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1 Resumo capítulo 15 Silverthorn RESUMO SILVERTHORN – Fluxo Sanguíneo e Controle da PA SISTEMA CIRCULATÓRIO • A pressão produzida pela contração do VE é estocada nas paredes elásticas das artérias e lentamente liberada através da retração elástica • As artérias são conhecidas como reservatório de pressão do sistema circulatório • arteríolas: locais de resistência variável. Seu diâmetro é controlado por fatores locais como [O2] nos tecidos, pelo sistema nervoso autônomo e por hormônios • as veias atuam como reservatório de volume, do qual o sangue pode ser enviado para o lado arterial da circulação se a pressão cair muito • o fluxo sanguíneo total é igual ao débito cardíaco • o fluxo sanguíneo do lado pulmonar da circulação é igual ao fluxo sanguíneo na circulação sistêmica VASOS SANGUÍNEOS • Paredes compostas por camadas de músculo liso, tecido conectivo elástico e tecido conectivo fibroso, além do endotélio (revestimento interno) • Endotélio: secreta substâncias parácrinas que regulam a PA, crescimento dos vãos e absorção de substâncias • O músculo liso dos vasos sanguíneo é conhecido como músculo liso vascular • Na maioria dos vasos sanguíneos, as células musculares lisas mantêm sempre um estado de contração parcial = tônus muscular • Microcirculação: formada pelas arteríolas juntamente com os capilares e pequenos vasos pós-capilares (vênula) • Metarteríolas X Arteríolas: algumas arteríolas se ramificam em vasos conhecidos como metarteríolas. As arteríolas possuem uma camada contínua de músculo liso enquanto que somente parte da parede de uma metarteríola é circundada por músculo liso - o sangue que flui pelas metarteríolas pode seguir 2 caminhos: a) esfíncteres pré- capilares relaxados: sangue é direcionado para os leitos capilares adjacentes b) espíncteres pré-capilares contritos: sangue atalha os capilares e vai diretamente para a circulação venosa • Muitos capilares estão associados a periquitos: células contráteis. No cérebro, os capilares são rodedos por periquitos e células gliais e têm junções apertadas (tight junctions) que criam a barreira hematoencefálica. • A perda de periquitos ao redor dos capilares da retina é uma característica da retinopatia diabética • Para auxiliar o fluxo venoso, algumas veias possuem valvas internas unidirecionais: garantes que o sangue não retorne 2 Resumo capítulo 15 Silverthorn • As veias são mais numerosas e mais volumosas que as artérias = reservatório de volume do sistema circulatório • ANGIOGÊNESE • Angiogênese: formação de novos vasos sanguíneos. Em adultos, ocorre durante a cicatrização de um ferimento, no crescimento do revestimento uterino após a menstruação, prática de exercícios - patológico: crescimento de tumores • É controlada por citocinas angiogênicas e antiangiogênicas • Fator de crescimento vascular endotelial (VEGF) e fator de crescimento de fibroblastos (FGF) promovem angiogênese, produzidos por células musculares lisas e periquitos • Angiostatina (produzida a partir do plasmiogênio) e endostatina são antiangiogênicas • Doença cardíaca coronariana: o fluxo sanguíneo para o miocárdio é diminuído pela deposição de gordura (reduz o lúmen das artérias coronárias). Em algumas pessoas, há a formação de uma circulação colateral (novos vasos são formados) PRESSÃO ARTERIAL • A contração ventricular cria o fluxo sanguíneo no sistema circulatório, ejetando sangue para a aorta e para as artérias, que expandem-se para acomodá-lo • As artérias sustentam a pressão direcionadora • O fluxo sanguíneo é: 1. Diretamente proporcional ao gradiente de pressão (flui de áreas de maior pressão para áreas de menor pressão), quanto maior a variação de P maior o fluxo 2. Inversamente proporcional à resistência dos vasos ao fluxo 3. Três fatores afetam a resistência: o raio dos vasos sanguíneos, o comprimento dos vasos sanguíneos e a viscosidade do sangue 4. O fluxo é geralmente expresso em litros ou mililitros por minuto (L/min ou mL/min). 5. A velocidade do fluxo é, em geral, expressa em centímetros por minuto (cm/min) ou milímetros por segundo (mm/s). 6. O determinante principal da velocidade de fluxo (quando a taxa de fluxo é constante) é a área de secção transversal total do(s) vaso(s) • A pressão arterial é maior nas artérias e menor nas veias; perda de energia • A maior pressão ocorre na aorta: 120 mmHg (p sistólica) e 80 mmHg (p diastólica) • Pulso; rápido aumento da pressão que ocorre quando o VE empurra o sangue para dentro da aorta PRESSÃO DE PULSO = P. sistólica – P. diastólica • Devido ao atrito, a amplitude da onda de pressão diminui com a distância desaparecendo nos capilares • O fluxo sanguíneo venoso é mais estável do que pulsátil • O retorno de sangue ao coração, conhecido como retorno venoso é auxiliado pelas valvas, pela bomba musculoesquelética e pela bomba respiratória • A pressão sanguínea arterial reflete a pressão de propulsão do fluxo sanguíneo • PAM: Pressão Arterial Média → é estimada somando-se a P diastólica mais 1/3 da pressão de pulso PAM = PD + 1/3 ( PS – PD) • A PAM é mais próxima da pressão diastólica do que da pressão sistólica, uma vez que a diástole dura o dobro do tempo da sístole • Hipertensão: pressão sistólica constantemente acima de 140 mmHg e/ou pressão diastólica constantemente acima de 90 mmHg - recomenda-se que as pessoas mantenham sua PA < 120/80 O DÉBITO CARDÍACO E A RESISTÊNCIA PERIFÉRICA DETERMINAM A PAM • A PA é um balanço entre o fluxo sanguíneo para dentro das artérias e o fluxo sanguíneo para fora das artérias • Se o fluxo para dentro excede o fluxo para fora = volume aumenta → AUMENTO DA PAM • O fluxo sanguíneo para fora das artérias é influenciado pela resistência periférica (resistência ao fluxo oferecida pelas arteríolas) PAM = DC X R • Na maioria dos casos de hipertensão, acredita-se que ela seja causada pelo aumento da resistência periférica sem que ocorram alterações no débito cardíaco • 2 fatores adicionais podem influencias a PA: 1. A distribuição de sangue na circulação sistêmica 2. Volume total de sangue • Se a pressão arterial diminui, a atividade simpática constringe as veias diminuindo sua capacidade de reter volume. O retorno venoso aumenta, enviando sangue para o coração o qual bombeia esse sangue 3 Resumo capítulo 15 Silverthorn para o lado sistêmico da circulação. Assim, a constrição das veias redistribui sangue para o lado arterial da circulação e eleva a pressão arterial média ALTERAÇÕES NO VOLUME SANGUÍNEO AFETAM A PRESSÃO ARTERIAL • Se o volume sanguíneo aumenta, a PA aumenta • Se o volume sanguíneo diminui, a PA diminui • Pequenos aumentos de volume sanguíneo ocorrem durante o dia devido à ingestão de alimentos e líquidos = não geram mudanças duradouras na PA = compensações homeostáticas • Ajustes ao volume sanguíneo aumentado são de responsabilidade dos rins. a. Se o volume aumenta: rins excretam o excesso de água na urina b. Se o volume diminui: Os rins não podem restabelecer a perda de líquidos, podem apenas conservar o volume sanguíneo • A única forma de restaurar o volume de líquido perdido é pela ingestão de líquidos ou por infusão intravenosa • Compensação cardiovascular para o volume sanguíneo diminuído: vasoconstrição e aumento da estimulação simpática do coração (aumento do DC) RESISTÊNCIA NAS ARTERÍOLAS • Lei de Poiseuille: a resistência ao fluxo sanguíneo é diretamente proporcional ao comprimento do tubo por onde o fluído passa e à viscosidade do fluido, e inversamente proporcional à quarta potência do raio do tubo: • Essa razão é simplifica porque o comprimento do sistema circulatório e a viscosidade do sangue são relativamente constantes • As arteríolas são o principal local de resistênciavariável = 60% da resistência total ao fluxo do sistema • A resistência arteriolar é influenciada por mecanismos de controle sistêmico e por controle local: • O controle local da resistência arteriolar ajusta o fluxo sanguíneo no tecido às necessidades metabólicas deste • Os reflexos simpáticos mediados pelo SNC mantêm a PAM e controlam a distribuição sanguínea • Os hormônios (principalmente os que regulam a excreção de sal e água pelos rins) CHOQUE: insuficiência circulatória grave generalizada (choque cardiogênico, hipovolêmico, séptico, anafilático). Os efeitos são baixo débito cardíaco e queda da pressão arterial periférica. Quando a perfusão do tecido já não pode acompanhar a sua demanda de oxigênio, as células começam a sofrer danos, devido ao aporte inadequado de oxigênio e ao acúmulo de metabólitos residuais. Quando o dano ocorre, inicia-se um circuito de retroalimentação positiva. O choque piora progressivamente até tornar- se irreversível e causar a morte do paciente. O manejo do choque inclui administração de oxigênio, de líquidos e de noradrenalina, a qual estimula a vasoconstrição e aumenta o débito cardíaco. Se o choque ocorrer por uma causa tratável, como uma infecção bacteriana, também devem ser tomadas medidas que removam a causa. 4 Resumo capítulo 15 Silverthorn AUTORREGULAÇÃO MIOGÊNICA AJUSTA O FLUXO SANGUÍNEO • O músculo liso vascular tem a capacidade de regular seu próprio estado de contração • Quando as fibras da musculatura lisa nas paredes das arteríolas se distendem devido ao aumento da PA, a arteríola contrai aumentando a resist6encia e diminuindo o fluxo sanguíneo • Funcionamento no nível celular: o estiramento das células do músculo liso causa a abertura de canais (entrada de cátions) na membrana que causa a despolarização da célula. Isso leva a abertura de canais de Ca++ dependentes de voltagem. O Ca++ dentro da célula combina-se com calmodulina e ativa a cinase da cadeia lelve da miosina (MLCK). A MLCK aumenta a atividade da ATPase miosínica e ativa ligações cruzadas, resultando em contração SINAIS PARÁCRINOS INFLUENCIAM O MÚSCULO LISO VASCULAR • Em um tecido, o fluxo sanguíneo para os capilares individuais pode ser regulado pelos esfíncteres pré- capilares • Quando estes pequenos feixes de músculo liso nas junções metarteríola-capilar se contraem, eles restringem o fluxo sanguíneo para os capilares. Quando os esfincteres relaxam, o fluxo sanguíneo para os capilares aumenta. Esse mecanismo fornece mais um ponto de controle local do fluxo sanguíneo • Moléculas parácrinas (O2, CO2 NO), secretadas pelo endotélio, também podem gerar mudança na resistência arteriolar em um tecido Aumento do metabolismo aeróbio → diminui O2 aumento de CO2 → isso dilata as arteríolas → vasodilatação aumenta o fluxo sanguíneo para o tecido • Hiperemia ativa: um aumento do fluxo sanguíneo acompanhado por um aumento da atividade metabólica • A hipóxia local faz as células endoteliais sintetizarem o vasodilatador NO (óxido nítrico) • Hiperemia reativa: aumento no fluxo sanguíneo tecidual após um período de baixa perfusão • NO possui papel importante no reflexo de ereção masculina • ADENOSINA: é liberada pelas células miocárdicas, dilata as arteríolas coronárias diante da baixa oxigenação (hipóxia) do miocárdio buscando trazer fluxo sanguíneo adicional para o músculo • Cininas e histaminas: potentes vasodilatadores, papel na inflamação • Serotonina (5-HT’): molécula sinalizadora vasoconstritora liberada pelas plaquetas ativada • Quando os vasos sanguíneos lesados ativam as plaquetas, a subsequente vasoconstrição mediada pela serotonina ajuda a diminuir a perda de sangue. • Agonistas da serotonina (triptanos) são fármacos que se ligam aos receptores 5-HT1 e promovem vasoconstrição. São fármacos usados para tratar enxaquecas causadas por uma vasodilatação encefálica inadequada A DIVISÃO SIMPÁTICA CONTROLA A MAIORIA DOS MÚSCULOS LISOS VASCULARES • Entre os horm6onios com propriedades vasoativas estão; a. Peptídeo natriuréitco atrial (PNA) b. Angiotensina II (ANG II) • Esses hormônios também têm efeitos significativos na excreção renal de íons e água • A descarga tônica de noradrenalina dos neurônios simpáticos ajuda a manter o tônus das arteríolas: a NA liga-se aos receptores alfa nos músculos lisos → causa VASOCONSTRIÇÃO • Se a liberação de NA diminui, as arteríolas dilatam. Se a NA aumenta, as arteríolas contraem. • A adrenalina (proveniente da gll suprarenal) liga-se aos receptores alfa e reforça a vasoconstrição • Os receptores alfa têm maior afinidade pela noradrenalida do que pela adrenalina • A adrenalina também liga-se aos receptores beta-2, presente no músculo liso vascular do coração, no fígado 5 Resumo capítulo 15 Silverthorn e nas arteríolas do músculo esquelético → causa VASODILATAÇÃO • Resposta de luta ou fuga: aumento generalizado da atividade simpática → liberação de adrenalina a. Vasodilatação mediada pela ação da adrenalina nos receptores beta-2: aumenta o fluxo sanguíneo para órgãos essenciais - o coração, m. esquelético, fígado (produz glicose para a contração muscular) b. Vasoconstrição mediada pela ação da adrenalina nos receptores alfa arteriolares: aumento na resistência desvia o sangue de órgão não essenciais como TGI para os essenciais REGULAÇÃO DA FUNÇÃO CARDIOVASCULAR • O SNC coordena o controle reflexo da PA e a distribuição de sangue para os tecidos • O principal centro integrador situa-se no bulbo • Centro de controle cardiovascular (CCC): funções - garantir o fluxo sanguíneo adequado ao encéfalo e ao coração mantendo uma PAM suficiente - tem a capacidade de alterar a função de alguns órgãos ou tecidos sem alterar a função de outros O REFLEXO BARORRECEPTOR CONTROLA A PA • Os barorreceptores são mecanorreceptores sensíveis ao estiramento localizados nas paredes das artérias carótidas e aorta • Monitoram continuamente a pressão do sangue que flui para o cérebro (barorreceptores carotídeos) e para o corpo (barorreceptores aórticos) • Disparam potenciais de ação continuamente durante a pressão arterial normal. Quando a PA aumenta, a frequência de disparos aumenta. Quando a PA diminui, a frequência de disparos do barorreceptor diminui. • Resposta rápida: mudanças no débito cardíaco e na resistência periférica ocorrem dentro de dois batimentos cardíacos após o estímulo • Reflexo barorreceptor em resposta à elevação da PA: aumenta a frequência de disparos ativando o centro de controle cardiovascular bulbar • Em resposta, o centro de controle cardiovascular aumenta a atividade parassimpática e diminui a atividade simpática → reduz a atividade do coração e dilata as arteríolas PAM = DC X RP • Uma mudança na PA pode alterar tanto DC quando RP (resistência periférica) • A HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA DESENCADEIA O REFLEXO BARORRECEPTOR: diminuição da PA na posição de pé - a gravidade faz o sangue se acumular nas extremidades inferiores ao se levantar → diminuição instantânea do retorno venoso de forma que haverá menor sangue nos ventrículos na próxima contração. Ocorre diminuição do DC e da PA - resultado do reflexo; aumento do DC e da RS, aumento da PAM - bomba musculoesquelética também contribui para a recuperação = músculos abdominais e dos mmii contraem para manter a posição ereta INFLUÊNCIA DE OUTROS SISTEMAS NA FUNÇÃO CARDIOVASCULAR • Os quimiorreceptores arteriais ativados pelos baixos níveis sanguíneos de oxigênio aumentam o débito cardíaco • A PA também está sujeita a modulação por centros encefálicos superiores (hipotálamo e córtex cerebral) • Síncope vasovagal: pode ocorre quando a pessoa vê sangue ou agulha, aumento da atividade parassimpática e diminuiçãoda atividade simpática → FC diminui e ocorre vasodilatação generalizada → débito cardíaco e resistência periférica diminuem →queda abrupta na PA → pouco sangue para o encéfalo → desmaio 6 Resumo capítulo 15 Silverthorn • A regulação da PA também está intimamente ligada à regulação do equilíbrio hídrico pelos rins TROCAS NOS CAPILARES • Capilares contínuos: células endoteliais são unidas entre si com junções de vazamento. Encontrados no músculo, tecido conectivo e tecido neural. Estão envolvidos na formação da barreira hematoencefálica no cérebro • Capilares fenestrados: têm grandes poros, os quais permitem a passagem rápida de grandes volumes de fluido entre o plasma e o líquido intersticial. Presentes no rim e no intestino, onde estão associados ao epitélio transportador absortivo • Três tecidos (medula óssea, fígado e baço) não têm capilares típicos → capilares sinusoides → são até 5x mais largos - tem fenestrações e também pode apresentar espaços entre as células - encontrados em locais onde as células do sangue as proteínas plasmáticas precisam cruzar o endotélio para entrar no sangue • A velocidade do fluxo sanguíneo é menor nos capilares devido a área de secção transversal total de todos os capilares ser maior • Mesmo que um único capilar tenha um diâmetro pequeno, todos juntos somados cobrem uma área muito maior do que as áreas de secção transversal total de todas as artérias e veiais combinadas • A maior parte das trocas capilares ocorre por difusão e transcitose • A filtração capilar e a absorção podem ocorrer por fluxo de massa → refere-se ao movimento de massa do líquido como resultado de gradientes de pressão hidrostática ou osmótica a) Se a direção do fluxo de massa é para dentro dos capilares, o movimento do líquido é chamado de absorção. b) Se a direção do fluxo é para fora dos capilares, o movimento do líquido é chamado de filtração: FORÇAS DE STARLING • PRESSÃO HIDROSTÁTICA: componente de pressão lateral do fluxo sanguíneo que empurra o líquido para fora dos poros capilares • PRESSÃO OSMÓTICA: determinada pela concentração de solutos no compartimento, principalmente das proteínas plasmáticas. Também chamada de pressão coloidosmótica ou oncótica - A pressão coloidosmótica é mais alta no plasma do que no líquido intersticial, favorecendo o movimento da água por osmose do líquido intersticial para o plasma Pressão resultante = P hidrostática – P coloidosmótica • Um valor positivo de pressão indica filtração e um valor negativo indica absorção SISTEMA LINFÁTICO • Interagem com outros 3 sistemas fisiológicos: sistema circulatório, digestório e imune • Funções: - restituir de volta ao sistema circulatório os líquidos e proteínas filtrados para fora dos capilares - capturar a gordura absorvida no intestino delgado e transferi-la para o sistema circulatório - atuar como filtro para ajudar a capturar e destruir patógenos • Não possui uma bomba como o coração, depende de ondas de contração do músculo liso da parede dos vasos linfáticos maiores. O fluxo é auxiliado pelas fibras contráteis das células 7 Resumo capítulo 15 Silverthorn endoteliais, pelas valvas unidirecionais e pela compressão externa gerada pelos músculos esqueléticos • Uma razão importante para o líquido filtrado retornar à circulação é a reciclagem das proteínas plasmáticas • Inflamação: exemplo de uma situação na qual o equilíbrio entre a p coloidosmótica e a p hidrostática está rompido → a histamina liberada na resposta inflamatória deixa a parede dos capilares mais permeável permitindo que as proteínas do plasma escapem para o líquido intersticial → causando EDEMA O EDEMA É RESULTADO DE ALTERAÇÕES NA TROCAS CAPILARES • Causas: 1. Drenagem inadequada da linfa: obstrução do sistema linfático, linfonodos. Parasitos, câncer ou tecido fibrótico - elefantíase → parasitos - remoção de linfonodos durante a cirurgia 2. Filtração capilar sanguínea que excede muito a absorção capilar: a. Aumento da pressão hidrostática capilar: insuficiência cardíaca b. Diminuição na concentração de proteína plasmática: desnutrição severa ou insuficiência hepática c. Aumento nas proteínas intersticiais: aumenta a filtração capilar resultante • Na hemorragia e na desidratação grave esse mecanismo passivo também ajuda a manter o volume sanguíneo nas situações em que a PA é muito baixa DOENÇA CARDIOVASCULAR • Cardioglicosídeo digitálico • Os fatores de risco para doença cardiovascular incluem o tabagismo e a obesidade • Os fatores de risco são divididos nos que podeme nos que não podem ser controlados • Não controlados: sexo, idade e história familiar de DCV • Controlados: tabagismo, obesidade, sedentarismo e hipertensão não tratada • Dois fatores de risco para doenças cardiovasculares – lipídeos sanguíneos elevados e diabetes melito – têm um componente genético não controlável e um componente de estilo de vida modificável • O diabetes melito aumenta o risco de desenvolver DAC, uma vez que contribui para o desenvolvimento da aterosclerose • Níveis séricos e elevados de colesterol e de triacilgliceróis também levam à aterosclerose A ATEROSCLEROSE É UM PROCESSO INFLAMATÓRIO • O colesterol é asorvida pelo trato digestório e combina- se com liporpoteínas para ser transportado pelo plasma • Os médicos geralmente se preocupam com duas destas lipoproteínas: colesterol lipoproteína de alta densidade (C-HDL) e complexos de colesterol lipoproteína de baixa densidade (C-LDL) • HDL elevados estão associados a menor risco de doença coronariana (h de healthy para lembrar) • Índices de LDL elevados estão associados a maior índice de doença cardíaca coronariana (L de letal para lembrar) • LDL faz o transporte de colesterol para dentro das células para produção de membranas celulares ou de hormônios esteroides • Níveis elevados de LDL levam à aterosclerose. As células endoteliais que reveste as artérias transportam C-LDL para o espaço extracelular de modo que ele se acumula sob a íntima. Lá os leucócitos (macrófagos) ingerem o colesterol e outros lipídeos e tornam-se células espumosas (foam cells) preenchidas de lipídeos. As citocinas liberadas pelos macrófagos promovem a divisão das células do músculo liso. Esse estágio precoce de lesão é chamado de estria gordurosa • Com a progressão da doença, o núcleo lipídico cresce e as células musculares lisas se reproduzem, formando placas que se projetam para o lúmen da artéria → podem progredir e tornarem-se regiões calcificadas e duras com uma capa de colágeno fibroso • A aterosclerose é agora considerada um processo inflamatório no qual os macrófagos liberam enzimas que convertem placas estáveis em placas instáveis • Placas estáveis têm uma capa fibrosa grossa que separa o núcleo lipídico do sangue e não ativam as plaquetas. Placas vulneráveis têm finas cápsulas fibrosas que são mais prováveis de se romper, expondo o colágeno e ativando plaquetas que iniciam um coágulo (trombo) • Se um coágulo o bloqueia o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco = infarto do miocárdio • Níveis elevados da proteína C reativa (PCR) e homocisteína estão associados ao aumento da incidência de DCV A HIPERTENSÃO REPRESENTA UMA FALHA DA HOMEOSTASIA • Mais de 90% de todos os pacientes com hipertensão são considerados como tendo hipertensão essencial (ou 8 Resumo capítulo 15 Silverthorn primária), com nenhuma causa bem definida além da hereditariedade • A maioria está associada ao aumento da resist^6encia periférica e não do débito cardíaco • Pesquisadores têm sugerido que o aumento da resistência pode ser devido à falta de NO • Nos 5 a 10% do casos hipertensivos restantes, causa é mais aparente e a hipertensão é considerada como secundária a uma patologiasubjacente (ex: doença endócrina que causa retenção de líquido) • Adaptação dos barorreceptores carotídeos e aórticos à pressão mais alta: o centro controle cardiovascular interpreta a pressão alta como normal e não ocorre redução reflexa da pressão • A hipertensão é um fator de risco para aterosclerose uma vez que a pressão alta nas artérias danifica o revestimento endotelial dos vasos e promove a formação de placas ateroscleróticas • A pressão sanguínea elevada aumenta também a pós- carga → hipertrofia do músculo cardíaco • Se a resistência permanece alta ao longo do tempo o músculo cardíaco não pode enfrentar a pós-carga e começa a falhar: o débito cardíaco do VE diminui, enquanto que o débito do lado direito continua normal → edema pulmonar → difusão do oxigênio nos pulmões diminui → insufic6encia cardíaca congestiva TRATAMENTO HIPERTENSÃO • A entrada de cálcio do músculo liso vascular e no músculo cardíaco pode ser diminuída por uma classe de fármacos = bloqueadores de canais de cálcio → esses fármacos se ligam a proteínas dos canais de cálcio impedindo sua abertura → diminuindo a frequência do nó AS e a força de contração • Diuréticos: diminuem o volume sanguíneo • Betabloqueadores que tem como alvo receptores beta-1 e diminuem a estimulação do débito cardíaco pelas catecolaminas • Inibidores da ECA • Bloqueadores dos receptores de angiotensina → diminuem a atividade da angiotensina (vasoconstritor) 9 Resumo capítulo 15 Silverthorn