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Artigo - As origens da ordem social

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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso: Administração de Empresas – 7ª fase
Disciplinas: Ciência Política – CPO e Fundamentos de Ciências Sociais
Professor: Bona, M.Sc. (Antônio Bonanomi Neto)
Aula 1 – slides Poder e Autoridade
Origem da ordem social
Visão otimista
“A singularidade do homem, em comparação com o resto do mundo animal, está em que apenas ele possui a percepção de bem e mal, de justo e injusto, e de outras qualidades similares; e é a associação na percepção comum dessas coisas que constitui uma família e uma cidade [...] O homem isolado – aquele que é incapaz de partilhar benefícios da associação política ou que não precisa partilhar porque já é auto-suficiente – não pertence à cidade, sendo, portanto, ou uma besta selvagem ou um deus.”
“O estado é superior ao indivíduo, porquanto a coletividade é superior ao indivíduo; o bem comum superior ao bem particular. Unicamente no estado efetua-se a satisfação de todas as necessidades, pois o homem, sendo naturalmente animal social, político, não pode realizar a sua perfeição sem a sociedade do estado.”
[Aristóteles, Política, 1253, IV séc. a.C. Nasceu em Estagira, colônia da Trácia – Grécia, em 384 e faleceu em 322 a.C.]
Visão pessimista
“Os desejos dos homens são diferentes, visto que eles diferem entre si em temperamento, costume e opinião; nós vemos isso em percepções sensoriais tais como o paladar, tato ou olfato, mas ainda mais nos negócios comuns da vida, onde aquilo que uma pessoa aprova – ou seja, chama de bem – outra vai condenar e chamar de mal. De fato, com freqüência o mesmo homem, em momentos diferentes, irá aprovar e censurar a mesma coisa; quando for o caso, surgirá necessariamente a discórdia e o conflito.”
[Thomas Hobbes, De Cive, 1641, p. 56. Criou uma teoria que fundamenta a necessidade de um Estado Soberano como forma de manter a paz civil. Nasceu em Westport, Inglaterra, em 5 de abril de 1588 e faleceu em 4 de dezembro de 1679).
“Sem um poder comum para mantê-los em assombro, os homens estão naquela condição que é chamada guerra; e uma guerra tal que é de cada homem contra cada homem. [...] Em tal condição, não há lugar para o trabalho, pois seus frutos são incertos, e conseqüentemente não há cultivo da terra; não há navegação, nem o uso de mercadorias que podem ser importadas por mar; não há artes, literatura, sociedade”.
“A única maneira de construir tal poder comum, capaz de defender os homens das invasões de estrangeiros e das agressões mútuas [...] é outorgar todo seu poder e força a um homem, ou a uma assembléia de homens, que possa submeter todas as vontades a uma única [...] Isto é mais do que consentimento ou concórdia; é uma união real através de um pacto [...] como se cada homem dissesse para cada homem, ‘eu autorizo e cedo meu direito de me auto-governar a este homem, ou a esta assembléia, sob a condição de que você ceda o seu direito a ele e autorize todas as suas ações de uma maneira análoga’. Isso feito, a multidão assim unida é chamada comunidade política [commonwealth], em latim civitas. Tal é a origem daquele grande Leviatã, ou melhor, daquele deus mortal, ao qual devemos, sob o Deus imortal, nossa paz e defesa.”
[Thomas Hobbes, Leviathan, 1651, p. 112]
Visão rousseauniana
“Para Rousseau, o estado humano inicial é de inocência feliz – o homem é naturalmente bom – mas a partir da técnica e da propriedade privada cai num estado semelhante ao que é descrito por Hobbes, e para sair dele é instituído o ‘pacto social’, a ‘anexação total de cada associado sob a suprema direção da vontade geral’; ‘este ato de associação produz um corpo moral e coletivo que recebe, por esse mesmo ato, a sua unidade, o seu eu comum, a sua vida e a sua vontade’.”
[Jean Jacques Rousseau nasceu em Genebra, Suíça, em 28 de junho de 1712 e faleceu em 2 de julho de 1778]

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