar 
o estabelecimento de ensino a fornecer histórico escolar, imprescindível à 
transferência de escola, e que, a tanto, se recusara, sua direção, por inadimplência 
do pai do aluno. A satisfação do débito – que não é do menor, mas de seu pai – 
deve ser exigida de outra forma, que não prejudique o direito do menor a 
frequentar outra escola. Impertinente, tal recusa, porque não atinge o verdadeiro 
devedor, mas justamente quem nada tem a ver com o débito”. (AC. 7—C.C. TJRGS 
– CC n--- 592118533, de 22/06/1994 – un. – Rel. Des. Waldemar Luiz de Freitas 
Filho). 
“COMPETÊNCIA. FORNECIMENTO DE HISTÓRICO ESCOLAR POR 
ESTABELECIMENTO DE ENSINO. Incidência do Estatuto da Criança e do 
Adolescente. Competência das Câmaras do Quarto Grupo Cível. (Resumo)”. (Ac. 
3—C.C. TJRGS – Ap. nº 592082101, de 11/11/1992 – un. – Rel. Des. Luiz Gonzaga 
Pila Hofmeister). 
Apreciando, ainda, o RECURSO ESPECIAL N° 67.647-RJ, o SUPERIOR 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA assim se posicionou ao julgá-lo no dia 06 de fevereiro 
de 1996: 
“COMPETÊNCIA. Justiça da Infância e da Juventude. Ensino. Mandado de 
segurança. Histórico escolar.O juízo da infância e da juventude é competente para 
processar e julgar mandado de segurança impetrado pelo ministério público contra 
ato de direção de escola privada que recusou o fornecimento de histórico escolar 
por causa da inadimplência do pai do aluno. Possibilidade de violação a direitos 
constitucionalmente assegurados. Recurso conhecido e provido. 
 
O DIREITO 
O fornecimento do histórico escolar do aluno não é mera faculdade do 
Estabelecimento de Ensino. Trata-se, pelo contrário, de uma obrigação que a este é 
imposta pelo direito positivo, sendo, portanto, um direito adquirido pelo aluno, a 
fim de que possa seguir seus estudos, garantindo, assim, o seu direito à educação. 
A respeito é bastante claro o comando inserto no artigo 6°, parágrafo 2º, da Lei n° 
9.870, de 23 de novembro de 1999, atualmente em vigor: 
“Art. São proibidas a suspensão de provas escolares, a retenção de documentos 
escolares ou a aplicação de quaisquer outras penalidades pedagógicas por 
motivo de inadimplemento, sujeitando-se o contratante, no que couber, às 
sanções legais e administrativas, compatíveis com o código de defesa do 
consumidor, e com os arts. 177 e 1.092 do Código Civil Brasileiro. 
(omissis) 
Parágrafo 2°. Os estabelecimentos de ensino fundamental, médio e superior 
deverão expedir, a qualquer tempo, os documentos de transferência de seus 
alunos, independente de sua adimplência ou da adoção de procedimentos legais 
de cobranças judiciais”. 
Ao recusar a entrega do documento de transferência , a direção da Escola agiu em 
flagrante desrespeito ao preceito legal acima transcrito, ferindo, por conseguinte, 
direito líquido e certo da citada criança de que possa efetuar a sua matrícula em 
uma nova Escola de sua preferência, garantindo, assim, a continuidade de seus 
estudos. 
Enuncia a Constituição da República, no seu artigo 227, caput, ser a educação 
direito fundamental de todas as crianças e adolescentes. De outra parte, o artigo 
205 dispõe que a educação é direito de todos e dever do Estado e da família, 
devendo ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando 
ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e 
sua qualificação para o trabalho. De igual teor é o artigo 244 da Constituição 
Estadual. 
Em sede infraconstitucional, o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 
8.069/90) também enuncia, no artigo 4º, que a educação é direito fundamental de 
todas as crianças e adolescentes, e no artigo 53 preceitua que a criança e o 
adolescente têm direito à educação, visando o pleno desenvolvimento de sua 
pessoa, preparo para o exercício de cidadania e qualificação para o trabalho. 
 
Desde integrado conjunto normativo, emerge o asseguramento à educação como 
um direito público subjetivo da criança e do adolescente, a quem deve ser 
garantida uma educação comprometida com a cidadania e com o crescimento 
pessoal e profissional. Como já explicado, a criança teve acesso ao Colégio, 
iniciando neste os seus estudos. Pretende, agora, materializar seu interesse em 
prosseguir as atividades educacionais em outra escola, mas vê ameaçado seu 
direito fundamental à educação, em razão da narrada retenção de documento 
escolar por ausência de pagamento das mensalidades de Novembro e Dezembro 
do ano passado, conduta esta que está impossibilitando a consecução da sua 
transferência. Isso se verifica porque toda Escola exige a entrega dos documentos 
escolares do aluno para o fim de ultimar o procedimento de transferência. 
Apesar da retenção dos documentos estar prevista em diversos contratos 
de prestação de serviços firmado entre a Escola e o representante legal dos 
alunos, esta prática consiste em um procedimento absolutamente ilegal. 
Em razão do assegurado a nível constitucional direito à educação não se 
pode admitir, no contexto jurídico, que entidades privadas de atendimento ao 
direito fundamental à educação se utilizem de expedientes como a suspensão de 
provas, retenção de documentos ou a imposição de qualquer penalidade 
administrativa, as quais, por via oblíqua, dão a violação do multicitado direito 
público subjetivo. 
Há que se considerar, também, que a impetrada poderia e poderá exigir o 
comprimento de obrigação assumida pelo pai da criança, promovendo as 
medidas judiciais cabíveis. 
Ressalte-se, ainda, que, reiteradamente, decidem os Tribunais Brasileiros 
no sentido da ilegalidade da retenção dos documentos escolares necessários à 
transferência em razão da falta de pagamento de mensalidades escolares, 
conforme ementas transcritas neste mandamus, valendo citar a seguinte decisão: 
“ESTABELECIMENTO DE ENSINO – Escola particular – Pedido de documentos 
para transferência – recusa da escola em fornecê-los – Alegação de que o aluno está 
em débito com a escola – Fato que não impede o fornecimento – Direito à educação 
constitucionalmente assegurado – inteligência do art. 205 da CF. A recusa do 
fornecimento de documentos necessários à transferência de aluno para 
estabelecimento da rede oficial, por falta de pagamento das mensalidades significa 
vedar ao aluno o exercício de direito constitucionalmente previsto de se educar “ ( 
Recurso de Apelação nº 157915-1/0, de Sorocaba. Rei. Des. P. Costa Manso . 6ª 
Câmara Cível. Tribunal de justiça de São Paulo. J. aos 21.05.91. RT 
686/103). 
Por todas essas circunstâncias é que se afigura de rigor a pronta entrega pela 
autoridade coatora de todos os documentos escolares da criança necessários à 
regularização de sua vida estudantil e efetiva transferência para uma nova escola, 
permitindo–se, assim, o exercício do direito à educação constitucionalmente 
assegurado, exigível a qualquer tempo e em qualquer circunstância. 
O PROVIMENTO LIMINAR 
Segundo Teresa Alvim Pinto, a medida liminar objetiva obstar que o lapso 
temporal, que medeia a propositura da ação e a sentença, torne o mandamento que 
passa nela vir a ser contido, inócuo, do ponto de vista concreto (in Medida 
Cautelar – mandado de segurança e ato judicial, Editora Malheiros, 1992, p. 23). 
No exame do caso sub oculis, exsurge óbvio que o provimento liminar não 
pode ser negado, data vênia, de forma alguma, visto que a criança está ameaçada 
de sofrer lesão irreparável no direito, em decorrência do ato ilegal praticado pela 
impetrada, que está se recusando a fornecer histórico escolar necessário para 
regularizar a situação escolar junto ao novo colégio, aonde cursa a 2a série do 
ensino fundamental, tendo ficado a validade de sua matrícula condicionada à 
entrega da transferência em tempo hábil. Corre, portanto, o risco de ter sua 
matrícula cancelada a qualquer momento. Em vista disso, encontram-se presentes 
os pressupostos necessários para a concessão do provimento in nitio litis, quais 
sejam, periculum in mora e fumus boni iuris. 
A respeito, o eminente MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
Vicente Cernicchiaro, em voto emitido, preleciona: 
“...continuo convicto de a liminar, mesmo no Mandado de Segurança, não ser mera 
faculdade do juiz. Ao contrário, Direito Público Subjetivo do impetrante, uma vez 
que reunidos os elementos de sua concessão. Se assim não o fosse, vazia seria a 
garantia constitucional de nenhuma lesão de direito poder ser subtraída da 
apreciação do Poder Judiciário. Não faz sentido a resposta ficar ao arbítrio do 
Magistrado. Decisivo é o direito que projeta as normas que disciplinam a reação 
jurídica. Apreciação do juiz não se identifica com o arbítrio do magistrado. Se 
assim não fosse, a decisão, por coerência seria irrecorrível.”(in RT, 672/198). 
OS PEDIDOS 
Ante o exposto , pede-se: 
a) Seja, em caráter liminar, determinada a entrega dos documentos necessários 
para a transferência da aludida criança para sua nova Escola, possibilitando-lhe 
que haja a continuidade dos estudos, a fim de que possa ter a freqüência regular no 
novo estabelecimento de ensino, haja vista os relevantes fundamentos fáticos e 
jurídicos acima explicitados, queevidenciam presentes o fumus boni iuris e o 
periculum in mora exigidos para a concessão da liminar pretendida; 
b) Seja notificada a apontada autoridade coatora, qual seja, a diretora da Escola 
Luz Azul, a Sra. para prestar as informações no decênio legal; 
c) seja intimado órgão do Ministério Público do Estado de Minas Gerais 
c) Seja ao final, concedida em definitivo a segurança requerida, ou seja, a entrega 
de todos os documentos para a transferência do aluno. 
 
Dá- se à causa o valor de R$100,00 (cem reais). 
 
Belo Horizonte, 24 de janeiro ..de 2007 
 
Aldo Quintão 
Advogado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
•Modelo baseado do mandado de segurança ajuizado pela Drª Márcia 
Guedes, promotora de justiça de Salvador,para a garantia do direito à 
educação. 
 PREZADOS ALUNOS, 
Abaixo se encontram algumas peças práticas relacionadas ao mandado 
de segurança. É fundamental que vocês as façam para treinarem e 
fixarem a matéria. As respostas, de forma sucinta se encontram ao 
final. 
_________________________________________________________ 
1)PROVA PRÁTICO- PROFISSIONAL DE AGOSTO DE 2005- DIREITO 
ADMINISTRATIVO 
Peça profissional 
Dado hipotético. O Estado de Minas Gerais, por ato do Secretário da Pasta 
competente, abriu concurso público para o preenchimento de 50 cargos de Técnico 
de Administração. O Edital prescreve que o cargo é de nível superior, podendo 
concorrer às vagas os interessados formados em Direito, em Administração, em 
Economia e em Ciências Contábeis. 
O Sindicato Regional de Administração entende que o cargo objeto do concurso é 
privativo dos diplomados em Administração. Por esse motivo, o Presidente da 
entidade recorreu ao Secretário de Estado responsável pelo concurso, visando 
anular o respectivo Edital. 
O Secretário, por seu turno, não acolheu os argumentos deduzidos pelo Presidente 
do Sindicato, sob o argumento de que a legislação de pessoal do Estado não 
contempla a restrição alegada. Com essa decisão, manteve o Edital do Concurso, 
cujo prazo de inscrição termina em dez dias contados da data do desprovimento 
do recurso administrativo. 
O Presidente do Sindicato, inconformado com a decisão administrativa, pretende 
postular em juízo por meio de ação própria, a anulação do Edital. 
Você foi contratado pelo Sindicato. Redija a petição da ação adequada, 
devidamente fundamentada, deduzindo os pedidos que a situação requer. 
 
RESPOSTA: 
 JUIÍZO COMPETENTE: EXMO. SR. DR. DESEMBARGADOR PRESIDENTE 
DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS- VEJA ART. 
106 DA CE 
B) IMPETRANTE: SINDICATO por seu advogado contratato 
C) AUTORIDADE COATORA: SECRETÁRIO 
D) FUNDMENTO: PRINCÍPIO DA IGUALDADE, - poderiam ser admitidas 
pessoas despreparadas para o cargo. PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE na 
escolhas das normas que vão direcionar o edital. 
E)LIMINAR: SIM 
F) PEDIDO: ANULAÇÃO DE PARTE DO EDITAL PARA EXClUIR OS 
PROFISSINAIS, EXCETO OS DE ADMINISTRAÇAO. 
EXERCÍCIO DE PEÇA-PRÁTICO-PROFISSIONAL 2 
EXAME DE ORDEM OAB/MG 
DEZEMBRO / 2004 2ª ETAPAPROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL 
 DIREITO ADMINISTRATIVO 
 1ª PARTE: PEÇA PROFISSIONAL 
 
José da Silva, servidor público federal, foi surpreendido, no último mês, com a 
supressão, em seu contracheque, de gratificação que recebia há 10 ( dez) anos, além 
de ter sido intimado para repor aos cofres públicos todos os valores que recebeu 
indevidamente. Tendo reclamado junto à Administração Pública, foi informado de 
que o pagamento é ilícito. 
 
De fato, analisando a lei que instituiu a referida gratificação, constatou 
decepcionado que não preenche os requisitos para sua percepção. 
 
Procurado por José da Silva para analisar juridicamente o caso, elabore parecer, 
caso entenda ter razão a Administração Pública, ou a ação judicial cabível, caso 
entenda ser ilícita a providência administrativa. 
RESPOSTA: 
A) JUIÍZO COMPETENTE: EXMO. SR. JUIZ FEDERAL DA ____ VARA 
FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA--- 
- VEJA ART. 109 DA CF 
B) OMISSÃO NA QUESTÃO- AUTORIDADE MÁXIMA- DIRETOR OU 
CHEFE DE DEPARTAMENTO 
C) FUNDAMENTO: 
PODER HIERÁRQUICO- controle de legalidade de ato administrativo e sua 
revisão. Súmula 473 STF; ART. 53 da lei que cuida dos processos 
administrativos no âmbito federal – 9784/99. Decadência do direito de 
supressão da gratificação . art. 54 da lei 9784/99. 
d) LIMINAR: natureza alimentar 
f) pedido: anulação do ato. 
 
2002/Agosto - Prova Prático-profissional 
MINAS GERAIS 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
1ª PARTE: PEÇA PROFISSIONAL 
Os vendedores de jornais e revistas de populosa capital brasileira, com recursos 
financeiros obtidos mediante empréstimo de instituições bancárias, adquiriram e 
instalaram bancas de vendas de jornais e revistas em locais públicos, por meio de 
contrato de concessão de uso com o Município. O contrato, além de cláusulas 
prevendo a obtenção daquele financiamento pelos contratados, estabeleceu o prazo 
de sua vigência por dois anos, suscetível de prorrogação. Antes do vencimento 
desse prazo, porém, o Prefeito, ao argumento de congestionamento de pedestres 
nos locais em que foram instaladas as bancas, determinou a mudança dessas para 
outros pontos, com menor fluxo de pessoas. A Associação de Vendedores de 
Jornais e Revistas, constituída e em funcionamento há mais de um ano, sob a 
alegação de defesa do direito de seus filiados e, reflexamente, do interesse dos 
cidadãos, pretende mover a competente ação judicial para garantir a permanência 
das bancas nos locais de origem. 
Com base nessas informações, ELABORE a peça exordial da ação considerada 
adequada para o caso. 
JUSTIFIQUE sua orientação, fazendo alusão aos documentos essenciais que devem 
instruí-la. 
 
RESPOSTA> 
A)JUIÍZO COMPETENTE: EXMO. SR. JUIZ DA VARA DA FAZENDA 
PÚBLICA MUNICIPAL DA COMARCA 
B) IMPETRANTE: A ASSOCIAÇÃO, por seu advogado 
C) autoridade coatora: prefeito 
d) fundamento: 
- doutrina: CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO. NECESSIDADE DE 
INSTAURAÇÃO DE PROCESSO AMINISTRATIVO LICITATÓRIO COM 
AMPLA DEFESA. 
E) LIMINAR: SUSTAR O ATO 
F) PEDIDO: ANULAÇÃO DO ATO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HABEAS DATA 
 
 
 
 
 
 
 
 
HABEAS DATA 
 
Legislação: lei 9507 
 
 
1) DEFINIÇÃO E NATUREZA DO INSTITUTO 
De acordo com o insigne JOSÉ AFONSO DA SILVA : 
“O habeas data corresponde a uma garantia constitucional, tendo 
como direitos protegidos, a intimidade e a incolumidade dos dados 
pessoais; direitos de acesso ás informações registradas em banco de 
dados; direitos de retificação de dados”. ( art. 5º, LXXII. 
Quanto à natureza jurídica do habeas data, trata-se de ação 
mandamental com rito sumário. “O habeas data é uma ação 
constitucional, de caráter civil, conteúdo e rito sumário, que tem por 
objeto a proteção do direito líquido e certo do impetrante em conhecer 
todas as informações e registros relativos à sua pessoa e constantes de 
repartições públicas ou particulares acessíveis ao público, para eventual 
retificação de seus dados pessoais” 
2)OBJETO 
De acordo com a Constituição , o habeas data possui três objetivos, a 
saber: 
a. direito de acesso aos registros; 
b. direito de retificação destes registros, e 
c. o direito de complementar tais registros. (art. 7 º, inciso III) 
A Lei 9.507/97 no artigo 7º e incisos também vem relacionar esses 
objetivos que ligados ao direito fundamental de acesso e garantia à 
informação e ao próprios direitos da personalidade. 
 “ A medida que prevê a retificação de dados pessoais que 
eventualmente estejam armazenados, por qualquer forma, 
incorretamente, vem garantir o direito à informação correta de qualquer 
pessoa. Essa incorreção poderia trazer ao titular das informações tanto 
prejuízos morais, atingindo a sua honra, imagem, e reputação, nome, vida 
privada. 
Portanto, na ação de habeas data não se postula a certificação do 
direito, mas sim as prestações de informação negadas pelo órgão 
detentor do banco de dados e onde constam as informações necessárias 
aoImpetrante. 
3 Pressupostos específicos e gerais à luz da Constituição Federal e da Lei nº 
9.507/99 
A) A Lei nº 9.507/97 
 Já no seu caput, a Lei 9.507 se refere ao direito de acesso a informação, 
bem como disciplina o rito processual do writ constitucional. 
 PRESSUPOSTOS DO HABEAS DATA: preventivo e corretivo. 
O primeiro é o caso da alínea ‘a’ do artigo 5º, inciso LXXII do diploma 
maior, e que seriam em número de três: primeiro, que 
• as informações digam respeito ao próprio impetrante, e não de 
terceiros (daí se concebe que fica impossibilitado o litisconsórcio 
ativo a fim de se verificar informação de somente um paciente); 
• tais informações realmente existam nos bancos de dados 
• AS informações estejam inseridas nos registros ou banco de dados 
de entidades governamentais ou de caráter público. Alguns casos 
típicos de bancos de dados de caráter público são os órgãos de 
proteção ao crédito, tais como SPC, SERASA e afins. 
Já no caso da alínea ‘b’ do inciso LXXII do art. 5º da Constituição Federal, 
exige-se, como pressuposto, o prévio conhecimento destas informações, 
bem como que estas estejam claramente identificadas como incorretas, 
falsas ou incompletas. 
É importante salientar que um pressuposto bastante importante é a 
necessidade de prévio requerimento extrajudicial destas informações, 
consoante a Súmula 02 do Superior Tribunal de Justiça e art.8º parágrafo 
único da Lei. 
 Assim sendo, são os seguintes requisitos consoantes ao objetivo 
fundamental da norma constitucional, bem como da Lei 9.507/97, para o 
cabimento da ação de habeas data: 
a. recusa de acesso às informações (Súmula 02 do STJ); 
b. recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias 
sem decisão (art. 8º parágrafo único, inciso I da Lei 9.507/97); ou 
c. recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de quinze 
dias, sem decisão (art. 8º parágrafo único, inciso II da Lei 9.507/97); 
ou 
d. recusa em fazer-se a anotação a que se refere o § 2º do art. 4º ou 
do decurso de mais de quinze dias sem decisão (art. 8º parágrafo 
único, inciso III da Lei 9.507/97) 
3- ASPECTOS PROCESSUAIS DO HABEAS DATA 
3.1 Competência 
PRESTAR ATENÇÃO NAS COMPETÊNCIAS DOS TRIBUNAIS (COMO JÁ VISTO 
NO MS) 
Constituição Federal, artigos 102, I, ‘d’ e II, ‘a’; 105, I, ‘b’, e na Lei 9.507/97 
em seu artigo 20. 
3.2 Das partes 
1) LEGITIMIDADE ATIVA 
o IMPETRANTE somente pode ser a pessoa que quer obter informações ou 
retificações. Tem que versas única e exclusivamente sobre o paciente, 
conforme já dito anteriormente. 
2) LEGITIMIDADO PASSIVO : é quem tem sob sua guarda o banco de 
dados, as informações e que exerce um controle dessas informações 
relativas a pessoas naturais ou jurídicas e disponíveis à finalidade a que tais 
informações são reunidas. 
Ao contrário do que ocorre com o MS, a impetração do habeas data NÃO 
É DIRIGIDA EM FACE DA AUTORIDADE, mas contra a pessoa jurídica ou 
órgão que detém as informações. 
Obs: haverá litisconsório necessário se das alterações, houver a influência 
em banco de dados constante de outras pessoas e órgãos. 
3.3) O FUNDAMENTO JURÍDICO JÁ VEM EXPRESSO NA CONSTITUIÇÃO E NA 
LEI. 
José Afonso da Silva relata que é um remédio constitucional que tem por 
objeto proteger a esfera interna dos indivíduoscontra: 
a) usos abusivos de registro de dados pessoais coletados por meio 
fraudulento, desleal ou ilícito. 
b) introdução nesses registros de dados sensíveis ( assim chamados os de 
origem racial, opinião política, filosófica ou religiosa, filiação partidária e 
sindical, orientação sexual...) 
c) conservação de dados falsos ou com fins diversos dos autorizados em 
lei. 
3.4) CABE LIMINAR, apesar da lei silenciar a respeito. 
Ex: impedir que dados errados seus sejam publicados. 
3.5) PEDIDOS 
É muito semelhante ao mandado de segurança, exceto o pedido principal 
que é bem específico. 
a) liminar 
obs: o Prof. José dos Santos C. Filho entende que não pode haver liminar. ( 
MAS A MAIORIA DOUTRINÁRIA E A JURISPRUDÊNCIA AFIRMAM QUE SIM, 
então na prova da OAB, se houver o preenchimento dos requisitos, deve-
se pedir). 
b) notificação da autoridade coatora 
c) intimação do MP 
d) pedido principal 
e) não há condenação em honorários advocatícios 
f) não há pedido de condenação nas custas. 
3.6) VALOR DA CAUSA 
3.7) DATA e 3.8) LOCAL 
3.9) ASSINATURA DO ADVOGADO 
obs: a ação é gratuita, não há despesas processuais para o impetrante ( 
art. 5º, inciso LXXVII e art. 21 da Lei 9.507). 
MODELO DE HABEAS DATA 
Excelentíssimo Senhor Juiz de direito da ................. Vara da Fazenda Pública da 
Comarca de Goiânia/ GO 
 
João Silva, brasileiro, solteiro, comerciante, residente e domiciliado nesta capital 
na rua São Matias, 17, por seu advogado (procuração anexa, doc.1), com 
escritório na Rua Juvenal Dias 45, Centro de Goiânia/ GO, vem impetrar HABEAS 
DATA, em face do DETRAN – Departamento Estadual de Trânsito, sediado na Av 
Rio Grande do Sul s/n, o que faz com fundamento na Constituição da República 
(art. 5º, LXIX, LXXII e LXXVII) e na Lei 9507/97, pelos motivos seguintes: 
 DOS FATOS 
 
1.O impetrante requereu junto ao DETRAN/GO o fornecimento do número de 
pontos relativos às faltas cometidas em virtude de possíveis infrações 
administrativas, conforme expressadas no Código de Trânsito Brasileiro lançadas 
em seus assentamentos no ano corrente (doc.2). 
 
2.Acontece que, protocolado o requerimento há mais de dez dias, até essa data 
não forneceu ao impetrado as informações relativas a esses dados da pessoa do 
impetrante (confira-se doc.2), prejudicando sua inércia direito deste, e, 
configurando a hipótese prevista no art. 7º, I, da Lei 9507/97. 
 
DO DIREITO 
 
 
- FUNDAMENTAR COM BASE NA CF, NA DOUTRINA E NA LEI. SE 
TIVEREM ALGUMA DECISÃO JUDICIAL SEMELHANTE, TAMBÉM 
PODEM COLOCAR. 
 
DA LIMINAR. 
 
PELOS FATOS, NÃO VISLUMBRAMOS A HIPÓTESE DE LIMINAR. 
 
 
DOS PEDIDOS 
 
.Pelo exposto: 
 
- pede-se que seja concedido ao impetrante o acesso às informações sobre 
os seus dados junto ao referido órgão, determinando V. Exa dia e hora para 
essa apresentação.( art. 13 Lei 9507/97). 
- Que seja notificado o órgão coator, na pessoa de seu diretor, para que em 
10 dias preste as informações que entender necessárias. 
- Que seja intimado o Ministério Público. 
 
Dá-se a causa o valor de R$ 300,00 (trezentos reais). 
 
 
Goiânia, 22 de maio de 2007. 
Advogado 
 
 
 
Prezado aluno, 
Desta vez proponho a vocês um exercício diferente. A petição abaixo foi retirada da 
internet e constava do site específico como se fosse um modelo de petição de habeas data. 
Conforme os ensinamentos da aula, gostaria que vocês corrigissem a peça abaixo, 
identificando: 
1) PORTUGUÊS: clareza e objetividade 
2) ENDEREÇAMENTO 
3) CABEÇALHO 
4) IDENTIFICAÇÃO DA AÇÃO 
5) FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA: errada, insuficiente, suficiente, desejável. 
6) LIMINAR 
7) PEDIDOS: erros e faltas. 
8) VALOR DA CAUSA 
9) DATA E LOCAL 
 
 
Após, corrigirem a peça, dêem nota de zero a 5. 
Depois, redijam uma nova peça. 
 
Ao final, repasso as considerações. 
________________________________________________________________________ 
(A PETIÇÃO ABAIXO NÃO É MODELO DE HABEAS DATA, FAZ PARTE DE UM 
EXERCÍCIO PARA QUE SEJAM IDENTIFICADOS ERROS E ACERTOS). 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA...... VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE......... 
 
 
NAPOLEÃO BONAPARTE, brasileiro, casado, servidor público aposentado, portador do 
RG 325.218.005 SSP/MS e do CPF 336.2545.697.80, residente na Rua França, 421, 
apartamento 10, Centro, Campo Grande/MS, por seu advogado (mandato incluso, doc. 1), 
com escritório profissional na Avenida 26 de Agosto, 900, Centro, nesta Capital, vem 
impetrar junto a Vossa excelência o presente pedido de HABEAS DATA, em face do 
CHEFE DA SEÇÃO DE REGISTRO FUNCIONAL da Secretaria de Pessoal do Tribunal 
de Justiça do Estado do Pantanal, Sr. Giordano Bruno, pelas razões de fato ede direito 
expostas a seguir: 
 
I - DOS FATOS 
 
1º. O impetrante exerceu por 20 (vinte) anos o cargo de escrivão da 1ª Vara de Família e 
Sucessões desta Capital. Pretendendo concorrer a outro cargo público, no momento está 
organizando curriculum vitae, e precisa ter conhecimento do que consta em sua folha de 
assentamentos na Secretaria do Tribunal de Justiça, informações que estão sendo 
dificultadas pelo servidor impetrado; 
2º. Há 3 (três) meses o impetrante protocolou a solicitação pleiteada (cópia em anexo, doc. 
2) junto ao referido órgão, no entanto, até a presente data, não obteve sucesso quanto ao 
pedido; 
3º. Em razão da demora em receber a informação solicitada, o impetrante dirigiu-se à seção 
de registro funcional, e obteve do impetrado a alegação escrita, através de uma certidão 
(doc. 3), de que a quantidade de serviços no departamento é que acarretava tal delonga. 
 
II - DO DIREITO 
 
A Constituição da República, de 1988, concede habeas data para assegurar o conhecimento 
de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registro de entidade pública 
(art. 5º, LXXII) e a Lei 9.507 de 12 de novembro de 1997, regula o direito de acesso a 
informações e disciplina o rito processual do habeas data. 
 
III - DO PEDIDO 
 
Pelo exposto requer digne Vossa Excelência que determine: 
1º. A citação do impetrado para responder a presente ação ou justificar os motivos da 
recusa; 
2º. Que seja assegurado ao impetrante o acesso às notas de seu interesse; 
3º. Por fim, que seja , o impetrado, condenado às custas judiciais e aos honorários do 
advogado. 
Dá-se a causa o valor de R$ 200,00 (duzentos reais). 
 
Nestes Termos 
Pede e Espera 
Deferimento. 
 
......................... ....., de ....................... de .................. 
 
Advogado 
OAB 
 
 
CORREÇÃO DO HABEAS DATA 
10) PORTUGUÊS: clareza e objetividade 
SIM. 
11) ENDEREÇAMENTO: SIM 
Trata-se de uma ação da natureza cível e que não possui foro privilegiado. Talvez, pode ser 
que pela lei de organização judiciária, possa ser remetida para uma vara da fazenda 
pública. 
12) CABEÇALHO: alguns erros 
a) HABEAS DATA é uma ação e não um pedido. 
b) O impetrado não pode ser a autoridade coatora, e sim o órgão ou a pessoa 
jurídica ao qual ela está vinculada. 
c) Vossa Excelência: todos com letra maiúscula 
d) Referência ao endereço do impetrado 
13) IDENTIFICAÇÃO DA AÇÃO: sim 
14) FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA: está insuficiente para a prova da OAB.Devemos 
identificar na lei 9507 especificamente o caso. Buscar uma definição na doutrina. 
15) LIMINAR:sim. 
 não há pedido liminar, pois o caso concreto não possui os requisitos para ela. 
16) PEDIDOS: uma série de erros e faltas. 
a) não há citação e sim NOTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO COATOR. 
b) O impetrante pediu que o impetrado se justifique pela omissão 
administrativa. Isso está incorreto, pois a explicação por si só não sana o seu 
problema. 
c) Há a intimação do Ministério Público 
d) Que o juiz determine dia e hora para a apresentação das informações 
solicitadas. 
e) O habes data é um remédio gratuito, não há pedido de custas. 
f) Não há pedido de honorários advocatícios. 
17) VALOR DA CAUSA: sim. 
18) DATA E LOCAL: sim 
A nota que esse habeas data receberia ficaria entre 1 e 2. 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 
 
Augusto dos Anjos é proprietário de imóvel na cidade Linhares/ ES, com o objetivo de 
vender esse imóvel procurou uma corretora de imóveis, que relatou que ao solicitar a 
certidão negativa de impostos municipais na Secretaria de Administração, consta que nesse 
órgão ainda está o nome de sua ex-mulher, que já está falecida e com os bens partilhados. 
Augusto, portanto, procurou o órgão público respectivo solicitando a retificação, mas até 
agora não obteve resposta, e já se passaram 20 dias. Ele procura um advogado para interpor 
um remédio constitucional. reside, 
 
 
RESPOSTA 
 
1) ENDEREÇAMENTO: Exmo. Sr. Juiz de Direito da ____ Vara cível da comarca de 
Linhares/ ES. 
2) AUTOR: AUGOSTO DOS ANJOS 
3) RÉU: Secretaria de Administração, órgão público integrante do Município de 
Linhares/ ES. 
4) FUNDAMENTAÇÃO: CONSTITUIÇAO, LEI 9507 ( especificar que é caso de 
RETIFICAÇÃO) 
5) PEDIDO: a retificação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AÇÃO POPULAR 
 
 
 
 
 
 
 
AÇÃO POPULAR- (Art. 5º, LXXIII, da CF/88 e Lei 4.717/65) 
De Acordo com a CF/88 no inciso LXXIII do art.5: 
qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que 
vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que 
o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e 
ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo 
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da 
sucumbência. 
1)Definição 
A ação popular é o recurso jurídico que pode ser utilizado por 
qualquer pessoa que esteja em gozo dos seus direitos políticos para 
comparecer perante o Estado denunciando a existência de qualquer ato 
lesivo ao patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. 
Hely Lopes afirma que a ação popular é instituto de natureza 
constitucional, utilizado pelo cidadão, visando ao reconhecimento judicial 
da invalidade de atos ou contratos administrativos, desde que ilegais e 
lesivos ao patrimônio federal, estadual ou municipal, incluindo-se as 
entidades da Administração Indireta e pessoas jurídicas que recebam 
subvenções públicas. 
2)COMPETÊNCIA: 
Em regra, será competente o juízo do local de realização ou de abstenção 
do ato. 
 
3)LEGITIMIDADE ATIVA 
Cidadão para efeitos da ação popular é a pessoa que está em uso e gozo 
dos seus direitos políticos, especificamente o direito de votar. Este, 
portanto, é parte legítima para ingressar com um ação popular.( art. 6º, 
§5º da lei 4717/65). 
Pode haver litisconsórcio ativo facultativo. 
É também possível a sucessão, ou seja, a qualquer cidadão e também ao 
MP É DADO PROMOVER o prosseguimento da ação se o autor desisitir ou 
der motivo à absolvição da instância ( antigo CPC, ART 201. significa a 
extinção do processo , sem julgamento de mérito, em decorrência de 
inobservância, por parte do autor, de ônus processuaisi impostos por lei. 
4)LEGITIMIDADE PASSIVA 
O que mais diferencia a ação popular de outros remédios constitucionais é 
a quase sempre presença de várias pessoas e órgãos no pólo passivo de 
forma obrigatória por força de exigência legal. 
Encontra-se delineado no artigo 6º da LEI 4717/65. 
- LISTISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO ENTRE: 
A) PESSOA JURÍDICA de onde foi emanado o ato. 
b) qualquer autoridade, funcionário ou administradores que autorizaram, 
aprovaram ratificaram, praticaram o ato ou que, por omissão, tiveram 
dado oportunidade à lesão. 
c)beneficiários diretos do ato, caso haja. 
5) OBJETO: 
- ANULAÇÃO DO ATO LESIVO OU A REALIZAÇÃO DE ATO QUE IMPORTE EM 
PARALISAÇÃO DAQUILO QUE ESTÁ CAUSANDO O DANO. Essas medidas 
também podem ser pedidas em conjunto ou para cada uma das pessoas 
que estão figurando no pólo passivo. 
OBS: A profa.Di Pietro entende que há possibilidade de AÇÃO POPULAR 
PREVENTIVA. 
- CONDENAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS AO PAGAMENTO DE PERDAS E DANOS 
OU à RESTITUIÇÃO DE BENS OU VALORES ( ART. 14, § 4º) 
OBS: A PESSOA JURÍDICA NÃO SERÁ RESPONSÁVEL PELA CONDENAÇÃO. 
Tal lição é respaldada pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça 
(STJ – REsp. 28.833-6, rel. Min. César Asfor Rocha – RSTJ 54/203): “(...). Para 
que possam ser respondidas tais colocações há necessidade de se refletir 
um pouco sobre os requisitos que constituem os pressupostos da demanda, 
sem os quais não se viabiliza a ação popular, que são, na lição de Hely 
Lopes Meirelles (in "Mandado de Segurança, ação popular, ação civil 
pública, mandado de injunção, Habeas Data", Malheiros Editores, 14ª ed., 
atualizada por Arnoldo Wald, 1992, São Paulo, ps. 88/89), os seguintes: 
“a) condição de eleitor, isto é, queo autor seja cidadão brasileiro, no gozo 
dos seus direitos cívicos e políticos; 
“b) ilegalidade ou ilegitimidade, "vale dizer, que o ato seja contrário ao 
direito por infringir as normas específicas que regem sua prática ou se 
desviar dos princípios gerais que norteiam a Administração Pública" (fls. 88); 
e, 
“c) lesividade, isto é, há necessidade de que o ato ou a omissão 
administrativa desfalquem o erário ou prejudiquem a Administração, ou 
que ofendam bens ou valores artísticos, cívicos, culturais, ambientais ou 
históricos da comunidade (fls. 88). 
A Lesividade pode ser presumida nos casos do artigo 4º da Lei. 
LIMINAR : CABIMENTO 
PEDIDO 
- liminar 
- citação dos réus 
-intimação do MP 
- ANULAÇÃO DO ATO, CONTRATO 
- CONDENAÇÃO EM PERDAS E DANOS AOS RESPONSÁVEIS E BENEFICIÁRIOS 
- CONDENAÇÃO DO RÉU NAS CUSTAS E DEMAIS DESPESAS PROCESSUAIS 
- CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS- exceto U, EM, DF, 
M,AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES. 
- PRODUÇÃO DE PROVAS 
VALOR DA CAUSA 
DATA E LOCAL 
ASSINATURA DO ADVOGADO. 
 
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da ____ Vara da Fazenda Pública da Comarca 
(xxx) 
 
 
 
 
 
NOME DO AUTOR , (Nacionalidade), profissão, (Estado Civil), portador da )e do 
título de eleitor tal, endereço (xxx), Bairro (xxx), Cidade (xxx), Cep. (xxx), no 
Estado de (xxx), vem respeitosamente à presença de V. Exa., perante seu 
procurador que esta subscreve ( procuração em anexo), propor 
 
 
AÇÃO POPULAR ( verificar se há liminar) 
 
 
nos termos do art. 5º, LXXIII, da Constituição Federal e Art. 4º, I da Lei 4.717/65 
em face do Município de _____, com sede no endereço ______ , PREFEITO DO 
MUNICÍPIO DE (XXX), o Ilmo. Sr. (xxx), representante municipal, no 
endereço_____ e a Construtora XX, pelos fatos e fundamentos que passa a 
expor. 
 
DOS FATOS 
 
 
1. Como demonstram as publicações anexas (Docs. 01/05), a municipalidade, por 
seu órgão executivo máximo, contratou diretamente, ou seja, sem licitação com a 
Construtora HFL LTDA., a construção de um grupo escolar e de um mercado-
modelo nos locais denominados Barreiro e Estação 12. O custo das duas obras é, 
respectivamente, de R$ 1.200.000 (valor expresso) e R$ (2.500.000) (valor 
expresso), importâncias obviamente superiores aos preços de mercado e aos 
recursos ordinários da Prefeitura ( conforme laudo pericial em anexo), cujo 
"sacrifício" só é explicável por se tratar de obras inventadas em tempo de eleição. 
 
DO DIREITO 
 
2. Os atos são ilegais porque realizados sem a necessária concorrência pública, 
com infração ao disposto nos artigos 22, inciso XXVII e 37, inciso XXI da 
Constituição de 1988 portanto, e em confronto à lei geral de Licitações e contratos 
administrativos, Lei 8666/93). Além disso, os beneficiários, de idoneidade 
financeira duvidosa, não têm firma registrada, o que os impede de participar de 
licitações e de contratar com a Administração Pública. 
 
obs: colocar doutrina, escrever artigos de lei, jurisprudência, etc..... 
 
3. Destarte, os contratos geram graves prejuízos ao erário público. Nesse sentido, 
qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de 
nulidade de atos lesivos ao patrimônio dos Municípios (arts. 1º e 2º da Lei n°4.717 
de 29.05.1965 
 
 
Art. 1º. Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a 
declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito 
Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de 
economia mista (Constituição, art.141, §38), de sociedades mútuas de seguro nas 
quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de 
serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou 
custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por 
cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio 
da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer 
pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos. 
 
Art. 2º. São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no 
artigo anterior, nos casos de: 
 
a) incompetência;b) vício de forma;c) ilegalidade do objeto;d) inexistência dos 
motivos;e) desvio de finalidade. 
 
 
4. Com efeito, para o êxito da ação popular é necessário que o ato, além de 
ilegítimo, seja também lesivo ao patrimônio público (ac. da 3ª Câmara Cível do 
TJMG, Revista Forense, vol. 297, p. 203). 
 
5- DA LIMINAR 
 
Tendo em vista que o início das obras está somente aguardando a autorização do 
órgão municipal competente e que caso essa autorização seja efetuada, 
dificultará a retirada da Construtora dos locais da obra, juntamente com seus 
funcionários, vislumbra-se o perigo que a demora na decisão definitiva pode 
ocasionar aos cofres públicos. 
Além disso, por ser flagrante a ilegalidade na contratação sem licitação, evidencia-
se o fumus boni juris, ou seja, a plausibilidade do direito em face do caso concreto. 
Razão pela qual, torna-se a medida liminar indispensável para que não seja 
efetivada a autorização para o início das obras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOS PEDIDOS 
 
 
 
 1 que seja concedida a medida liminar para que o órgão público não emane a 
autorização para o início da obra. 
2 que sejam citados os réus para contestar a presente ação no prazo legal 
3 que seja promovida a intimação do órgão do MP 
4 SE FOR O CASO, FAZER O PEDIDO DE CERTIDÕES E InFORMAÇÕES 
ART.1º §º4 
5 que os pedidos sejam julgados procedentes para a anulação do contrato 
administrativo 
6 que sejam condenados o prefeito e a construtora pelos danos que 
causarem `a sociedade. 
7 7Que sejam produzidas todas as provas em direito admitidas. 
 
8 condenação do réu nas CUSTAS, HONORÁRIOS / ISEnÇÃO DA U, EM, DF E 
M E AUT E FUn. 
 
 
 
 
Dá-se a causa o valor de R$ (1.000,00) (valor expresso). 
 
(Local data e ano). 
 
 
 
 
 ( assinatura do advogado). NÃO PODE ASSINAR!!!!!! 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 
O prefeito do município de Fortaleza/ CE enviou um projeto de lei à sua respectiva 
Câmara Municipal que aprovou com a respectiva sanção, promulgação e 
publicação a Lei 121212/07 incluindo para o município novas hipóteses de dispensa 
de licitação. Utilizando-se uma dessas hipóteses, a empresa HGA Engenharia S/A 
foi contratada para prestar serviços ao município. João da Silva, pessoa em pleno 
uso de seus direitos políticos, procura você, advogado, e lhe solicita que um 
remédio constitucional para sanar essa ilegalidade. 
RESPOSTA: 
ENDEREÇAMENTO: EXMO.SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA 
PÚBLICA MUNICIPAL DE FORTALEZA/CE. 
AUTOR: JOÃO DA SILVA 
RÉUS: MUNICÍPIO, PREFEITO, CÂMARA MUNICIPAL E HGA ENGENHARIA S/A 
FUNDAMENTAÇÃO: ART. 31, XXI DA CF, ART. 21, XxvII DA CF 
- município não pode legislar sobre normas gerais em matéria de 
licitação. As hipóteses previstas na lei 8666/93 são taxativas. 
Pedido: 
a) incidentalmente: ilegalidade da lei 121212 
b) anulação da contratação 
c) condenação do prefeito, dos vereadores e da HGA S/A a ressarcir 
ao município os prejuízos ocasionados pela ilegalidade do ato 
praticado. 
EXERCÍCIO: 
O Secretário de Estado da Administração de determinado Estado-membro julgou 
conveniente alienar um apartamento classificado pelo Cadastro Patrimonial do 
Estado como bem público dominical, situado na cidade do Morro Verde. 
A primeira medida formal e jurídica adotada pelo Secretário foi a de obter do 
Poder Legislativo a indispensável autorização, nos termos da Constituição do 
Estado. Imediatamente após a publicação da lei autorizativa, a autoridade realizou 
a venda do imóvel a João dos Anjos Felizberto, à vista, pelo preço de R$ 100.000,00, 
sem adoção de quaisquer outras medidas. 
O cidadão Francisco das Chagas, morador da mesma cidade, procurou-o, dizendo 
e comprovando que os apartamentos vizinhos e semelhantes ao alienado valem R$ 
150.000,00. 
Com essas informações, Franciscodeseja saber qual a medida judicial adequada, 
com vistas a anular a venda e a resguardar o interesse público. Na condição de 
advogado, redija a peça processual adequada, dirigida à autoridade judicial 
competente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
LEGISLAÇÃO: LEI 7347, 8078 
 
1) DEFINIÇÃO 
A Ação Civil Pública é o instrumento processual usado para apurar a 
responsabilidade por Danos Causados ao Meio Ambiente, ao Consumidor, a Bens 
de Direitos do Valor Artístico, Estético, Histórico, Turístico e Paisagístico e outros 
direitos difusos. 
2) ENDEREÇAMENTO: 
 Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde 
ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a 
causa. 
3) CABIMENTO 
É regida pela lei 7347/85 e suas alterações posteriores. 
 Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, 
as ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: 
(Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994) 
 l - ao meio-ambiente; 
 ll - ao consumidor; 
 III – à ordem urbanística; (Incluído pela Lei nº 10.257, de 10.7.2001) 
 IV – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e 
paisagístico; (Renumerado do Inciso III, pela Lei nº 10.257, de 10.7.2001) 
 V - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. (Renumerado do Inciso IV, 
pela Lei nº 10.257, de 10.7.2001) (Vide Medida Provisória nº 2.180-35, de 
24.8.2001) 
 VI - por infração da ordem econômica. (Renumerado do Inciso V, pela Lei nº 
10.257, de 10.7.2001) (Vide Medida Provisória nº 2.180-35, de 24.8.2001) 
 Parágrafo único. Não será cabível ação civil pública para veicular 
pretensões que envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de 
Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza institucional 
cujos beneficiários podem ser individualmente determinados. (Vide Medida 
Provisória nº 2.180-35, de 24.8.2001) 
A expressão direitos difusos e coletivos não veio definida em sede 
constitucional. O CDC ( LEI 8078/90 veio portanto defini-los legalmente no artigo 
80. 
 I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os 
transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas 
indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato; 
II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os 
transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou 
classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação 
jurídica base; 
Além dos direitos difusos e coletivos, o CDC veio ainda estabelecer a tutela 
coletiva em caso de interesses ou direitos individuais homogêneos. Esses direitos 
são marcadamente individuais, e o aspecto de grupo a eles relativo diz respeito 
apenas a um conjunto de interesses voltados a um mesmo fim. 
A lei 7347 e o artigo 129, III da CF somente se referem aos direitos difusos 
e coletivos, e o que se tem visto são manifestações divergentes sobre a 
possibilidade de serem acautelados pela AÇÃO CIVIL PÚBLICA. 
Como ressalta José dos Santos Carvalho Filho, para a prova da ordem 
vislumbramos a possibilidade de serem defendidos direitos individuais 
homogêneos, desde que a tutela seja efetivamente coletiva e que abranja grupo 
significativo de pessoas, 
 III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os 
decorrentes de origem comum. 
3)LEGITIMIDADE ATIVA 
 Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: 
(Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). 
 I - o Ministério Público; 
 II - a Defensoria Pública; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). 
 III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
 IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista 
 V - a associação que, concomitantemente: 
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; 
 b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, 
ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio 
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. 
 § 1º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará 
obrigatoriamente como fiscal da lei. 
 § 2º Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos 
termos deste artigo habilitar-se como litisconsortes de qualquer das partes. 
 § 3º Em caso de desistência ou abandono da ação por associação 
legitimada, o Ministério Público assumirá a titularidade ativa. 
 § 3° Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação 
legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa. 
(Redação dada pela Lei nº 8.078, de 1990) 
 § 4.° O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando 
haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do 
dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido. (Incluído pela Lei nª 
8.078, de 11.9.1990) 
 § 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da 
União, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de 
que cuida esta lei. (Incluído pela Lei nª 8.078, de 11.9.1990) (Vide Mensagem de 
veto) (Vide REsp 222582 /MG - STJ) 
 § 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados 
compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante 
cominações, que terá eficácia de título executivo extrajudicial. (Incluído pela Lei nª 
8.078, de 11.9.1990) (Vide Mensagem de veto) (Vide REsp 222582 /MG - STJ) 
Art. 7º Se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem 
conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura da ação civil, remeterão 
peças ao Ministério Público para as providências cabíveis. 
 Art. 6º Qualquer pessoa poderá e o servidor público deverá provocar a 
iniciativa do Ministério Público, ministrando-lhe informações sobre fatos que 
constituam objeto da ação civil e indicando-lhe os elementos de convicção. 
4)LEGITIMIDADE PASSIVA 
Qualquer pessoa que esteja ferindo os direitos definidos em lei. 
5)LIMINAR 
É admitida conforme artigo 12 da lei. 
 
6)PEDIDO 
 Art. 3º A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o 
cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer. 
 Art. 8º Para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às 
autoridades competentes as certidões e informações que julgar necessárias, a 
serem fornecidas no prazo de 15 (quinze) dias. 
 § 2º Somente nos casos em que a lei impuser sigilo, poderá ser negada 
certidão ou informação, hipótese em que a ação poderá ser proposta 
desacompanhada daqueles documentos, cabendo ao juiz requisitá-los. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE 
(XXX) 
 
 
 
 
 
O órgão do Ministério Público do Estado x, por seu promotor de justiça Sr., 
que atua no endereço ____com fundamento no art 129 Constituição da 
República do Brasil e do 5° da Lei n°7347, de 24.07.1985 vem, à presença de V. 
Exa., propor 
 
 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA ( com ou sem pedido liminar) 
 
 
 
em face de NOME DA --------------, empresa com sede Rua (xxx), nº (xxx), Bairro 
(xxx), Cidade (xxx), Cep. (xxx), no Estado de (xxx), pelos motivos de fato e de 
direito que passa a expor: 
 
DOS FATOS 
 
1. A Empresa Requerida adquiriu a chácara denominada ÁGUAS LIMPAS, 
localizada na Rua (xxx), nº (xxx), Bairro (xxx), Cidade (xxx), Cep. (xxx), no Estado 
de (xxx), onde pretende instalar oficina de conserto de suas máquinas e depósito 
de material e destroços de veículos acabados. 
 
 
2.O local, número (xxx), rua (xxx), é dos mais aprazíveis do bairro, composto de 
vivendas ajardinadas, algumas antigas, com arborização feita a capricho, ali 
funcionando duas escolas, justamente confinantes com o terreno da Empresa. 
 
 
DO DIREITO 
 
A obra construenda é perfeita agressão ao meio ambiente, à estética e à 
paisagem da rua da fonte, agressão verificável do simples exame das fotografias 
ora exibidas. 
 
FAZER ALUSÃO À COnSTITUIÇÃO, DOUTRInA E JURISPRUDÊnCIA 
 
DA LIMInAR 
 
 
 
 
DO PEDIDO 
 
1 que seja concedida a medida liminar para ...... Sejam liminarmente e por cautela 
suspendidos os serviços de reparo da construção . pode solicitar multa 
cominatória diária 
2- OBS: SE O REU FOR pessoa jurídica de direito público: INTIMAÇÃO DA PJ 
para se pronunciar sobre a liminar no prazo legal. 
 
2 A citação da ré 
 
3 SÓ HAVERÁ PEDIDO DE INTIMAÇÃO DO MP SE ELE Não for o autor da ação. 
( art. 5º §1º) 
 
4 que ao final sejam deferidos o pedido de ( fazer ou não fazer alguma coisa, 
anular algum ato ou contrato) 
 
6 PRODUÇÃO DE PROVAS. 
 
5 CONDEAÇÃO DE CUSTAS, despesas processuais e honorários 
obs: SE O MP FOR O AUTOR, NÃO HÁ PEDIDO DE CUSTAS 
OBS: NÃO HÁ CUSTAS PRA U, EM, DF, M, AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES 
PÚBLICAS ( LEI 9.289/96 E 14.939 
 
 
 
 
 
Dá a causa o valor de R$ (xxx) (valor expresso) 
 
 
 
 
(Local, data e ano). 
 
(ASSINATURA DO ADVOGADO). 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ...... VARA CÍVEL 
DA COMARCA DE..PANTANAL / MS................................ 
 
( 
 
 
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PANTANAL, através de seu representante, 
com fundamento no art. 5º da Lei nº 7.347, de 24 de julho de1985, vem propor contra o 
HOTEL FAZENDA MATA VIRGEM LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita 
no CNPJ-MF sob o nº 55.859.336/0023, com sede administrativa nesta cidade, na Rua 
Martinho Lutero, 1000, Centro, a presente AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE 
RESPONSABILIDADE, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor: 
 
I - DOS FATOS 
 
1º. A requerida, sem o devido estudo de impacto ambiental, iniciou a construção de um 
prédio em alvenaria de 22.000 (vinte e dois mil) metros quadrados, destinado a instalação 
de um emprendimento de hotelaria e exploração do turismo rural; 
2º. Desde o início das obras, todo material inaproveitável na construção, qual seja, pedaços 
de madeira, sacos vazios de cimento, cal e argamassa, além das sobras de ferragens, dentre 
outros tantos entulhos, são descartados às margens, do já tão sacrificado pela poluição, Rio 
Aquidauana; 
3º. Apesar de notificado pela autoridade estadual responsável pela fiscalização das margens 
do referido rio, pois trata-se, constitucionalmente, de um bem público estadual, para que, 
imediatamente, retirasse todo o material poluidor, a requerida manteve-se inerte; 
4º. De posse de tal informação, o Ministério Público oficiou ao representante da requerida, 
solicitando que atendesse a determinação feita pelo Estado, no entanto, como resposta, 
verificou-se, novamente, a inércia do réu. Resta pois, inevitável, a via judicial para dirimir 
tal infração. 
 
II - DO DIREITO 
 
Regem-se pela Lei nº7.347, de 1985, as ações de responsabilidades por danos causados: I. 
ao meio ambiente; II. ao consumidor; III. a bens e direitos de valor artístico, estético, 
histórico, turístico e paisagístico (art. 1º). A ação poderá ter por objeto a condenação em 
dinheiro, ou cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer (art. 2º). 
 
III - DO PEDIDO 
 
Face ao exposto, requer: 
1º. A citação da requerida, na pessoa de seu representante legal Sr. Américo Vespúcio, para 
responder, sob pena de revelia, aos termos da presente ação, que visa à obrigação de não 
fazer o descarte de entulhos às margens do Rio Aquidauana; 
2º. A concessão de medida liminar para que suspendam os serviços de construção até ser 
feito o necessário estudo de impacto ambiental; 
3º. Que, a final, seja a ré condenada a abster-se, definitivamente, da realização do ato 
danoso aos interesses da comunidade e a pagar as custas judiciais; 
Protesta o requerente por todas as provas admitidas em direito, dando-se a causa o valor de 
R$ 1.000,00 (mil reais). 
 
Nestes Termos 
Pede e espera 
Deferimento. 
 
......................... ....., de ....................... de .................. 
 
 
Promotor de Justiça 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARECER 
O parecer é uma manifestação formal de alguma pessoa, integrante da 
Administração Pública ou não, sobre alguma ou algumas situações de fato ou de direito 
postas, identificada por alguém que tem dúvidas, não tem conhecimento ou necessita por 
dever hierárquica de alguma informação. 
 
O parecer não é peça processual, por isso não se submete aos rigores formais 
processuais. 
 
O principal é que ele seja a resposta para alguns questionamentos, que seja claro, 
objetivo e bem fundamentado para que a opinião do parecerista possa certamente direcionar 
a atitude do administrador público. 
 
Geralmente, o Ministério Público quando atua como fiscal da lei, emana pareceres; 
o Advogado Geral da União, o Procurador da Fazenda Nacional também são comumente 
solicitados para emanar pareceres. 
 
Certo é que, apesar de não ter um rigor formal, a prática nos leva a um formalismo que traz 
ordem a um parecer. 
 
1) EMENTA 
2) RELATÓRIO 
3) FUNDAMENTOS 
4) CONCLUSÃO 
5) DATA E LOCAL 
6) ASSINATURA DO PARECERISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modelo de parecer 
PARECER 
 
SOLICITANTE: DR. X 
SOLICITADA: ANA PAULA MATOSINHOS 
 
 
1) RELATÓRIO 
 
 O presente parecer refere-se a uma consulta formulada pelo 
solicitante, Dr. X, advogado regularmente inscrito na OAB/MG, em virtude 
de um termo aditivo que será realizado tendo em vista um Contrato de 
Locação de Imóvel Não Residencial celebrado entre a AGÊNCIA NACIONAL 
DE TELECOMUNICAÇÕES - ANATEL - ESCRITÓRIO REGIONAL - ER 04, em 
Minas Gerais e as empresas Z EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA. e 
A EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA. 
 
a) Em virtude de estar sendo prorrogado o contrato de locação, questiona o solicitante 
sobre a possibilidade de previsão de multas contratuais por dilação temporal além do 
prazo da prorrogação. 
 
2) FUNDAMENTOS 
 
A expressão contratos da Administração designa todos os contratos 
celebrados pela Administração Pública, seja sob o regime de direito 
público, seja sob o regime de direito privado. 
 
O contrato administrativo, por sua vez, expressa tão-somente os 
ajustes celebrados pela Administração, nessa qualidade, com pessoas 
físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, para a consecução de fins 
públicos, sob o manto do regime jurídico de direito público. ( Maria Sylvia 
Zanella di Pietro. Direito Administrativo. Editora Atlas, 2007). 
 
Portanto, os contratos administrativos são aqueles em que o Estado é 
sempre parte, seja dotado de seu poder de império (contratos públicos da 
Administração Pública), ou sem este poder (contratos privados da 
Administração Pública). Os contratos públicos referem-se à realidade dos 
próprios fins do Estado, sendo regidos, portanto, por normas de direito 
público. São desta espécie a concessão de serviço público, a empreitada, 
o empréstimo público, bem como a concessão de direito real de uso de 
bem público). 
 
 
Os contratos privados são aqueles que o Poder Público celebra com 
particulares, despojando-se de seu domínio eminente ou poder de império, 
colocando-se, portanto, em situação de rigorosa isonomia contratual, pois 
tais contratos não têm por objetivo último a realização dos fins precípuos 
do Estado. São, portanto, exemplos de tais contratos a locação de imóveis 
para uso de repartições, a compra e venda de materiais. Os contratos 
privados são, evidentemente, regidos pelas normas de direito civil ou 
comercial. 
 
Nos contratos de direito privado a Administração se equipara ao 
particular, estabelecendo

Outros materiais