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Semiologia Neurológica

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1 Neurologia – Victória David 
 Semiologia 
 
Neurologia 
 Anamnese e Exame Físico 
Anamnese 
História neurológica 
1. Identificação 
 Grau de escolaridade 
 Mão preferencial 
 
2. Queixa principal (palavras do paciente) 
 
3. História da doença atual - HDA 
 Data de início dos sintomas 
 Modo de instalação da doença: 
súbita (traumatismos, distúrbios 
vasculares) ou lenta (processo 
degenerativo, neoplásico) 
 Evolução cronológica dos sintomas: 
quando e como surgiu ou 
desapareceu o sintoma. 
OBS: Evitar induzir! 
4. Modo de Instalação 
 Minutos: vascular 
 Horas: hematomas, meningites 
 Dias: encefalites, abcesso 
 Semanas: tumores, hematoma 
subdural 
 Meses: degenerativas 
 
5. História médica pregressa 
 Doenças anteriores 
 Doenças crônicas 
 Medicações em uso 
 Cirurgias previas (gástrica e 
deficiência de B12) 
 História de TCE 
 Pré natal, parto, DNPM 
 
6. História familiar 
 Estado de saúde dos integrantes 
do núcleo familiar 
 Doenças frequentes 
 Pacientes adotados 
 Consanguinidade 
 
7. História social 
 Estado civil 
 Natureza do trabalho 
 Residência atual e anterior 
 Viagens previas 
 Hábitos pessoas (etilista, tabagista, 
vegetariano) 
 
8. Revisão dos sistemas 
 Queixa importante não citada pelo 
paciente pode ser encontrada 
 
9. Perguntar sobre sintomas 
 Convulsões ou perda de 
consciência 
 Cefaleia 
 Tontura, vertigens 
 Perda de visão 
 Diplopia 
 Dificuldade de audição 
 Zumbido 
 Dificuldade na fala ou deglutição 
 Fraqueza 
 Dificuldade de locomover 
 Movimentos anormais 
 Dormência, formigamento 
 Tremor 
 
2 Neurologia – Victória David 
 Semiologia 
 
 Problemas na marcha, equilíbrio e 
coordenação 
 Dificuldade no controle dos 
esfíncteres ou na função sexual 
 Dificuldade de pensamento ou 
memória 
 Problemas para dormir ou 
sonolência excessiva 
 Sintomas depressivos 
 
Exame Físico 
Inspeção geral 
▪ Face (ptose, estrabismo, cicatrizes, 
madarose, dentes, assimetrias, máculas) 
▪ Postura 
▪ Higiene aparente adequada 
▪ Estado de humor aparente – triste, 
eufórico, distraído ou atento, receptivo, faz 
ou não contato visual, aperta a mão com 
firmeza (observar se as palmas estão 
úmidas) 
Tipos de fácies 
▪ Fácie em machadinha – distrofia miotônica 
de Steinert: diparesia facial, ptose palpebral 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Fácie mixedematosa: Rosto arredondado, 
nariz e lábios grossos, pele seca, espessada, 
com aumento dos sulcos. Edema periorbital, 
com supercílios escassos e cabelos secos e 
sem brilho. Fisionomia de desânimo e apatia. 
Está presente principalmente no 
hipotireoidismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Fácie leonina: Pele espessada, sendo sede 
de grande número de lepromas de 
tamanhos variados, em maior número na 
fronte. Os supercílios caem, o nariz se 
espessa e se alarga. Os lábios tornam-se 
mais grossos e proeminentes. Há 
deformidade da bochecha e do mento pelo 
aparecimento de nódulos. Barba escassa ou 
inexistente. Aspecto de cara de leão. Típico 
de paciente acometidos do Mal de Hansen 
(Hanseníase). 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 Neurologia – Victória David 
 Semiologia 
 
▪ Fácie acromegálica: Saliência das arcadas 
supraorbitárias, proeminência das maçãs do 
rosto e maior desenvolvimento da mandíbula. 
Aumento do nariz, lábios e orelhas. Visto na 
acromegalia, consequente à hiperfunção 
hipofisária do adulto. 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Fácie miastênica: caracterizada por ptose 
palpebral bilateral, que obriga o paciente a 
franzir a testa e levantar a cabeça. Ocorre 
na miastenia gravis e outras miopatias. 
 
 
 
 
 
 
 
 Fácie parkinsoniana: cabeça inclinada para 
frente e imóvel, olhar fixo, supercílios 
elevados, fronte enrugada e pele oleosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Motricidade 
 A avaliação da motricidade é 
dividida em: exames da força 
muscular, do tônus, da 
coordenação, dos movimentos 
involuntários anormais e do 
trofismo muscular. 
Voluntária 
1. Espontânea 
2. Coordenação 
3. Força muscular: A avaliação da 
força se dá pela análise da 
capacidade do paciente 
movimentar voluntariamente o 
sistema ósteo-articular por 
meio de seus músculos. O 
exame da força visa avaliar 
principalmente a contração 
muscular voluntária, ou ativa, e 
não a contração reflexa. 
 
Escala medical research council (mrc) 
 
Roteiro para exame contra resistência: 
 Segmento cefálico: Flexão, 
extensão, flexão lateral e rotação 
do pescoço 
 Segmento braquial: abdução e 
adução do ombro, flexão e 
extensão do antebraço, flexão e 
extensão do punho, preensão 
palmar e abdução dos dedos 
5 Força muscular normal 
4 Movimento com capacidade de vencer 
uma resistência 
3 Movimento capaz de vencer a força da 
gravidade mas não a resistência 
2 Não vence a gravidade 
1 Fraca contração muscular sem 
deslocamento do segmento 
0 Ausência de movimento do tronco e dos 
membros 
 
4 Neurologia – Victória David 
 Semiologia 
 
 Segmento crural: flexão e extensão 
da coxa, da perna, do pé e do hálux 
Testes 
1. Manobra de Mingazzinni para 
MMSS: paciente de olhos fechados 
estende os braços para frente e os 
mantêm por cerca de 30 segundos. 
O membro parético, devido à 
fraqueza proximal, derreará aos 
poucos. Na mesma posição, mas 
com as palmas voltadas para cima, 
observe o sinal da pronação no 
segmento parético (sinal de Barré) 
 
 
2. Manobra de Raimiste MMSS – 
decúbito dorsal, braços apoiados e 
fletidos em 90°, palmas voltadas 
uma para a outra sem se 
encostarem. Manter-se assim por 
cerca de 30 segundos. Devido 
fraqueza de predomínio distal, do 
lado parético ocorrerá gradual 
derreamento; primeiro dos dedos, 
seguido pela mão e antebraço. 
3. Manobra de Mingazzinni para MMII: 
em decúbito dorsal, olhos fechados 
e com as pernas em posição 
posição ginecológica. Manter-se 
assim por cerca de 30 segundos. 
Ocorrerá derreamento gradual da 
perna parética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Prova de Barré MMII: em decúbito 
ventral com as pernas flexionadas a 
45°, manter-se assim por cerca de 
30 segundos. Ocorrerá 
derreamento da perna parética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Prova da queda do membro inferior em abdução: 
paciente em decúbito dorsal, sustentamos suas pernas 
fletidas sobre as coxas, estando estas em ângulo reto com 
tronco, mantendo-se seus joelhos unidos e com apoio 
plantar bilateral sobre o leito. Após soltarmos os joelhos, em 
caso de déficit motor, um dos membros cai em abdução, 
 
5 Neurologia – Victória David 
 Semiologia 
 
podendo ser de maneira progressiva ou imediata, na 
dependência do grau de fraqueza. 
 
Déficit motor sutil: promove mínima redução 
da força muscular, não aparente ao próprio 
paciente, familiares ou pessoas do convívio 
próximo, mas que se manifesta com um 
leve grau de dificuldade nas atividades de 
rotina 
Sinais 
▪ Sinal da pronação: paciente de pé ou 
sentado, com os olhos fechados e braços 
estendidos para frente com as palmas 
voltadas para cima. Observe se consegue 
manter a posição por pelo menos 30 
segundos. O teste é positivo quando houver 
pronação da mão, podendo haver 
concomitante flexão do cotovelo e 
abaixamento do membro no lado afetado. 
Pode haver concomitante desvio pronador 
de graus variáveis. 
Sinal da pronação positivo à esquerda 
 
 
▪ Sinal do quinto dedo: paciente, de olhos 
fechados estende os braços e dedospara 
frente com palmas voltadas para baixo. O 
sinal é positivo quando o quinto dedo 
abduzir, separando-se dos demais. 
 Sinal do quinto dedo à direita 
▪ Sinal do rolamento dos dedos: deve rolar 
os dedos indicadores, um sobre o outro, 
estando ambos estendidos lado a lado, em 
frente do tronco, distantes de 5 cm um do 
outro com cada ponta dirigida para a 
articulação metacarpofalangeana oposta. 
Os demais dedos permanecem fletidos 
assim como os cotovelos que se mantêm 
fixos ao lado do corpo. O teste é positivo 
quando ocorre assimetria dos movimentos 
rotatórios e um dos lados, orbita o lado par 
ético 
▪ Sinal do rolamento do quinto dedo: 
posição adotada e a resposta esperada são 
semelhantes as do SRD, exceto que agora é 
o quinto dedo o estendido e o que deve 
girar (primeiro num sentido, e depois no 
outro), em torno do seu homólogo, 
mantendo-se os demais dedos fletidos. 
Facilita ao paciente o ato de girar apenas o 
quinto dedo, se fixar os indicadores e 
polegares de ambas as mãos uns contra os 
outros 
 
 
 
 
 
6 Neurologia – Victória David 
 Semiologia 
 
 
Tônus muscular 
 Estado de tensão permanente dos músculos 
esqueléticos mesmo em completo repouso e 
relaxamento, fenômeno essencialmente reflexo 
e variável, cuja missão fundamental é o ajuste 
das posturas locais e da atividade geral. 
1. Inspeção: avaliar postura e posição dos 
membros 
2. Palpação: consistência muscular, 
elasticidade passiva e turgor 
 Lesões centrais: tônus aumentado 
(hipertonia) 
 Lesões periféricas: tônus diminuído 
(hipotonia) 
3. Mobilização passiva 
OBS.: Hipertonia: lesão piramidal 
1. Espasticidade 
2. Eletiva: 
 Extensores dos MMII 
 Flexores dos MMSS 
3. Elástica: estende e volta para a posição 
OBS.: Hipertonia: lesão extrapiramidal (sinal da 
roda denteada) 
1. Rigidez 
 Não é eletiva 
 Plástica 
 
Motricidade automática 
1. Normais: 
 Mímica, balançar dos braços 
durante a marcha, gesticulação 
expressiva motricidade do tronco 
e dos membros 
 
2. Anormais: 
▪ Acinesia: pobreza de movimentos 
e lentidão para iniciar e executar 
atos motores voluntários e 
automáticos, na ausência de 
paralisia. 
 
▪ Bradicinesia: lentidão na execução 
de movimentos 
▪ Coréias: movimentos sem 
propósitos, rápidos e breves, 
irregulares e assimétricos 
associados à hipotonia 
▪ Distonias: movimentos involuntários 
decorrentes de contrações 
prolongadas e repetitivas de 
músculos antagonistas) 
▪ Tremores (repouso e de ação) 
▪ Mioclonias: abalos envolvendo um 
ou mais músculos, arrítmicos e 
semelhantes à choque elétrico 
▪ Hemibalismo: semelhante à coréia, 
porém mais duradouro, mais 
proximais e explosivos 
 Atetose: movimentos lentos, 
contínuos, ondulantes 
acompanhados de hipertonia 
 
Equilíbrio estático 
▪ Propriocepção 
▪ Visão 
▪ Função vestibular 
 
7 Neurologia – Victória David 
 Semiologia 
 
 Obs: duas funções preservadas o equilíbrio 
se mantem. 
Sinal de romberg 
 Importante para avaliar função 
proprioceptiva 
1. Se queda imediata para qualquer lado, 
sugere fisfunção cordonal posterior 
2. Quando consistentemente positivo 
para um dos lados e após breve 
latência, sugere disfunção vestibular 
homolateral 
3. Dificuldade para juntar os pes e esta 
dificuldade não aumenta se fechar os 
olhos, sugerindo lesão cerebelar 
Single leg stance – estática sobre um pé só 
 Importante para avaliar se o indivíduo 
tem capacidade de subir escadas pisando 
em degraus individualmente ou caminhar 
com segurança no escuro 
 Indivíduos saudáveis até 69 anos são 
capazes de se manter na posição por 
pelo menos 5 segundos. 
 
Equilibrio dinâmico 
 
 Avaliação da marcha 
 Disbasia: distúrbio da marcha 
 
1. Marcha normal: olhar pra frente e se 
volta para baixo por situações 
eventuais, ritmo é regular, os MMSS 
tem um balançar alternado e oposto 
aos pés para otimizar o equilíbrio. 
2. Marcha hemiplégica ou ceifante ou 
foice 
 Típica da síndrome piramidal, 
resulta da hipertonia espástica e 
paresia/plegia do membro 
afetado. 
 Rigidez da musculatura extensora 
e braço fletido 
 
 
3. Marcha bipiramidal ou em tesoura 
 Nas paraparesias espásticas 
(infecções por HTLV) e na 
diplegia de little, nas mielopatias 
secundária à espondilose cervical. 
 Grande envolvimento dos 
músculos adutores da coxa, por 
isso a marcha em tesoura. 
4. Marcha atáxica sensitiva ou 
talonante: doenças do cordão 
posterior como a vitaminose B12 e 
tabes dorsalis. 
 Neuropatias periféricas com 
envolvimento de fibras 
mielínicas grossas 
 Base alargada, membros 
superiores também afastados, 
levanta exageradamente os 
pés e golpeia fortemente o 
chão 
5. Marcha atáxica motora ou ebriosa 
(cerebelar) 
 Doenças cerebelares 
 Perda da coordenação 
motora, dificuldade para 
posicionar cada passo. Andar 
em ziguezague. 
 Lesões cerebelares unilaterias 
tendencia desvio para lado 
comprometido 
 Sinal do compasso – andar 
em torno de uma cadeira 
6. Marcha vestibular 
 Teste de Babinsk – weil: 
solicite ao paciente para andar 
5 a 8 passos alternadamente 
para frente e para trás. Ao ir 
para frente desviará para o 
lado acometido e ao voltar 
desviará para o lado são. 
Após alguns ciclos o 
examinando desenhará uma 
estrela no chão. 
 Sinal do compasso. 
 
 
 
8 Neurologia – Victória David 
 Semiologia 
 
7. Marcha parkinsoniana 
 Flexão do tronco, passos 
curtos e lentos, sem balançar 
os braços 
 Congelamento da marcha 
8. Marcha miopática ou anserina 
 Envolvimento da cintura 
pélvica. O déficit de força dos 
músculos do quadril não 
impedem que o quadril desvie 
para o lado do membro que 
avança. 
9. Marcha escarvante 
 Comprometimento dos 
músculos tibiais anteriores. 
 Levanta exageradamente a 
perna e a coxa. Quando o pé 
toca o chão ocorre primeiro 
com as pontas. 
10. Marcha apráxica 
 Perda da habilidade em usar 
os membros inferiores para a 
marcha sem que exista 
alteração da sensibilidade ou 
força. 
 Casos de lesão extensa em 
lobo frontal 
11. Marcha anserina (do pato): fraqueza 
de musculatura pélvica. 
 Hiperlordose com base 
alargada 
 
Testes 
 
Teste de 6 metros 
 Velocidade preferencial e máxima 
 Marcha tandem: caminhar 10 passos pé 
ante pé. 
 Alteração: mais de dois passos laterais 
enquanto executa a ação. 
 
Teste de Fukuda 
 Paciente com olhos fechados e braços 
estendidos. Pedir para o paciente 
marchar sem sair do lugar. Contar até 
50. Positivo se desviar em 45° para o 
lado comprometido ou adiantar-se por 
mais de 1 metro. 
 
Coordenação 
 Taxia – coordenação 
 Ataxia – perda da acurácia do 
movimento 
Execução: 
 Ação coordenada de músculos agonistas, 
antagonista, sinergistas e fixadores. 
 Cerebelo é responsável pela sinergia e 
coordenação. 
 Pode ser afetada por lesões dos nervos 
periféricos sensitivos, das colunas 
posteriores da medula, vias ascendentes 
proprioceptivas no tronco cerebral e dos 
lobos parietais. 
 
Testes de coordenação: provas da função 
cerebelar, que envolvem os membros 
superiores e inferiores assim como o tronco. 
As principais manifestações da disfunção 
cerebelar referem-se às alterações dos 
movimentos ativos, e do tono muscular 
 
1. Prova dedo-nariz 
 Hipermetria (paciente cerebelar) 
não se acentua ao fechar os olhos. 
 Se conseguir: propriocepção e 
cerebelo estão normais 
 Se conseguir com olhos abertos: 
problema proprioceptivo 
 Se não conseguir de olhos 
abertos: problema cerebelar 
 Dismetria (lesão cordonal posterior) 
acentua ao suprimir o controle 
visual. 
 Sinal do esgrimista 
Gesto acompanhado 
 
 
 
9 Neurologia – Victória David 
 Semiologia 
 
2. Prova calcanhar joelho: paciente em 
decúbito; encostar calcanhar até 
joelho contralateral 
 
 
3. Prova da pronação dos membros 
superiores 
 Membros estendidos em frente a 
ele e se solicita que prone as mãos. 
A pronação é exagerada no lado da 
síndrome cerebelar. 
 
4. Prova dos traços de linhas horizontais 
 Traçar uma linha vertical em um 
papel branco. Pedir para o paciente 
risque linhas horizontais da esquerda 
para a direita e que terminem 
exatamente na linha vertical. 
5. Manobra do rebote: Solicita-se ao 
paciente que gire a cabeça para o lado 
oposto e realize com toda força possível, e 
contra a resistência do examinador, a flexão 
do antebraço sobre o braço. Em 
determinado momento solta-se o antebraço 
subitamente. Num indivíduo normal, entraria 
em ação imediatamente a contração 
antagonista do tríceps para frear o 
deslocamento da mão que rapidamente se 
dirige para golpear o ombro. Porém, nos 
pacientes cerebelares, esta contração 
pronta não aparece e sua mão choca-se de 
encontro ao ombro. 
6. Prova da descida e parada dos braços: 
paciente que eleve os braços até a posição 
vertical e então que os abaixe até a 
horizontal. No lado da síndrome cerebelar o 
braço desce mais 
7. Prova da preensão: Ao tentar pegar 
algum objeto, um copo por exemplo, 
promove abertura excessiva com 
afastamento dos dedos. 
8. Prova da diadocinesia: movimentos 
alternados e rápidos 
a) eudiadococinesia: normal 
b) disdiadococinesia: alterado 
c) adiadococinesia: não consegue 
realizar 
 
 Obs.: 
 No paciente cerebelar o discurso 
arrastado lembra muito o discurso 
de ébrio. Discurso silabado ou 
escandido. 
 Escrita tende a ser macrográfica 
Reflexos 
 Supridos pelos nervos cranianos 
 Dos membros superiores 
 Do tronco 
 Das extremidades inferiores. 
 Paresia facial central direita 
Exteroceptivos ou superficiais 
1. Cutaneoplantar 
 Flexão dos dedos 
 
10 Neurologia – Victória David 
 Semiologia 
 
 Sinal de babinski: via 
piramidal ou corticoespinal 
 
2. Cutaneoabdominais 
 Periferia até linha média 
 Contração unilateral 
 Desvio da cicatriz umbilical 
 Se não houver o reflexo: 
lesão do arcorreflexo ou via 
piramidal (paciente obeso 
pode não apresentar a 
sensibilidade) 
 
 
 
 
 
 
 
Profundos: 
 Manifestações fásicas do reflexo 
miotático de tração. 
 
1. Tricipital 
 
2. Bicipital 
 
 
 
 
 
 
3. Supinador 
 
 
 
 
 
4. Patelar 
 
 
5. Aquileu 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 Neurologia – Victória David 
 Semiologia 
 
Reflexos motores 
 
Sensibilidade 
1. Objetiva 
a) Geral: 
 Profunda: vibratória, pressão, 
cinético postural, dolorosa  
hálux pra cima ou pra baixo após 
mexer; diapasão; estereognosia, 
grafestesia 
 Superficial: tátil, térmica, dolorosa 
 avaliar com o toque a 
diferença de dermátomos, 
frascos com diferenças de 
temperaturas e alfinetes 
 Sinal de Romberg: disfunção cerebelar. 
Tem maior sensibilidade para lesões da via 
de propriocepção consciente. 
 Positivo: quando o paciente 
tende a cair quando fecha os 
olhos. Aproximar os pés 
sensibiliza ainda mais o teste. 
 Está presente na tabes dorsalis, 
complicação da neurossifilis que 
acomete o funículo posterior da 
medula 
b) Especial: olfação, visão, gustação, 
audição 
2. Subjetiva 
 O que o paciente traz de queixa 
 
 
 
Nível de consciência 
 Escala de coma de Glasgow + escore 
de reatividade da pupila 
 
Pontuação na escala de Glasgow 
– 
Pontuação da avaliação pupilar 
Mini Exame do estado mental – MEEM 
 Avaliação do estado mental que analisa 
especificamente os elementos clínicos 
que se correlacionam com as 
enfermidades neurológicas. 
 
1. Orientação no tempo e espaço: 
paciente deve ser indagado de 
questões rápidas e respostas obvias, 
como a data, dia, semana, etc. 
2. Retenção de dados: o médico diz ao 
paciente o nome de três objetos 
comuns (relógio, óculos e livro), para 
que ele repita, logo após, valendo 1 
ponto para cada objeto lembrado. 
3. Atenção e cálculo: solicita-se ao 
paciente diminuir 7 de 100, por cinco 
vezes subsequentes. Caso o 
paciente não compreenda o teste, 
pede-se que soletre a palavra 
mundo na ordem inversa. 
4. Memória: pede-se ao paciente que 
repita o nome dos objetos 
nomeados no teste de retenção. 
0 Arreflexia 
- Hiporreflexia 
+ Normorreflexia 
++ Reflexo vivo 
+++ hiperreflexia 
 
12 Neurologia – Victória David 
 Semiologia 
 
5. Linguagem: pede-se ao paciente 
para dar os nomes de dois objetos 
apresentados a ele; solicita-se ao 
paciente que repita uma frase ou 
um conjunto de palavras; prova dos 
três comandos (pede-se que o 
paciente obedeça a ordem: pegue 
o papel com a mão direita, dobre 
no meio e coloque-o sobre a mesa); 
apresentar ao paciente um papel 
em que está escrito “feche os 
olhos” e ele deve ler só pra si e 
executar o que está escrito; pede-
se ao paciente que escreva uma 
frase de sua própria iniciativa 
Teste dos nervos cranianos (NC) 
Nervo olfatório (I par) 
 Avaliado apenas depois de trauma 
na cabeça ou quando houver 
suspeita de lesões na fossa anterior 
(meningioma) ou se pacientes 
relatarem odor ou paladar anormal. 
Pede-se ao paciente para identificar 
odores (sabonete, café, cravos) 
colocados junto às narinas 
enquanto a outra narina é ocluída. 
Álcool, amônia e outros irritantes, 
submetidos aos nociceptores do V 
nervo craniano (trigêmeo), são 
usados apenas quando houver 
suspeita de simulação. 
 
Nervo óptico (II par) 
 Acuidade visual é testada utilizando 
um quadro de Snellen para visão a 
distância ou um quadro manual 
para visão de perto; cada olho é 
avaliado individualmente, com o 
outro olho coberto. 
 A percepção de cores é avaliada 
utilizando placas 
pseudoisocromáticas de Ishihara ou 
Hardy-Rand-Ritter que têm 
números ou figuras dentro de um 
campo de pontos especificamente 
coloridos. 
 Os campos visuais são avaliados 
por confrontação direta nos 4 
quadrantes visuais. As respostas 
pupilares diretas e consensuais são 
avaliadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nervos oculomotor (III par), troclear (IV par) 
e abducente (VI par) 
 Os olhos são observados quanto a 
simetria de movimento, posição do 
globo ocular, assimetria ou queda 
das pálpebras (ptose) e espasmos 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/doen%C3%A7as-neuroftalmol%C3%B3gicas-e-de-nervos-cranianos/vis%C3%A3o-geral-das-doen%C3%A7as-neuroftalmol%C3%B3gicas-e-de-nervos-cranianos#v1042404_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/doen%C3%A7as-neuroftalmol%C3%B3gicas-e-de-nervos-cranianos/vis%C3%A3o-geral-das-doen%C3%A7as-neuroftalmol%C3%B3gicas-e-de-nervos-cranianos#v1042404_pt
 
13 Neurologia – Victória David 
 Semiologia 
 
ou tremulações dos globos ou das 
pálpebras. 
 Os movimentos extraoculares 
controlados por esses nervos são 
testados pedindo-se ao paciente 
para acompanhar um alvo em 
movimento (p. ex., dedo do 
examinador, sinal luminoso) nos 4 
quadrantes (inclusive através da 
linha mediana) e em direção à 
ponta do nariz; esse teste pode 
detectar nistagmo e paralisia de 
músculos oculares. O nistagmo de 
amplitude tênue breve do olhar na 
extremidade lateral é normal. 
 Anisocoria ou diferenças nos 
tamanhos pupilares devemser 
observadas em um quarto com luz 
fraca. O reflexo pupilar à luz é 
testado para simetria e rapidez. 
 
 
Nervo trigêmeo (V par) 
 Para avaliação das 3 divisões sensoriais 
(oftálmica, maxilar e mandibular) do 5º 
nervo (trigêmeo), o examinador usa um 
clipe para testar a sensibilidade facial e 
passa uma mecha de algodão na parte 
inferior ou lateral da córnea para avaliar 
o reflexo corneano. Quando há perda 
de sensibilidade facial, deve-se examinar 
o ângulo da mandíbula; a preservação 
dessa área (inervada pela raiz espinal 
C2) sugere um déficit trigeminal. Um 
piscar fraco, decorrente de fraqueza 
facial (p. ex., paralisia do VII nervo 
craniano), deve ser distinguido de um 
reflexo corneano diminuído ou ausente, 
comum em indivíduos que usam lentes 
de contato. Um paciente com fraqueza 
facial normalmente sente a mecha de 
algodão em ambos os lados, até mesmo 
com o piscar diminuído. 
 A função motora do trigêmeo é 
testada palpando-se o músculo 
masseter, enquanto o paciente cerra 
firmemente os dentes, e pede-se para 
que abra a boca contra resistência. 
Quando o músculo pterigoideo está 
fraco, a mandíbula desvia-se para o 
lado desse músculo. 
 
 
 
 
14 Neurologia – Victória David 
 Semiologia 
 
 
 
 
 
 
Nervo facial (VII par) 
 Verifica-se a fraqueza hemifacial. 
Com frequência, a assimetria de 
movimentos faciais é mais evidente 
durante a conversação espontânea, 
em especial quando o paciente 
sorri ou, se estiver mentalmente 
confuso, fizer caretas perante um 
estímulo nocivo; no lado debilitado, 
o sulco nasolabial aprofunda-se e a 
rima das pálpebras amplia-se. Se o 
paciente apresentar apenas 
fraqueza facial inferior (o 
enrugamento da fronte e o 
fechamento das pálpebras são 
preservados), a fraqueza do VII 
nervo é central e não periférica. 
 A sensibilidade gustativa nos dois 
terços anteriores da língua pode 
ser testada com soluções doces, 
azedas, salgadas e amargas 
colocadas em ambos os lados da 
língua. 
 Hiperacusia, indicando fraqueza do 
músculo estapédio, pode ser 
detectada posicionando-se um 
diapasão em vibração próximo à 
orelha. 
 
Nervo vestíbulo-coclear (VIII par) 
 Audição: testada primeiro em cada 
ouvido sussurrando algo e ocluindo o 
ouvido oposto. Qualquer perda suspeita 
devem levar imediatamente a testes 
audiológicos para confirmar os resultados 
e ajudar a diferenciar perda auditiva 
condutiva de perda neurossensorial. 
Os testes de Weber e Rinne podem ser 
realizados no leito para tentar diferenciar 
os dois. 
 Avaliar a função vestibular: testando 
o nistagmo. A presença e 
características (direção, duração, 
gatilhos) do nistagmo vestibular ajuda a 
identificar distúrbios vestibulares e, às 
vezes, diferenciar vertigem central de 
periférica. O nistagmo vestibular tem 2 
componentes: 
 Um componente lento causado 
pela entrada vestibular 
 Um componente rápido 
corretivo que provoca o 
movimento no sentido oposto 
(chamado batimento) 
 A direção do nistagmo é definida pela 
direção do componente rápido, pois é 
mais fácil de ver. O nistagmo pode ser 
rotatório, vertical ou horizontal e pode 
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https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/perda-auditiva/perda-auditiva#v944331_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/perda-auditiva/perda-auditiva#v944304_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/abordagem-ao-paciente-com-doen%C3%A7a-otol%C3%B3gica/avalia%C3%A7%C3%A3o-das-doen%C3%A7as-otol%C3%B3gicas#v942669_pt
 
15 Neurologia – Victória David 
 Semiologia 
 
ocorrer espontaneamente, com o olhar, 
ou com o movimento da cabeça. 
 
 Ao tentar diferenciar causas centrais de 
periféricas da vertigem, as seguintes 
diretrizes são confiáveis e devem ser 
consideradas no início: 
 Não existem causas centrais da 
perda auditiva unilateral porque a 
entrada sensorial periférica dos 2 
ouvidos é combinado quase que 
instantaneamente à medida que os 
nervos periféricos entram na ponte. 
 Não existem causas periféricas de 
sinais do SNC. Se um sinal do SNC 
(ataxia cerebelar) aparece ao 
mesmo tempo que a vertigem, é 
praticamente certo que a localização 
é central. 
 
 
 
 
Nervo glossofaríngeo (IX par) e vago (X par) 
 O IX nervo craniano (glossofaríngeo) 
e o X nervo craniano X (vago) em 
geral são avaliados em conjunto. 
Observa-se se há elevação simétrica 
do palato quando o paciente diz "ah". 
Se um lado é parético, a úvula é 
levantada e separada do lado 
parético. A parte posterior de cada 
lado da faringe pode ser tocada com 
um abaixador de língua para checar 
o reflexo faríngeo (de ânsia), e a 
assimetria do reflexo faríngeo é 
observada; a ausência bilateral do 
reflexo faríngeo é comum em 
pessoas saudáveis e pode não ser 
importante. 
 Em um paciente entubado, não 
responsivo, a sucção no tubo 
endotraqueal deflagra tosse. 
 Quando há rouquidão, inspecionam-
se as pregas vocais. A rouquidão 
isolada (com reflexo faríngeo e 
elevação do palato normais) deve 
motivar a busca por lesões (p. ex., 
 
16 Neurologia – Victória David 
 Semiologia 
 
linfoma mediastinal, aneurisma de 
aorta) que comprimam o nervo 
laríngeo recorrente. 
Nervo acessório (X1 par) 
Testa-se os músculos que inerva: 
 No caso do esternocleidomastoideo, 
pede-se ao paciente para girar a 
cabeça contra a resistência imposta 
pela mão do examinador, enquanto 
este palpa o músculo ativo (oposto 
ao lado da rotação). 
 Para a parte superior do trapézio, 
pede-se ao paciente para levantar os 
ombros contra a resistência imposta 
pelo examinador. 
 
 
 
 
 
Nervo hipoglosso (XII par) 
 Pede-se ao paciente para estender a 
língua e verifica se há atrofia, 
fasciculações e fraqueza (ocorre 
desvio para o lado da lesão). 
 
Principais síndromes neurológicas 
HIPERTENSÃO INTRACRANIANA 
 Caracterizada pelo aumento da 
pressão dentro do crânio (pressão 
intracraniana). 
 A pressão normal é de 10 a 
20mmHg 
 Causas: tumores (incluindo 
abscesso), meningite, hemorragia 
(cerebral ou subaracnóidea), 
traumatismo, edema cerebral, 
intoxicações exógenas, hipertensão 
arterial maligna e benigma. 
SÍNDROME DO I NEURÔNIO MOTOR OU 
SÍNDROME PIRAMIDAL 
 Conjunto de sinais e sintomas 
decorrentes da interrupção, 
anatômica ou funcional, da via 
corticoespinhal 
 Sintomas deficitários ou negativos: 
plegia ou paresia, atrofia muscular, 
diminuição ou abolição dos reflexos 
cutâneo abdominais 
 Sintomas de liberação ou positivos: 
sincinesias, sinal de Babinski, exagero 
do reflexo de automatismo ou de 
defesa, hiperreflexia profunda. 
SÍNDROME DO II NEURÔNIO MOTOR 
 Os impulsos motores que partem 
do centro não chegam à periferia. 
Assim, todos os atos motores são 
abolidos 
 Paresia ou paralisia, hipotonia, 
arreflexia, fasciculações, atrofia da 
musculatura comprometida 
 Causas principais: poliomielite 
anterior aguda, esclerose lateral 
amiotrófica, amiotrofia mielopática 
infantil, siringomielia, etc. 
 
 
 
 
17 Neurologia – Victória David 
 Semiologia 
 
SÍNDROME HEMIPLÉGICA 
 Aparece quando ocorre lesão da via 
piramidal, desde o córtex até a 
medula 
 Perda da motricidade de uma 
metade do corpo 
 Causas: acidentes vasculares 
cerebrais, tumores, traumatismos, 
infecções edoenças 
desmielinizantes 
SÍNDROME CEREBELAR 
 Alterações de coordenação e do 
tônus muscular 
 Sintomas próprios da lesão do 
verme e dos hemisférios 
cerebelares 
 Alterações dependentes das lesões 
hemisféricas  refletem nos 
membros e são sempre do 
MESMO LADO. 
 Decorrentes das lesões do verme 
 localizam-se predominante no 
TRONCO. 
 Alterações dos movimentos 
ativos(ataxia): dismetria, 
disdiadococinesia, tremor, assinergia, 
disartria, disgrafia, distúrbios dos 
movimentos oculares, disbasia 
 Alterações do tônus(hipotonia): 
diminuição da consistência das 
massas musculares, aumento da 
passividade, reflexos patelar e 
tricipital pendulares 
 Sinal de Romberg é negativo 
porque as manifestações clínicas 
não se modificam significativamente 
quando se elimina o controle visual 
 Causas: tumores, infecções, 
distúrbios vasculares, doença 
desmielinizante, etc. 
 
 
SÍNDROME RADICULOCORDONAL 
POSTERIOR 
 Conjunto de manifestações 
decorrentes de lesão do cordão ou 
funículo posterior da medula e das 
raízes que o constituem, que são 
condutoras da sensibilidade 
proprioceptiva 
 Disbasia, aumento da base de 
sustentação, prova de romberg 
positiva, hipotonia, abolição dos 
reflexos profundos, etc 
 Causas: sífilis nervosa (tabes), 
doença de Friedreich (ataxia 
espinocerebelar) e a degeneração 
combinada da medula (mielose 
funicular) 
SÍNDROME DE BROWN-SÉQUARD OU 
HEMISSECÇÃO TRANSVERSA LATERAL 
DA MEDULA 
1. Do lado da lesão: 
 Síndrome piramidal: paralisia 
 Síndrome cordonal posterior: 
evidenciada pela abolição da 
sensibilidade vibratória e cinético-
postural 
2. Do lado oposto da lesão: 
 Síndrome sensitiva: caracterizada 
pela abolição da sensibilidade 
dolorosa e térmica 
OBS: a altura da lesão medular determina o 
nível da anestesia e da participação de um 
dos dois membros paralisados. 
Causas: traumatismos, neoplasias, infecções 
SÍNDROME MENÍNGEA 
 Meninges e raízes nervosas podem 
ser acometidas por processo 
irritativos, causado por 
infecções(meningite), hemorragia 
(meníngea ou subaracnóidea) que 
se exterioriza por uma síndrome 
clinica comum 
 
18 Neurologia – Victória David 
 Semiologia 
 
 Instalação: súbito 
 Características semiológicas: HIC, 
síndrome radicular e síndrome 
infecciosa 
 
 Teste de Kerning: trazer perna 
fletida até o peito 
 
 Teste de Laségue: esticar perna e 
tentar levantar até sentir dor 
Positivo patológico: se não levantar 
>30° 
 
 
 Prova de Brudzinski: fazer flexão do 
pescoço. Se houver irritação da raiz 
nervosa o paciente fará flexão das 
pernas, pois não consegue tocar o 
queixo no peito enquanto a perna 
está esticada 
 
 
SÍNDROME DE COMPRESSÃO 
MEDULAR 
 Série de manifestações medulares e 
radiculares que surgem de modo 
agudo ou gradativo, na dependência 
de compressão súbita ou lenta 
exercida por processo expansivo 
intrarraquidiano ou intramedular 
 Distúrbios da sensibilidade: alterações 
subjetivas (dor do tipo radicular 
irradiando-se em forma de cinta e 
piora com movimentos súbitos 
toracoabdominais) e objetivas (leve 
à total perda de sensibilidade) 
 Distúrbios da motricidade: paresia 
inicial  grau de paralisia completa 
dos membros 
 Distúrbios dos reflexos  sinal de 
Babinski 
 Distúrbios do tônus: aumento do 
tônus nos membros atingidos 
 Outros distúrbios: de acordo com o 
período evolutivo, é necessária 
micção e incontinência retovesical, 
precedida ou não por retenção. 
Distúrbios acompanhados por: 
impotência, incapacidade de 
ejaculação, escaras tróficas ou de 
decúbito 
NEUROPATIAS PERIFÉRICAS 
 Comprometimento de um nervo 
isolado de dois ou mais nervos em 
regiões diferentes ou vários nervos 
simultaneamente e de forma 
simétrica 
 Lesão de fibras nervosas: alterações 
da sensibilidade térmica e dolorosa 
 Lesão de fibras mielinizadas: déficits 
proprioceptivos ou motores

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