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Estágio supervisionado - Direito Civil Seção 1

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Seção 1 
SUA PETIÇÃO 
DIREITO 
CIVIL 
 
 2 
 
 
 
 
 
 
Olá! Sou o professor Kheyder Loyola e estarei aqui para lhe auxiliar no estudo da realidade 
profissional envolvendo o Direito Civil perante o Poder Judiciário. A proposta, por meio de 
uma problematização casuística, é conhecer o enfrentamento da atividade jurídica, otimizar a 
interpretação jurisprudencial e promover o amoldamento da norma material à situação prático-
processual, o que lhe deixará pronto para o desafio do exame da OAB. 
Agora que entendeu a importância deste conteúdo, convido-lhe à resolução do caso. 
Você, aluno, foi procurado como advogado por Quinzinho Machado de Assis, um idoso apaixonado 
por literatura que, desde 10 de fevereiro de 2006, ininterruptamente, ocupa como seu, sem justo 
título, um imóvel de dois ha (hectares) devidamente registrado em nome de Capitu, situado no bairro 
Quincas Borba, sem número, na zona rural da cidade do Rio de Janeiro/RJ. A posse se deu sem 
violência ou oposição da legítima titular de domínio, onde edificou uma pequena casa de três 
cômodos no local. 
É sabido que o Sr. Quinzinho apenas possui um instrumento particular de cessão de direitos 
possessórios com Brás Cubas (antigo possuidor que ocupou o terreno por dois anos) que deu origem 
à sua estada e permanência com ânimo definitivo, ali mantendo sua residência e domicílio. 
Entrando na posse, constituiu família casando-se com Carolina (comunhão universal), criando quatro 
filhos (Casmurro, Helena, Iaiá Garcia e Ressureição) e uma linda cadelinha chamada Grazy. Alega 
não possuir outro imóvel, confirma que é respeitado como se dono fosse pelos confrontantes Esaú 
e Jacó (tendo domicílios certos), inclusive provou que tornou a terra produtiva para garantir sua 
subsistência, estando até habilitado no programa da agricultura familiar, criado pela Lei nº 11.326/06. 
Apresentou uma declaração de pobreza na acepção jurídica da palavra, assinada por duas 
testemunhas, demonstrando não possuir condições de arcar com as eventuais custas processuais. 
Capitu, depois de todo esse período de posse, entendeu ter sido violada no seu direito e comunicou 
verbalmente para imediata desocupação do imóvel, porém até o momento não ajuizou qualquer 
ação, todavia Quinzinho a notificou para comunicar uma prescrição aquisitiva, e ela se manteve 
silente. 
Com as informações prestadas por Quinzinho Machado de Assis, a fim de garantir uma decisão 
declaratória de propriedade, analise o direito que lhe assiste, elaborando a peça adequada, 
demonstrando a pretensão jurídica do(s) interessado(s) e buscando a satisfatividade processual e a 
eventual tutela de urgência que o caso reclama junto ao Poder Judiciário. Agora é com você! 
 
 
Seção 1 
DIREITO CIVIL 
Sua causa! 
 
 3 
 
 
FUNDAMENTANDO! 
O caso aqui tratado toma grande espaço e atenção do Poder Judiciário, sobretudo com o advento 
do atual Código Civil (Lei nº 10.406/02), o qual veio cumprir o mandamento constitucional do art. 191 
da Constituição Federal, tratando da prescrição aquisitiva de forma mais técnica e especializada. 
Para exteriorizar o direito material, é imperioso que tenha noção da utilização das ferramentas 
processuais, verificando se a causa exige procedimento especial ou se abarca a regra geral do art. 
318 do Código de Processo Civil. 
 
PEÇA PROCESSUAL 
Caro aluno, de posse das informações, não sendo o caso da utilização das vias extrajudiciais 
(expediente por cartório), em detrimento de litigiosidade entre as possíveis partes do processo (vide 
art. 1.071 do CPC e art. 216-A da Lei nº 6.015/73), identifique o endereçamento a qual juízo se 
destina, analisando a regra de jurisdição e competência para ação que recaia sobre direito de 
propriedade (vide art. 47 do CPC), dentro das disposições do art. 42 ao art. 63 do CPC. 
O Poder Judiciário não age por iniciativa própria, exige uma provocação do indivíduo para resolução 
do conflito, dando ensejo ao impulso oficial necessário. É a chamada da inércia da jurisdição do art. 
2º do CPC, a saber: “O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, 
salvo as exceções previstas em lei” (BRASIL, 2015, [s. p.]). 
Em observância a esta máxima, notamos que a petição inicial é um dos instrumentos mais 
importantes, no qual as alegações do interessado devem ser consistentes, de forma a provar para o 
juiz que seus fundamentos são sustentáveis e que se moldam à situação concreta. 
O interesse de agir deverá estar demonstrado e, normalmente, vem embasado na pretensão resistida 
e na utilidade da ação, devendo também demonstrar que busca a solução pacífica (ex.: notificação). 
Os arts. 319, 320 e 321, todos do CPC, nos orientam que a petição inicial indicará o juízo, a 
qualificação das partes, os fatos, os fundamentos jurídicos, o pedido, o valor da causa (vide art. 291 
do CPC), além de verificar se o caso é de procedimento especial. Da mesma forma, cabe-nos 
apresentar os documentos indispensáveis (art. 320 do CPC) e as provas e apontar as que 
pretendemos produzir (vide art. 373 e art. 429 do CPC). 
O cabeçalho é a indicação para onde a petição inicial está sendo dirigida. O endereçamento é feito 
a determinado órgão jurisdicional detentor da competência para apreciar o direito material alegado 
(e não o nome da autoridade que ocupa o cargo). 
Quanto à competência, existem vários critérios para defini-la, seja em razão do valor da causa, do 
território, da matéria, ou funcional dos órgãos que formam o Poder Judiciário (estadual ou federal). 
Outro ponto relevante sobre o tema é a competência originária, quando a ação deve ser proposta 
diretamente sobre determinado juízo ou tribunal (vide art. 42 ao art. 53 do CPC). 
Fundamentando! 
 
 4 
Não é somente o CPC que carrega normas de competência, a Constituição Federal, por excelência, 
o faz com maestria, tratando da matéria como norma materialmente constitucional (eficácia plena de 
aplicabilidade imediata). Da mesma forma, faz as Normas de Organização Judiciária de cada estado. 
A qualificação das partes é requisito indispensável para a petição inicial, a fim de promover a perfeita 
identificação, evitando homônimos (nome, prenome, estado civil, casado/união estável, RG, CPF, 
CNPJ, e-mail, domicílio e residência). O atual CPC trouxe inovação quando obriga a parte a apontar 
a existência de união estável e informar o e-mail. 
Todas essas ferramentas auxiliam na localização das partes, todavia, não dispondo o autor de 
maiores informações, poderá requerer judicialmente diligências, na forma do §1º do art. 319 do CPC. 
Desta forma, mesmo faltando estas identificações do inciso II do art. 319 do CPC, o juiz não indeferirá 
a petição inicial (§2º do art. 319 do CPC). 
Dentro da normatividade do Código de Processo Civil, não basta que o autor sustente que é o titular 
do direito alegado, sendo necessário explicar os fatos que se somaram à formação daquele direito. 
É o princípio da consubstanciação, em que se exige a motivação da fundamentação jurídica, 
referindo-se à causa de pedir próxima (os fatos) e remota (consequências jurídicas). 
Já o pedido precisa ser concatenado com os fatos e fundamentos relatados na petição inicial. É 
apresentado depois dos fatos e do direito apresentado, quando se requerem providências judiciais 
(sentença de procedência, declaratória, condenatória ou constitutiva) e medidas para restabelecer o 
bem jurídico tutelado. 
Nesse sentido, o pedido deve ser certo (vide art. 322 e art. 324 do CPC), expresso, identificando o 
gênero de forma clara. O §1º do art. 322 afirma que se compreende no principal os juros legais, a 
correção monetária, as verbas sucumbenciais e até mesmo os honorários advocatícios. 
A interpretação do pedido deve considerar o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-
fé (vide §2º do art. 322 do CPC). Havendo por objeto o cumprimento de obrigação em prestações 
sucessivas, estas serão consideradas incluídas no pedido, mesmo que o autornão as tenha 
postulado, ou que o juiz não as tenha informado na sentença. 
O valor da causa deve constar da inicial, pois é exigido um valor certo, ainda que não tenha conteúdo 
econômico aferível (vide art. 291 do CPC). Ele serve também para identificar e determinar a 
competência das ações julgadas pelo juizado especial nas causas até 40 salários-mínimos. O valor 
da causa é essencial até mesmo para estipulação dos honorários advocatícios (vide arts. 291 a 293 
do CPC). 
As provas devem ser indicadas pelo autor ao magistrado, a fim de demonstrar os fatos para o 
surgimento do seu direito (vide inciso VI do art. 319 do CPC). É requisito essencial na petição inicial, 
pois auxilia até mesmo o réu no contraditório e na ampla defesa. Entretanto, há outros momentos 
processuais em que o magistrado poderá ser instado sem prejuízo. 
A Lei nº 13.105/15, que deu nova estrutura ao Código de Processo Civil, afirma, em seu art. 318, que 
o procedimento comum se aplica a todas as causas, salvo disposição em contrário, inclusive 
subsidiariamente os procedimentos especiais e de execução. 
 
 5 
Quanto à forma, a petição inicial deve ser escrita (ressalvadas as hipóteses da Lei nº 9.099/95), 
fazendo remissão à data e deixando espaço para assinatura, como se real fosse a pretensão, tal 
como exigido para o exame da OAB, evitando a identificação do candidato (ex.: “Por fim, o 
fechamento, com a indicação de local, data, assinatura e inscrição da OAB). 
Lembre-se de que nenhuma informação é perdida no texto, sempre estará lá para orientá-lo ou 
confundi-lo. Daí, questionar os períodos apresentados, o fato de ser idoso, os confrontantes, o tipo 
de posse, o tamanho da área, a localização, entre outras informações. 
Havendo dificuldades econômicas, poderá pedir gratuidade da justiça (que não se confunde com 
assistência judiciária da defensoria pública e convênio com a OAB). O CPC, reconhecido como é 
pelo seu conteúdo normativo em conformidade constitucional, traz o tema a partir do art. 98 até o art. 
102 c/c inciso LXXIV do art. 5º da CRFB. 
Cabe, ainda, ao aluno demonstrar conhecimento sobre a Lei nº 14.010/20, que dispõe sobre o 
Regime Jurídico Emergencial e Transitório das relações de Direito Privado (RJET), a qual considera, 
no cálculo do período aquisitivo, a suspensão do prazo ocorrido na pandemia do coronavírus. 
É muito importante identificar se o enunciado informou algum risco iminente de prejuízo por parte do 
seu cliente, somado a algum direito subjetivo ou potestativo que lhe assiste. Se assim for, deve ser 
requerida tutela de urgência (cautelar/antecipada), LIMINARMENTE (§2º do art. 300 do CPC c/c 
parágrafo único do inciso I do art. 9º), além de justificar previamente o fumus boni iuris e o periculum 
in mora. É possível postular também a tutela de evidência do art. 311 do CPC, que poderá ser 
concedida independentemente da demonstração do perigo do dano e de risco ao resultado útil do 
processo. Ela tem a finalidade de dar efetividade ao direito do autor em detrimento da possível 
morosidade do processo. 
Observe que o problema menciona a agricultura familiar, daí lembrar de todos os direitos 
constitucionalmente amparados para situação, tais como as exegeses do inciso XXIII do art. 5º, do 
art. 191 e do inciso III do art. 170, todos da CRFB, assim como da Lei nº 11.326/06. 
Quanto à citação, o Código de Processo Civil traz, no art. 238 e no art. 259, todas as formas 
contempladas, entretanto o examinador sempre dará uma dica no texto, ou uma especialidade que 
lhe reportará na identificação correta, como é o caso da citação para ação de usucapião, na qual os 
confinantes são citados pessoalmente. No entanto, a citação será dispensada quando tiver por objeto 
unidade autônoma de prédio em condomínio (vide §3º do art. 246 do CPC e Súmula 391 do STF). 
Muitos processos clamam a necessidade de publicação de edital quando não localizam os 
interessados incertos e desconhecidos, quando se trata de usucapião de bem imóvel, bem como na 
ação de recuperação ou substituição de título ao portador (vide art. 259 do CPC). 
 
 
 
 
 
 
 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caro aluno, após conhecer as informações básicas para elaboração da peça processual, observe 
atentamente cada ponto aqui abordado, pois eles lhe trarão o rumo necessário que precisa para 
resolver qualquer tipo de demanda, em especial, a do processo de conhecimento (declaratório e 
constitutivo). 
 
Referências 
 
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: 
Presidência da República, [2021]. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 1º jun. 2021. 
 
BRASIL. Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973. Dispõe sobre os registros públicos, e dá outras 
providências. Brasília, DF: Presidência da República, [2021]. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6015compilada.htm.htm. Acesso em: 1º jun. 2021. 
 
Vamos peticionar! 
Uma vez identificada a jurisdição e a competência, é importante que o aluno saiba 
identificar se é o caso de vara especializada em razão da matéria, como também qual é 
a pretensão do seu cliente, certo de que é possível identificar o rito processual e os 
critérios específicos que guiarão à solução do caso. Se a relação jurídica envolve a 
pessoa e a coisa que ele possui como propriedade, seguiremos as normas de direito 
real. Porém, se a relação jurídica se funda em uma relação obrigacional entre uma 
pessoa e outra pessoa (jurídica ou não), estaremos diante das regras de direito 
obrigacional (também conhecida como direito pessoal). Todavia, ainda é possível que 
uma pretensão não seja nem de direito real nem de direito pessoal. São as chamadas 
sui generis, como o caso das ações possessórias (reintegração, manutenção e interdito 
proibitório). 
PONTO DE ATENÇÃO 
 
 7 
BRASIL. Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995. Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e 
Criminais e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, [2021]. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9099.htm. Acesso em: 1º jun. 2021. 
 
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília, DF: Presidência 
da República, [2021]. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm. Acesso em: 1º jun. 2021. 
 
BRASIL. Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006. Estabelece as diretrizes para a formulação da 
Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. Brasília, DF: 
Presidência da República, [2021]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2006/lei/l11326.htm. Acesso em: 1º jun. 2021. 
 
BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Brasília, DF: Presidência 
da República, [2021]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 1º jun. 2021. 
 
BRASIL. Lei nº 14.010, de 10 de junho de 2020. Dispõe sobre o Regime Jurídico Emergencial e 
Transitório das relações jurídicas de Direito Privado (RJET) no período da pandemia do coronavírus 
(Covid-19). Brasília, DF: Presidência da República, [2021]. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14010.htm. Acesso em: 1º jun. 2021. 
 
BRASIL. Superior Tribunal Federal. Súmula 391. O confinante certo deve ser citado, pessoalmente, 
para a ação de usucapião. Brasília, DF: STF, 1964. Disponível em: 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=4066. Acesso em: 1º 
jun. 2021. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=4066

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