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unidade III

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Prévia do material em texto

Materiais de 
Construção Civil
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Ernesto Silva Fortes
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Tecnologia dos Produtos Cerâmicos, 
Betuminosos e Plásticos e Polímeros
• Produtos Cerâmicos;
• Materiais Betuminosos.
 · Aprender as propriedades dos materiais visando a seus corretos em-
pregos e desempenhos;
 · Adquirir conhecimento sobre as técnicas e os ensaios, objetivando 
análises das propriedades físicas e mecânicas, das características tec-
nológicas, das especificações e das normas. 
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Tecnologia dos Produtos Cerâmicos, 
Betuminosos e Plásticos e Polímeros
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Tecnologia dos Produtos Cerâmicos, 
Betuminosos e Plásticos e Polímeros
Produtos Cerâmicos
Segundo a Associação Brasileira de Cerâmica (ABCeram), a cerâmica com-
preende todos os materiais inorgânicos, não metálicos, obtidos, geralmente, após 
tratamento térmico em temperaturas elevadas. Cerâmica vem da palavra grega 
keramus, que significa coisa queimada.
Estudo Sumário das Argilas
Os produtos cerâmicos são materiais de construção obtidos pela moldagem, 
secagem e cozimento de argilas ou misturas de materiais que contém argilas. São, 
de certa forma, pedras artificiais, cujos materiais substituem as pedras em suas 
aplicações ou têm aparência, em geral, semelhante.
Bauer (2008) reforça que, em certos casos, pode ser suprimido algum tipo de 
material, mas a matéria-prima principal é a argila. O autor salienta, ainda, que nos 
materiais cerâmicos, a argila fica aglutinada por uma pequena quantidade de vidro, 
que surge pela ação do calor de cocção sobre os componentes da argila.
Esse tipo de característica garante ao material grande durabilidade, por ser um 
isolante elétrico e térmico, além de apresentar dureza em sua composição, embora 
seja um material frágil.
Na Construção Civil, existem muitos exemplo e aplicações de materiais cerâ-
micos. Alguns exemplos são: tijolos, telhas, azulejos, ladrilhos, lajotas, manilhas, 
refratários etc.
Toda essa gama de materiais pode ser 
classificada ou dividida da seguinte maneira:
• Materiais de cerâmica vermelha:
 » Porosos: tijolos e telhas;
 » Vidrados: ladrilhos, tijolos especiais 
e manilhas;
• Materiais de louça:
 » Pó de pedra: azulejos e materiais 
sanitários;
 » Grés: materiais sanitários, pastilhas 
e ladrilhos;
 » Porcelana: pastilhas, ladrilhos e por-
celana elétrica;
• Materiais refratários
 » Tijolos para fornos, chaminés etc. Figura 1 – Produtos cerâmicos
Fonte: https://ragnonet.it
8
9
A argila, matéria-prima fundamental para a composição de produtos cerâmicos, 
é tipicamente um material natural terroso que, quando misturado com água, adqui-
re funções adicionais, de forma a apresentar certa plasticidade em sua composição. 
De acordo com Bauer (2008), as argilas são constituídas, fundamentalmente, de 
partículas cristalinas de dimensões muito pequenas e formadas por uma quantidade 
restrita de substâncias. Essas substâncias são denominadas argilo-minerais.
Importante!
Confi ra a ABNT NBR 13818 – A norma explicita sobre a composição das argilas, inform-
ando sobre dimensões e propriedades mecânicas.
Importante!
Assim, as argilas são um conjunto de minerais compostos, principalmente, de 
silicatos de alumínio hidratados (decomposição de rochas feldspáticas). 
É um material natural, terroso, de baixa granulometria (com elevado teor de partículas 
com diâmetro inferior a 2, que apresenta plasticidade quando em contato com água. 
Ademais, é proveniente da decomposição de rochas constituídas de argilo-
-minerais e outros minerais acessórios que, em contato com água, torna-se ple-
namente moldável. 
Veja alguns tipos de argilas:
• Argila vermelha;
• Argila refratária;
• Bentonita: vulcânica, muito plástica, aumenta de 10 a 15 x seu volume quando 
em contato com água;
• Argila para grés;
• Caulim;
• Argilas azuladas ou negras, de grande plasticidade.
Importante!
Grés é um material feito a partir de argila de grão fi no, plástica, sedimentária e refra-
tária, que suporta altas temperaturas, como a cerâmica.
Importante!
Algumas propriedades das cerâmicas:
• Alta RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO (1-30 MPa) → POROSIDADE. A poro-
sidade é a relação volume de vazios/volume total, possuindo forte influência na 
resistência mecânica: densidade, condutibilidade térmica e condutibilidade elétrica;
• Baixa RESISTÊNCIA À TRAÇÃO NA FLEXÃO: FRATURA FRÁGIL;
• Alta DUREZA e RESISTÊNCIA AO DESGASTE.
9
UNIDADE Tecnologia dos Produtos Cerâmicos, 
Betuminosos e Plásticos e Polímeros
Importante!
A resistência mecânica é um índice de qualidade do material. A plasticidade é outro 
atributo da cerâmica, e representa a propriedade de se deformar quando submetida a 
uma força, e conservar a deformação quando essa força é retirada.
Importante!
Fabricação de Produtos Cerâmicos
O processo de fabricação da cerâmica pressupõe algumas fases, que são orien-
tadas tanto por processos manuais, quanto físico-químicos. 
A Figura 2, a seguir, ilustra todo o processo de fabricação.
Figura 2 – Fluxograma do processo cerâmico
Fonte: Silva, et al, 2014
Num primeiro momento, há a exploração da jazida, na qual são checadas as caracte-
rísticas geológicas, a profundidade, a compactação, o tipo de topografia local e a carac-
terística do barro para que, posteriormente, seja feita a remoção da camada superficial. 
Na sequência, é realizada a preparação da matéria-prima e da massa, cujos pro-
cessos são: eliminação das impurezas grosseiras, desintegração e trituração desses 
elementos, loteamento do barro, amassamento e mistura. 
10
11
Realizados esses processos, dá-se início à fase de moldagem, adicionando-se água 
e controlando o tempo de secagem. A moldagem pode ser feita de 4 maneiras:
1. Moldagem com pasta fl uida → caracterizada com 30-50% de água;
2. Moldagem com pasta plástica mole (branda) → caracterizada com 25-40% 
de água;
3. Moldagem com pasta plástica consistente (dura) → caracterizada com 15-
25% de água;
4. Moldagem a seco ou semi-seco → caracterizada com 5-10% de água.
Na sequência, é feita a secagem do material, com o objetivo de evaporar a maior 
quantidadepossível de água antes da queima e tornar a peça suficientemente resis-
tente para poder ser manuseada. Para isso é necessário controlar a velocidade de 
secagem pelo controle da temperatura, de umidade e de fluxo de ar do ambiente; 
caso contrário, a peça pode se deformar e fissurar. A secagem pode ser realizada 
pelo método natural, por ar quente-úmido ou por túnel.
A próxima fase é a de cozimento, na qual ocorrem as transformações físicas, 
alotrópicas, reações no estado sólido e recristalizações em diversos intervalos de 
temperatura. Existem intervalos de temperaturas específicos para o cozimento. 
Vamos a eles:
• Até 110ºC: evaporação do resto da água de capilaridade e amassamento;
• 200-300ºC: perda da água adsorvida: a argila enrijece;
• 400-800ºC: perda da água de constituição, combustão da matéria orgânica, 
decomposição da pirita FeS2 em óxido de ferro Fe2O3, decomposição dos 
hidróxidos e transformação do quartzo α em quartzo β;
• 800- 950ºC: calcinação dos carbonetos e decomposição dos sulfetos;
• A partir de 950ºC: início da vitrificação (ou sinterização).
Nesse momento, o material já está pronto, coeso e com resistência em termos 
de peças cerâmicas.
Importante!
Por reação em alta temperatura entre alguns dos constituintes das argilas, forma-se um 
“vidro” líquido à base de sílica, que aglomera as partículas menos fusíveis, dando, após 
o resfriamento, dureza, resistência e compactação ao conjunto. As propriedades de um 
artigo cerâmico dependem da quantidade de vidro formado, que será ínfi ma nos tijolos 
comuns e grande nas porcelanas.
Importante!
Por fim, a última fase é de esmaltação, que nada mais é que um esmalte (vidrado 
cerâmico) que se aplica em peças, na forma de uma camada homogênea. 
Tem a função de impermeabilizar, embelezar, aumentar a resistência mecânica, 
aumentar a resistência ao desgaste, melhorar a higienização e a resistência quí-
mica. Suas características estéticas são: transparente, opaco, brilhante, fosco ou 
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UNIDADE Tecnologia dos Produtos Cerâmicos, 
Betuminosos e Plásticos e Polímeros
colorido, com homogeneidade (espessura, cor) ao longo da peça e alta resistência 
às variações de temperatura, umidade e possíveis fissuras.
Cerâmica Vermelha Comum
Segundo a ABCeram, a cerâmica vermelha é uma expressão com significado 
amplo, compreendendo aqueles materiais empregados na construção civil (argila 
expandida, tijolos, blocos, elementos vazados, lajes, telhas e tubos cerâmicos), al-
guns de uso doméstico e afins. Nos dois casos, os produtos têm coloração predo-
minantemente avermelhada.
Como primeiro material de contato com o exterior, as telhas devem garantir 
a segurança das residências contra a ação do vento, da poeira, dos ruídos, do 
sol, da chuva, do granizo e de outras intempéries. Por isso, telhas de qualidade 
são fundamentais. 
A telha cerâmica, uma das mais antigas e acessíveis opções de telha disponíveis, 
ainda é uma opção muito popular, adequando-se muito bem ao clima tropical e 
oferecendo ótima relação de custo-benefício. 
É oferecida em muitas formas, que variam quanto ao tipo de encaixe, ao rendi-
mento por m² e à inclinação exigida dos panos do telhado, proporcionando, assim, 
considerável variedade de alternativas arquitetônicas possíveis com o uso do material. 
Veja na Figura 3, a seguir, os tipos de telhas cerâmicas.
Figura 3 – Tipos de telhas
Fonte: Acervo do Conteudista
Outro importante material de cerâmica vermelha é o tijolo. Esse produto é, ge-
ralmente, em forma de paralelepípedo e amplamente usado na Construção Civil, 
Artesanal ou Industrial. É um dos principais materiais de construção. 
12
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O tijolo tradicional é fabricado com argila e de cor avermelhada devido ao cozi-
mento e pode ser maciço ou furado. Atualmente, por motivos ecológicos, está se 
voltando a atenção para o adobe e para o bloco de terra, por não precisarem de 
cozimento e porque podem ser feitos no local. 
Cerâmica Branca e Colorida
Esse grupo é bastante diversificado, compreendendo materiais constituídos por 
um corpo branco e, em geral, recobertos por uma camada vítrea transparente e 
incolor, que eram assim agrupados pela cor branca da massa, necessária por razões 
estéticas e/ou técnicas. 
Com o advento dos vidrados opacificados, muitos dos produtos enquadrados 
nesse grupo passaram a ser fabricados sem prejuízo das características para uma 
dada aplicação, com matérias-primas com certo grau de impurezas, responsáveis 
pela coloração. 
Composto de argilas quase isentas de óxido de ferro, contendo quartzo e felds-
pato finamente moídos. A produção tem um processo de queima entre 1200°C e 
1300 °C, sendo que, na sequência, é aplicado o vidrado.
Estudar a NBR 6698/83 e a NBR 6699/85 – Trata das normas para lavatórios e bacias sanitárias.
Ex
pl
or
Porcelanato
O porcelanato se enquadra na categoria de revestimentos cerâmicos, que po-
dem ser obtidos por meio de extrusão ou de prensagem.
Podem apresentar uma face esmaltada, revestida com uma camada vítrea, que 
confere aspecto brilhoso ao material, e uma face porosa, também chamada de 
tardoz ou face de assentamento. 
Algumas peças possuem as duas 
faces não esmaltadas, sendo que 
uma fica exposta e a outra é desti-
nada ao assentamento.
Um fator importante nesse tipo 
de cerâmica é a absorção de água, 
que tem relação com o tipo de fa-
bricação realizada. 
Veja na Tabela 1, a seguir. Figura 4 – Porcelanato
Fonte: iStock/Getty Images
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UNIDADE Tecnologia dos Produtos Cerâmicos, 
Betuminosos e Plásticos e Polímeros
Tabela 1 – Absorção de água – Porcelanatos
ABSORÇÃO DE ÁGUA 
(%)
MÉTODOS DE FABRICAÇÃO
Extrudado (A) Prensado (B) Outros (C)
Menor que 0,5%
AI
BIa
CI
0,5% a 3,0% BIb
3,0% a 6,0% AIIa BIIa CIIa
6,0% a 10,0% AIIb BIIb CIIb
Maior que 10,0% AIII BIII CIII
Fonte: ABCeram
Assim, os porcelanatos são compostos por pigmentos misturados à argila du-
rante o processo de prensagem. Quando queimados, apresentam aspecto de pedra 
natural, em que camadas de pigmentação permeiam a base de argila. Possibilitam 
o acabamento polido (com brilho) e não polido (sem brilho). 
Por sua resistência mecânica elevada, grande resistência à abrasão e a produtos quí-
micos, o porcelanato tem qualidade superior em relação aos demais pisos cerâmicos.
Cerâmica Técnica
A cerâmica técnica pode ser dividida em quatro grupos principais de materiais 
de cerâmica: cerâmica à base de silicato, cerâmica de óxido, cerâmica de não óxi-
dos e piezocerâmica. 
As cerâmicas à base de silicato constituem o tipo mais antigo de materiais de ce-
râmica para aplicações técnicas e são produzidas, principalmente, de matérias-pri-
mas naturais juntamente com a alumina (óxido de alumínio, silicato de alumínio). 
O grupo cerâmicas de óxido contém materiais compostos, principalmente, de 
óxidos de metais, como o óxido de alumínio, o óxido de zircônio, o titanato de 
alumínio ou a cerâmica de dispersão. 
A cerâmica de não óxidos representa um grupo de materiais compostos de 
materiais de cerâmica à base de compostos de carbono, nitrogênio e silício, como 
carboneto de silício, nitreto de silício e nitreto de alumínio. 
A piezocerâmica (também conhecida como cerâmica funcional) representa um gru-
po de materiais usados para converter parâmetros mecânicos em parâmetros elétricos 
ou, inversamente, para converter sinais elétricos em vibração ou movimento mecânico. 
Refratários
Têm como finalidade suportar temperaturas elevadas que, em geral, envolvem 
esforços mecânicos, ataques químicos, variações bruscas de temperatura e outras 
solicitações. Por exemplo: sílica, sílico-aluminoso, aluminoso, mulita, carbeto de 
silício, grafita, carbono, zircônia, zirconita e outros. 
14
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As cerâmicas refratárias não se deformam abaixo de 1520°C e as cerâmicas 
altamente refratárias não se deformam abaixo de 1785°C; tem estabilidade de vo-
lume, resistência mecânica e resistência química nas altas temperaturas:
• Argilas refratárias sílico-aluminosas, alumina;
• Prensagem e queima até 2500 °C;
•Tijolos maciços;
• Tijolos especiais para chaminés e abóbadas;
• Assentamento: argamassa refratária;
• Mesma argila do tijolo sem cimento ou cimento aluminoso.
Materiais Betuminosos
Os materiais betuminosos têm sua origem baseada no petróleo, cuja composi-
ção é de natureza orgânica e é resultante da ação de bactérias anaeróbicas sobre os 
organismos do plâncton marinho e da ação combinada de pressão e temperatura, 
que resultam hidrocarbonetos.
O betume é um material de grande emprego na construção civil, como os asfal-
tos, os alcatrões e os óleos graxos. Possuem uso preponderante em pavimentações 
rodoviárias e em impermeabilizações, tendo aplicação, também, em pinturas, iso-
lamentos elétricos e muitos outros. (BAUER, 2008)
A seguir, algumas características básicas desse material, tão importante na Cons-
trução Civil:
• Adesivos e aglomerantes que dispensam o uso de água, ao contrário dos aglo-
merantes minerais;
• Hidrófugos, ou seja, que repelem a água;
• Termoplásticos, facilmente fundidos e solidificados e não possuem ponto de 
fusão, amolecendo em temperaturas variadas;
• São inócuos ou inertes, isto é, não reagem quimicamente com os agregados 
minerais que são utilizados como material de enchimento;
• Devido ao fato de serem termoplásticos e inertes, são passíveis de reciclagem;
• Possuem durabilidade variável influenciados, principalmente, pela radiação solar.
Asfalto e seus Derivados
Segundo a ASTM (American Society for Testing and Materials), o asfalto é um 
material aglutinante, de consistência variável, cor pardo-escura ou negra, no qual o 
constituinte predominante é o betume, podendo ocorrer na natureza em jazidas ou 
ser obtido pela refinação do petróleo.
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UNIDADE Tecnologia dos Produtos Cerâmicos, 
Betuminosos e Plásticos e Polímeros
Bauer (2008) chama cimento asfáltico de asfalto sólido ou semissolido de con-
sistência apropriada para a pavimentação.
A palavra asfalto vem do grego e significa firme, estável. Isso porque sua primeira aplicação 
– muito generalizada, naquela época – era a de aglomerante, nas alvenarias.Ex
pl
or
Quase todo o asfalto em uso, atualmente, é obtido do processamento de petró-
leo bruto em plantas especiais, denominadas refinarias. É a base de praticamente 
todos os outros tipos de materiais asfálticos existentes no Mercado brasileiro, cujas 
derivações são apresentadas na sequência:
• Emulsões asfálticas;
• Asfaltos diluídos;
• Asfaltos oxidados ou soprados de uso industrial: piches (tecnicamente denomi-
nados Cimento Asfáltico de Petróleo);
• Asfaltos modificados por polímero ou por borracha;
• Agentes rejuvenescedores.
A Tabela 2, a seguir, especifica as características de alguns deles.
Tabela 2 – Derivados do asfalto
CIMENTOS ASFÁLTICOS ASFALTOS DILUÍDOS EMULSÕES ASFÁLTICAS ASFALTOS MODIFICADOS
CAP e CAN
CAP + Solvente Cura 
Rápida; Cura Média; 
Cura Lenta
CAP + água + 
emulsificante Ruptura 
rápida; Ruptura média; 
Ruptura lenta
CAP + Polímero - 
SBS: estieno butadieno; 
SBR: borracha de butadieno 
estireno; EVA: etileno 
acetato de vinila; EPDM: 
etileno propileno; APP: 
propileno atático; Borracha 
vulcanizada; Resina epóxi
Fonte: elaborado pelo próprio autor
Aglomerantes Betuminosos
Existem diversos aglomerantes betuminosos, dentro os quais alguns ajudam 
no processo de coesão do material como um todo. Um desses aglomerantes é 
o alcatrão.
O alcatrão é uma substância betuminosa, espessa, escura e de forte odor, que 
se obtém da destilação destrutiva de carvão, madeira e açúcar, constituindo um 
subproduto da fabricação de gás e coque metalúrgico. 
Tem como características maior sensibilidade à temperatura, isto é, mais mole 
quando quente e mais duro em baixas temperaturas; tem menor resistência às in-
tempéries e melhor adesividade aos agregados e aos aglomerantes.
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Outro aglomerante importante é o filler, pó mineral de grande finura, de ori-
gem calcária, podendo ser: pó de pedra, de carvão, de cinzas volantes etc.
Com adição de 15 a 40%, pode aumentar a viscosidade, tem menor sensibilida-
de à temperatura e grande absorção de constituintes oleosos, além de ser denso e 
facilitar a homogeneização.
Como propriedade viscosa, possui:
• Resistência à deformação de um fluido sob ação de uma força;
• Determina a consistência ou a fluidez dos materiais betuminosos fluidos: os 
diluídos ou os emulsionados;
• Determinação de tempo, em segundos, para que 60cm³ do produto escoem 
por um orifício, para um frasco graduado.
Impermeabilização com Materiais Betuminosos
Os materiais betuminosos são largamente utilizados como impermeabilizantes 
devido à sua resistência ao intemperismo e ao envelhecimento. Um exemplo é a 
manta asfáltica usada em construções prediais e residenciais.
Tem como objetivo impedir o transporte indesejável de águas, fluídos e vapores 
nos materiais e componentes, podendo atuar na contenção ou no direcionamento 
desses elementos para algum local que se deseja.
Figura 5 – Exemplo de impermeabilização de laje de 
cobertura executada com membrana asfáltica moldada in loco
Fonte: Chan et al., 2015
A exemplo dos Projetos de Arquitetura, da estrutura de concreto armado, das 
instalações hidráulica e elétrica, de paisagismo e de decoração, entre outros, de 
uma obra comercial, industrial ou residencial, a impermeabil ização também deve 
ter um Projeto específico, que detalhe os produtos e a forma de execução das téc-
nicas de aplicação dos sistemas ideais de impermeabilização para cada obra.
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UNIDADE Tecnologia dos Produtos Cerâmicos, 
Betuminosos e Plásticos e Polímeros
Podemos dividir os produtos de impermeabilização em duas categorias: rígidos 
e flexíveis:
• Rígidos: baixa capacidade de absorver deformações da base, principalmente, 
deformações concentradas como fissuras e trincas. Por exemplo: concretos 
impermeáveis e cimentos cristalizantes;
• Flexíveis: suportam deformações da base com amplitudes variáveis, em fun-
ção do sistema de impermeabilização, inclusive trincas e fissuras. Por exemplo: 
membranas, mantas e emulsões asfálticas.
As mantas asfálticas são muito utilizadas na Construção Civil, sendo compostas 
por mantas pré-fabricadas de asfalto (3 a 5 mm) ou modificadas com polímeros, 
estruturadas internamente por véu ou tela de fibra de vidro, poliéster ou nylon. Po-
dem ser emendadas por fusão do asfalto da própria manta (maçarico) ou de asfalto 
oxidado externo (forno).
Bauer (2008) salienta que as impermeabilizações asfálticas, como todas as im-
permeabilizações, devem sempre ser aplicadas do lado que recebe a pressão da 
água, por exemplo. Essa vedação deve “subir” nas paredes limítrofes formando um 
rodapé, com a finalidade de barrar a penetração. 
Veja a Figura 6, a seguir.
Figura 6
Fonte: Kalani, 2008
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Técnicas de Construção Ilustradas
ADAMS, Cassandra; CHING, Francis D. K. Técnicas de Construção Ilustradas. Porto 
Alegre: Bookman, 2001;
Materiais de construção: patologia, reabilitação, prevenção
BERTOLINI, Luca. Materiais de construção: patologia, reabilitação, prevenção. São 
Paulo: Oficina de Textos, 2010;
Concreto armado, eu te amo
BOTELHO, Manoel Henrique Campos; MARCHETTI, Osvaldemar. Concreto armado, 
eu te amo. 7.ed. rev. ampl. São Paulo: Edgard Blucher, 2013. v. 1;
Construção Civil Fundamental
HIRSCHFELD, Henrique. Construção Civil Fundamental. São Paulo: Atlas, 2000;
Materiais de Construção Civil
RIBEIRO, Carmen C. Materiais de Construção Civil. Belo Horizonte: UFMG, 2002.
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UNIDADE Tecnologia dos Produtos Cerâmicos, 
Betuminosos e Plásticos e Polímeros
Referências
ASSOCIAÇÃO Brasileira de Normas Técnicas. ABNT. Coletânea de Normas. 
Rio de Janeiro: ABNT, 2017
BAUER, L. A. F. Materiais de Construção 5.ed. São Paulo: LTC, 2007. v. I e II.
IBRACON. Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia 
de Materiais. São Paulo: G. C. Isaia, 2007, 1712p. 2v.
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