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Profa. Ma. Priscila Zinczynszyn UNIDADE I Direito Tributário Conceito: Sistema é a reunião ordenada de várias partes que formam um todo, de tal sorte que elas se sustentem mutuamente, e as últimas se explicam pelas primeiras. Sistema jurídico tributário é uma unidade do Direito. Essa unidade consiste no conjunto de normas hierarquizadas, formado por princípios e regras que têm por fim cuidar direta e indiretamente da instituição, arrecadação e fiscalização de tributos. 1. Noções fundamentais sobre o sistema jurídico tributário Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-ND Classificação: a) Sistema jurídico rígido Quando a Constituição Federal relacionar todos os tributos e, respectivamente, a pessoa jurídica política que poderá, dentro de sua competência privativa, instituir e exigi-los dos respectivos contribuintes. Exemplo: IPTU. b) Sistema jurídico flexível Consiste naquele em que não há vedações no exercício das competências tributárias, ressalvadas algumas exceções previstas nas constituições. 1. Noções fundamentais sobre o sistema jurídico tributário Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/mulher- gin%C3%A1stica-silhueta-5815997/ Características: a) Uno Porque se insere dentro de um único sistema jurídico, universal, cujos ramos do Direito, por mais variados que sejam, entrelaçam-se por uma única coluna vertebral, ou seja, a Constituição Federal. b) Complexo Pela infinidade de princípios, regras e normas de caráter geral e específico, que necessitam ser bem estudados e compreendidos para serem corretamente aplicados aos casos concretos. 1. Noções fundamentais sobre o sistema jurídico tributário Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA O Estado é uma nação politicamente organizada, e é formado por quatro elementos essenciais: povo, território, soberania e fim teleológico. Mas qual seria a finalidade do Estado? Buscar o bem comum para toda a sociedade. Exemplos: financiar a educação, a saúde, a cultura, o lazer etc. 1.1 Finalidade do Estado e o Direito Tributário Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY Mas Para tanto, há necessidade de gerar receitas públicas que temos duas espécies: a) Receita pública originária Proveniente do patrimônio do Estado, ou seja, gerada pela utilização dos bens que o Estado possui. Exemplos: aluguéis, empréstimos etc. b) Receita pública derivada Decorrente da imposição do tributo, ou seja, prestações patrimoniais impostas aos cidadãos (receitas que provêm dos contribuintes). Exemplos: tributos, multas etc. 1.1 Finalidade do Estado e o Direito Tributário Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC Conceito: O Direito Tributário é parte do Direito Financeiro. Consiste no conjunto de princípios e normas que rege a arrecadação, a gestão patrimonial e os dispêndios efetuados pelo Estado no desempenho de suas funções. Abrange as normas do Direito Tributário, orçamentário, crédito público, contabilidade pública etc. 1.2 Direito Financeiro e Tributário O Direito Tributário estuda as relações jurídicas entre o Estado (fisco) e os particulares (contribuintes), no que concerne ao âmbito da instituição, arrecadação, fiscalização e extinção do tributo. 1.2 Direito Financeiro e Tributário Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA-NC Natureza jurídica: O Direito Tributário faz parte do ramo do Direito Público. Trata de normas que regulam a relação do Estado com os particulares, havendo claramente uma relação de subordinação dos contribuintes frente ao poder do fisco. 1.3 Natureza jurídica do Direito Tributário Fonte: https://stock.adobe. com/br/search?load _type=search&is_re cent_search=&sear ch_type=usertyped &k=%2366739303& native_visual_searc h=&similar_content _id= Ramos do Direito que se relacionam com o Direito Tributário: Direito Constitucional: é o mais importante dos Direitos, uma vez que condiciona todos os demais, conferindo-lhes a estrutura. Direito Civil: fornece normas que auxiliam o entendimento do Direito Tributário, como a figura do enriquecimento sem causa. Direito Judiciário: aqui na presença de litígios de Direito Tributário na Justiça. Direito Penal: oferece conceitos e institutos sobre penalidades, como contrabando, descaminho, crime de apropriação indébita etc. 1.4 Direitos que se relacionam com o Direito Tributário Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND Assinale a alterativa incorreta: a) O sistema jurídico tributário brasileiro é rígido, visto que a CF determina quais são os tributos que cada pessoa política poderá instituir e exigir. b) O sistema tributário brasileiro é uno e complexo. c) A receita pública originária é aquela proveniente do patrimônio do Estado. d) A receita pública derivada é aquela decorrente da imposição do tributo (prestações patrimoniais impostas aos cidadãos). e) A natureza jurídica do Direito Tributário é o Direito Privado. Interatividade Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA-NC Assinale a alterativa incorreta: a) O sistema jurídico tributário brasileiro é rígido, visto que a CF determina quais são os tributos que cada pessoa política poderá instituir e exigir. b) O sistema tributário brasileiro é uno e complexo. c) A receita pública originária é aquela proveniente do patrimônio do Estado. d) A receita pública derivada é aquela decorrente da imposição do tributo (prestações patrimoniais impostas aos cidadãos). e) A natureza jurídica do Direito Tributário é o Direito Privado. Resposta Fonte: https://pixabay.com/pt/vectors/neg%C3%B3cios- id%C3%A9ia-estrat%C3%A9gia-marketing-4271251/ Fontes: São as origens de um determinado sistema jurídico. No caso do Direito Tributário, as fontes podem se dividir em: a) Materiais; b) Formais. 1.5 Fontes do Direito Tributário Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/estrelas-nebulosa-espa%C3%A7o-gal%C3%A1xia-2120059/ a) Fontes materiais Exprimem situações ou fatos tributários que inspiram o legislador a regulamentar. Exemplo: a transmissão da propriedade etc. Para as fontes materiais surtirem efeito no Direito Tributário, há a necessidade de tomarem forma. Esse trabalho cabe ao Poder Legislativo, ou seja, cabe ao Legislativo discutir e aprovar leis a fim de regulamentar nosso Direito Tributário. b) Fontes formais são as regras jurídicas, as quais são dotadas de forma. Podem ser primárias ou secundárias. 1.5 Fontes do Direito Tributário a) Fontes formais primárias Estão contidas no art. 59, da CF. São elas: CF/1988. Emendas à CF. Leis Complementares. Leis Ordinárias. Leis Delegadas. Medidas Provisórias. Decretos Legislativos. Resoluções. 1.5.1 Fontes formais primárias Constituição Federal: Pode ser considerada o esqueleto de todo o sistema jurídico brasileiro. É ela que dá sustentação ao corpo. Imagine que a coluna vertebral seria a CF e as vértebras seriam as divisões do Direito – entre elas estaria inclusive o Direito Tributário. É a maior fonte formal do Direito Tributário e dedica a esse ramo: os princípios gerais: arts. 145/149; os princípios específicos que limitam o poder de tributar: arts. 150/152; as competências tributárias: art. 145, I, II e III; 147, 148, 153, 154, 149 c/c 195, I, II, III, § 4º etc.; a repartição das receitas tributárias: arts. 157/162. 1.5.1 Fontes formais primárias Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA Emendas à Constituição: Tais atos normativos modificam ou emendam a atual constituição e, portanto, são consideradas normas constitucionais em sentido formal, situadas em patamar hierárquico superior às Leis Complementares, mas inferior à CF originária emface do exame de sua constitucionalidade. Após passarem por esse exame, integram-se à CF e passam a ocupar o mesmo grau hierárquico (REGIANI, 2009). 1.5.1 Fontes formais primárias Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA Lei Complementar: Integra a eficácia da norma constitucional (complementa preceitos básicos constitucionais, uma vez que estes, sem a complementação, carecem de aplicação). A própria CF, em seu art. 146, determina a matéria que cabe à Lei Complementar. 1.5.1 Fontes formais primárias Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/livro- aberto-biblioteca- educa%C3%A7%C3%A3o-1428428/ Lei Ordinária: Todas as demais matérias, que não as citadas anteriormente, serão de competência da Lei Ordinária regulamentar. É elaborada pelos Poderes Legislativos das unidades políticas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) de conformidade com a competência material outorgada pelo Constituinte. Obs.: são as Leis Ordinárias que instituem os tributos (existem exceções em que a LC institui, por exemplo, caso dos empréstimos compulsórios). 1.5.1 Fontes formais primárias Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC Leis Delegadas: São elaboradas pelo Presidente da República, o qual deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. Obs.: no Direito Tributário, a Lei Delegada não é considerada fonte, pois não são objetos de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional e matéria reservada à Lei Complementar (art. 68, § 1º, CF). 1.5.1 Fontes formais primárias Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA Decreto Legislativo: Os tratados, as convenções e os atos internacionais, firmados pelo Presidente da República, devem ser submetidos à apreciação do Congresso Nacional, o qual se pronunciará mediante decreto legislativo. Também é por meio de decreto legislativo que o Congresso Nacional dispõe sobre os efeitos da medida provisória rejeitada, quando de sua vigência temporária. 1.5.1 Fontes formais primárias Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA Medida Provisória: Prevista no art. 62, da CF: “Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar Medidas Provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional”. Tem validade a partir da publicação, devendo ser convertida em lei no prazo máximo de 120 dias, caso contrário perde sua validade. 1.5.1 Fontes formais primárias Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND Resoluções: As resoluções que importam ao Direito Tributário são as do Senado Federal, uma vez que tratam das alíquotas mínimas e máximas de determinados impostos. O Senado Federal também poderá, mediante resoluções, estabelecer as alíquotas interestaduais do ICMS e de exportação de mercadorias para o exterior. 1.5.1 Fontes formais primárias Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY b) Fontes formais secundárias São de menor importância, visto que têm a função de viabilizar os comandos das fontes primárias. São elas: Decretos e regulamentos. Instruções Ministeriais. Circulares, ordens de serviço e outros. Normas complementares 1.5.2 Fontes formais secundárias Decretos e regulamentos: São expedidos pelo chefe do Executivo (Presidente, Governador e Prefeito) para fiel execução das leis (art. 84, IV, CF). Visam regulamentar as disposições contidas na lei. Excepcionalmente, a Constituição confere ao Poder Executivo poderes para alterar alíquotas dos impostos (II, IE, IOF, IPI); porém, a lei deve prever. 1.5.2 Fontes formais secundárias Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/moedas- moeda-investimento-seguro-948603/ Instruções Ministeriais: São atos normativos expedidos pelos ministérios relativos à matéria que lhes cabe. Com o fim de garantir a execução das leis. 1.5.2 Fontes formais secundárias Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA Circulares, ordens de serviço e outros: São emitidos pelos chefes de departamento. Normas complementares: São aquelas, por exemplo, expedidas pelos departamentos administrativos dos poderes públicos. Têm por finalidade estabelecer entendimentos ou procedimentos acerca de matéria tributária. 1.5.2 Fontes formais secundárias Assinale a alternativa correta: a) As fontes materiais são as regras jurídicas, as quais são dotadas de forma, podendo ser primárias ou secundárias. b) A CF pode ser considerada o esqueleto de todo o sistema jurídico brasileiro. c) No Direito Tributário, a Lei Delegada é considerada fonte, pois são objetos de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional e matéria reservada à Lei Complementar. d) Os tratados, as convenções e os atos internacionais, firmados pelo Presidente da República, não devem ser submetidos à apreciação do Congresso Nacional. e) A MP tem validade a partir da publicação, devendo ser convertida em lei no prazo máximo de 180 dias, caso contrário, perde sua validade. Interatividade Assinale a alternativa correta: a) As fontes materiais são as regras jurídicas, as quais são dotadas de forma, podendo ser primárias ou secundárias. b) A CF pode ser considerada o esqueleto de todo o sistema jurídico brasileiro. c) No Direito Tributário, a Lei Delegada é considerada fonte, pois são objetos de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional e matéria reservada à Lei Complementar. d) Os tratados, as convenções e os atos internacionais, firmados pelo Presidente da República, não devem ser submetidos à apreciação do Congresso Nacional. e) A MP tem validade a partir da publicação, devendo ser convertida em lei no prazo máximo de 180 dias, caso contrário, perde sua validade. Resposta Vigência: É o termo jurídico que expressa a existência da lei tributária. Com a publicação, fixa-se a existência da lei e identifica-se sua vigência. Eficácia: É a capacidade de irradiar efeitos jurídicos. Com a eficácia, ela reúne condições de ser aplicada aos casos práticos. 1.6 Vigência, eficácia e aplicação da legislação tributária Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA Aplicação da lei: Significa que a eficácia, que no primeiro instante surge com sua potencialidade contida, passa a irradiar seus efeitos jurídicos, em virtude da superveniência de um fato tributário, gerador da obrigação principal ou acessória. 1.6 Vigência, eficácia e aplicação da legislação tributária Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY A partir de quando a lei entra em vigor? Com relação à entrada em vigor de norma tributária, temos as seguintes opções: a) a própria lei pode apontar a data em que entra em vigor; b) a lei pode determinar que entra em vigor a partir da publicação; c) se nada falar, entende-se que entra em vigor 45 dias após sua publicação – vacatio legis; d) no exterior (embaixadas, aeronaves, embarcações), entra em vigor três meses após sua publicação. 1.6.1 Vigência das normas quanto ao tempo Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/crian%C3%A7a- eu-sou-um-estudante-livro-3326960/ Agora vamos ver outras particularidades do art. 2º, LINDB: a) a vigência de uma lei pode ser temporária, se houver previsão na própria lei; b) se a lei não tiver disposição que tem vigência temporária, estará em vigor até que outra a revogue ou modifique; c) A lei posterior revoga lei anterior, quando: expressamente a declare; seja com ela incompatível; regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 1.6.1 Vigência das normas quanto ao tempo Onde a lei tributária será aplicada? Art. 1º, LICC: “Salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar emtodo país (território nacional).” Obs.: vale para todos aqueles que estão em território nacional, sejam brasileiros ou estrangeiros. Art. 1º, § 1º: “Nos estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada.” 1.6.2 Vigência da norma quanto ao espaço Quando ocorre a aplicação da legislação tributária? Art. 105, CTN: “A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início, mas não esteja completa.” 1.7 Aplicação da legislação tributária Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-ND Interpretação: Interpretar uma lei é buscar seu verdadeiro sentido. Vários são os métodos de interpretação que são aplicados de forma regular a todas as áreas do Direito. São eles: a) Gramatical ou literal: interpretação literal da norma (sentido etimológico e a gramática); b) Lógica/sistemática: interpretar um texto legal em coerência com todo ordenamento jurídico, não de forma isolada; c) Histórico: leva em consideração as circunstâncias ocasionais da época em que a lei foi elaborada; d) Teleológica: leva em consideração os fins que a lei queira atingir. Na época da interpretação, deve ser considerado o fim que a norma pretendia. 1.8 Interpretação da legislação tributária Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY Integração: Integrar tem o sentido de completar. O intérprete fica autorizado a suprir lacunas por meio da utilização de técnicas jurídicas (art. 4º, da LINDB, e 108, do CTB). São elas: a) Analogia: significa aplicar o entendimento dado a um determinado caso anteriormente julgado, desde que esse seja semelhante ao caso em tela; b) Princípios do Direito Tributário: legalidade, igualdade etc.; c) Princípios gerais do Direito Público: princípios gerais de todas as áreas do Direito Público. Exemplo: impessoalidade, moralidade, eficiência, publicidade etc.; d) Equidade: critério de justiça. A equidade não pode ser utilizada para dispensa de pagamento de tributo devido. 1.9 Integração da legislação tributária Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/integra%C3%A7%C3 %A3o-inclus%C3%A3o-m%C3%A3os-ajuda-3804350/ Princípios gerais com repercussão no âmbito tributário: a) Princípio da isonomia; b) Princípio republicano; c) Princípio federativo; d) Supremacia do interesse público sobre o privado. 1.10 Princípios – limitações ao poder de tributar Fonte: https://pixabay.co m/pt/illustrations/ neg%C3%B3cios -id%C3%A9ia- crescimento- 3736939/ Princípios específicos do Direito Tributário: a) Capacidade econômica (art. 145, § 1º, CF); b) Princípio da legalidade tributária (art. 150, I, CF; art. 97, CTN); c) Princípio da isonomia ou igualdade tributária (art. 150, II, CF); d) Princípio da irretroatividade (art. 150, III-A, CF; art. 105, CTN); e) Princípio da anterioridade genérica (art. 150, III-B, CF); f) Princípio da anterioridade nonagesinal (art. 150, III-C, CF); g) Princípio do não confisco (art. 150, IV, CF); h) Princípio da não cumulatividade; i) Princípio da progressividade de alíquotas; j) Princípio da uniformidade geográfica (art. 151, I, CF). 1.10 Princípios – limitações ao poder de tributar A respeito dos princípios específicos do Direito Tributário, assinale a alternativa incorreta: a) Os tributos devem respeitar a capacidade econômico-financeira do contribuinte. b) A instituição ou majoração dos tributos exige lei em sentido formal. c) Não se aplica lei nova a fatos geradores pretéritos. d) É vedado cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. e) Não é vedado cobrar tributos antes de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Interatividade Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/pergunta- question%C3%A1rio-acho-que-2004314/ A respeito dos princípios específicos do Direito Tributário, assinale a alternativa incorreta: a) Os tributos devem respeitar a capacidade econômico-financeira do contribuinte. b) A instituição ou majoração dos tributos exige lei em sentido formal. c) Não se aplica lei nova a fatos geradores pretéritos. d) É vedado cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. e) Não é vedado cobrar tributos antes de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Resposta Conceito: A competência tributária é o poder que a Constituição Federal atribui a um determinado ente político para que esse institua um tributo, descrevendo, então, em instrumento legislativo próprio, todos os elementos necessários para o seu cálculo, sua cobrança e sua fiscalização, ou seja, determinação de sua hipótese de incidência, seu sujeito ativo e passivo da relação, sua base de cálculo e sua alíquota. 2. Competência tributária Fonte: https://pixabay.co m/pt/illustrations/i d%C3%A9ia- neg%C3%B3cios -sucesso-equipe- 3306757/ Tipos de competência: 1. privativas; 2. residuais; 3. comuns; 4. extraordinárias. 2. Competência tributária Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/compet%C3%AAncia- qualifica%C3%A7%C3%A3o-conceito-6311491/ 1. Competências privativas Consiste em reserva, exclusividade, outorga constitucional de competência tributária exclusivamente a determinado ente para instituição de tributo específico, que poderá ser exigido dentro de sua competência territorial. Vejamos: Competências privativas da União: IOF, II, IE, ITR, IR, IPI, IGF Competências privativas dos Estados: ICMS, IPVA, ITCMD Competências privativas municipais: ISS, IPTU, ITBI Distrito Federal 2. Competência tributária 2. Competência residual Consiste na outorga constitucional à União para que, desejando, crie novos impostos não previstos no texto constitucional originalmente, os quais deverão, por sua vez, observar as regras e as condições impostas para sua instituição e cobrança. 3. Competência comum Não existe exclusividade de competência, podendo ser instituída por qualquer dos entes da federação. 4. Competência extraordinária Em caso de guerra ou em sua iminência, é permitido à União instituir imposto extraordinário de guerra, que pode ter fato gerador próprio dos seus tributos. 2. Competência tributária Competência: É aptidão jurídica para instituir tributos. Capacidade: É aptidão para cobrá-lo e/ou fiscalizá-lo. 2.1 Diferença entre competência e capacidade tributária Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/pessoas- multid%C3%A3o-grupo-diversidade-5592232/ Conceito: Art. 3º, do CTN: “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.” 3. Tributos – noções básicas Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/pag ar-n%C3%BAmeros-infinito- d%C3%ADgitos-937884/ Classificação: a) Quanto à competência impositiva Podem ser: federais, estaduais, distritais ou municipais. b) Quanto à vinculação da atividade do Estado Podem ser: vinculados ou não vinculados. c) Quanto à função Podem ser: Fiscais, Extrafiscais ou Parafiscais. 3. Tributos – noções básicas Espécies: a) imposto; b) taxas; c) contribuição de melhoria; d) contribuições sociais; e) empréstimo compulsório. 3. Tributos – noções básicas Conceito: Art. 16, do CTN: “Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.” Características: a) genérico; b) não vinculado; c) compulsório; d) envolve atividade plenamente vinculada; e) sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados conforme a capacidade econômicado contribuinte. 3.1 Imposto Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY Classificação: a) Imposto real: incide sobre as coisas (IPVA, IPTU); b) Imposto pessoal: incide sobre as pessoas (IRPF); c) Imposto cumulativo: incide em cada operação tributável, em que não é prevista compensação, dedução ou abatimento, em relação à operação anterior (ITBI, IOF); d) Não cumulativos: a norma prevê a compensação, abatimento ou dedução do valor do tributo pago ou devido na operação anterior (IPI, ICMS); e) Imposto proporcional: tem alíquota única, incidente sobre o valor tributável (2% do ITBI); f) Imposto progressivo: tem duas ou mais alíquotas. As alíquotas variam desproporcionalmente em função do valor tributável (IPTU). 3.1 Imposto Conceito: É uma quantia de dinheiro paga em troca de algum serviço público fundamental oferecido diretamente pelo Estado. Obs.: art. 77, do CTN: “As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.” 3.2 Taxas Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/t%C3 %A1xi-estrada-tr%C3%A1fego-cab- ve%C3%ADculos-381233/ Conceito: Art. 81, do CTN: “A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.” 3.3 Contribuição de melhoria Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY Conceito: Art. 148, da CF: “A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I. para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II. no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, ‘b’. Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.” 3.4 Empréstimos compulsórios Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND Conceito: As contribuições sociais estão previstas no art. 195, CF, e visam custear o financiamento da seguridade social, sendo utilizadas como instrumento no campo social. São contribuintes: a) empregador ou equiparado; b) empregado; c) trabalhador; d) segurado; e) jogador: receitas provenientes de concursos de prognósticos. 3.5 Contribuições sociais Conceito: Obrigação tributária é obrigação legal por excelência. Decorre diretamente da lei. A lei cria o tributo e descreve as hipóteses de incidência em que esse é devido. Basta que essas hipóteses de incidência aconteçam, tornando-se concretas, para que surja a obrigação tributária, sendo absolutamente irrelevante a vontade das pessoas. Obs.: a obrigação tributária pode ser principal ou acessória. 4. O surgimento da obrigação tributária e o crédito tributário Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA Conceito: Crédito tributário é um direito pertencente ao sujeito ativo da obrigação tributária. Constituição: A constituição de um crédito tributário faz-se por lançamento, que é ato privativo da administração pública. Lançamento: Engloba cinco operações: verificação da ocorrência do fato gerador; identificação da base de cálculo; cálculo do montante devido com a aplicação da alíquota; identificação do sujeito passivo; e, se for o caso, aplicar penalidade por infração. 4. O surgimento da obrigação tributária e o crédito tributário Causas suspensivas do crédito tributário: a) Moratória (art. 151, I, CTN); b) Depósito integral do montante tributário (art. 151, II, CTN); c) Reclamações e interposição de recurso administrativo com efeito suspensivo (art. 151, III, CTN); d) Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada em outras espécies de ação judicial também é causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário (art. 151, V, CTN); e) Parcelamento. 4. O surgimento da obrigação tributária e o crédito tributário Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/parar- inscreva-se-sinal-de- tr%C3%A2nsito-634941/ Causas extintivas do crédito tributário: a) Pagamento ou remição (art. 156, I, CTN); b) Consignação em pagamento (art. 156, II, CTN); c) Remissão (art. 156, IV, CTN); d) Compensação (art. 170, do CTN); e) Transação (art. 156, III, CTN); f) Prescrição e decadência (art. 156, V, CTN). Exclusão do crédito tributário: a) Isenção; b) Anistia. 4. O surgimento da obrigação tributária e o crédito tributário Assinale a alternativa incorreta: a) Taxa é uma quantia de dinheiro paga em troca de algum serviço público fundamental oferecido diretamente pelo Estado. b) A obrigação tributária pode ser principal ou acessória. c) O inadimplemento faz nascer para o fisco o direito de constituir um crédito tributário contra o inadimplente, cujo conteúdo é uma penalidade pecuniária. d) Crédito tributário é um direito pertencente ao sujeito ativo da obrigação tributária. e) A obrigação tributária declara o direito já existente e o crédito tributário cria direitos. Interatividade Assinale a alternativa incorreta: a) Taxa é uma quantia de dinheiro paga em troca de algum serviço público fundamental oferecido diretamente pelo Estado. b) A obrigação tributária pode ser principal ou acessória. c) O inadimplemento faz nascer para o fisco o direito de constituir um crédito tributário contra o inadimplente, cujo conteúdo é uma penalidade pecuniária. d) Crédito tributário é um direito pertencente ao sujeito ativo da obrigação tributária. e) A obrigação tributária declara o direito já existente e o crédito tributário cria direitos. Resposta REGIANI, R. C. D. Um panorama para modernizar o sistema tributário nacional. Curitiba: UFP, 2009. 86 p. Dissertação (Mestrado em Economia) – Setor de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2009. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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