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PROPEDÊUTICA DO TÓRAX

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Cássia Fernanda - turma XVIII Hab. Clínicas
propedêutica do 
siema rpiratório 
PROPEDÊUTICA MÉDICA - BATES
GUIA DE EXAME FÍSICO - MOSBY
anatomia do tórax
* o tórax/caixa torácica é formada por ossos, cartilagens e 
músculos que se movimentam durante a expansão pulmonar
* PARTE ANTERIOR DO TÓRAX: esterno, manúbrio esternal, 
processo xifoide e cartilagens costais
* PORÇÃO LATERAL DO TÓRAX: 12 pares de costelas
* PORÇÃO POSTERIOR DO TÓRAX: 12 vértebras torácicas
- todas as costelas conectam-se às vértebras torácicas
* o diâmetro transverso do tórax adulto excede o diâmetro 
ântero-posterior (em geral)
* diafragma e músculos intercostais atuando na respiração 
- diafragma é o músculo dominante
- músculos intercostais externos aumentam o diâmetro AP do 
tórax e os internos diminui o diâmetro transverso durante a 
expiração 
* o tórax se divide em cavidades pleurais esquerda, direita e o 
mediastino
- MEDIASTINO: entre os pulmões, contém todas as vísceras 
torácicas, exceto eles
- CAVIDADES PLEURAIS: revestidas pelas pleuras parietal e 
visceral (que circundam os pulmões)
* PULMÕES: cônicos, esponjosos e elásticos, mas não 
simétricos (esquerdo tem dois lobos e o direito tem três)
- o lobo superior esquerdo apresenta a língula (projeção 
inferior em forma de língua)
- FISSURAS OBLÍQUAS: as principais nos dois pulmões, elas 
que vão dividir em inferior e superior
- FISSURA HORIZONTAL divide a porção superior do pulmão 
direito em lobo superior e médio, ao nível da 5ª costela, na 
região axilar (4ª costela anteriormente)
- cada lobo tem vasos sanguíneos, linfáticos, nervos e um 
ducto alveolar conectando com o alvéolo
- ápice dos pulmões é arredondado e se projeta cerca de 4cm 
acima da primeira costela nos adultos
- na região posterior, os ápices chegam até T1, e as bordas 
inferiores até 12 (inspiração profunda) e T9 (expiração 
forçada)
- repousam sobre o diafragma
- partes internas mais côncavas, dando espaço pro coração
* ÁRVORE TRAQUEOBRÔNQUICA: fornece filtração, 
umidificação e aquecimento ao ar
- TRAQUEIA: 10-11cm de comprimento, 2cm de diâmetro, 
anterior ao esôfago e posterior ao istmo da tireóide; se 
bifurca nos brônquios principais ao nível de T4 ou T5
- BRÔNQUIOS: transportam ar e capturam partícula; o direito é 
mais curto, mais largo e mais verticalizado (mais suscetível à 
aspiração de corpos estranhos);
- os brônquios principais se dividem em três ramos à 
direita e dois à esquerda (cada um supre um lobo 
pulmonar)
- os ramos se subdividem em bronquíolos terminais e 
bronquíolos respiratórios, que são tão pequenos que cada 
um se relaciona com um ácino ou unidade respiratória 
terminal (composto por bronquíolos terminais, ductos 
alveolares, sacos alveolares e alvéolos)
principais marc anatômic 
1. Mamilos
2. Junção manúbrio-esternal (ângulo de Louis) - onde os 
dois se tocam e a segunda costela se articula com o 
esterno; costelas e espaços intercostais são contados a 
partir desse espaço (número de cada espaço intercostal 
corresponde ao da costela situada imediatamente acima); 
corresponde à bifurcação da traqueia e projeção do arco 
aórtico
3. Incisura supra-esternal/Fúrcula - depressão facilmente 
palpável e geralmente visível na base ventral do pescoço
4. Ângulo costal - ângulo formado pela junção das bordas 
costais com o esterno; em geral não ultrapassa 90º, com as 
costelas inseridas a 45º graus aproximadamente; serve pra 
caracterizar o biotipo (brevilínio >90º, mediolínios =90º e 
longilíneas <90º)
5. Proeminências vertebrais - processo espinhoso de C7, em 
que os ápices pulmonares se projetam na parede torácica; 
melhor observado quando o paciente inclina sua cabeça pra 
frente; se duas proeminências são palpadas, a superior é a 
de C7 e a inferior é a de T1 (isso é difícil de ser usado pra 
Cássia Fernanda - turma XVIII Hab. Clínicas
contar as costelas posteriores, porque o processo 
espinhoso de T4 se projeta pra baixo e causa sobreposição 
com a costela que fica abaixo)
6. Clavícula
7. Ângulo inferior da escápula - delimitação inferior da região 
escapular (7ª costela)
linhas torácicas 
* linhas imaginárias que ajudam na localização dos achados 
no exame físico
1. Linha medioesternal
2. Linhas hemiclaviculares direita e esquerda: paralelas à 
linha medioesternal, começam no meio da clavícula; 
inclusive as bordas inferiores dos pulmões passam pela 
linha hemiclavicular na região da 6ª costela
3. Linhas axilares anteriores direita e esquerda: começam na 
prega axilar anterior
4. Linhas axilares médias direita e esquerda: começam no 
meio da axilar
5. Linhas axilares posteriores direita e esquerda: começam 
na prega axilar posterior
6. Linha espondiléia/vertebral: desce de maneira vertical 
pelos processos espinhosos
7. Linhas escapulares direita e esquerda: através do ângulo 
inferior da escápula quando o paciente está de pé
8. Linha vertebral
9. Borda superior da escápula/omoplata
10. Borda inferior da escápula/omoplata
11. Linha oblíqua, contornando a borda superior do trapézio
12. Linha oblíqua, contornando a borda superior da clavícula
13. Linha oblíqua, contornando a borda inferior da clavícula
14. Linha curva, contornando a fúrcula esternal
15. Linha curva, contornando o bordo inferior do deltóide
16. Linha curva, contornando o bordo inferior do gradeado 
costal
regiõ anatômicas 
1. Supra-esternal
2. Esternal superior
3. Esternal inferior
4. Supra-clavicular
5. Clavicular
6. Infraclavicular
7. Mamária
8. Inframamária ou 
hipocôndrio
9. Supra-escapular
10.Inter-escápulo-
vertebral
11.Escapular
12.Infra-escapular
Cássia Fernanda - turma XVIII Hab. Clínicas
anamne 
* identificação, queixa principal e duração, história da doença 
atual; profissão, se já fumou ou continua fumando (quantos 
cigarros? E bebe?)
* investigar tosse, dispnéia e dor torácica; febre constante?
- TOSSE: início súbito ou gradual; se é seca, úmida; curta, 
rouca, canina, quintosa e com guincho, borbulhante, 
produtiva (expectoração) e não produtiva; escarro (duração, 
frequência, horas do dia, quantidade, cor -claro, mucóide, 
purulento, raiado de sangue, hemoptise-, odor fétido); se é 
ocasional, regular, paroxística; se tem relação com hora do 
dia, tempo, atividades, conversa; se cansa o paciente, se 
interrompe o sono/conversa, se causa dor torácica; 
hemoptise - tosse com sangue; vômica - tosse com pus ou 
outro líquido
- SINTOMAS ASSOCIADOS DA TOSSE: dispnéia, 
dor ou compressão torácica com a respiração, 
febre, coriza, nariz entupido, respiração ruidosa, 
rouquidão, vômitos, asfixia, estresse, anorexia
- se fez nebulização ou uso de tratamentos
- DISPNÉIA: início súbito ou gradual, duração, episódios de 
vômito ou de asfixia antes; qual o padrão; posição mais 
confortável, se tem relação com grau de exercício, horas do 
dia, atividades, se a maior dificuldade é pra inspirar ou 
expirar; avaliar gravidade: grau de limitação da atividade, 
fadiga relacionada com a respiração, ansiedade pra obter ar; 
ortopneia, platipneia, dispnéia paroxística noturna, trepopneia
- SINTOMAS ASSOCIADOS DA DISPNÉIA: dor ou 
desconforto no exercício respiratório e a 
localização dela, tosse, diaforese, edema em 
membros inferiores
- se fez uso de medicamentos 
- DOR TORÁCICA: início e duração; se é associada a trauma, 
tosse, infecção de vias aéreas inferiores, anestesia recente, 
histórico de tromboflebite
- SINTOMAS ASSOCIADOS À DOR TORÁCICA: 
respiração superficial, febre, tosse, ansiedade pra 
respirar, irradiação da dor pro pescoço ou por 
membros superiores
- tentativas de tratamento como calor, imobilização, 
analgésico ou outros medicamentos
- OBS.: a dor torácica não é, em geral, de origem 
cardíaca quando persiste durante todo o dia; 
permanece numa única localização; piora com a 
compressão do precórdio; é dor em pontada, tipo 
agulhada, transitória e que persiste durante um ou 
dois segundos; localiza-se nos ombros ou entre as 
escápulas na região posteriordo tórax
- PENSAR NO CORAÇÃO, mas não esquecer de 
outras possibilidades de dor provenientes do 
próprio tórax ou de outros órgãos não-torácicos
* história pregressa de trauma ou cirurgia torácica, uso de 
oxigênio ou de aparelhos pra assistência ventilatória, doenças 
pulmonares crônicas (tuberculose, bronquite, enfisema, 
bronquiectasia, asma, fibrose cística), distúrbios cardíacos, 
câncer ou de coagulação sanguínea (risco de embolismo 
pulmonar), imunização contra pneumonia e influenza
* história familiar de asma, tuberculose, enfisema, fibrose 
cística, bronquite, distúrbios de coagulação 
exame físico 
* a sequência é tradicional: inspeção, palpação, percussão e 
ausculta; paciente mais abaixo do examinador
inspeção 
* inspeção estática e inspeção dinâmica
* paciente sentado, se possível sem apoio e nu da cintura pra 
cima (o lençol deve cobrir o paciente quando não for 
necessária sua exposição completa) - solicitado a se mexer
* quarto e estetoscópio bem aquecidos
* importante uma luz clara e tangencial pra possibilitar uma boa 
visualização dos movimentos respiratórios
- posicionar o paciente de forma que a luz realce os mais 
discretos e difíceis achados (como retrações mínimas e 
pequenas pulsações)
* paciente acamado deve ser acessado pelos dois lados
* OBSERVAR: forma e simetria do tórax pela frente e por trás, o 
ângulo costal, o ângulo das costelas e os espaços 
intercostais, cianose ou baqueteamento digital nas mãos
- a estrutura óssea é evidente, clavículas proeminentes 
superiormente e o esterno, em geral, é mais achatado e com 
pouco tecido sobrejacente
- o tórax não é absolutamente simétrico
- EX.: tórax na insp. estática s/ abaulamentos, s/ cicatrizes, c/ 
tecido adiposo/mamário, pode colocar que tem tatuagem
- ÍNDICE TORÁCICO: diâmetro ânteroposterior / diâmetro 
transverso (espera-se que seja de 0,7 ou 0,75); aumenta com 
a idade, mas, quando se aproxima de 1,0 ou até mais, 
configura algum problema
tip anormais de tórax 
1. TÓRAX EM TONEL/
BARRIL 
* causado por um 
comprometimento 
respiratório (asma, 
enfisema, fibrose cística)
* costelas mais 
horizontalizadas e coluna 
vertebral com uma certa 
cifose
* ângulo esternal mais 
proeminente
* traqueia pode estar 
deslocada pra trás
* diâmetro AP praticamente se iguala ao transversal
2. TÓRAX CARINIFORME/EM QUILHA/DE POMBO/
RAQUÍTICO 
* acentuada protrusão esternal (unilateral na foto)
3. TÓRAX ESCAVADO/INFUNDIBILIFORME/DE SAPATEIRO/
PECTUS EXCAVATUM 
* depressão mais ou menos acentuada no nível do terço 
inferior do esterno, acima do processo xifoide
Cássia Fernanda - turma XVIII Hab. Clínicas
4. TÓRAX CIFÓTICO 
* decorrente do encurvamento posterior 
da coluna torácica, seja por defeito de 
postura ou por lesão de vértebras 
torácicas
5. TÓRAX CHATO/PARALÍTICO/EXPIRATÓRIO 
* a coluna também pode se 
desviar posteriormente 
(cifose) ou lateralmente 
(escoliose)
* inspecionar pele, unhas, 
lábios e mamilos, 
observando ocorrência de 
cianose ou palidez 
(patologias cardíacas ou 
respiratórias)
* sentir o hálito do paciente (infecção intratorácica pode causar 
mau cheiro), observar se há mamilos supranumerários (indício 
de outras anormalidades congênitas)
* procurar a existência de veia superficial no tórax (patologias 
cardíacas ou doença/obstrução vascular)
* gordura subjacente e proeminência das costelas oferecem 
indícios da nutrição geral do paciente
inspeção dinâmina 
* mais a ver com a respiração
* determinar a frequência respiratória (12-20 incursões 
respiratórias por minuto)
* não dizer ao paciente que está contando - ele tende a 
mudar; deve-se contar enquanto palpa o pulso do paciente
* a FR varia conforme o estado de sono ou vigília
* observar o padrão/ritmo respiratório e a movimentação do 
tórax - criança é mais abdominal, adulto mais torácica
- a expansão do tórax deve ser bilateralmente simétrica
- o padrão respiratório deve ser uniforme, nem tão superficial 
nem tão profundo, sem uso de musculatura acessória
- se atentar a variações na frequência respiratória
* DISPNEIA: respiração difícil, trabalhosa, com falta de ar; 
observada geralmente na patologia pulmonar e cardíaca, 
mas o sedentarismo/obesidade também podem causar
- tende a aumentar com a gravidade da patologia subjacente
- Ocorre mesmo em repouso? Ocorre quando precisa 
caminhar? Em superfície plana? Subindo escada? Precisa 
descansar quando sobe escada? Sente quanto está 
fazendo que atividades?
- verificar presença de ortopneia (quando o paciente se 
deita, se precisa dormir com mais de um travesseiro); 
dispneia paroxística noturna (de início súbito após pegar 
no sono e melhora quando o paciente se senta); 
trepopneia (quando está deitado de lado) ou platipneia 
(dispneia aumenta na postura vertical)
* TAQUIPNEIA: frequência respiratória persistente, 
aumentada, próxima a 25 incursões por minuto (verificar 
pelo menos 2x)
- ocorre durante a hiperventilação ou pode ser uma 
resposta do paciente por estar sendo observado
- constitui um sintoma de proteção contra a dor 
decorrente de uma costela fraturada ou pleurisia 
(hepatomegalia ou ascite abdominal podem impedir a 
descida do diafragma e produzir um quadro similar)
* BRADIPNEIA: frequência abaixo de 12 incursões 
respiratórias por minuto; distúrbio eletrolítico ou neurológico, 
infecção ou resposta sensível pra proteger contra dor de 
pleurisia ou outro fenômeno irritativo; também pode indicar 
um nível excepcional de condicionamento cardiorrespiratório
ritm rpiratóri 
* HIPERPNEIA: respiração trabalhosa, com muita força e de 
modo profundo, rápida; hiperventilação; exercício, 
ansiedade, doenças metabólicas e do SNC
* RESPIRAÇÃO DE KUSSMAUL: sempre profunda e na 
maioria das vezes rápida; esforço respiratório associado à 
acidose metabólica
* HIPOPNÉIA: respirações anormalmente superficiais, como 
quando a dor pleurítica limita as incursões respiratórias
* RESPIRAÇÃO PERIÓDICA/DE CHEYNE-STROKES: 
periódica regular, com intervalos de apneia seguidos por uma 
sequência em crescendo/decrescendo da respiração; 
crianças e idosos podem apresentar esse padrão durante o 
sono, porém ele costuma ocorrer em pacientes que estão 
gravemente doentes (lesão cerebral estrutural) ou nos que 
apresentam comprometimento respiratório induzido por 
drogas
Cássia Fernanda - turma XVIII Hab. Clínicas
* RESPIRAÇÃO DE BIOT: períodos irregulares e intercalados 
de apneia, numa sequência desorganizada de incursões 
respiratórias; associa-se ao aumento da pressão 
intracraniana persistente e grave, ao comprometimento 
respiratório decorrente de envenenamento por droga ou 
lesão cerebral a nível bulbar; sua expressão mais grave é 
referida como forma atáxica 
* OBS: suspiros só são preocupantes quando frequentes e 
consequentes na vida cotidiana
* OBS. 2: APRISIONAMENTO DE AR: ar com dificuldade de 
superar a resistência e sair dos pulmões quando há 
obstrução grave da árvore pulmonar; resulta de um esforço 
expiratório prolongado, porém ineficaz; a FR aumenta pra 
tentar compensar, o esforço torna-se mais superficial, a 
quantidade de ar aprisionado aumenta e verifica-se 
insuflação pulmonar
* inspecionar o movimento da parede torácica durante a 
respiração
- a expansão deve ser simétrica, sem uso aparente da 
musculatura acessória — se não for simétrica, pode estar 
relacionada com comprometimento respiratório por colapso 
pulmonar ou limitação da sua expansão por massa, líquido 
ou ar extrapleural 
- abaulamento unilateral ou bilateral pode ser uma reação 
das costelas e dos espaços intercostais a uma 
obstrução respiratória
- expiração prolongada e abaulamento na expiração 
derivam de uma obstrução à saída de fluxo pulmonar ou 
compressão que pode ser causada por tumor, 
aneurisma ou cardiomegalia (ângulo costal se expande 
além de 90º)
- verificar a presença de cornagem (barulho grave ao 
respirar), chieira (barulho agudo ao respirar) e tiragem 
(ver o desenho das costelas ao respirar)- retrações sugerem obstrução à inspiração em qualquer 
ponto do trato respiratório - pressão intrapleural mais 
negativa, musculatura “puxa de volta” pra tentar superar 
o bloqueio (obstruções significativas sempre serão 
acompanhadas de retração, o grau e o nível da retração 
dependem da extensão e do nível da obstrução
- obstrução da alta árvore respiratória (traqueia/
laringe): estridor e parede torácica “afundando" na 
região do esterno entre as costelas, na incisura 
supra-esternal, acima das clavículas e nas margens 
costais inferiores
- corpo estranho em um dos brônquios principais 
(geralmente o direito) causa retração unilateral, mas 
sem envolvimento da incisura supra-esternal; 
retração da parte inferior do tórax ocorre na asma e 
na bronquiolite
tip rpiratóri 
- RESPIRAÇÃO TORÁCICA/COSTAL: resulta do uso dos 
músculos intercostais; regra em quase todas as fases da 
vida, a não ser que os músculos intercostais/torácicos 
estejam comprometidos; mais habitual em mulheres, 
especialmente quando gestantes
- RESPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA: resulta da movimentação 
do diafragma, como resposta à pressão intratorácica; mais 
provável nos homens
- RESPIRAÇÃO ABDOMINAL: envolve contração do 
diafragma e a interação dos músculos abdominais - 
retração e expansão; não é rara, especialmente em 
lactantes jovens
- RESPIRAÇÃO PARADOXAL: quando se transmite a pressão 
intratorácica negativa pro abdome, por um diafragma que 
funciona mal; parte inferior do tórax é puxada pra dentro na 
inspiração e pra fora na expiração; característica de doença 
obstrutivas de vias aéreas
OBS.: HÁ TIRAGEM? - retração inspiratória que pode ser 
observada nos espaços intercostais, fossas supraclaviculares, 
infraclaviculares e subesternal; predominância da pressão 
atmosférica em relação à intratorácica - redução do volume de 
ar inspirado; quando ocasionada por obstrução parcial da 
traqueia, é acompanhada de CORNAGEM (respiração 
estridente, grave e ruidosa, que pode ser ouvida à distância)
OBS. 2: ABAULAMENTOS EXPIRATÓRIOS - aumento súbito 
da pressão intrapulmonar - ocorre no enfisema pulmonar 
durante a expiração com a glote fechada ou no decorrer da 
tosse
SINAL DE LEMOS-TORRES: índice seguro de pequenos e 
médios derrames pleurais; abaulamento expiratório localizado 
(9º ao 11º espaço intercostal)
procura de pias na periferia 
* indícios que sugerem problemas de origem pulmonar ou 
cardíaca: 
- cianose nos lábios e unhas
- lábios semicerrados (expiração com esse achado ocorre 
com aumento do esforço expiratório - isso reduz o esforço 
da dispneia)
- baqueteamento digital (alargamento das falanges distais 
dos dedos das mãos e/ou dos pés - alterações fibróticas 
crônicas no interior do pulmão, cianose crônica da 
cardiopatia congênita ou fibrose cística; geralmente ele é 
simétrico e indolor, apesar de indicar habitualmente uma 
doença significativa, PODE ser de natureza hereditária)
- batimento das asas do nariz (sinal comum de fome de ar, 
em geral no caso de grande comprometimento alveolar)
Cássia Fernanda - turma XVIII Hab. Clínicas
palpação 
* palpar músculos torácicos e esqueleto em busca de 
pulsações, hipersensibilidade, abaulamentos, depressões, 
massas, movimentos incomuns e posições não-usuais
* caixa torácica deve apresentar simetria bilateral e alguma 
elasticidade
* esterno e processo xifoide devem ser inflexíveis, e a coluna 
torácica deve ser rígida
* no dorso não palpa profundamente região escapular nem 
apopses ósseas - palpa a musculatura, o resto só 
superficialmente 
* DOLOROSA: em movimentos circulares com as polpas 
digitais fazendo compressão na musculatura - buscar dor
* CREPITAÇÃO: sensação de estalo ou estalido; é capaz de 
ser palpada ou auscultada (sensação de bolha fina)
- indica presença de ar no tecido subcutâneo, decorrente 
de ruptura em algum lugar do sistema respiratório ou de 
infecção por um microrganismo produtor de gás
- pode ser localizada (acima da incisura supra-esternal e na 
base do pescoço) ou cobrir uma área mais extensa do 
tórax, de modo geral anterior e em direção à axila
* RUÍDO DE ATRITO PLEURAL: vibração palpável, grosseira e 
do tipo rangido, parece a fricção entre dois pedaços de 
couro; em geral na inspiração — inflamação das superfícies 
pleurais
* AVALIAÇÃO DA EXPANSIBILIDADE TORÁCICA: 
- ficar de pé atrás do paciente e colocar os polegares ao 
longo dos processos espinhais ao nível da 10ª costela, 
com as palmas levemente em contato com as superfícies 
póstero-laterais — observar o afastamento dos polegares 
com a respiração calma e profunda
- perda de simetria entre os polegares indica problema 
em um ou dois lados
- ficar de frente pro paciente e colocar seus polegares ao 
longo da borda costal e do processo xifoide, com as 
palmas tocando a parte ântero-lateral do tórax
- também fazer no ápice, com polegares na fúrcula
-OBS.: PACIENTES COM TÓRAX 
EM TONEL podem não apresentar 
isso. Devido à DPOC, o tórax tá 
tão insuflado que fica incapaz de 
se expandir além disso - polegares 
podem até se juntar um pouco
-verificar a elasticidade: uma mão 
na região anterior e outra na 
posterior, em diâmetros opostos; 
elasticidade é maior nas regiões inferiores e laterais; 
maior em crianças que em idosos (ossificação das 
cartilagens costais)
* AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO FRÊMITO TORACO-
VOCAL 
- vibração palpável na parede do tórax, resultante da fala e 
outras verbalizações; é bem variável
- melhor sentido na região para-esternal, no 2º EIC
- mais forte também no hemitórax direito, porque o 
brônquio principal direito é mais calibroso
- nas faces laterais dos homens se sente mais nas regiões 
inferiores, e nas mulheres nas superiores
- posição sentada ou em pé
- escápula obscurece ele
- pedir pro paciente dizer algumas palavras (33, Mickey 
Mouse) enquanto o examinador palpa o tórax com as 
faces ulnares das mãos ou as palmas dos dedos - checar 
cerca de 8 vezes de maneira descendente e bilateral - 
condução óssea (bem menos intensa); MÉTODO DE 
BARRAS PARALELAS
- também pode ser com apenas uma mão espalmada 
sobre a superfície do tórax, comparando-se regiões 
homólogas
- toque leve e firme
- palpar dos dois lados de forma simultânea e simétrica
- se mover de um lado pra outro do paciente
- examinar de frente pra trás, do lado direito pro esquerdo, 
nos ápices do pulmão 
- DIMINUIÇÃO: excesso de ar nos pulmões ou indica 
enfisema, derrame ou espessamento pleural, edema 
pulmonar ou obstrução brônquica — processos 
patológicos que tornam o meio mais heterogêneo
- AUMENTO: presença de líquidos ou massa sólida no 
interior dos pulmões, podendo ser causado por 
consolidação pulmonar, muita secreção brônquica, mas 
sem obstrução, compressão ou tumor pulmonar (apenas 
processos que homogeneízam o parênquima pulmonar)
* FRÊMITO PLEURAL: vibrações originadas na pleura; 
normalmente os folhetos pleurais são lisos e deslizam sem 
ruídos — acontecem quando há processo inflamatório, 
porque sua superfície se torna rugosa
- contato entre as duas fica doloroso
- quando há derrame líquido, ele desaparece, e pode 
reaparecer depois da reabsorção 
- mais evidente na inspiração
- regiões ântero-laterais do tórax e aumenta de intensidade 
com a compressão da parede torácica
* FRÊMITO BRÔNQUICO: vibrações das secreções 
acumuladas nos brônquios de médio e grosso calibre, 
durante a passagem do ar na respiração 
- percebida tanto na inspiração quanto na expiração
- sempre que tá presente também há ronco (mas ronco não 
é acompanhado de frêmito)
* FRÊMITO CATÁREO: equivalente tátil de um sopro do 
aparelho cardiovascular; sempre que presente, há sopro, mas 
nem todo sopro é acompanhado dele
percuão 
* quanto mais forte, maior a probabilidade de passar 
despercebida a área de transição entre timpanismo e macicez
* percute-se de forma regular e consistente com o punho, mas 
não bater com força no terceiro dedo - mexe somente o 
punho, o cotovelo não; duas batidas seguidas e firmes* ao longo de todo o arco costal de maneira descendente 
(preferencialmente nos espaços intercostais)
* examinar anterior, lateral e posteriormente: 10 locais 
anteriores e 10 posteriores
* região supra-clavicular, infra-clavicular, infra-mamária
Cássia Fernanda - turma XVIII Hab. Clínicas
* região supra-escapular, inter-escapulovertebral e infra-
escapular
* bom pedir pro paciente ficar sentado com a cabeça inclinada 
para a frente e os braços cruzados sobre o tórax - desloca a 
escápula e gera maior exposição do pulmão
* feito em renda grega
* som claro e atimpânico (oco) pode ser auscultado sobre 
todas as regiões pulmonares
* em áreas maciças: som mais abafado - no pulmão indica 
líquido (derrame pleural) ou massa sólida 
* hiperssonoro: como um tambor, muito alto - pneumotórax ou 
enfisema pulmonar
ausculta 
* todos os sons são caracterizados da mesma maneira que as 
notas de percussão - intensidade, tonalidade, qualidade e 
duração 
* paciente sentado e desnudo na posição vertical
* pedir que respire lenta e profundamente pela boca, de uma 
maneira que seja confortável pra ele
*diafragma do estetoscópio é preferível à campânula - 
transmite, em geral, melhor os sons de tonalidade elevada, 
além de fornecer uma área mais ampla de ausculta
*a mesma posição de percussão (sentado com a cabeça 
inclinada para a frente e os braços cruzados sobre o tórax - 
desloca a escápula e gera maior exposição do pulmão)
*depois, pedir que fique mais ereto e com os ombros acima da 
cabeça, pra auscultar a parte lateral
*em seguida, solicitar que fique ereto, com ombros para 
trás, pra examinar a parte anterior
*auscultar cada posição durante toda a inspiração e 
expiração, do ápice até as bases pulmonares
*comparar as regiões de forma bilateral
*os sons do lobo médio do pulmão direito e a língula do 
pulmão esquerdo são mais audíveis nas respectivas axilas
sons rpiratóri 
*criados pelo fluxo de ar através da árvore respiratório
*caracterizam-se pela sua tonalidade, intensidade, 
qualidade e duração relativa nas fases inspiratória ou 
expiratório 
*podem ser vesiculares, broncovesiculares ou 
brônquicos/tubulares
*MURMÚRIOS VESICULARES: baixa tonalidade e 
intensidade, auscultados sobre o tecido pulmonar 
hígido; regiões periféricas; mais fortes nas regiões 
anteriores, axilares e infra-escapulares; mais intenso 
quando pedimos pro paciente respirar pela boca
*SONS BRONCOVESICULARES: sobre os brônquios 
principais; tonalidade e intensidade médias; 1-2 EIC
Cássia Fernanda - turma XVIII Hab. Clínicas
* BRÔNQUICOS: tonalidade e intensidade mais elevadas; 
auscultados sobre a traqueia
* os sons ficam mais difíceis de serem auscultados quando 
há acúmulo de pus ou líquido, obstrução brônquica, 
hiperinsuflação, respiração superficial em decorrência de 
dor
* som se propaga melhor nos meios sólidos
* RESPIRAÇÃO ANFÓRICA: parece o ruído de quando se 
sopra na boca de uma garrafa; ausculta mais provável 
numa cavidade pulmonar grande e de parede relativamente 
rígida, ou pneumotórax hipertensivo com fístula broncopleural
* RESPIRAÇÃO CAVERNOSA: som que parece procedente de 
uma caverna; cavidade pulmonar formada por parede rígida
* SOPRO BRÔNQUICO: ausculta de som brônquico onde 
deveria haver murmúrio vesicular - surgimento de tecido mais 
denso no parênquima; pneumonia e tumores
ruíd adventíci 
* geralmente se superpõem aos sons respiratórios
* ESTERTORES: na maioria das vezes durante a inspiração; 
sons discretos e descontínuos, cada um com duração de 
poucos milissegundos; podem ser finos, agudos e curtos ou 
grosseiros, graves e mais longos; em geral, são estalidos 
finos de tonalidade elevada; causados pela interrupção da 
passagem de ar através das pequenas vias aéreas; os mais 
agudos são os sibilantes e os mais graves são os sonoros; 
deve-se procurar auscultá-los com a boca aberta; mais 
facilmente percebidos quando têm origem nas vias 
superiores; os finos são parecidos com o atrito entre fios de 
cabelo próximos ao ouvido/velcro se abrindo; os grossos são 
semelhantes ao barulho de líquido borbulhando
* RONCOS: contínuos, vias aéreas inferiores; também 
chamados de sibilos sonoros; mais profundos, retumbantes e 
pronunciados durante a expiração; menos discretos que 
estertores e com maior probabilidade de serem contínuos e 
prolongados; causados pela passagem do ar por via aérea 
obstruída por secreções espessas, espasmo muscular, 
crescimento recente ou compressão externa; o mais sibilante 
e agudo surge nos brônquios de pequeno calibre, como na 
asma; o mais sonoro e grave nos de maior calibre, como na 
traqueobronquite; geralmente são palpáveis; tendem a 
desaparecer depois da tosse, ao contrário dos estertores
* SIBILOS: contínuos; som musical, quase um assobio, agudo, 
durante inspiração ou expiração; causado pelo fluxo de ar de 
velocidade relativamente elevada através de vias aéreas 
inferiores com obstrução ou estreitamento; quanto mais longo 
e mais agudo, pior a obstrução; unilateral pode ser 
obstrução, corpo estranho, compressão; bilateral pode ser 
broncoespasmo da asma; a infecção que apresenta sibilo é 
geralmente por vírus
* ESTRIDORES: contínuos; vias aéreas superiores, como 
consequência de corpo estranho, laringite ou edema de glote; 
som bem intenso e agudo, além de curto; pode ser percebido 
até sem estetoscópio; tanto na inspiração quanto na 
expiração 
* ATRITO: ocorre fora da árvore respiratória; som seco, em 
estalido, como rangido e grave; inspiração e expiração; 
qualidade semelhante a uma máquina, ranger de couro cru; 
no fígado/baço pode não ter significado, mas a nível de 
coração/pulmões é causado pelo atrito de superfícies 
ásperas e inflamadas - pericardite ou pleurite; o respiratório 
desaparece com a interrupção da respiração, o cardíaco não 
* GRASNIDO: bem raro, parece ganso, ocorre pela abertura 
súbita das vias aéreas de menor calibre; regiões periféricas; 
doenças intersticiais pulmonares e bronquiolites
* RANGIDO MEDIASTINAL/SINAL DE HAMMAM: encontrado 
no enfisema mediastinal; crepitações e estalidos altos 
associados a tons borbulhantes; são sincrônicos com os 
batimentos cardíacos, mas não com incursões respiratórias; 
mais fáceis de serem auscultados quando o paciente inclina-
se pra esquerda ou quando está em dec. lateral esquerdo
* RUÍDO DE ESGUICHO: uma das mãos no paciente sentado, 
move ele de um lado pro outro, com um pouco de vigor - 
possível auscultar a presença simultânea de ar e líquido na 
cavidade pleural ou em grandes cavidades do pulmão 
som vocal 
* BRONCOFONIA: paciente falando e som mais claro/sonoro 
(o normal é não distinguir bem as sílabas); se for extrema, 
como na consolidação pulmonar, até um sussurro pode ser 
bem claro (PECTORILÓQUIA AFÔNICA); pedir pro paciente 
falar 33
* EGOFONIA: intensidade da voz aumenta e qualidade 
anasalada; tipo ruído de cabra, entrecortado, fala E ouve A; 
derrame pleural e condensação pulmonar
* a diminuição/perda da intensidade de ressonância vocal 
surgem na obstrução da árvore respiratória

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