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APOSTILA - CRONOGRAMA DE OBRA

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CURSO 
CHEFE DE 
CAMPO 
 
 
EAD - JUNHO 2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES DE 
GERENCIAMENTO DE 
OBRAS 
 
 
 
 
UD: CRONOGRAMA DE OBRA 
CARGA HORÁRIA: 3 HORAS 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO 
 1.1 PROJETO 4 
 1.2. ACOMPANHAMENTO DOS SERVIÇOS 5 
 
2. ELABORAÇÃO DE UM CRONOGRAMA 
 2.1. CRONOGRAMA DE OBRA 11 
 2.2. ORGANIZAR UM CRONOGRAMA DE OBRA 12 
 2.3. VANTAGENS DO CRONOGRAMA DE OBRA 15 
 2.4. PRINCIPAIS ERROS E COMO SOLUCIONAR 16 
 
3. CRONOGRAMAS E REPRESENTAÇÕES 
 3.1. CRONOGRAMA DE GANTT 18 
 3.2. CRONOGRAMA INTEGRADO GANTT-PERT/CPM 19 
 3.3. MARCOS 20 
 3.4. DIAS ÚTEIS E DIAS CORRIDOS 21 
 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
4 
 
CRONOGRAMA DE OBRA 
 
 Esta unidade didática abordará, de modo geral, sobre o 
acompanhamento e controle de obras rodoviárias quanto aos 
seus aspectos físicos e financeiros. Os conceitos e 
fundamentos de gerenciamento de obra serão apresentados e 
desenvolvidos na fase presencial. Bom estudo! 
 
1. INTRODUÇÃO 
 O acompanhamento e controle da Obra é uma valiosa 
ferramenta com que conta o administrador para assegurar que 
recursos públicos estarão sendo aplicados de maneira 
eficiente, através de metodologia atualizada. Para tanto é 
imprescindível a estruturação de equipes que devem ser 
permanentemente treinadas e renovadas, a fim de que possa 
ser mantido o alto nível técnico na obra. 
 
 O Chefe de Campo deverá imprimir ao trabalho a ser 
desenvolvido um padrão de uniformidade de atuação. Deverá 
realizar controles periódicos, que serão precedidos de 
orientação e entendimentos com à legislação e toda a 
normatização vigente. 
 
 1.1 PROJETO 
 Devem ser analisados os projetos relativos À 
terraplenagem, pavimentação, drenagem, obras de artes 
especiais e serviços complementares, bem como examinadas 
 
 
5 
 
as especificações técnicas complementares e particulares se 
for o caso. Uma avaliação geral das quantidades dos principais 
itens de serviço e a verificação das principais instalações e 
distâncias de transporte ajudarão a dar uma visão razoável da 
dimensão da obra. O estudo de critérios para a elaboração das 
medições em itens específicos, completará a visão global do 
projeto. 
 
 1.2. ACOMPANHAMENTO DOS SERVIÇOS 
 Como acompanhamento dos serviços, deve ser entendido 
o funcionamento de todo o conjunto da obra, desde a 
instalação do canteiro e acampamento, passando pela 
execução dos serviços e seus controles físicos e financeiros. 
O controle tecnológico também deverá ser acompanhado de 
perto, porém será tratado de maneira específica em outra 
unidade didática. 
 1.2.1. Acompanhamento Físico 
 É o acompanhamento da execução da obra propriamente 
dita, constituída pelas diversas etapas dos serviços, como 
serviços preliminares, terraplenagem, obras de arte corrente, 
pavimentação, drenagem e obras complementares. Para tanto, 
a equipe deve estar devidamente estruturada para providenciar 
as diversas instalações que compõe o canteiro de obra, as 
quais deverão ser também verificadas, devendo atender todos 
os requisitos e exigências. Integram também a obra as fontes 
de materiais. 
 
 
6 
 
 
FLUXOGRAMA IMPLANTAÇÃO DE OBRA 
 
 Preliminarmente, deve-se ficar inteirado da programação 
prevista para a obra, em função das características próprias da 
região, das soluções previstas no projeto e do plano de 
trabalho apresentado. As principais etapas dos serviços 
deverão ser acompanhadas através de ferramentas onde serão 
anotadas e/ou inseridas os quantitativos e atividades previstas 
no projeto, bem como suas extensões e execuções. 
 Assim, deve ser verificado o cumprimento do cronograma 
físico. Modificações e alterações do projeto deverão ser 
anotadas para, através de procedimento próprio para suas 
autorizações, serem posteriormente integradas ao relatório final 
da obra "As Built". 
 
 
7 
 
 Em todos os itens relativos a instalações, equipamentos e 
serviços devem ser verificados basicamente o cumprimento 
das normas relativas ao meio ambiente, como também as 
especificações gerais e complementares, no que se refere ao 
controle tecnológico e à medição e pagamento dos serviços. 
 Não obstante, indicam-se a seguir exemplos de 
verificação que devem ser levados em consideração pela 
equipe de acompanhamento: 
ITENS A VERIFICAR O QUE VERIFICAR 
Instalações e Equipamentos 
 
Canteiro de Obras 
• Aspecto geral, limpeza e 
qualidade das 
instalações 
• Compatibilidade com o 
que foi apresentado no 
Plano de Trabalho 
• Oficina 
• Abastecimento 
• Escritório 
• Laboratório 
Usina de Solos 
 
Área de Empréstimo 
• Volume 
• Traço da mistura 
• Distância de Transporte 
Usina de Asfalto 
• Traço do projeto / 
agregados 
• Temperaturas / ligante / 
massa 
• Coleta de amostras 
• Produção 
• Distância de Transporte 
Instalações de Britagem e 
pedreira 
• Localização em relação 
À obra 
• Tipo de instalação 
• Produção e Prazos 
• Testes laboratoriais 
 
 
8 
 
• Faixa granulométrica 
Estocagem de explosivos 
• Atendimento às normas 
• Segurança 
Estocagem de Material 
betuminoso 
• Localização 
• Volume 
• Sistema de aquecimento 
• Testes para recebimento 
Maquinário 
• Compatibilidade do 
equipamento 
• Estado de conservação 
• Quantidade 
• Revisão e sistema de 
manutenção 
 
SERVIÇOS A VERIFICAR O QUE VERIFICAR 
Serviços Preliminares 
(desmatamento, 
destocamento e limpeza) 
• Verificação da 
especificações com 
relação ao pagamento 
• Localização da frente de 
serviço 
• Extensão da limpeza em 
relação ao previsto no 
projeto. (toda a largura 
da faixa de domínio ou 
determinada distância 
dos off-sets) 
• Previsão de estocagem 
do material vegetal para 
reaproveitamento. 
• Preservação de espécies 
raras ou próprias da 
região. 
Terraplenagem 
• Controle topográfico. 
Atribuições das 
marcações das estadas 
 
 
9 
 
e off-sets. 
• Seções transversais 
• Cálculo dos volumes 
• Controle das erosões e 
proteção dos taludes 
• Materiais 
• Compactação - controles 
• Acompanhamento do 
controle físico 
• Área de Empréstimos e 
Botas- Fora. 
Obras de Arte Corrente 
• Cumprimento do projeto 
• Alterações em relação 
ao projeto 
• Compactação junto às 
mesmas - controles 
• Verificação das bacias e 
do dimensionamento 
• Qualidade do concreto - 
controles 
Pavimentação 
• Verificar as 
especificações com 
relação ao pagamento 
• Materiais e 
características 
• Espessura e 
compactação - controles 
• Controle da recepção 
dos materiais 
betuminosos 
• Ensaios realizados 
• Controle temperatura 
• Procedimento na retirada 
das Amostras 
Drenagem superficial • Abaulamento correto da 
plataforma e declividade 
 
 
10 
 
transversais 
• Sarjetas 
• Valetas 
• Meios-fios 
• Erosões 
• Descidas d'água 
Drenagem profunda 
• Granulometria 
• Selo 
• Verificar saídas 
Serviços complementares 
• Cercas 
• Revestimento vegetal 
 
 1.2.2. Acompanhamento Financeiro 
 É o progresso da obra em termos financeiros, dado pelo 
faturamento acumulado, decorrente das medições dos 
serviços. 
 A verificação se refere principalmente aos critérios 
adotados para a realização das mediçõese procedimentos 
inerentes à mesma. Assim devem ser observados os prazos 
para elaboração, a constituição das comissões de medição e 
classificação dos materiais, a obediência as normas e 
dispositivos legais em vigor. As medições devem ser 
devidamente guardadas, e seus principais itens transcritos para 
o relatório mensal que indica a quantidade e acréscimos nos 
diversos itens de serviço que deverão ser justificados e 
integrarão o relatório final da obra. 
 Deve ser verificado também o cumprimento do 
cronograma financeiro e discutida a estimativa de produção da 
obra em função dos recursos financeiros programados para o 
exercício e exercícios futuros, a fim de ser providenciada uma 
eventual adequação ao Plano de Trabalho. 
 
 
11 
 
 Há inúmeros modelos de quadros e fichas a adotar para o 
acompanhamento do andamento financeiro de uma obra. O 
importante no entanto é a adoção de um modelo previamente 
discutido entre os setores e que reflita e registre os principais 
dados nos relatórios mensais e final de obra. 
 
2. ELABORAÇÃO DE UM CRONOGRAMA 
 Uma boa gestão de obras é realizada com planejamento. 
Tanto faz se estamos falando sobre a construção de uma 
rodovia, como uma usina hidrelétrica, ou sobre a reforma de 
uma casa ou de um apartamento. No fim das contas, a 
organização é a mesma e só deve se adequar ao tamanho do 
projeto em questão. 
 É mais do que comum escutarmos que a obra estourou o 
orçamento e demorou o dobro do prazo previsto. Certamente 
esses casos poderiam ter sido evitados se o engenheiro e/ou 
responsável tivesse feito um bom cronograma de obra. 
 
 2.1. CRONOGRAMA DE OBRA 
 Um cronograma de obra é um documento que deve ser 
elaborado pelo engenheiro e que precisa levar em conta o 
prazo de duração das atividades de uma obra. Em geral, ele é 
desenvolvido em formato de planilha, com as etapas 
sequenciadas e divididas por semanas ou meses, conforme o 
tamanho e a duração estimada da obra. 
 Algumas ferramentas, hoje em dia, permitem a criação de 
cronogramas de fácil visualização, que indicam o 
sequenciamento lógico das atividades a serem 
 
 
12 
 
desempenhadas, a duração de cada uma delas e, ainda, o 
profissional responsável por executá-las. Isso facilita o 
compartilhamento das tarefas da obra e o monitoramento do 
serviço. 
 Essa organização evita atrasos e desperdícios, pois 
evidencia de forma clara as datas limites para a entrega de 
materiais, a contratação de mão de obra e quais atividades já 
deveriam ter sido entregues. 
 Como todos os usuários da plataforma possuem acesso 
ao cronograma, fica mais fácil instaurar uma cultura de 
responsabilidade no canteiro de obras, já que permite que 
todos tenham a real noção de como as suas atividades 
impactam no planejamento e na execução final. 
 
 2.2. ORGANIZAR UM CRONOGRAMA DE OBRA 
 2.2.1. Enumerar todas as atividades 
 Definitivamente, antes de iniciar é necessário que você 
tenha clareza a respeito de todo o processo da obra. 
 Portanto, o primeiro passo é fazer uma lista com todas as 
atividades que estão previstas, desde a montagem do canteiro 
de obras, passando pelos serviços preliminares, 
terraplenagem, obras de arte corrente, pavimentação, 
drenagem e obras complementares. Essa relação pode ser 
usada em mais de um projeto, mas as atividades não serão as 
mesmas necessariamente. Cada obra é uma obra. 
 2.2.2. Organizar o serviço e definir os prazos 
 Depois de relacionar todas as atividades que deverão ser 
executadas ao longo da obra e colocá-las em uma sequência 
 
 
13 
 
cronológica de execução, é importante estimar a duração de 
cada uma delas. Um cronograma de obra bem feito deve ser o 
mais fiel possível à realidade, ainda que seja muito difícil 
controlar todo o processo. 
 Para não frustrar as expectativas e ganhar alguma 
margem de manobra, inclua no cronograma possíveis 
imprevistos ou atrasos no desenvolvimento do processo. Afinal, 
nem tudo está sob o seu controle e pode ser que o fornecedor 
tenha um problema com a entrega de um material ou algum 
maquinário tenha algum problema técnico, por exemplo. 
 2.2.3. Ferramentas de controle 
 Quem já acompanhou uma obra do começo ao fim sabe 
do desgaste que algumas tarefas burocráticas podem causar 
ao longo de todo o processo. Controlar orçamentos, manter 
contato com fornecedores, armazenar contratos e dar suporte a 
todas as áreas em um canteiro de obras não são tarefas 
simples. 
 No entanto, algumas tecnologias bastante usadas hoje 
em dia podem facilitar esse trabalho ao otimizar os processos e 
automatizar algumas funções. Com isso é possível monitorar, 
ao mesmo tempo, o desempenho dos funcionários e a gestão 
do orçamento. Como exemplo, podemos citar alguns softwares: 
• MS Project 
• Trello 
• Basecamp 
• Asana 
• Primavera
 
14 
 
 
 
 
15 
 
 2.3. VANTAGENS DO CRONOGRAMA DE OBRA 
 
 2.3.1. Aumento do controle de prazos 
 Um cronograma de obra de fácil visualização e 
organizado permite que o gestor tenha maior controle sobre os 
prazos de todo o processo. 
 O cronograma ajuda a monitorar se as datas estão sendo 
cumpridas e onde é que os prazos podem ser encurtados, se 
necessário. 
 2.3.2. Redução de custos 
 Outra vantagem do cronograma de obras é a 
possibilidade de redução de custos, como, por exemplo, com a 
economia na compra de materiais. Isso é possível porque, 
como a ferramenta permite a análise do andamento da obra, 
pode-se cruzar as informações com a entrada de materiais no 
estoque do canteiro de obras. 
 Com isso, o gestor consegue controlar a quantidade de 
matéria-prima e regular o volume de compras dos produtos, 
evitando perdas e desperdícios desnecessários. 
 2.3.3. Identificação de pontos críticos 
 O acompanhamento metódico do desenvolvimento de 
uma obra por meio do cronograma também permite ao gestor 
enxergar não somente o que acontece na semana presente, 
mas, principalmente, o que está por vir pela frente. Dessa 
forma, é possível evitar obstáculos e entraves. 
 Se a etapa de terraplenagem estiver atrasada devido a 
um problema com a compactação, esse atraso impactará o 
 
 
16 
 
andamento de todo o restante da obra. Dessa forma, 
conhecendo o ponto crítico, o gestor pode tomar decisões para 
minimizar o impacto desse problema e buscar soluções em 
tempo hábil. 
 
 2.4. PRINCIPAIS ERROS E COMO SOLUCIONAR 
 Ao longo desta unidade didática buscou mostrar que um 
cronograma de obras pode ajudar no acompanhamento do 
desenvolvimento de todas as etapas da obra. Isso 
possibilita que o gestor consiga mapear o que ocorre no 
canteiro de obras e intervir em determinadas ocasiões. 
 No entanto, isso só funciona se o cronograma de obra for 
bem feito, seguindo os passos e as orientações que vimos até 
aqui - isso demanda investimento de tempo e deve ser 
considerado parte da construção. Caso contrário, em vez de 
ajudar, o planejamento pode se tornar mais um entrave no 
processo. 
 2.4.1. Prazo 
 Lidar com contratos por meio de uma obra é trabalhar 
com a expectativa de quem está investindo tempo e dinheiro 
em um objetivo. Portanto, a última coisa que um gestor deve 
fazer é frustrar as expectativas previstas. Levando isso em 
conta, todo prazo combinado deve ser cumprido. 
 Ao elaborar um cronograma de obra, coloque uma 
margem de manobra de uns dias ou semanas em algumas das 
etapas que costumam apresentar maiores problemas com a 
entrega. Isso serve para dar mais segurança ao gestor no 
cumprimento do prazo. No caso de tudo dar certo, a obra será 
entregue antes do previsto, o que se mostrará como ponto 
favorável a toda a equipe.17 
 
 2.4.2. Otimizar o fluxo da obra 
 Um outro artifício na hora de elaborar um cronograma de 
obra é identificar etapas da construção que podem ser 
executadas ao mesmo tempo sem que uma dependa da outra 
ou prejudique a outra, necessariamente. 
 Com isso, na hora de preencher o cronograma, 
destacando as semanas em que cada atividade irá ocorrer, 
lembre-se de preencher as colunas com as etapas diferentes 
nas mesmas semanas. Isso ajuda a ter uma dimensão real do 
prazo da obra e garante que haverá economia de tempo. 
 2.4.3. Falta de comunicação entre os setores 
 Uma das facilidades do cronograma de obra é a função 
de compartilhamento das informações, que permite que todos 
os engenheiros e colaboradores de um empreendimento 
tenham acesso ao planejamento, saibam se programar e 
monitorar o andamento das etapas. 
 Ao mesmo tempo que esse é um ponto positivo, a 
comunicação ou melhor, a falta dela pode acabar causando 
conflitos capazes de comprometer a obra. Uma orientação é 
criar mecanismos de comunicação para avisar os demais 
envolvidos a respeito de mudanças no desenvolvimento do 
trabalho com a finalidade de evitar surpresas. 
 
3. CRONOGRAMAS E REPRESENTAÇÕES 
 O Cronograma que resulta do planejamento conforme 
preconizamos é o produto de uma método bem definido, e não 
um conjunto de barras desenhadas aleatoriamente. O 
cronograma integrado leva em conta as premissas adotadas e 
materializa graficamente o resultado dos cálculos efetuados. 
 
 
18 
 
 O cronograma é, por excelência, o instrumento do 
planejamento no dia a dia da obra e é com base nele que o 
gestor e sua equipe devem tomar as seguintes providências: 
 
 Programas as atividades das equipes de campo 
Instruir as equipes 
Fazer aquisições 
Alocar equipamentos 
Alocar mão de obra 
Aferir o progresso das atividades 
Monitorar atrasos ou adiantamentos das atividades 
Replanejar a obra 
Pautar reuniões 
 
 3.1. CRONOGRAMA DE GANTT 
 A visualização das atividades com suas datas de início e 
fim pode ser conseguida lançando-se mão do recurso gráfico 
chamado de cronograma de Gantt, assim batizado em 
homenagem ao engenheiro norte-americano Henry Gantt, que 
introduziu o cronograma de barras como ferramenta de 
controle de produção de atividades, sobretudo na construção 
de navios cargueiros no início do século XX. 
O cronograma de Gantt é um gráfico simples: à esquerda 
figuram as atividades e à direita, as suas respectivas barras 
desenhadas em uma escala de tempo. O comprimento da 
 
 
19 
 
barra representa a duração da atividade, cuja datas de início e 
fim podem ser lidas nas subdivisões da escala de tempo. A 
seguir, um exemplo simples: 
 
FIGURA: CRONOGRAMA DE BARRAS 
 
 O cronograma de Gantt constitui uma importante 
ferramenta de controle, porque é visualmente atraente, fácil de 
ser lido e apresenta de maneira simples e imediata a posição 
relativa das atividades ao longo do tempo. Qualquer pessoa 
com um mínimo de instrução pode manusear um cronograma e 
dele extrair informação sem dificuldade. 
 
 O cronograma de barras, como originalmente concebido, 
tem a deficiência de não possibilitar a visualização da ligação 
entre as atividades, não levar em conta as folgas e não mostrar 
o caminho crítico. A fim de suprir essas limitações, 
planejadores criaram uma versão aprimorada do cronograma 
de Gantt, na qual introduziram dados tirados da rede 
PERT/CPM. A versão final recebe o nome de cronograma 
integrado Gantt-PERT/CPM. 
 
 
 3.2. CRONOGRAMA INTEGRADO GANTT-PERT/CPM 
 
 O cronograma integrada pode apresentar, adicionalmente 
ao cronograma de Gantt, várias informações: 
 
 
 
 
20 
 
INFORMAÇÃO 
COMO APARECE NO 
CRONOGRAMA 
Numeração das atividades De acordo com a rede 
Sequenciação Pequenas setas 
Datas início e fim PDI, UDI, PDT, UDT 
Folgas 
Pode se limitar À folga total 
(FT) ou abrange todas (FT, 
FL, FD, FI) 
Atividades críticas 
Hachuras ou com traço mais 
forte 
Realizado Situação atual (real) do projeto 
 
 3.3. MARCOS 
 Marcos são pontos notáveis que se destacam em um 
cronograma. Um marco é um instante particular que define o 
início ou o final de uma etapa do projeto, ou o cumprimento de 
algum requisito contratual, O termo inglês milestone também é 
utilizado. 
 
 Os marcos são pontos de controle. Representá-los no 
cronograma ajuda a rápida visualização da data em que o 
projeto alcança esses instantes. Do ponto de vista do 
planejamento, o marco é uma atividade de duração zero, 
inserido no cronograma unicamente para fins de referência. 
 
 Os marcos podem ser de planejamento (definidos pelo 
planejador e cujas datas são calculadas a partir da rede) ou 
contratuais (datas impostas, que deverão ser atendidas). 
 
 O Quadro abaixo, mostra alguns marcos que podem ser 
incorporados a um cronograma: 
 
DE PLANEJAMENTO CONTRATUAIS 
Início da obra Ordem de serviço 
Final da Terraplenagem Entrega do 1º trecho 
 
 
21 
 
Estrutura concluída 
Liberação da 1º parcela de 
recursos 
Liberação da área Reunião de coordenação 
Conclusão da Pavimentação Inauguração da obra 
 
 No caso dos marcos contratuais, as datas não são 
calculadas, mas impostas, Cabe ao gestor do projeto verificar 
se o planejamento da obra atende a essas datas e tomar as 
providências necessárias para que as etapas sejam cumpridas 
em tempo hábil. 
 
 
CRONOGRAMA COM MARCOS 
 
 3.4. DIAS ÚTEIS E DIAS CORRIDOS 
 A técnica PERT/CPM é toda fundamentada em dias 
úteis, ou seja, em dias de trabalho (ou semanas ou meses e 
etc). Os cálculos não levam em conta dias d e calendário, mas 
dias sequenciais. A contagem dos dias independe de fins de 
semana e feriados. O cronograma com dias de calendário nada 
mais é do que um passo posterior, apenas para a associação 
dos dias parametrizados com datas no tempo real. 
 
 
 
22 
 
 
DIAGRAMA DE REDE 
 
 
CRONOGRAMA PARAMÉTRICO (dias sequenciais) 
 
 Supondo que a data de Início previsto é 14 de abril de 
2020, que a obra não trabalha nos finais de semana e que há 
um feriado no dia 21 de abril, o cronograma integrado assume 
a seguinte forma: 
 
 
 
23 
 
 
 
CRONOGRAMA EM DIAS DE CALENDÁRIO 
 
 Pode-se notar que as atividades C e E são interrompidas 
pelos dias não úteis, mas sua duração total em dias de trabalho 
permanece a mesma. 
 
 
 
 
DICAS PARA O PLANEJADOR
No cronograma integrado, o
projeto parece mais longo que
no cronograma simples
(numeração sequencial
paramétrica), porém a
quantidade de dias úteis é a
mesma. O que muda é que a
quantidade de dias corridos é
maior que a de dias úteis.
Em toda rede PERT/CPM, o 
que se calcula é sempre a 
duração total trabalhada, isto 
é, a quantitade de dias úteis
O planejador precisa estar 
atento para a diferença entre 
dias úteis e dias corridos, 
sobretudo quando calcula a 
rede em dias úteis e tem de 
cumprir um prazo contratual 
estabelecido em dias de 
calendário. Umprazo 
calculado de 110 dias úeis, 
por exemplo, pode extrapolar 
um prazo contratual de 120 
dias corridos.
 
 
24 
 
 Os pontos positivos e negativos da representação de uma 
rede sob a forma de cronograma integrado Gantt-PERT/CPM 
são apresentados a seguir: 
 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
• Sua apresentação é simples 
e de fácil assimilação. 
 
• Facilita o entendimento do 
significado da folga. 
 
• É a base para alocação dos 
recursos. 
 
• É a base para o cronograma 
físico-financeiro. 
 
• É ótima ferramenta de 
monitoramento e controle. 
 
• Serve para geração das 
programações periódicas e 
distribuição de tarefas aos 
responsáveis. 
 
• Servepara mostrar o 
progresso das atividades. 
• A seqüência lógica é mais 
bem compreendida no 
diagrama de rede, 
 
• Fica difícil perceber como o 
atraso ou o adiantamento de 
uma atividade afeta a rede 
como um todo, 
 
• Não elimina o recálculo da 
rede para atualização do 
programa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
CNJ, Conselho Nacional de Justiça. Manual de Gestão de 
Projetos versão 1, dezembro/2008. 
 
DINSMORE, Paul Campbell; CABANIS-BREWIN, Jeannette, 
AMA - Manual de gerenciamento de projetos. Rio de 
Janeiro: Brasport, 2009. 
 
HIRSCHFIELD, Henrique. Planejamento com PERT/CPM. 
São Paulo: Atlas, 1969. 
 
LIMMER, Carl V. Planejamento, orçamentação e controle de 
projetos e obras. 1ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 1997. 
 
PMI, Project Management Institute. Um Guia do Conjunto de 
Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos (Guia 
PMBOK). 3. ed. Pennsylvania (EUA): Project Management 
Institute Inc, 2004. 
 
PRADO, Darci. Gerenciamento de projetos nas 
organizações. Belo Horizonte: EDG, 2003. 
 
SILVA, Alexsandro Amarante da. Planejamento e controle de 
empreendimentos com MS Project 2007. Rio de Janeiro: 
Ciência Moderna, 2008. 
 
SOUZA, Roberto de. Sistema de gestão da qualidade para 
empresas construtoras. São Paulo: Pini, 1995. 
 
SUMNER, Leo; BARNES, Mat. Os problemas em cronogramas 
decorrentes das falhas no CPM. MundoPM, Curitiba, n° 22, 
ago/set 2008.

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