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Síndrome de Reiter


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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
DOCENTE: ADROALDO JOSÉ CASA JÚNIOR 
DISCENTES: LUIZ FERNANDO, MARCOS PAULO, MARCOS VINICIUS, 
RONY E VANESSA OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
SÍNDROME DE REITER 
Espondiloartropatia Soronegativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA, MAIO DE 2019. 
A Síndrome de Reiter foi reportada por um médico nazista alemão 
chamado Hans Reiter, a tríade composta por artrite, uretrite não gonocócica e 
conjuntivite. Anos depois a fim de padronizar essa síndrome na comunidade 
médica, seu nome foi substituído por Artrite Reativa. Foi então determinado 
que para tal condição só prevalecesse casos de pacientes com artrite em 
consequência de uma infecção que estivessem dentro dos critérios de 
espondiloartropatia soronegativa (pacientes em que o fator reumatóide está 
ausente), excluindo outros tipos de artrites também pós-infecciosas como a 
Febre Reumática ou Doença de Lyme. 
Esta doença é definida por autoimune que causa inflamação nas 
articulações e esta parece ser consequência de uma infecção de origem 
principalmente no trato gastrointestinal, órgãos genitais e urinários. A diferença 
entre a forma reativa aguda e crônica está relacionada ao período de tempo, 
sendo com mais de 6 meses de duração considerada crônica. 
Existem duas formas de diferentes da síndrome, uma caracterizada 
pela infecção sexualmente transmissível por ​Chlamydia, mais frequente entre 
os 20 e 40 anos de idade e outra que geralmente ocorrre após infecção 
gastrointestinal, por bactérias também importantes como a ​Salmonella, 
Shigella, Campylobacter e Yersinia. ​Acomete mais homens que mulheres, em 
uma proporção de 3:1 quando a infecção é geniturinária, já no tipo pós entérica 
esta proporção se iguala em ambos os sexos. 
Grande parte das pessoas contaminadas por essas bactérias têm 
grande chance de não desenvolverem a doença, sendo 1 a 4% apenas que a 
desenvolvem. Pode ser que em decorrência genética, pessoas com Síndrome 
de Reiter em 70 a 90 % possuem o mesmo antígeno que está presente nas 
Espondilite Anquilosante, o HLA-B27. Em um estudo de uma série hospitalar 
verificou-se aumento na prevalência e gravidade da síndrome em pacientes 
portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV). 
Para se fechar um diagnóstico de Síndrome de Reiter pode ser 
bastante complicado. Não existem exames laboratoriais precisos que indiquem 
a instalação dessa doença, pois pacientes podem ter infecções assintomáticas 
que a desencadeiam posteriormente. É importante avaliar os sintomas clínicos 
de uma artrite inflamatória seguida de uma infecção gastrintestinal ou 
geniturinária. A proteína C-reativa geralmente está com valor elevado, podendo 
ocorrer de neutrofilia. 
A análise do líquido sinovial também pode ser levada em conta, 
tendo em vista que em casos positivos, este apresenta-se em uma forma mais 
viscosa e turva. Os leucócitos aumentam e há predominância de células 
polimorfonucleares. As “Células de Reiter” geralmente são encontradas. Essas 
células são grandes e mononucleares que fagocitam as células 
polimorfonucleares que contém os antígenos bacterianos. 
O achado radiológico mais comum encontrado na Síndrome de 
Reiter é a periostite avançada ao longo dos ossos e até mesmo erosões 
ósseas localizadas principalmente no sítio de inflamação articular. A sacroileíte 
também pode ser considerada em 20% dos casos, sendo esta unilateral e 
sindesmófitos semelhantes aos encontrados na Espondilite Anquilosante. 
Quanto à sintomatologia, a uretrite costuma ser a primeira 
manifestação a se apresentar, sendo caracterizada por secreção 
mucopurulenta. Também é possível observar nos pacientes acometidos rigidez 
articular, que variam desde a artrite transitória até a artrite poliarticular, 
principalmente nos joelhos, tornozelos e pés, sendo raro acometimentos em 
Membros Superiores. E por último compondo a clássica tríade, notamos a 
conjuntivite pós infecciosa, que geralmente é leve e bilateral. Finalmente, 
nota-se que apesar de ser uma tríade clássica, ela se manifesta em apenas um 
terço dos casos. 
Dores na lombar baixa e nas nádegas ocorrem devido ao 
acometimento das articulações sacroilíacas, ou sacroileíte. Além disso, as 
sinovites, tendinites e entesites das pequenas articulações apresentam-se com 
os sintomas dolorosos e os dedos característicos da artrite reativa (“dedos em 
salsicha”). 
Também se observa o envolvimento mucoso cutâneo, como 
ulceração da mucosa oral, ceratodermias, balanite circinada, e a presença do 
queratoderma blenorrágico. Outras manifestações clínicas incluem eritema 
nodoso, doença valvular cardíaca, inflamação parenquimatosa pulmonar, 
neuropatia periférica, nefropatias, prostatite e epididimite. 
Vale ressaltar que essa síndrome não possui cura, mas é possível 
amenizar o quadro álgico e inflamatório, com a utilização de antiinflamatórios 
não esteroidais e repouso na fase inicial, o que ajuda a controlar a artrite. 
Medicamentos antiinflamatórios corticosteróides intraarticulares são indicados 
no caso de não resposta dos AINES, e apenas nos casos em que não há mais 
contenção do quadro sintomático, indica-se imunossupressores e drogas 
antirreumáticas. 
Antibióticos estão prescritos no tratamento de infecções gastrointestinais 
e geniturinárias, não sendo geralmente utilizados nas infecções entéricas não 
complicadas. Já os colírios são indicados para o tratamento das infecções 
oculares, como a uveíte, e conjuntivites. 
O tratamento não medicamentoso consiste em fisioterapia ativa, 
principalmente exercícios isométricos, para evitar sequelas, fortalecer a 
musculatura, e passiva para manter a mobilidade articular e prevenir a fibrose 
articular. 
Os pacientes e seus familiares devem ser orientados quanto às 
complicações em decorrência da doença e do tratamento, e aqueles que já 
evoluíram para a cronicidade, devem ter acompanhamento mantido e norteado 
para o problema apresentado, conforme avaliações multidisciplinares. 
Pacientes com remissão da doença, sem sequelas, não necessitam de 
acompanhamento regular específico, porém devem se atentar à sua condição 
sempre. 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. ​Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. 
Portaria SAS/MS nº 1150, 11 de novembro de 2015. Acesso em: 09/05/2019. 
Disponível em: 
<​http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/fevereiro/05/Artrite-Reativ
a---PCDT-Formatado---1150--de-11-de-novembro-de-2015.pdf​>. 
SOUSA, Ana Elisabete Simões; et al. ​Síndrome de Reiter: relato de caso. 
Acesso em: 30/04/2019. Disponível em: 
<​http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-0596200300030
0009​>. 
ALVES, Laís Barbosa; MORAIS, Silvia Helena; SILVEIRA, Fabrício Sette 
Abrantes. ​A eficácia da abordagem fisioterapêutica nas manifestações 
poliarticulares decorrentes da artrite reativa. ​Acesso em: 30/04/2019. 
Disponível em: 
<​https://academico.univicosa.com.br/revista/index.php/RevistaSimpac/article/vi
ewFile/181/343​>. 
 
ALTMAN, Roy D. ​Artrite Reativa. Manual MSD, Agosto de 2015. Acesso em: 
09/05/2019. Disponível em: 
<​https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-dos-tecidos-conjuntivo-e-musculoesquel%C3%A9tico/doen%C3%A7as-articulares/artrite-re
ativa​> 
 
KLEMBA, Helena Laskawski; et al. ​Síndrome de Reiter e suas 
manifestações na articulação temporomandibular, um relato de caso. 
Revista DENS, Volume 19, Nº 2, 2011. Acesso em: 04/05/2019. Disponível em: 
<​https://revistas.ufpr.br/dens/article/view/24375​>. 
 
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/fevereiro/05/Artrite-Reativa---PCDT-Formatado---1150--de-11-de-novembro-de-2015.pdf
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/fevereiro/05/Artrite-Reativa---PCDT-Formatado---1150--de-11-de-novembro-de-2015.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962003000300009
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962003000300009
https://academico.univicosa.com.br/revista/index.php/RevistaSimpac/article/viewFile/181/343
https://academico.univicosa.com.br/revista/index.php/RevistaSimpac/article/viewFile/181/343
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-dos-tecidos-conjuntivo-e-musculoesquel%C3%A9tico/doen%C3%A7as-articulares/artrite-reativa
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-dos-tecidos-conjuntivo-e-musculoesquel%C3%A9tico/doen%C3%A7as-articulares/artrite-reativa
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-dos-tecidos-conjuntivo-e-musculoesquel%C3%A9tico/doen%C3%A7as-articulares/artrite-reativa
https://revistas.ufpr.br/dens/article/view/24375