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Exame do I ao VI pares cranianos I par: nervos olfatórios • Localizados na fossa nasal superior (mucosa nasal superior) • Vários filamentos que penetram pela mucosa nasal e entram pelos orifícios da lâmina crivosa do osso etmoide. Eles fazem sinapse no bulbo olfatório que fica na base do lobo frontal. Esse bulbo tem um conjunto de neurônios que caminham pela base do lobo frontal e se subdivide em 2 estrias: - Estria olfatória lateral que faz conexão com estruturas que ficam no lobo temporal – núcleo amigdaloide – cuja função é a discriminação dos odores e também está envolvido com memória e comportamento. - Estria olfatória medial, vai até a área septal e conexões o giro do cíngulo. Dessas conexões ela tem outra função que é mais desenvolvida em animais que é o prazer e comportamento sexual relacionado com os odores. Semiotécnica Odores usados: • Café • Chocolate • Cravo • Canela • Evitar substâncias irritantes Tá sentindo o odor? Se sim, qual? Testar nas duas narinas. O odor é igual ou diferente nas duas narinas? Usar 2 substancias Achados anormais: • Anosmia: perda do olfato Causa condutiva: ivas, sinusite, rinite, tabagistas crônicos Causa sensorial: envelhecimento, TCE, Sars- CoV2, tumores, doenças degenerativas, quimioterapia, drogas. • Hiperosmia: Gravidez, enxaqueca, • Fantosmia: perversão do olfato Psicose, crise epiléptica II par: nervo óptico Mácula: área estratégica da retina, rica em cones (responsáveis pelos detalhes da visão), importante para a visão central. Disco óptico: onde podemos ver o nervo óptico ao realizar o exame do fundo de olho. É aonde existe o ponto cego da visão, ponto em que a cabeça do nervo óptico se encontra. A seta vermelha indica por onde entra o estimulo visual. Nessa região temos dois tipos de receptores: • Cones: receptores sensíveis a cor – vermelho, azul, ver e amarelo. A ausência de parte desses cones é o que chamamos de Daltonismo. Predominam na parte central da retina – em 100% da mácula. • Bastonetes: receptores importantes para a percepção de contraste – claro e escuro. Importante em ambientes escuros e para a visão de movimento. Predominam nas camadas periféricas da retina. Composição do nervo óptico: pelas terminações das células ganglionares. Desde o início até a sua chegada no córtex visual primário, existe uma certa organização dessas células – com relação a qual ponto do campo visual que elas vão captar o estímulo. Maria Eduarda Oliveira Prado – Turma 110 Página | 1 Visão Periférica: Olho direito: Possui campo visual dividido em 2 metades, metade temporal (mais externa e ampla) e metade nasal (interno e mais restrito). Olho esquerdo: Possui campo visual dividido em 2 metades, metade nasal (mais externa e ampla) e metade temporal (interno e mais restrito). Os objetos presentes nos campos visuais temporais (mais externos) são captados pelas retinas nasais Os objetos vistos na metade nasal dos campos visuais são captados pela retina temporal (externa). O que acontece no quiasma óptico? As fibras originadas das retinas nasais cruzam para o lado oposto e as fibras originadas das retinas temporais vão para o mesmo lado. Após o quiasma elas forma o tracto óptico – direito e esquerdo. Tracto óptico direito: capta os estímulos visuais dos campos visuais contralaterais. Tracto óptico esquerdo: capta estímulos visuais dos hemicampos visuais direitos. Para que o indivíduo perca a visão central (amaurose) é preciso que haja uma lesão na mácula ou no nervo óptico. FUNÇÕES DO II PAR: • Acuidade visual: capacidade da visão de detalhes – mácula utilizar quadro de Snellen a 6 metros do paciente Acuidade normal → 6/6 metros ou 20/20 pés. Porque nessa distância temos a acomodação adequada do cristalino, então não tem interferência nas estruturas do globo ocular. Alcançada aos 5 anos. Obs.: se o paciente so consegue ler ate a fileira “UFVP” diz que sua acuidade é 20/80. Em 6 metros ele só consegue ler o que alguém “normal” lê em até 80 pés. Cartão de rosenbaum: cartão adaptado feito a beira de leito, a 35cm do paciente. Se o paciente não consegue ler nenhuma letra: amaurose com olho esquerdo e/ou direito. • Discriminação de cores: Como testar? Ou utiliza cartões com as cores primarias e pergunta qual é a cor ou usa as placas de Ishihara, o individuo deve ser capaz de discriminar o número nessas placas. Inflamação do nervo óptico – neurite óptica pode causar a perda de discriminação de cor (discromatopsia). • Campimetria visual: Serve para identificar a visão periférica. Distância do examinador: a 60cm do paciente Que objeto utilizar? Tampa de caneta com uma cor que chama atenção. Testar os 3 quadrantes: superior, médio e inferior. O examinador pede para que o paciente tampe um dos olhos e o examinador serve como grupo controle. Maria Eduarda Oliveira Prado – Turma 110 Página | 2 Pergunte se ele percebe o objeto, caso não perceba vá aproximando o objeto até que ele perceba o objeto. Pode ser feito com o paciente sentado ou em pé. • Fundo de olho: - Utiliza-se o oftalmoscópio - Procure as arteríolas (vermelho mais claro e menor calibre) e vênulas (vermelho vinho e calibre maior). Na convergência delas está o nervo óptico. - Disco óptico: cor amarelo-claro, limites bem definidos com o resto da retina. - Ver os limites do disco óptico → limites indefinidos/indistinguível é chamado de edema de papila. A principal causa desse borramento do disco óptico é a hipertensão intracraniana, qualquer lesão cerebral que cause um edema e, consequentemente, uma compressão desses nervos ópticos e um dos sinais clínicos importantes é o chamado papiledema. Pode ter também como causa a neurite intracraniana. - Relação de calibre entre arteríola e vênula: 2/3 Obs.: pacientes com hipertensão arterial podem ter como complicação a inversão dessa relação, as arteríolas ficam com um calibre maior. Achados anormais DO EXAME DO NERVO: • Amaurose: perda da visão central bilateral ou unilateral • Escotomas (principalmente negativos): mancha escura no olho (negativo) e mancha brilhante no olho (positivo). • Discromatopsias: incapacidade de discriminar cor Exemplos de doenças: o Degeneração macular (doença genética) o Retinopatias o Neuropatias ópticas NA CAMPINETRIA: • Hemianopsia homônima: perda da capacidade de visualizar objetos em toda a metade de um campo visual. Homônima porque afeta as mesmas metades do campo visual. Quando a lesão acontece no tracto óptico é uma lesão incongruente → significa que ambas as metades você tem perda do campo, mas não ocorre de forma simétrica. Já quando a lesão é na radiação óptica occipital, ela é simétrica → congruente. Possíveis causas: acidente vascular cerebral, trauma, tumores no lobo occipital. • Hemianopsia heterônima: perda do campo visual em toda a metade do campo. Heterônima → metades distintas. Lesão ocorre no quiasma óptico. Paciente esbarra frequentemente nas coisas pois ele perde a visão periférica dos campos temporais. Principais causas: tumores de hipótese, aneurisma de artéria e de carótida interna. III, IV e VI pares cranianos Responsáveis pelos movimentos dos olhos. Abducente: responsável pelo musculo reto lateral dos olhos. Estruturas importantes!! Seio cavernoso: estrutura vascular localizada lateralmente à sela turca. Onde possuem artérias e nervos importantes. Maria Eduarda Oliveira Prado – Turma 110 Página | 3 Existem doenças que causam lesão nesses nervos exatamente nessa região. Músculos extraoculares: visão lateral: reto lateral, reto superior, reto inferior. Músculos oblíquos (importantespara elevação e abaixamento dos olhos quando eles estão aduzidos e na rotação dos olhos): oblíquo inferior e oblíquo superior. Outra função particularmente do III nervo: Além de inervar certos músculos, também é responsável pelo controle do tamanho da pupila. Pupila normal: tende a dilatar em locais escuros para permitir que o objeto seja projetado na macula de ambos os olhos. E na claridade tende a contrair. Varia de 2 a 6 mm. Quem controla isso?? O SNA Contração: 3° nervo Dilatação: tronco simpático Inspeção estática Avaliar: • Fendas palpebrais: comprimento – isso pq um dos músculos inervados pelo 3° é o levantador da pálpebra, então lesão nesse nervo faz com que a pálpebra caia cobrindo a pupila. → ptose palpebral • Posição dos globos oculares: quando há lesão em um desses três nervos, o globo ocular em repouso do paciente se desvia da posição central → estrabismo • Pupilas: se estão com o formato normal Inspeção dinâmica Avaliar: • Motilidade ocular extrínseca: • Reflexos pupilares direita e consensual: • Motilidade individua • Motilidade conjugada: paciente com os 2 olhos abertos, e ai vamos testar a motilidade horizontal e vertical. Pq? Esse movimento conjugado é controlado por centros localizados no tronco encefálico, centros que conectam os núcleos desses nervos cranianos. O centro do movimento horizontal fica na ponte e do vertical no mesencéfalo. • Faça um movimento semelhante a um H Achados anormais: Lesão do III, IV ou VI: - Diplopia binocular (visão dupla quando os dois olhos estão abertos) - Estrabismo convergentes (IV nervo) ou divergente (III nervo) - Anisocoria V nervo: trigêmeo • Ocupa mesencéfalo, ponte e bulbo • Núcleo motor na ponte: responsável pelos ramos que inervam os músculos da mastigação • Núcleo sensitivo principal • Núcleo descendente • O núcleo localizado na ponte é o núcleo que recebe informações relacionadas ao tato Maria Eduarda Oliveira Prado – Turma 110 Página | 4 • O núcleo localizado no bulbo é o núcleo que recebe informações relacionadas a dor e temperatura. • O V nervo emerge no braço da ponte – pedúnculo cerebelar médio • Responsavel pela sensibilidade somática dos 2/3 anteriores do segmento cefálico – couro cabeludo, mucosas, arcada dentária. • Importante: a parte posterior da cabeça da regiao occipital não é inervada pelo trigemeo, é inervada por nervos occipitais que vão pra medula cervical. Também não envolve o ângulo da mandibula. • V1: oftálmico, responsável pela inervação palpebra superior e da fronte • V2: maxilar, responsável pela inervação da região maxilar e do lábio superior. • V3: ramo mandibular, responsável pela inervação do mento e da região mandibular. Como examinar? Pesquisar a sensibilidade facial: • Territórios de V1, V2 e V3 • Tato → ponte (ponta do dedo, alfinetes, espátula de madeira quebrada) • Termo-dolorosa → bulbo Pesquisar função motora (não confundir com a mímica da face que é o 7° nervo): • Musculatura da mastigação • Inspeção → desvios • Força da mastigação (peça pro paciente morder a espátula e depois você tentar tirar) Achados anormais: Sensitivos: • Hipoestesia (diminuição ou perda) tátil e/ou dolorosa nos 3 territórios ou em algum deles. • Dores em pontadas no território trigeminal – queixo, sulco geminiano Motores: • Déficit de força de mastigação • Desvio da mandíbula para o lado esquerdo • Atrofia músculo temporal e masseter Possíveis causas: • Neuralgia trigeminal (mais comum em pacientes idosos) • Esclerose múltipla • AVC de tronco encefálico, ponte ou bulbo • Schwanoma do nervo acústico
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