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CURSO CHEFE DE CAMPO EAD - JUNHO 2020 NOÇÕES DE GERENCIAMENTO DE OBRAS UD: CRONOGRAMA DE OBRA CARGA HORÁRIA: 3 HORAS SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 1.1 PROJETO 4 1.2. ACOMPANHAMENTO DOS SERVIÇOS 5 2. ELABORAÇÃO DE UM CRONOGRAMA 2.1. CRONOGRAMA DE OBRA 11 2.2. ORGANIZAR UM CRONOGRAMA DE OBRA 12 2.3. VANTAGENS DO CRONOGRAMA DE OBRA 15 2.4. PRINCIPAIS ERROS E COMO SOLUCIONAR 16 3. CRONOGRAMAS E REPRESENTAÇÕES 3.1. CRONOGRAMA DE GANTT 18 3.2. CRONOGRAMA INTEGRADO GANTT-PERT/CPM 19 3.3. MARCOS 20 3.4. DIAS ÚTEIS E DIAS CORRIDOS 21 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 4 CRONOGRAMA DE OBRA Esta unidade didática abordará, de modo geral, sobre o acompanhamento e controle de obras rodoviárias quanto aos seus aspectos físicos e financeiros. Os conceitos e fundamentos de gerenciamento de obra serão apresentados e desenvolvidos na fase presencial. Bom estudo! 1. INTRODUÇÃO O acompanhamento e controle da Obra é uma valiosa ferramenta com que conta o administrador para assegurar que recursos públicos estarão sendo aplicados de maneira eficiente, através de metodologia atualizada. Para tanto é imprescindível a estruturação de equipes que devem ser permanentemente treinadas e renovadas, a fim de que possa ser mantido o alto nível técnico na obra. O Chefe de Campo deverá imprimir ao trabalho a ser desenvolvido um padrão de uniformidade de atuação. Deverá realizar controles periódicos, que serão precedidos de orientação e entendimentos com à legislação e toda a normatização vigente. 1.1 PROJETO Devem ser analisados os projetos relativos À terraplenagem, pavimentação, drenagem, obras de artes especiais e serviços complementares, bem como examinadas 5 as especificações técnicas complementares e particulares se for o caso. Uma avaliação geral das quantidades dos principais itens de serviço e a verificação das principais instalações e distâncias de transporte ajudarão a dar uma visão razoável da dimensão da obra. O estudo de critérios para a elaboração das medições em itens específicos, completará a visão global do projeto. 1.2. ACOMPANHAMENTO DOS SERVIÇOS Como acompanhamento dos serviços, deve ser entendido o funcionamento de todo o conjunto da obra, desde a instalação do canteiro e acampamento, passando pela execução dos serviços e seus controles físicos e financeiros. O controle tecnológico também deverá ser acompanhado de perto, porém será tratado de maneira específica em outra unidade didática. 1.2.1. Acompanhamento Físico É o acompanhamento da execução da obra propriamente dita, constituída pelas diversas etapas dos serviços, como serviços preliminares, terraplenagem, obras de arte corrente, pavimentação, drenagem e obras complementares. Para tanto, a equipe deve estar devidamente estruturada para providenciar as diversas instalações que compõe o canteiro de obra, as quais deverão ser também verificadas, devendo atender todos os requisitos e exigências. Integram também a obra as fontes de materiais. 6 FLUXOGRAMA IMPLANTAÇÃO DE OBRA Preliminarmente, deve-se ficar inteirado da programação prevista para a obra, em função das características próprias da região, das soluções previstas no projeto e do plano de trabalho apresentado. As principais etapas dos serviços deverão ser acompanhadas através de ferramentas onde serão anotadas e/ou inseridas os quantitativos e atividades previstas no projeto, bem como suas extensões e execuções. Assim, deve ser verificado o cumprimento do cronograma físico. Modificações e alterações do projeto deverão ser anotadas para, através de procedimento próprio para suas autorizações, serem posteriormente integradas ao relatório final da obra "As Built". 7 Em todos os itens relativos a instalações, equipamentos e serviços devem ser verificados basicamente o cumprimento das normas relativas ao meio ambiente, como também as especificações gerais e complementares, no que se refere ao controle tecnológico e à medição e pagamento dos serviços. Não obstante, indicam-se a seguir exemplos de verificação que devem ser levados em consideração pela equipe de acompanhamento: ITENS A VERIFICAR O QUE VERIFICAR Instalações e Equipamentos Canteiro de Obras • Aspecto geral, limpeza e qualidade das instalações • Compatibilidade com o que foi apresentado no Plano de Trabalho • Oficina • Abastecimento • Escritório • Laboratório Usina de Solos Área de Empréstimo • Volume • Traço da mistura • Distância de Transporte Usina de Asfalto • Traço do projeto / agregados • Temperaturas / ligante / massa • Coleta de amostras • Produção • Distância de Transporte Instalações de Britagem e pedreira • Localização em relação À obra • Tipo de instalação • Produção e Prazos • Testes laboratoriais 8 • Faixa granulométrica Estocagem de explosivos • Atendimento às normas • Segurança Estocagem de Material betuminoso • Localização • Volume • Sistema de aquecimento • Testes para recebimento Maquinário • Compatibilidade do equipamento • Estado de conservação • Quantidade • Revisão e sistema de manutenção SERVIÇOS A VERIFICAR O QUE VERIFICAR Serviços Preliminares (desmatamento, destocamento e limpeza) • Verificação da especificações com relação ao pagamento • Localização da frente de serviço • Extensão da limpeza em relação ao previsto no projeto. (toda a largura da faixa de domínio ou determinada distância dos off-sets) • Previsão de estocagem do material vegetal para reaproveitamento. • Preservação de espécies raras ou próprias da região. Terraplenagem • Controle topográfico. Atribuições das marcações das estadas 9 e off-sets. • Seções transversais • Cálculo dos volumes • Controle das erosões e proteção dos taludes • Materiais • Compactação - controles • Acompanhamento do controle físico • Área de Empréstimos e Botas- Fora. Obras de Arte Corrente • Cumprimento do projeto • Alterações em relação ao projeto • Compactação junto às mesmas - controles • Verificação das bacias e do dimensionamento • Qualidade do concreto - controles Pavimentação • Verificar as especificações com relação ao pagamento • Materiais e características • Espessura e compactação - controles • Controle da recepção dos materiais betuminosos • Ensaios realizados • Controle temperatura • Procedimento na retirada das Amostras Drenagem superficial • Abaulamento correto da plataforma e declividade 10 transversais • Sarjetas • Valetas • Meios-fios • Erosões • Descidas d'água Drenagem profunda • Granulometria • Selo • Verificar saídas Serviços complementares • Cercas • Revestimento vegetal 1.2.2. Acompanhamento Financeiro É o progresso da obra em termos financeiros, dado pelo faturamento acumulado, decorrente das medições dos serviços. A verificação se refere principalmente aos critérios adotados para a realização das mediçõese procedimentos inerentes à mesma. Assim devem ser observados os prazos para elaboração, a constituição das comissões de medição e classificação dos materiais, a obediência as normas e dispositivos legais em vigor. As medições devem ser devidamente guardadas, e seus principais itens transcritos para o relatório mensal que indica a quantidade e acréscimos nos diversos itens de serviço que deverão ser justificados e integrarão o relatório final da obra. Deve ser verificado também o cumprimento do cronograma financeiro e discutida a estimativa de produção da obra em função dos recursos financeiros programados para o exercício e exercícios futuros, a fim de ser providenciada uma eventual adequação ao Plano de Trabalho. 11 Há inúmeros modelos de quadros e fichas a adotar para o acompanhamento do andamento financeiro de uma obra. O importante no entanto é a adoção de um modelo previamente discutido entre os setores e que reflita e registre os principais dados nos relatórios mensais e final de obra. 2. ELABORAÇÃO DE UM CRONOGRAMA Uma boa gestão de obras é realizada com planejamento. Tanto faz se estamos falando sobre a construção de uma rodovia, como uma usina hidrelétrica, ou sobre a reforma de uma casa ou de um apartamento. No fim das contas, a organização é a mesma e só deve se adequar ao tamanho do projeto em questão. É mais do que comum escutarmos que a obra estourou o orçamento e demorou o dobro do prazo previsto. Certamente esses casos poderiam ter sido evitados se o engenheiro e/ou responsável tivesse feito um bom cronograma de obra. 2.1. CRONOGRAMA DE OBRA Um cronograma de obra é um documento que deve ser elaborado pelo engenheiro e que precisa levar em conta o prazo de duração das atividades de uma obra. Em geral, ele é desenvolvido em formato de planilha, com as etapas sequenciadas e divididas por semanas ou meses, conforme o tamanho e a duração estimada da obra. Algumas ferramentas, hoje em dia, permitem a criação de cronogramas de fácil visualização, que indicam o sequenciamento lógico das atividades a serem 12 desempenhadas, a duração de cada uma delas e, ainda, o profissional responsável por executá-las. Isso facilita o compartilhamento das tarefas da obra e o monitoramento do serviço. Essa organização evita atrasos e desperdícios, pois evidencia de forma clara as datas limites para a entrega de materiais, a contratação de mão de obra e quais atividades já deveriam ter sido entregues. Como todos os usuários da plataforma possuem acesso ao cronograma, fica mais fácil instaurar uma cultura de responsabilidade no canteiro de obras, já que permite que todos tenham a real noção de como as suas atividades impactam no planejamento e na execução final. 2.2. ORGANIZAR UM CRONOGRAMA DE OBRA 2.2.1. Enumerar todas as atividades Definitivamente, antes de iniciar é necessário que você tenha clareza a respeito de todo o processo da obra. Portanto, o primeiro passo é fazer uma lista com todas as atividades que estão previstas, desde a montagem do canteiro de obras, passando pelos serviços preliminares, terraplenagem, obras de arte corrente, pavimentação, drenagem e obras complementares. Essa relação pode ser usada em mais de um projeto, mas as atividades não serão as mesmas necessariamente. Cada obra é uma obra. 2.2.2. Organizar o serviço e definir os prazos Depois de relacionar todas as atividades que deverão ser executadas ao longo da obra e colocá-las em uma sequência 13 cronológica de execução, é importante estimar a duração de cada uma delas. Um cronograma de obra bem feito deve ser o mais fiel possível à realidade, ainda que seja muito difícil controlar todo o processo. Para não frustrar as expectativas e ganhar alguma margem de manobra, inclua no cronograma possíveis imprevistos ou atrasos no desenvolvimento do processo. Afinal, nem tudo está sob o seu controle e pode ser que o fornecedor tenha um problema com a entrega de um material ou algum maquinário tenha algum problema técnico, por exemplo. 2.2.3. Ferramentas de controle Quem já acompanhou uma obra do começo ao fim sabe do desgaste que algumas tarefas burocráticas podem causar ao longo de todo o processo. Controlar orçamentos, manter contato com fornecedores, armazenar contratos e dar suporte a todas as áreas em um canteiro de obras não são tarefas simples. No entanto, algumas tecnologias bastante usadas hoje em dia podem facilitar esse trabalho ao otimizar os processos e automatizar algumas funções. Com isso é possível monitorar, ao mesmo tempo, o desempenho dos funcionários e a gestão do orçamento. Como exemplo, podemos citar alguns softwares: • MS Project • Trello • Basecamp • Asana • Primavera 14 15 2.3. VANTAGENS DO CRONOGRAMA DE OBRA 2.3.1. Aumento do controle de prazos Um cronograma de obra de fácil visualização e organizado permite que o gestor tenha maior controle sobre os prazos de todo o processo. O cronograma ajuda a monitorar se as datas estão sendo cumpridas e onde é que os prazos podem ser encurtados, se necessário. 2.3.2. Redução de custos Outra vantagem do cronograma de obras é a possibilidade de redução de custos, como, por exemplo, com a economia na compra de materiais. Isso é possível porque, como a ferramenta permite a análise do andamento da obra, pode-se cruzar as informações com a entrada de materiais no estoque do canteiro de obras. Com isso, o gestor consegue controlar a quantidade de matéria-prima e regular o volume de compras dos produtos, evitando perdas e desperdícios desnecessários. 2.3.3. Identificação de pontos críticos O acompanhamento metódico do desenvolvimento de uma obra por meio do cronograma também permite ao gestor enxergar não somente o que acontece na semana presente, mas, principalmente, o que está por vir pela frente. Dessa forma, é possível evitar obstáculos e entraves. Se a etapa de terraplenagem estiver atrasada devido a um problema com a compactação, esse atraso impactará o 16 andamento de todo o restante da obra. Dessa forma, conhecendo o ponto crítico, o gestor pode tomar decisões para minimizar o impacto desse problema e buscar soluções em tempo hábil. 2.4. PRINCIPAIS ERROS E COMO SOLUCIONAR Ao longo desta unidade didática buscou mostrar que um cronograma de obras pode ajudar no acompanhamento do desenvolvimento de todas as etapas da obra. Isso possibilita que o gestor consiga mapear o que ocorre no canteiro de obras e intervir em determinadas ocasiões. No entanto, isso só funciona se o cronograma de obra for bem feito, seguindo os passos e as orientações que vimos até aqui - isso demanda investimento de tempo e deve ser considerado parte da construção. Caso contrário, em vez de ajudar, o planejamento pode se tornar mais um entrave no processo. 2.4.1. Prazo Lidar com contratos por meio de uma obra é trabalhar com a expectativa de quem está investindo tempo e dinheiro em um objetivo. Portanto, a última coisa que um gestor deve fazer é frustrar as expectativas previstas. Levando isso em conta, todo prazo combinado deve ser cumprido. Ao elaborar um cronograma de obra, coloque uma margem de manobra de uns dias ou semanas em algumas das etapas que costumam apresentar maiores problemas com a entrega. Isso serve para dar mais segurança ao gestor no cumprimento do prazo. No caso de tudo dar certo, a obra será entregue antes do previsto, o que se mostrará como ponto favorável a toda a equipe.17 2.4.2. Otimizar o fluxo da obra Um outro artifício na hora de elaborar um cronograma de obra é identificar etapas da construção que podem ser executadas ao mesmo tempo sem que uma dependa da outra ou prejudique a outra, necessariamente. Com isso, na hora de preencher o cronograma, destacando as semanas em que cada atividade irá ocorrer, lembre-se de preencher as colunas com as etapas diferentes nas mesmas semanas. Isso ajuda a ter uma dimensão real do prazo da obra e garante que haverá economia de tempo. 2.4.3. Falta de comunicação entre os setores Uma das facilidades do cronograma de obra é a função de compartilhamento das informações, que permite que todos os engenheiros e colaboradores de um empreendimento tenham acesso ao planejamento, saibam se programar e monitorar o andamento das etapas. Ao mesmo tempo que esse é um ponto positivo, a comunicação ou melhor, a falta dela pode acabar causando conflitos capazes de comprometer a obra. Uma orientação é criar mecanismos de comunicação para avisar os demais envolvidos a respeito de mudanças no desenvolvimento do trabalho com a finalidade de evitar surpresas. 3. CRONOGRAMAS E REPRESENTAÇÕES O Cronograma que resulta do planejamento conforme preconizamos é o produto de uma método bem definido, e não um conjunto de barras desenhadas aleatoriamente. O cronograma integrado leva em conta as premissas adotadas e materializa graficamente o resultado dos cálculos efetuados. 18 O cronograma é, por excelência, o instrumento do planejamento no dia a dia da obra e é com base nele que o gestor e sua equipe devem tomar as seguintes providências: Programas as atividades das equipes de campo Instruir as equipes Fazer aquisições Alocar equipamentos Alocar mão de obra Aferir o progresso das atividades Monitorar atrasos ou adiantamentos das atividades Replanejar a obra Pautar reuniões 3.1. CRONOGRAMA DE GANTT A visualização das atividades com suas datas de início e fim pode ser conseguida lançando-se mão do recurso gráfico chamado de cronograma de Gantt, assim batizado em homenagem ao engenheiro norte-americano Henry Gantt, que introduziu o cronograma de barras como ferramenta de controle de produção de atividades, sobretudo na construção de navios cargueiros no início do século XX. O cronograma de Gantt é um gráfico simples: à esquerda figuram as atividades e à direita, as suas respectivas barras desenhadas em uma escala de tempo. O comprimento da 19 barra representa a duração da atividade, cuja datas de início e fim podem ser lidas nas subdivisões da escala de tempo. A seguir, um exemplo simples: FIGURA: CRONOGRAMA DE BARRAS O cronograma de Gantt constitui uma importante ferramenta de controle, porque é visualmente atraente, fácil de ser lido e apresenta de maneira simples e imediata a posição relativa das atividades ao longo do tempo. Qualquer pessoa com um mínimo de instrução pode manusear um cronograma e dele extrair informação sem dificuldade. O cronograma de barras, como originalmente concebido, tem a deficiência de não possibilitar a visualização da ligação entre as atividades, não levar em conta as folgas e não mostrar o caminho crítico. A fim de suprir essas limitações, planejadores criaram uma versão aprimorada do cronograma de Gantt, na qual introduziram dados tirados da rede PERT/CPM. A versão final recebe o nome de cronograma integrado Gantt-PERT/CPM. 3.2. CRONOGRAMA INTEGRADO GANTT-PERT/CPM O cronograma integrada pode apresentar, adicionalmente ao cronograma de Gantt, várias informações: 20 INFORMAÇÃO COMO APARECE NO CRONOGRAMA Numeração das atividades De acordo com a rede Sequenciação Pequenas setas Datas início e fim PDI, UDI, PDT, UDT Folgas Pode se limitar À folga total (FT) ou abrange todas (FT, FL, FD, FI) Atividades críticas Hachuras ou com traço mais forte Realizado Situação atual (real) do projeto 3.3. MARCOS Marcos são pontos notáveis que se destacam em um cronograma. Um marco é um instante particular que define o início ou o final de uma etapa do projeto, ou o cumprimento de algum requisito contratual, O termo inglês milestone também é utilizado. Os marcos são pontos de controle. Representá-los no cronograma ajuda a rápida visualização da data em que o projeto alcança esses instantes. Do ponto de vista do planejamento, o marco é uma atividade de duração zero, inserido no cronograma unicamente para fins de referência. Os marcos podem ser de planejamento (definidos pelo planejador e cujas datas são calculadas a partir da rede) ou contratuais (datas impostas, que deverão ser atendidas). O Quadro abaixo, mostra alguns marcos que podem ser incorporados a um cronograma: DE PLANEJAMENTO CONTRATUAIS Início da obra Ordem de serviço Final da Terraplenagem Entrega do 1º trecho 21 Estrutura concluída Liberação da 1º parcela de recursos Liberação da área Reunião de coordenação Conclusão da Pavimentação Inauguração da obra No caso dos marcos contratuais, as datas não são calculadas, mas impostas, Cabe ao gestor do projeto verificar se o planejamento da obra atende a essas datas e tomar as providências necessárias para que as etapas sejam cumpridas em tempo hábil. CRONOGRAMA COM MARCOS 3.4. DIAS ÚTEIS E DIAS CORRIDOS A técnica PERT/CPM é toda fundamentada em dias úteis, ou seja, em dias de trabalho (ou semanas ou meses e etc). Os cálculos não levam em conta dias d e calendário, mas dias sequenciais. A contagem dos dias independe de fins de semana e feriados. O cronograma com dias de calendário nada mais é do que um passo posterior, apenas para a associação dos dias parametrizados com datas no tempo real. 22 DIAGRAMA DE REDE CRONOGRAMA PARAMÉTRICO (dias sequenciais) Supondo que a data de Início previsto é 14 de abril de 2020, que a obra não trabalha nos finais de semana e que há um feriado no dia 21 de abril, o cronograma integrado assume a seguinte forma: 23 CRONOGRAMA EM DIAS DE CALENDÁRIO Pode-se notar que as atividades C e E são interrompidas pelos dias não úteis, mas sua duração total em dias de trabalho permanece a mesma. DICAS PARA O PLANEJADOR No cronograma integrado, o projeto parece mais longo que no cronograma simples (numeração sequencial paramétrica), porém a quantidade de dias úteis é a mesma. O que muda é que a quantidade de dias corridos é maior que a de dias úteis. Em toda rede PERT/CPM, o que se calcula é sempre a duração total trabalhada, isto é, a quantitade de dias úteis O planejador precisa estar atento para a diferença entre dias úteis e dias corridos, sobretudo quando calcula a rede em dias úteis e tem de cumprir um prazo contratual estabelecido em dias de calendário. Umprazo calculado de 110 dias úeis, por exemplo, pode extrapolar um prazo contratual de 120 dias corridos. 24 Os pontos positivos e negativos da representação de uma rede sob a forma de cronograma integrado Gantt-PERT/CPM são apresentados a seguir: VANTAGENS DESVANTAGENS • Sua apresentação é simples e de fácil assimilação. • Facilita o entendimento do significado da folga. • É a base para alocação dos recursos. • É a base para o cronograma físico-financeiro. • É ótima ferramenta de monitoramento e controle. • Serve para geração das programações periódicas e distribuição de tarefas aos responsáveis. • Servepara mostrar o progresso das atividades. • A seqüência lógica é mais bem compreendida no diagrama de rede, • Fica difícil perceber como o atraso ou o adiantamento de uma atividade afeta a rede como um todo, • Não elimina o recálculo da rede para atualização do programa. 25 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CNJ, Conselho Nacional de Justiça. Manual de Gestão de Projetos versão 1, dezembro/2008. DINSMORE, Paul Campbell; CABANIS-BREWIN, Jeannette, AMA - Manual de gerenciamento de projetos. Rio de Janeiro: Brasport, 2009. HIRSCHFIELD, Henrique. Planejamento com PERT/CPM. São Paulo: Atlas, 1969. LIMMER, Carl V. Planejamento, orçamentação e controle de projetos e obras. 1ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 1997. PMI, Project Management Institute. Um Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK). 3. ed. Pennsylvania (EUA): Project Management Institute Inc, 2004. PRADO, Darci. Gerenciamento de projetos nas organizações. Belo Horizonte: EDG, 2003. SILVA, Alexsandro Amarante da. Planejamento e controle de empreendimentos com MS Project 2007. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2008. SOUZA, Roberto de. Sistema de gestão da qualidade para empresas construtoras. São Paulo: Pini, 1995. SUMNER, Leo; BARNES, Mat. Os problemas em cronogramas decorrentes das falhas no CPM. MundoPM, Curitiba, n° 22, ago/set 2008.
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