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CÂNCER DE PRÓSTATA

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Alan Crisan Zocche - t19
CÂNCER DE PRÓSTATA
EPIDEMIOLOGIA
É a segunda maior causa de morte em homens no Brasil, só perdendo para causas circulatórias;
40% dos homens com mais de 50 anos tem câncer de próstata;
São tratados todos, pois não há como saber quais desses morrerão pelo câncer;
O maior fator de risco é a idade:
<40 anos - 1/10mil;
40 a 59 anos - 1/103;
>60 anos - 1/8. 
FATORES DE RISCO
Idade - principal;
Histórico familiar;
1 parente (primeiro grau) 3 vezes mais chance que a população geral;
2 parentes (primeiro grau) 10 vezes mais chance que a população geral;
Raça negra - pacientes negros tem mais chance em todas as patologias prostáticas;
Alimentação gordurosa - inespecífico, é fator de risco para qualquer câncer;
Tabagismo - inespecífico, é fator de risco para qualquer câncer, chamando mais atenção no de bexiga.
PATOLOGIA
95% são adenocarcinomas - origem glandular;
Sarcomas;
Carcinoma neuroendócrino;
Estudo imunohistoquímico (se confirmar já inicia-se o tratamento de câncer);
Neoplasia intraepitelial - PIN (atipia);
Escore de Gleason;
ESCORE DE GLEASON
Arquitetura glandular - É pego uma população de células da próstata e dado uma nota de 1 a 5 que é o grau;
Gleason é a soma de dois tipos mais frequentes N1 + N2;
Bem diferenciado 2 a 4;
Moderadamente 5 a 7;
Indiferenciado 8 a 10;
Quanto maior o Gleason mais agressivo é o tumor.
QUADRO CLÍNICO
Assintomático - se apresentar sintomas certamente o câncer está avançado;
Geralmente é descoberto por rastreamento, porque é pouco sintomático em fase inicial;
LUTS - para urinar mal é porque há uma massa grande obstruindo a uretra;
HEMATÚRIA - o tumor acerou para dentro e está sangrando;
OBSTRUÇÃO; INSUFICIÊNCIA URINÁRIA - sinal de infiltração tumoral;
DOR ÓSSEA - metástase;
SÍNDROME MEDULAR - metástase na coluna;
LINFEDEMA DE MMII - metástase linfática. 
RASTREAMENTO
Todo paciente com mais de 45 anos;
40 anos - com histórico familiar (para alguns protocolos se for negro também);
O rastreamento é composto por dosagem de PSA e toque retal;
Novos marcadores (EN2) > ainda em desenvolvimento, sem aprovação.
Alan Crisan Zocche - t19
EXAME DIGITO RETAL
Com o PSA 70% dos cânceres de próstata são diagnosticados, já com o digito retal associado são
diagnosticados 90% dos cânceres;
A próstata está na parede anterior do reto;
É avaliada a consistência fibroelástica e a presença de lesões focais;
A presença de um nódulo ou uma parte endurecida indica a realização de uma biópsia, independente do
valor de PSA (30% dos CA tem PSA normal); 
PSA
Utilizado para rastreamento;
É o antígeno prostático específico, ou seja, é específico da próstata e não do câncer;
Alterasse em qualquer patologia prostática como o câncer, prostatite, hiperplasia e infarto prostático;
Só o PSA não faz diagnóstico de câncer;
<4 ng/ml = Normal 
Pode-se considerar 2,5 para pacientes com menos de 50 anos (na matéria só é considerado 4);
 4 a 10 ng/ml = zona cinzenta > faz-se o refinamento do PSA
Se realizar biópsia em pacientes nessa faixa cerca de 70% será perdida, pois a taxa de câncer nessa
faixa é de 30%;
A biópsia é um procedimento invasivo e de risco infeccioso, então deve-se ser evitada;
> 10 ng/ml = Obrigado biopsiar para descartar câncer;
REFINAMENTO DO PSA
É utilizado para evitar biópsias desnecessárias;
Utilizado para pacientes na zona cinzenta;
PSA livre/total (<18% = provável câncer - biópsia);
Se for maior que 18% provavelmente é benigno (prostatite, hiperplasia);
18% variável, podendo ser de 20 a 22%;
PSA velocidade (>0,75 ng/ml/ano - biópsia);
PSA densidade (PSA/volume prostático);
PSA idade;
RESSONÂNCIA MULTIPARAMÉTRICA
É utilizado para evitar biópsia desnecessária;
Estratifica o risco de neoplasia (PI-RADS);
Indica qual é a chance do paciente ter um câncer de próstata clinicamente significativo;
NÃO FAZ O DIAGNÓSTICO DE CÂNCER, APENAS INDICA SE O RISCO É BAIXO, MODERADO OU ALTO
DO PACIENTE TER O CÂNCER;
O problema é o alto custo e a baixa disponibilidade.
BIÓPSIA DA PRÓSTATA
Feita em casos de PSA elevado, toque alterado e PI-RADS com alto risco;
É guiado por ultrassonografia transretal;
Divide-se a próstata em 6 sextantes e de cada um tira 2 fragmentos;
Deve-se realizar preferencialmente com sedação;
Riscos:
Infecção: empurra bactérias das fezes, sendo necessário o uso de antibióticos;
Sangramento: fura a próstata sem saber onde estão os vasos, a maioria das vezes para sozinho, mas
pode gerar uma hemorragia.
Alan Crisan Zocche - t19
ESTADIAMENTO
É a primeira coisa que se faz após o diagnóstico de câncer;
Pacientes de alto risco (Gleason > 7 ou PSA > 10);
Se tiver baixo Gleason e PSA sabe-se que a doença está em estágio inicial e o estadiamento é
desnecessário; 
Exames utilizados para o estadiamento:
Cintilografia óssea - pois a metástase mais comum é a óssea;
TC pelve - identificar os linfonodos;
RM;
Sensibilidade limitada;
Estadiamento - TNM;
T1 - identificar pelo rastreamento, não há nenhuma alteração no exame físico;
T4 - tumor invadindo a bexiga, reto, tecidos moles, pênis...
M - M0 ou M1, pois se tiver metástase já é avançado, não importa quantos tem.
TRATAMENTO
Vigilância ativa;
Prostatectomia radical;
Radioterapia externa;
Bloqueio hormonal;
Quimioterapia.
Alan Crisan Zocche - t19
Atipia;
Câncer de próstata localizado:
Não saiu dos limites prostáticos, sem metástase, qualquer tratamento costuma funcionar;
Prostatectomia radical costuma ser boa;
Radioterapia externa;
Pode vigiar (observar critérios de Epstein);
Localmente avançado:
Sem metástase, mas com enraizamento locais;
Cirurgia não indicada, pois não retira o tumor por inteiro e pode lesar outras estruturas;
Radioterapia é o indicado;
Metástico:
Apenas tratamento paliativo e não curativo;
Geralmente tratamento hormonal;
Quando o hormonal falhar (2 a 3 anos) indicasse quimioterapia.
1.
2.
3.
4.
PROSTATECTOMIA RADICAL
Tumores localizados (T1 e T2);
Remoção da próstata e da vesícula seminal (prostatovesiculéctomia radical);
Anastomose da vesícula com a uretra;
Incontinência e D. E;
Aberta, labaroscópica e robótica 
COMPLICAÇÕES:
Disfunção erétil (até 80%);
Incontinência urinária (10-30%);
Estenose uretral;
Estenose colo vesical;
RADIOTERAPIA
Eficácia semelhante a prostatectomia radical;
Em pacientes jovens é preferível a cirurgia, para caso haja uma recidiva ter a radio como alternativa;
O câncer localizado pode ser tratado com radio pelo avanço tecnológico hodierno;
Pode ser combinada com bloqueio hormonal;
Redução da toxicidade;
Braquiterapia: semelhante dentro da próstata, mas não tem os mesmos resultados da radio externa;
BLOQUEIO HORMONAL
É a castração química, supre a testosterona a níveis próximos a zero;
Pode ser feita por medicamentos ou pela remoção dos testículos, mas a orquiectomia é quase impraticável;
Doença metastática ou adjuvância na radioterapia;
resposta de 70 a 80% (muito boa);
Pode-se utilizar medicamentos que bloqueiem qualquer parte do eixo hipotálamo-hipófise-testículo;
Perde a eficácia com o tempo;
É um tratamento provisório e reversível; 
QUIMIOTERAPIA
Só é indicada após falência do bloqueio hormonal;
Aumento discreto da sobrevida (meses);
É a última opção do tratamento.

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