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CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA CIRCULAÇÃO Todos os vasos sanguíneos possuem uma A circulação é dividida em Sistêmica e Pulmonar. Partes Funcionais da Circulação: Artérias: transporta o sangue para os tecidos sob alta pressão. Arteríolas: são ramos no final do sistema arterial, são condutoras de controle, liberam o sangue para os capilares. Tem capacidade de se contrair e dilatar-se, de forma que altera o fluxo sanguíneo e o líquido intersticial. Vênulas: coletam o sangue dos capilares. A parti dela é formado veias maiores. Veias: transporte de sangue das vênulas de volta ao coração. Atua como reservatório de sangue extra. Também se contrai e dilata. Capilares: ocorre difusão de substâncias do sangue para os tecidos e vice-versa. Velocidade do fluxo sanguíneo: As veias tem uma secção transversa maiores em relação as artérias. A velocidade do fluxo sanguíneo é inversamente proporcional à área de secção transversal vascular. Pressão nas diversas partes da circulação: A pressão arterial anterna entre a pressão sistólica de 120mmHg e pressão diastólica de 80 mmHg. A pressão vai caindo a medida que o sangue camada fina de endotélio. As células endoteliais secretam muitas substâncias parácrinas e desempenha um papel importante na regulação da PA, no crescimento dos vasos sanguíneos e na absorção de materiais. Os vasos sanguíneos contém músculo liso vascular: As células musculares lisas mantém uma concentração parcial, denominada de tônus muscular. A contração do musculo liso depende da entrada de cálcio a partir do líquido extracelular, através dos canais de cálcio. O tônus muscular é regulado por moléculas sinalizadoras, como neurotransmissores, hormônios e sinais parácrinos. ARTÉRIAS E ARTERÍOLAS CARREGAM O SANGUE A PARTIR DO CORAÇÃO A aorta e as grandes artérias possuem fibras rígidas e elásticas. Quando as grandes artérias se divergem para artérias menores, a característica da parede muda, tornando-se menos elástica e mais muscular. As arteríolas contém muitas camadas de musculo liso, que fazem com que ela se contraia e dilata-se, sob a influência de sinais químicos. A TROCA OCORRE NOS CAPILARES Suas paredes são constituídas por uma única camada achatada de endotélio e lamina basal. Muitos capilares estão associados a células chamadas de Pericitos. Elas contribuem para diminuir a permeabilidade capilar, além de secretarem fatores que influenciam o crescimento capilar. O FLUXO SANGUÍNEO CONVERGE NAS VÊNULAS E NAS VEIAS O sangue sai dos capilares e vai para as vênulas. As vênulas são semelhantes aos capilares, distinguemse pelo seu padrão convergente de fluxo. O sangue flui das vênulas para as veias, que vão aumentando de diâmetro conforme chega ao coração. As veias cavas (maiores) desembocam no átrio direito. Algumas veias possuem valvas internas unidirecionais, que garantem que o sangue não retorne. As veias são mais numerosas que as artérias e são mais grossas, portanto carrega um maior volume de sangue. Elas ficam mais próximas a superfície do do corpo que as artérias. Tem paredes mais finas e com menos tecido elástico. fluía para a circulação sistêmica. VASOS SANGUÍNEOS Gabriela Santos Libarino | Farmácia 3P - UFBA PRESSÃO ARTERIAL Quando o ventrículo esquerdo se contrai, o sangue é ejetado para as artérias e arteríolas, nesse momento elas se expandem para receber o sangue. Quando a valva aorta se fecha, o sangue é direcionado para frente, pois as artérias se retraem. O fluxo sanguíneo é diretamente proporcional ao gradiente de pressão, e é inversamente proporcional à resistência dos vasos ao fluxo! A PA É MAIOR NAS ARTÉRIAS E MENOR NAS VEIAS A pressão que chega nas artérias vai diminuindo a medida que o sangue flui. Isso ocorre porque se perde energia, devido à resistência ao fluxo pelos vasos. A pressão na aorta é resultado da pressão gerada pelo ventrículo. Ela alcança cerca de 120 mmHg durante a sístole ventricular (pressão sistólica), e na diástole ventricular ela cai para 80 mmHg (pressão diastólica). O aumento da pressão que ocorre durante a ejeção de sangue para aorta é percebido como um pulso, que é transmitido ao longo das artérias que desaparece nos capilares. A pressão de pulso é dada por: Pressão sistólica – pressão diastólica= pressão de pulso Nas veias não ocorre onda de pressão, a pressão diminui devido o atrito. É um sangue mais estável do que pulsátil. O retorno venoso é auxiliado pelas valvas, pela bomba musculesquelética e pela bomba respiratória. A PRESSÃO SANGUÍNEA ARTERIAL REFLETE A PRESSÃO DE PROPULSÃO DO FLUXO SANGUÍNEO A pressão sanguínea arterial reflete a pressão ventricular. A pressão arterial é pulsátil, por isso utilizase um único valor para representa-la (Pressão arterial média (PAM)). Ela é mais próxima da P diastólica do que da P sistólica, e é representada por: P diastólica + 1/3(P sistólica – P diastólica) = PAM Se a PA cai muito baixo (hipotensão), o fluxo sanguíneo diminui, não conseguindo superar a gravidade, diminuindo a oferta de O2 para o encéfalo, podendo causar tontura e desmaio. Se a PA estiver muito alta (hipertensão), a pressão pode levar a rupturas nos vasos levando a sangramentos nos tecidos. A PA É ESTIMADA POR ESFIGMANOMETRIA O esfigmomanômetro é um instrumento inflável e manômetro de pressão. Ele envolve o braço e é inflado até excede a pressão arterial, fazendo com que o fluxo sanguíneo na porção inferior do braço seja interrompido. Quando o sangue passa na artéria comprimida, é auscultado um ruído chamado de Som de Krotkoff, esse som representa a pressão mais alta (120mmHg) e é representado pela pressão sistólica. A medida que o som de Korotkoff desaparece, é registrado a pressão mais baixa (80mmHg) que é a pressão diastólica. A PA 120/80 pode variar de uma pessoa para outra. Por ex, uma PA sistólica de 140 ou diastólica de 90, podem ser consideradas normais sob outros aspectos. DÉBITO CARDÍACO E A RESISTÊNCIA PERIFÉRICA DETERMINAM A PAM O fluxo sanguíneo para dentro da aorta é igual ao débito cardíaco do ventrículo esquerdo. Já o fluxo sanguíneo para fora das artérias é influenciado pela Resistência periférica, que é a resistência ao fluxo provocada pelas arteríolas. A PAM é determinada pelo balanço entre o fluxo de sangue que entra nas artérias e o fluxo que sai delas. • Se o o fluxo sanguíneo para fora das artérias não mudar, o débito cardíaco fica maior, e o volume de sangue nas artérias aumenta e, consequentemente, a pressão sobe. • A resistência periférica aumenta e o débito cardíaco permanece inalterado. O fluxo de sangue para fora das artérias diminui. Isso também leva ao acumulo de sangue e a pa aumenta. ALTERAÇÕES NO VOLUME SANGUÍNEO AFETAM A PA Alterações no volume sanguíneo ocorrem devido à ingestão de alimentos e líquidos, porem são aumentos que não geram mudanças duradouras na PA. Além de desidratação e hemorragia. Entretanto, existe mecanismos homeostáticos que regulam a PA. CONTROLE LOCAL E HUMORAL DO FLUXO SANGUÍNEO PELOS TECIDOS MECANISMOS DE CONTROLE DO FLUXO SANGUÍNEO Os mecanismos locais para o controle tecidual do fluxo sanguíneo dilatam apenas artérias e arteríolas muito pequenas em cada tecido. É dividido em duas fases: controle agudo e controle a longo prazo. Controle agudo: rápida variação da vasodilatação ou da vaso constrição nas arteríolas e esfíncteres précapilares. Controle a longo prazo: variação controlada do fluxo, que pode duras dias, semanas e até meses. CONTROLE AGUDO DO FLUXO SANGUÍNEO LOCAL • Aumento na intensidade metabólica do tecido localizado, leva a um efeito agudo sob o fluxo sanguíneo. • A falta deoxigênio tecido aumenta o fluxo sanguíneo através do tecido. Quando o metabolismo aumenta em um tecido ou quando a disponibilidade de oxigênio se altera, a regulação do fluxo sanguíneo é feita por duas teorias: Vasodilatação e da falta de O2. Teoria da vasodilatação: Algumas substancias vasodilatadoras são: adenosina, dióxido de carbono, compostos de fosfato de adenosina, histamina, íons potássio e íos hidrogênio. Nessa teoria, a substância vaso dilatadora é liberada no tecido, principalmente na falta de O2. Teoria da falta de oxigênio: A ausência de oxigênio no tecido, relaxa o vaso, resultando na dilatação do vaso. O aumento na utilização de oxigênio pelos tecidos, diminui a disponibilidade de O2, o que também causaria vasodilatação. Outros nutrientes: • A falta de glicose no sangue pode provocar vasodilatação tecidual local. • Deficiência vitamínica do Beribéri, no qual o paciente apresenta deficiência num complexo de vitaminas: tiamina, niacina e riboflavina. Provocando vasodilatação Fator de relaxamento derivado do endotélio: Um mecanismo que dilata as artérias maiores, é a liberação da substância vasodilatadora, chamada de Fator de relaxamento derivado do endotélio (FRDE), composto principalmente por Óxido Nítrico. Mecanismo: o fluxo sanguíneo rápido pelas artérias e arteríolas provoca uma situação chamada de “estresse por cisalhamento” das células endoteliais, devido ao tracionamento viscoso do sangue contra as paredes dos vasos. Isso leva a distorção das células endoteliais na direção do fluxo, provocando a liberação de óxido nítrico, que então relaxa os vasos sanguíneos. REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO A LONGO PRAZO A regulação aguda, não é uma regulação totalmente completa, em relação a regulação a longo prazo. A regulação a longo prazo é importante quando as demandas metabólicas a longo prazo de um tecido se altera. Alteração na “Vascularização Tecidual”: Um dos mecanismo desse tipo de regulação, é a alteração da vascularização dos tecidos. A vascularização aumenta ou diminui dependendo das necessidades dos tecidos: como aumento no metabolismo, cicatrização, tecido canceroso, etc. Oxigênio na regulação a longo prazo: O oxigênio também é importante na regulação a longo prazo, como por exemplo animais que vivem em altas altitudes, onde o O2 é baixo, a vascularização é aumentada nos tecidos. CONTROLE HUMORAL DA CIRCULAÇÃO É feito por hormônios e íons. Dentre eles, os mais importantes são: AGENTES VASOCONSTRITORES Norepinefrina e Epinefrina: A norepinefrina é um vasoconstritor potente e a epinefrina é menos potente (alguns tecidos causa vasodilatação). Angiotensina II: é uma potente vasoconstritora. Ela contrai de forma intensa as arteríolas. Em condições normais, ela age ao mesmo tempo em muitas arteríolas do corpo, aumentando a resistência periférica total e elevando a PA. Vasopressina: também chamada de hormônio antidiurético, tem efeito vasoconstritor ainda mais intenso que a angiotensina II. Ela é formada no hipotálamo e em seguida é transportada por axônio até a hipófise posterior, onde é secretada. Apenas quantidades diminutas são secretadas. Ela tem como principal função aumentar a reabsorção de água pelos túbulos renais de volta para o sangue. Endotelina: é capaz de provocar intensa vasoconstrição quando presente. O estímulo para sua liberação é a lesão do endotélio. AGENTES VASODILATADORES Bradicinina: provocam intensa vasodilatação, por meio da dilatação arteriolar e aumento da permeabilidade capilar. Histamina: derivada dos mastócitos e basófilos, é liberada se o tecido for lesado ou se tornar inflamado. Tem efeito vasodilatador nas arteríolas e aumenta a porosidade capilar. CONTROLE VASCULAR POR ÍONS E OUTROS FATORES QUÍMICOS • Aumento da concentração de íons cálcio provoca vasoconstrição. • Aumento da concentração de íons potássio provoca vasodilatação. • Aumento na concentração do íon magnésio provoca intensa vasoconstrição. • Aumento na concentração de íons hidrogênio (acidose) provoca dilatação das arteríolas. O contrario provoca vasoconstrição. • Acetato e citrato provocam leve vasodilatação • Aumento na concentração de Dióxido de carbono provoca vasodilatação moderada, mas no cérebro provoca vasodilatação acentuada. REGULAÇÃO NERVOSA DA CIRCULAÇÃO E O CONTROLE RÁPIDO DA PRESSÃO ARTERIAL REGULAÇÃO NERVOSA DA CIRCULAÇÃO É feito quase inteiramente pelo sistema nervoso autônomo. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO O sistema mais importante para o controle da PA é o simpático. Sistema Nervoso Simpático: Inervação Simpática dos Vasos Sanguíneos: Na maioria dos tecidos, todos os vasos, exceto os capilares, esfíncteres pré-capilares e metarteríolas, são inervados. Inervação das pequenas artérias e das arteríolas: aumenta a resistência ao fluxo sanguíneo, portanto, diminui a velocidade do fluxo pelos tecidos. Inervação dos vasos maiores (veias): diminui o volume. Fibras Nervosas Simpáticas para o Coração: As fibras simpáticas também se dirigem diretamente para o coração, aumentando a atividade cardíaca tanto pelo aumento da frequência cardíaca quanto pelo aumento da força e do volume de seu bombeamento. Controle Parassimpático da função cardíaca: Ele controla a frequência cardíaca pelas fibras nervosas parassimpáticas para o coração nos nervos vagos. Essa estimulação provoca a diminuição da frequência cardíaca e redução ligeira da contratilidade do músculo cardíaco. Sistema Vasoconstritor Simpático e seu controle pelo SNC: As fibras vasoconstritoras do sistema simpático estão distribuídas para todos os segmentos da circulação. Centro Vasomotor no Cérebro e seu Controle pelo Sistema Vasoconstritor: O sistema vasomotor está situado no bulbo, em sua substância reticular e no terço inferior da ponte. Ele transmite impulsos parassimpáticos por meio dos nervos vagos, e impulsos simpáticos pela medula espinhal e pelos nervos simpáticos periféricos. Algumas áreas importantes são: • Area vasoconstritora bilateral: fica na porções ântero-laterais do bulbo superior. Os neurônios saem dessa área e vai para todos os níveis da medula espinhal, excitando os neurônios vasoconstritores pré-ganglionares do sistema simpático. • Area vasodilatadora bilateral: fica nas porções ântero-laterais da metade inferior do bulbo. Elas se projetam para a área vasoconstritora, inibindo sua sua atividade vasoconstritora, causando vasodilatação. • Area sensorial bilateral: fica nas porções póstero-laterais do bulbo e da ponte inferior. Recebem sinais do sistema sensorial circulatório, o que ajuda a controlar as atividades das áreas vasoconstritoras e vasodilatadoras do centro vasomotor. Ex: reflexo barorreceptor. Tônus Vasoconstritor Simpático: Em condições normais, o centro vasomotor transmite de forma continua sinais para as fibras nervosas vasoconstritoras simpáticas em todo corpo, provocando despolarização continua e repetitiva dessas fibras. Essa despolarização é denominada de tônus vasoconstritor simpático. Ele mantêm o estado de contração dos vasos sanguíneos (tônus vasomotor). Controle da Atividade Cardíaca pelo Centro Vasomotor: Ao mesmo tempo que o centro vasomotor está controlando a constrição vascular, ele controla também a atividade cardíaca. Ele transmite impulsos excitatórios por meio de fibras simpáticas para o coração, quando há necessidade de elevar a frequência cardíaca e a contratilidade. Isso é feito pelas porções laterais. Se precisar do efeito oposto, o centro vasomotor envia sinais para os nervos vagos adjecentes, que transmitem impulsos parassimpáticos pelos nervos vagos para o coração, diminuindo afrequência cardíaca e a contratilidade. E feita pela porção medial. Norepinefrina – Substancia transmissora da vasoconstrição simpática: É secretada pelas terminações dos nervos vasoconstritores, que age diretamente sob os receptores alfa-adrenérgicos da musculatura vascular lisa, causando vasoconstrição. Ao mesmo tempo, os estímulos nervosos são levados para as medulas adrenais, provocando secreção de tanto de epinefrina quanto de norepinefrina no sangue circulante, indo para todas as partes do corpo, onde agem direto sob os vasos sanguíneos, geralmente causando vasoconstrição. Em alguns tecidos, a epinefrina provoca vasodilatação, pois ela também tem efeito beta-adrenérgico. Sistema Vasodilatador Simpático e seu controle pelo SNC: A principal área que controla esse sistema é o hipotálamo anterior. As fibras dilatadoras liberam em suas terminações acetilcolina. Acredita-se que o efeito vasodilatador também seja causado pela epinefrina pelos receptores beta-adrenérgicos. O PAPEL DO SISTEMA NERVOSO NO CONTROLE RÁPIDO DA PRESSÃO ARTERIAL Para causar aumentos rápidos da PA, todas as funções vasoconstritoras e cardioaceleradoras do sistema nervoso simpático são estimuladas simultaneamente. Ao mesmo tempo, ocorre inibição recíproca de sinais inibitórios vagais do sistema parassimpático para o coração. Isso leva a três alterações: 1- A maioria da arteríolas se contraem, aumentando a resistência periférica total e elevando a PA. 2- Contração das veias, deslocando o sangue para fora dos grandes vasos sanguíneos periféricos, em direção ao coração, aumentando o volume nas câmeras cardíacas. Isso leva ao estiramento do coração, o que aumenta os bm e elevando a PA. 3- Estimulação do coração pelo SN autônomo, aumentando ainda maiso bombeamento cardíaco. MECANISMOS REFLEXOS PARA A MANUTENÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL NORMAL A maioria dos mecanismos de feedback negativo operam para manter a PA em seus valores normais ou próximos deles. Sistema Barorreceptor de Controle da PA- Reflexos Barorreceptores: É um reflexo desencadeado por receptores de estiramento, os barorreceptores, que ficam na parede de diversas grandes artérias sistêmicas. O aumento da PA estira os barorreceptores, fazendo com que transmitem sinais para o SNC. Os sinais de feedback são devolvidos pelo sistema nervoso autônomo, para a circulação, reduzindo a PA até seu nível normal. Os barorreceptores são abundantes na parede de cada artéria carótida interna, pouco acima da bifurcação carotídea, no seio carotídeo e na parede do arco aórtico. Reflexo Circulatório Desencadeado pelos Barorreceptores: Os barorreceptores levam os sinais para o bulbo, o reflexo circulatório inibem o centro vasoconstritor bulbar e excitam o centro parassimpático vagal, levando a dois efeitos: 1- Vasodilatação das veias e das arteríolas. 2- Diminuição da frequência cardíaca e da força da contração cardíaca. A baixa PA leva a efeitos opostos. Como esse sistema se opõe aos aumentos ou diminuições da PA, ele é chamado de sistema de tamponamento pressórico, e seus nervos de nervos tampões. Efeito da falta de Oxigênio sob a Pressão Arterial: Os quimiorreceptores são células sensíveis a falta de oxigênio e ao excesso de dióxido de carbono e de íons hidrogênio. Eles excitam fibras nervosas que, juntamente com as fibras barorreceptores, passam pelos nervos de Hering e pelos nervos vagos, indo para o centro vasomotor do tronco encefálico. Os quimiorreceptores estão sempre em contato com o sangue arterial. Quando a PA cai abaixo de um nível critico, esses receptores são ativados, pois a redução do fluxo sanguíneo provoca a redução dos níveis de O2 e o acumulo de dióxido de carbono e de íons hidrogênio, que não são removidos da circulação. Os quimiorreceptores levam sinais ao centro vasomotor e este eleva a PA de volta ao normal. Receptores de baixa Pressão: Estão nas paredes dos átrios e das artérias pulmonares. São receptores de estiramento. Eles minimizam as variações de PA em resposta às alterações do volume sanguíneo. Reflexos Atriais que Ativam os Rins: O estiramento dos átrios leva a dilatação reflexa das arteríolas aferentes renais. Alguns sinais são transmitidos dos atrios para o hipotálamo, simultaneamente, para diminuir a secreção de hormônio antidiurético. Essas duas situações levam a: aumento da filtração glomerular e diminuição da reabsorção de liquido. Isso leva ao aumento da perda de liquido pelos rins e redução do volume sanguíneo, voltando aos valores normais. O aumento do estiramento atrial, leva a secreção do hormônio Peptídeo Natriurético Atrial, que contribue para a excreção de liquido na urina e normaliza o volume sanguíneo. O SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA: SEU PAPEL NO CONTROLE DA PRESSÃO E NA HIPERTENSÃO Os rins também controla a PA pelo sistema renina- angiotensina. A renina é liberada pelos rins quando a PA cai. Ela eleva a PA de diversas maneiras. COMPONENTES DO SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA A renina é armazenada de forma inativa (prórenina), nas células justaglomerulares dos rins (também encontrada no cérebro, vasos sanguíneos do trato genital, suprarrenais e tumores). Quando a PA cai, as moléculas de pró-reninas são clivadas, liberando renina. A maioria indo para a circulação. Mecanismo: A renina é uma enzima que age sob a proteína Globulina (substrato da renina ou angiotensinogênio), liberando um peptídeo de 10 aminoácidos, a Angiotensina I, que tem propriedades vasoconstritoras (mas não são suficientes para causar alterações significativas na função circulatória). A renina permanece ativa por 30 min a uma hora. Depois que Angiotensina I é formada, dois aminoácidos são removidos dela, formando a Angiotensina II (forma ativa da angiotensina). Essa conversão ocorre quase que inteiramente nos pulmões, numa reação catalisada pela enzima conversora (ECA) presente nos endotélios dos vasos pulmonares (a AII pode ser formada localmente nos rins, nos vasos, no coração, no cérebro, proporcionando sua função autócrina, parácrina e intrácrina). A angiotensina II é um vasoconstritor potente, mas sua meia vida é baixa, durando um a dois minutos, sendo inativada pela Angiotensinases. Efeitos da angiotensina II: • Vasoconstrição: ocorre nas arteríolas de forma muito intensa, e com intensidade menor nas veias. Essa constrição aumenta a resistência periférica total, elevando a PA. Nas veias, a contrição promove o retorno venoso para o coração. • Diminuição da excreção de sal e de água pelos rins: eleva o volume do líquido extracelular, o que aumenta a PA durante horas e dias. Rapidez e intensidade da resposta da pressão vasoconstritora ao sistema renina- angiotensina: O sistema precisa de cerca de 20 minutos para ser ativado. Por isso, seu controle na PA é mais lento que os reflexos nervosos. Efeito da Angiotensina nos rins causando retenção de sal e de água: Ocorre por dois meios: • Atuando nos rins de forma direta provocando a retenção de sal e água. • Secreção de Aldosterona pelas glândulas supra- renais, aumentando a reabsorção de sal e água. Mecanismos: 1- Constrição das arteríolas renais: diminui o fluxo sanguíneo pelos rins, levando a uma filtração de líquidos menor pelos glomérulos para os túbulos. 2- O lento fluxo sanguíneo reduz a pressão dos capilares peritubulares, o que provoca a rápida reabsorção de líquido dos túbulos. 3- Ação direta da angiotensina sob as próprias células tubulares para aumentar a reabsorção de sal e água. Estimulação da secreção de aldosterona pela angiotensina e o efeito da aldosterona no aumento da retenção de água e sal pelos rins: Quando o sistema-renina angiotensina é ativado, a secreção de aldosterona também aumenta.Uma das funções da aldosterona é causar elevação acentuada da reabsorção de sódio pelos túbulos renais, elevando sua concentração no liquido extracelular. Essa elevação causa retenção de água, aumentando o volume do líquido extracelular, e consequentemente, elevação da PA a longo prazo. O papel do sistema renina-angiotensina na manutenção da PA normal, apesar de amplas variações na ingestão de sal: O sistema renina-angiotensina permite ingerir quantidades muito pequenas ou muito grandes de sal, sem apresentar grandes variações do volume do líquido extracelular ou da PA. Mecanismo: Quando se ingere uma grande quantidade de sal, o volume do liquido extracelular se eleva, aumentando a PA. Essa pressão elevada, aumenta o fluxo sanguíneo pelos rins, reduzindo a secreção de renina, provocando, sequencialmente, a redução da retenção renal de sal e água a quase normalização do volume do líquido extracelular, e a quase normalização da PA. Quando a quantidade ingerida de sal diminui até abaixo do normal, ocorre efeitos opostos. O sistema renina-angiotensina funcionando normalmente, a PA não se eleva mais que 4 a 6 mmHg, em resposta a ingestão de sal. Quando o sistema é bloqueado, a PA aumenta cerca de 50 a 60 mmHg. RECEPTORES DE ANGIOTENSINA II As ações induzidas pela angiotensina II são mediadas pelos receptores do tipo 1 (AT1) e tipo 2 (AT2). A maioria dos efeitos fisiológicos atribuídos pela angiotensina II é mediado pelo receptor AT1. Os dois receptores são glicoproteínas integrais de membrana e fazem parte da superfamília de receptores acoplados a proteína G (GPCR), onde a mesma constitui uma via de transdução do sinal para o meio intracelular. Receptor AT1: A resposta à ativação do receptor pela angiotensina II, é a ativação da fosfolipase C(PCL), que gera como produto a degradação do fosfolipídio: o fosfatidilinositol-4-5-difosfato (PIP2), o trifosfato de inositol (IP3) e diacilglicerol (DAG). O IP3 quando é liberado para o citosol, estimula a abertura dos canais de cálcio sensível a IP3, no retículo endoplasmático (RE). O DAG, juntamente com a fosfatidilserina e o cálcio ativa a proteína quinase C, que fosforila outros substratos. A ação da angiotensina II sobre o receptor AT1 modula ainda a produção de AMPc em diferentes tecidos, pela ativação da proteína G do sistema adenilato ciclase. Receptor AT2: A estimulação do receptor parece aumentar os níveis GMPc através de um mecanismo dependente de cininas formando uma cascata vasodilatadora BK- NOGMPc, onde há um aumento dos de BK, que por sua vez, aumenta os níveis de NO, que tem efeito vasodilatador. É um peptídeo secretado pelas células musculares cardíacas atriais. Ele normaliza a volemia sanguínea e a PA quando a musculatura cardíaca for excessivamente distendida. Ele é liberado quando ocorre distensão das paredes dos átrios. Elevado débito cardíaco, estímulos simpáticos e fatores metabólicos influenciam sua liberação. A endotelina-1, uma vaso constritor, estimula a liberação de ANP agindo diretamente no coração ou por estimular um aumento de volume circulante dentro do órgão. A angiotensina, catecolaminas, acetilcolina, arginina, vasopressina, prostaglandinas, glicocorticoides e hormônios tireoidianos inibem a liberação de ANP. Mecanismo: Os efeitos biológicos dos peptídeos natriuréticos são mediados por receptores celulares: os receptores A, receptor B e receptor C. O ANP se liga ao receptor A. Os principais alvos do ANP são os músculos lisos dos vasos sanguíneos e rins. • Vasos: distende a musculatura lisa, aumenta a permeabilidade de capilares e consequentemente permite a saída de água e sódio dos vasos. Além disso, inibe a função de vários outros hormônios, como aldosterona, angiotensina II, endotelina, renina e vasopressina. • Rins: inibe a absorção de sódio nos ductos coletores dos néfrons, inibe a ação da aldosterona e neutraliza o SRAA. Consequentemente ocorrerá maior excreção de sódio e água. Existe uma relação entre o SRAA e o sistema peptídeo natriurético na regulação das funções renais, vascular, cardíaca, controlada por duas enzimas: a endopeptidase e a ECA. A inibição da endopeptidase potencializa a ação do ANP. O bloqueio simultâneo da formação de AII pela inibição da ECA e a potencialização da atividade do sistema peptídeo natriurético pela inibição da endopeptidase têm mostrado efeito antihipertensivo maior que quando cada sistema é inibido isoladamente. PEPTÍDEO NATRIURÉTICO ATRIAL
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