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FARMACO 3 - DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS

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DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS 1
DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS
↳ A distribuição dos fármacos nada mais é do que a passagem de 
um xenobiótico (compostos que não não são endógenos, produzidos 
pelo organismo, mas que frequentemente entramos em contato com 
eles .: o fármaco é um tipo de xenobiótico) da circulação para os
tecidos e o seu local de ação farmacológica
↳ Fatores que interferem
Fluxo sanguíneo dos tecidos
Permeabilidade do endotélio capilar - BHE e barreira 
placentária
Lipossolubilidade e grau de ionização
Ligação à proteínas plasmáticas
↳ O movimento do fármaco existirá até que a equilibração seja 
atingida entre a concentração plasmática e a concentração 
DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS 2
tissular/tecidual do fármaco não-ligado a proteínas plasmáticas, 
logo, do plasma livre
FLUXO SANGUÍNEO DOS TECIDOS
↳ Dessa forma, órgãos mais irrigados entram em equilíbrio com o 
plasma mais rapidamente .: a difusão do fármaco para o líquido 
intersticial ocorre rapidamente, tendo em vista a natureza 
altamente permeável da membrana dos capilares
PERMEABILIDADE DO ENDOTÉLIO CAPILAR
↳ Tal ponto encontra-se intimamente relacionado ao tipo de 
capilar que compõem cada endotélio
DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS 3
CONTÍNUO
⤷ Tipo mais comum de capilar
⤷ Possibilita a passagem 
apenas das moléculas que 
possuírem diâmetro inferior a 
10nm
⤷ Seletividade por gradiente 
iônico
FRENESTRADO
⤷ Apresenta "janelas", que 
acabam oferecendo uma passagem 
fácil para grande moléculas 
cujo tamanho é na ordem de 10-
100nm
⤷ Mais encontrados nos rins, 
fígado, pâncreas, vesícula 
biliar, glândulas endócrinas 
de maneira mais geral
BHE - BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA
⤷ O cérebro é inacessível para a maioria dos fármacos, uma vez 
que a BHE (barreira hematoencefálica) possui junções contínuas 
DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS 4
(oclusões e não fenestrações) e capilares recobertos pelos 
astrócitos e células gliais.
⤷ Fatores como o processo inflamatório podem alterar a 
permeabilidade de certas substâncias em relação a BHE, uma vez 
que a inflamação pode romper a integridade da barreira 
hematoencefálica, possibilitando a passagem de substâncias que em
condições normais não atravessariam essa barreira
⤷ Algumas substâncias hidrossolúveis podem atravessar a BH por 
difusão simples/passiva se obtiverem um pequeno peso molecular, 
ponto que se efetiva com o álcool e a ureia, por exemplo. 
⤷ Algumas outras substâncias também podem atravessar a BHE 
através de sistemas transportadores, como a glicose por exemplo, 
pelos famosos GLUT (transportadores de glicose)
⤷ Transportadores :
Transportadores de influxo
LAT1 → permite a entrada de L-
DOPA e gabapentina
CNT2 → permite a entrada de 
nucleotídeos purímicos e 
purimidínicos
Transportadores de efluxo
Glicoproteína P (MRD1) → atua 
na expulsão da doxorubicin, 
paclitaxel, loperamida, 
ciclosporina, ..., do sistema 
nervoso central
MRPD → expulsar a fenitoína
OAT → expulsar o ácido 
valpróico
DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS 5
BARREIRA PLACENTÁRIA
⤷ É importante salientar a permeação em relação a barreira 
placentária, uma vez que alguns compostos podem causar anomalias 
no desenvolvimento do feto
⤷ Dessa forma, a lipossolubilidade, a extensão da ligação 
plasmática e o grau de ionização desses fármacos, serão 
determinantes no que tangue sua transferência, ou não, à barreira
placentária
LIPOSSOLUBILIDADE E GRAU DE IONIZAÇÃO
↳ Fator físico-químico do fármaco: Coeficiente de Partição 
Efetivo (CPE)
Esse coeficiente nada mais é do que uma medida quantitativa, 
fornecendo informações a respeito da polaridade do fármaco, e 
ditar a distribuição desse fármaco nos diferentes espaços 
biológicos do organismo
[Forma não-ionizada] X Coeficiente de participação lipídeo / água
CP = concentração da substância na fase lipídica / concentração 
da substância na fase aquosa (substâncias bifásicas)
Logo, quanto maior o valor do CP, mais lipofílico, logo, maior a 
distribuição tecidual
⇡ lipossolubilidade do fármaco .: ⇡ a taxa de penetração no SNC
DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS 6
LIGAÇÃO À PROTEÍNAS PLASMÁTICAS
Albumina → liga-se predominantemente a substâncias ácidas
α-glicoglobulinas → liga-se predominantemente a substâncias de 
caráter básico
OBS: Alguns fármacos, podem ainda se ligar à proteínas que 
funcionam como carreadores de hormônios, como o estrogênio, a 
testosterona, e a tiroxina, por exemplo
↳ Ao se ligar às proteínas plasmáticas, os fármacos vão chegar 
mais lentamente aos tecidos extra-vasculares, sendo sua 
distribuição mais lenta
⇡ afinidade do fármaco com as proteínas plasmáticas .: ⇣ 
distribuição pelos tecidos extra-vasculares .: ⇣ metabolização e 
eliminação do fármaco .: ⇡ duração de ação do fármaco
DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS 7
OBS: somente a fração livre dos fármacos é distribuída
↳ Pode haver certa competição entre dois fármacos, ou, entre 
fármacos e ligantes endógenos (hormônio), pela mesma proteína 
plasmática
A presença do fármaco B aumenta a fração livre do fármaco A, 
aumentando a distribuição da droga A
Hipoalbuminemia (casos de doença hepática ou síndrome nefrótica) 
→ resulta em uma redução da ligação dos fármacos com a albumina 
.: ⇡ forma livre do fármaco .: ⇡ de efeitos adversos, por 
exemplo
⇡ α-glicoglobulinas (decorrente de casos de câncer, infarto do 
miocárdio e artrite, por exemplo) → ⇡ a forma complexada do 
fármaco com essas proteínas, o que pode acabar retardando o 
efeito farmacológico
IMPORTANTE
"É necessário corrigir a dose do fármaco a ser administrado de 
acordo com o grau de ligação a proteína plasmática"
DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS 8
↳ Alguns fármacos se acumulam nos tecidos em concentrações mais 
altas do que as detectadas nos líquidos extracelulares e no 
sangue
Em geral, a ligação tecidual dos fármacos acontece com 
componentes celulares .: o fármaco vai se ligar a outras 
proteínas da célula, fosfolipídeos, proteínas nucleares, ..., e 
essa ligação tecidual, geralmente é reversível .: uma fração 
expressiva do fármaco no corpo pode estar ligada dessa forma, 
ufncionando como um reservatório, que vai prolongar a ação do 
fármaco, nesse tecido em questão, ou, m locais distantes depois 
do transporte do fármaco ao longo da circulação sanguínea
IMPORTANTE
"Quando parte da fração livre do fármaco abandona o plasma, na 
mesma proporção, o fármaco se desliga das proteínas."
Resumindo...
A baixa ligação a proteínas plasmáticas (grande proporção de 
fármaco livre no plasma) gera uma rápida eliminação do fármaco, 
uma vez que o fármaco livre será metabolizado, podendo possuir um
efeito mais intenso, por ter uma quantidade maior livre, porém, 
um efeito de menor duração.
Dessa forma, um fármaco que apresenta alta ligação a proteínas 
plasmáticas, será caracterizado por uma eliminação mais lenta e 
efeito mais duradouro .: a ligação à proteínas plasmáticas vai 
determinar a intensidade de efeito e a velocidade de eliminação 
de um fármaco.
↳ Fatores que interferem na disponibilidade da forma livre dos 
fármacos
Saturação dos sítios de ligação - vai chegar um nível em que 
uma determinada concentração do fármaco vai entrar em 
equilíbrio com a concentração disponível de proteína do 
fármaco, fazendo com que esse fármaco não consiga mais se 
ligar
DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS 9
Competição dentre fármacos
Hipoalbuminemia (desnutrição)
Envelhecimento
Gravidez
Todos estes fatores podem gerar um aumento da forma livre do 
fármaco, consequentemente, resultando em um efeito farmacológico 
mais intenso e mais rápido, menos duradouro
↳ As implicações clínicas das PPB's (Plasma Protein Binding) 
são:
Fármacos altamente ligados a proteínas plasmáticas ficam ao 
compartimento vascular e tendem a ter menor Vd
A fração ligada a proteínas plasmáticas não está disponível 
para a ação
Há um equilíbrio entre a fração do fármaco livre e aquela 
ligada a proteínas plasmáticas
Os fármacos com afinidade fisicoquímica elevada para proteínasplasmáticas (por exemplo, aspirina, sulfonamidas, 
coranfenicol) podem substituir a ligação à outras substâncias 
com menor afinidade )por exemplo, acenocumarol, warfarina) ou 
compostos endógenos (bilirrubina)
Alto grau de ligação às proteínas plasmáticas aumenta o tempo 
de meia-vida de um fármaco, porque a fração ligada não está 
disponível para ser metabolizada
A concentração plasmática do fármaco geralmente expressa sua 
fração ligada + sua fração livre
Na hipoalbuminemia, a ligação pode ser reduzida e elevar a 
concentração do fármaco livre
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO
DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS 10
↳ Importante parâmetro farmacocinético para se medir a extensão 
e velocidade da distribuição de um fármaco no organismo
↳ É a relação da quantidade de fármaco no organismo à sua 
concentração no sangue ou plasma, dependendo do líquido dosado
VOLUME REAL
⤷ Corresponde ao volume total 
de líquidos corporais do 
indivíduo, que é de 
aproximadamente 43L (3 litros 
de plasma, 12 de líquido 
intersticial extravascular e 
28 de líquido intracelular)
⤷ Com isso, acaba por 
desconsiderar os fatores que 
podem vir a alterar a 
distribuição de cada fármaco
VOLUME APARENTE
⤷ É o volume de líquido 
teórico que o fármaco teria 
que ser diluído para produzir 
a concentração no plasma
⤷ Refere-se ao volume de 
líquido que seria necessário 
para conter todo o fármaco 
presente no corpo, refletindo 
a extensão em que o fármaco 
está presente nos tecidos 
extravasculares
⤷ É importantíssimo, uma vez 
que determina a força de 
ligação dos fármacos aos 
componentes teciduais, quando 
comparado às proteínas 
plasmáticas .: fornece uma 
medida relacionada a 
quantidade de fármaco 
realmente está distribuído nos 
tecidos extravasculares e, 
quanto desse fármaco 
administrado ainda está preso 
no plasma, ligado à proteínas 
plasmáticas, por exemplo.
⤷ Dessa forma, na 
farmacocinética clínica, o Vd 
(volume de distribuição) é um 
DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS 11
importante parâmetro empregado 
para a determinação de doses e 
intervalos de doses dos 
medicamentos, ou seja, para a 
determinação da posologia dos 
medicamentos
OBS: volumes de distribuição muito elevados, indica que o fármaco 
possui grandes concentrações teciduais, quanto comparado à sua 
concentração no plasma
Exemplo:
Quanto maior é a capacidade do fármaco de chegar aos tecidos 
extravasculares, ou seja, maior sua capacidade de passar do 
plasma aos tecidos extravasculares, maior será sua distribuição, 
consequenetmente, maior será o Vd (volume de distribuição 
DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS 12
aparente - divisão entre a dose administrada e a concentração 
plasmática do fármaco)
⇡ Vd .: ⇡ [ ] nos tecidos extravasculares .: ⇣ [ ] no 
sangue/plasma
IMPORTANTE
O conhecimento do volume de distribuição não fornece nenhuma 
informação sobre os sítios de ligação, logo, não se consegue 
saber onde o fármaco se distribuiu mais ao longo dos tecidos. 
Para se ter esse conhecimento acerca dos sítios anatômicos de 
distribuição, precisa-se de análises diretas da concentração 
diretamente dos tecidos
DESTINOS DO FÁRMACO ATIVO (LIVRE) - NA CIRCULAÇÃO SISTÊMICA
Interação fármaco-receptor (interagindo com o receptor)
Reservatórios teciduais (interagindo com os receptores 
teciduais)
OBS: Dentre os tecidos reservatórios de fármacos, tem-se os 
músculos, ossos e tecido adiposo
Biotransformação → metabólitos (gerando metabólitos, após sua 
metabolização para serem eliminados)
OBS:
TECIDO ADIPOSO - Obesos
Em obesos, o teor de gordura corporal pode chegar a 50%, e isso 
acaba possibilitando que o tecido adiposo funcione como um 
reservatório para fármacos com grande liposolubilidade
Ex.: Tiopental, fármaco da classe dos barbitúricos (pequena 
margem de segurança entre a dosagem terapêutica e a intoxicação),
altamente lipossolúvel .: até 70% do fármaco pode estar 
presente/armazenado na gordura corporal por até três horas depois
da administração, quando as concentrações plasmáticas são 
inexpressivas, não tendo mais efeito farmacológico detectável.
DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS 13
Entretanto, nem todo fármaco lipossolúvel se acumulam no tecido 
adiposo
Ex.: Tem-se fármacos que são altamente lipossolúveis, entretanto, 
isso não corresponde diretamente à sua distribuição em relação 
aos indivíduos obesos, como no caso dos betabloqueadores, por 
exemplo
OSSOS
Alguns antibióticos, por exemplo, podem se acumular no tecido 
ósseo, e isso se dá por ação da superfície de cristais ósseos e 
incorporação na estrutura cristalina dos ossos .: O tecido ósseo 
pode se tornar também, um reservatório de liberação lenta de 
alguns agentes tóxicos como o chumbo e rádio, por exemplo, 
fazendo com que seus efeitos tóxicos persistam por bastante 
tempo, mesmo após o fim da exposição a tais compostos
A destruição da medula óssea, também pode reduzir o fluxo 
sanguíneo, e prolongar o efeito de reservatório, uma vez que o 
agente tóxico vai ficar isolado da circulação, o que pode agravar
ainda mais a destruição local do tecido ósseo
Dessa forma, tem-se um ciclo vicioso, em que quanto maior for a 
exposição ao agente, menor será a taxa de eliminação!
REDISTRIBUIÇÃO
↳ Saída do fármaco de seu local farmacológica, para outros 
tecidos, prolongando a ação do fármaco no tecido em que se 
encontra, ou em locais distantes, depois do transporte pela 
circulação sanguínea.
MODELOS FARMACOCINÉTICOS
↳ Possuem como intuito, estabelecer uma hipótese simples que 
descreveria um sistema biológico complexo de tal forma, que se 
possa desenvolver equações matemáticas que descrevem a evolução 
temporal da concentração de um fármaco ( dos seus metabólitos) no
DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS 14
corpo, logo, que pudessem nos dar respostas acerca das diferentes
concentrações que um fármaco pode atingir no corpo ao longo do 
tempo
Modelo cinético de 1 compartimento → "É aceito que o corpo se 
comporta como um único compartimento homogêneo com volume (Vd) em
que o fármaco é imediatamente distribuído" .: o fármaco se 
distribui instantaneamente no único compartimento corporal, 
seguindo-se à eliminação
1. Absorção instantânea
2. Eliminação de primeira ordem
3. Distribuição instantânea
OBS: não leva em conta nem a realidade anatômica e nem a 
fisiológica do corpo .: o compartimento corresponde ao plasma e 
tecidos ricamente perfundidos, como o rim, coração, cérebro e 
pulmões.
Modelo cinético de 2 compartimentos → divide o organismo em 
compartimento central (sangue e tecidos de alta perfusão) e 
periférico (tecidos de baixa perfusão, como: tecidos adiposo, 
pele, musculatura estriada), entre os quais, o fármaco se move de
maneira livre. Enquanto no primeiro compartimento, o central, as 
concentrações de fármaco são altas logo após sua administração,, 
no segundo compartimento, periférico, os fármacos chegam de forma
mais lenta.
DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS 15
Nesse modelo, a atividade do fármaco presente em órgãos de alta 
perfusão pode sessar/terminar, tanto pela eliminação, como por 
distribuição aos tecidos periféricos.
1. Absorção instantânea
2. Eliminação de primeira ordem
3. Distribuição lenta
A descrição cinética de dois compartimentos, vai se basear na 
correlação entre a concentração plasmática e o tempo após a 
administração intravenosa de uma dose única de um fármaco
Logo, de início, tem-se a fase α, em que se observa uma queda 
drástica da concentração plasmática em função da distribuição do 
fármaco para o compartimento periférico. Em seguida, tem-se a 
DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS 16
fase ẞ, em que a cinética de deslocamento da concentração 
plasmática torna-se mais lenta em função da metabolização e 
eliminação do fármaco.
 
O que pode alterar o volume de distribuição de um indivíduo?
Envelhecimento → perda de função hepática; perda de massa 
muscular; alterações no fluxo sanguíneo
Obesidade → o Vd (volume de distribuição) pode ser 
superestimado em pacientesobesos quando baseado no peso 
corporal, e quando a droga não penetra adequadamente os 
tecidos adiposos, como é o caso da digoxina
Líquidos patológicos → o acúmulo de líquido (edema, ascite 
derrame pleural, por exemplo) pode aumentar acentuadamente 
o volume de distribuição de fármacos como a gentamicina, 
que são hidrofílicos e apresentam pequenos volumes de 
distribuição podendo então, aumentar o volume de 
distribuição do fármaco
Gravidez → aumento na produção de proteínas a-ácidas; 
hormônios x fármacos (deslocamento do fármaco administrado 
por aumento da produção, no quesito de proteínas 
plasmáticas, que tá lá em cima)

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