Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ÁCIDOS GORDOS ESSENCIAIS O SEU PAPEL NA SAÚDE DO ORGANISMOO SEU PAPEL NA SAÚDE DO ORGANISMO ÁCIDOS GORDOS ESSENCIAIS Numerosos estudos epidemio- lógicos e clí nicos demonstraram que a dieta é um dos principais fatores que influenciam a sus- cetibilidade a doenças rela- cionadas com o estilo de vida. E m todo o mundo, as doenças relacionadas com um estilo de vida sedentário, como a arteriosclerose e doença trombótica, tornaram-se um sério problema. Os ácidos graxos são fundamentais para o bom funcionamento do organismo. Dentre todos eles, os mais importantes são os do tipo ômega 3 e ômega 6, considerados como essenciais são de extrema importância para o organismo e necessários para a realização de diversas funções, desde a formação de células saudáveis, até a manutenção do sistema nervoso em funcionamento. Uma função importante destes ácidos graxos é formar a membrana celular. Dentro dos lí pidos, o ômega-3 de cadeia longa, principalmente EPA e DHA, desempenham um papel importante na promoção da saúde e prevenção de doenças crônicas. DHA: ácido docosahexaenóico 22 carbonos 6 duplas ligações Peixes gordos EPA: ácido eicosapentaenóico 20 carbonos 5 duplas ligações Peixes gordos O ácido alfa-linolênico é considerado um ácido graxo ômega 3 de cadeia curta, possuindo apenas 18 átomos de carbono. Ele é saudável, mas não tão eficaz para prevenir doenças como os de cadeia longa, possuindo 20 ou 22 átomos de carbono, como o ácido eicosapentaenoico (EPA), e o ácido do- cosaexanóico (DHA). ÔMEGA 3 Estão presentes em vários óleos vegetais e também nas carnes de peixes como salmão, atum, sardinha, cavalinha, e ainda o fígado de baca- lhau. Existem vários tipos de ômega 3, e os mais importantes para a saú- de são o ácido alfa linolênico (ALA), o ácido eicosapentaenóico (EPA), e o ácido docosaexanóico (DHA). ALGUMAS AÇÕES DOS ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA 3 NA SAÚDE DO ORGANISMO Como antitrombótico Inibindo a agregação plaquetária melhorando o fluxo sanguíneo. Como anti-hipertensivo Estimulando o óxido ní trico, vai diminuir a resistência vascular periférica, abaixando a pressão arterial. Como antiarrí tmico Atua sobre os canais iônicos inibindo as arritmias, evitando mortes súbitas. Como anti-aterogênicos Atuam protegendo o endotélio, me- lhorando a função endotelial, que é de suma importância para a prevenção da fragilização da parede vascular, que termina por gerar a formação da placa de ateroma, causadora de infar- to e AVC. Vários trabalhos científicos comprovaram a eficácia do ômega 3 como alimento funcional, com ação terapêutica e preventiva. O DHA apresenta papel estrutural importante ao nível das células cerebrais e da retina. Os ômegas 3 contribuem também para a melhoria de comportamento e aprendizagem das crianças e podem diminuir a incidência de doença de Alzheimer. ALGUMAS AÇÕES DOS ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA 3 NA SAÚDE DO ORGANISMO ÔMEGA 6 Representam um grupo de ácidos graxos poli-insaturados. Existem vários tipos de ômega 6, o mais comum é o ácido linolêico. Participam de inúmeros processos da bioquí- mica corpórea, confeccionando membranas das células. Auxiliam na geração da pele e dos cabelos e mantêm na saúde dos ossos. Ele difere do ômega 3, por existir em abundância em diversos alimentos, como ovos, abacate, óleos vegetais diversos, leite e derivados, óleo de linha- ça, óleo de cártamo, cereais. Uma das funções do ômega 6 é fomentar a in- flamação, é preciso inflamar para regenerar. Porém, quando se tem ômega 6 demais, esta inflamação torna-se crônica e gera várias doenças, incluindo-se as doenças cardíacas, o câncer e doenças degenera- tivas do cérebro. ÔMEGA 5 Pouco conhecido e difícil de ser encontrado no Brasil, apresenta propriedades muito especiais. Deste grupo o mais importante é o ácido púnico, presente em grande quantidade nas sementes de romã. É uma molécula de 18 átomos de carbono, apresentando a característica única de tripla insaturação. É um ácido muito pouco hidrogenado. Isso torna o óleo bastante fino e delicado. A primeira ligação dupla está presente no quinto átomo de carbono a partir da extremidade oposta à carboxila. Dentre os efeitos benéficos do ácido púnico, podemos citar sua interferência na produção de prostaglandinas e leucotrienos, agindo como um anti-inflama- tório natural, modulando a inflamação crônica, evitando infartos e AVCs isquêmicos. Alguns estudos sugerem que o ômega 5 esti- mula a proliferação dos queratinócitos, promoven- do assim a regeneração da epiderme dando-lhe status de suplemento antienvelhecimento. ÔMEGA 7 Os ácidos graxos ômega 7 são um grupo de compostos mono-insa- turados, (possuem apenas uma ligação dupla no sétimo carbono, a partir da extremidade oposta à carboxila) pou- co conhecidos, e, dentre eles o mais importante é o ácido palmitolêico. Esse ácido graxo atua prevenindo a exacerbação da placa de ateroma, e diminui os marcadores da inflama- ção, reduzindo a proteína C reativa auxiliando na prevenção de infartos e AVCs. O corpo é capaz de produzir o ômega 7, a partir do ácido palmítico (gordura saturada). Crianças e adolescentes possuem enormes quantidades de ômega 7 em sua pele, porém a capacidade de produção diminui com a idade. A partir dos 45 anos, o corpo não consegue mais produzir o suficiente, devendo ser inge- rido na alimentação. Uma boa fonte de ômega 7 é a noz macadâmia, que devem ser consumi- das na quantidade de dez a doze por dia. Os efeitos positivos do ômega 7 são consegui- dos com doses pequenas e o principal é a redução da inflamação crônica, produzida pelo ômega 6 em ex- cesso e pelo consumo diário de alimentos tóxicos e industriali- zados que agridem e lesionam tecidos im- portantes como o en- dotélio vascular. Uma dose de 210 mg de ômega 7 é su- ficiente para promover uma diminuição de 73% na proteína C reativa. Outra fonte de ômega 7 é a fruta do espi- nheiro do mar, em inglês (sea buckthorn). Seu nome cientifico é Hippophae rham- noides. A fruta é utilizada na prepa- ração de cosméticos, sucos e xaropes. O espinheiro do mar está presente desde a Europa à Ásia, Rússia, Índia, Dinamarca, Po- lônia e Noruega. Mais de 90% da área de cultivo do espi- nheiro do mar encontra-se na China, onde esse vegetal é empregado para evitar a erosão do solo, além de servir de alimen- to para a população local. É uma planta solar, não se adapta a lo- cais sombreados. Nos países da Europa, está presente nas zonas costeiras, e por resistir ao sal, prevalece em relação a outras espécies de plantas. A grande for- ça energética contida no ômega 7 talvez se explique por essa natureza solar do vegetal, que capta muita energia e condensa na molécula do ácido graxo. A fruta contém grande quantidade de vitamina C, até mais do que o kiwi. A quantidade de vitamina C também revela o altíssimo poder energético desta planta. O ômega 7 ajuda a nutrir melhor as células da pele, funcionando como um provável estimulador da microcirculação. Ele também auxilia na manutenção da estrutura celular normal do sistema tegumentar. ÔMEGA 9 Representam um grupo de ácidos graxos poli-insaturados, que pos- suem a característica de possuir sua primeira insaturação no nono átomo de carbono, a partir da extremidade opos- ta a da carboxila. Eles são gorduras não essenciais, ou seja, o nosso organismo consegue fabricá-los, porém consumi -los é bom para a saúde, principalmen- te para a saúde cardiovascular. Os ácidos graxos do tipo ômega 9 mais comuns, são o ácido olêico com 18 carbonos, o ácido erúcico com 22 carbonos e o ácido nervônico com 24 carbonos. O consumo dos ácidos graxos ômega 9 estão relacionados a níveis mais baixos de triglicerídeos. É um óleo bastante saudável, e essa desco- berta deve-se a pesquisas com a cha- mada dieta do mediterrâneo. Os alimentos ricosem ômega 9 são o azeite de oliva extravirgem, as azei- tonas e as frutas oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas). O ácido olêico é apontado como hipotensor, sendo o res- ponsável pelo efeito benéfico sobre pacientes hi- pertensos, com o consumo do azeite de oliva. O ômega 9 reduz a pressão arte- rial. (Teres, S. et al, 2008). E segundo a pesquisa de Teres, S., sua ação é de curto prazo, 2 a 4 horas, e se mantém quando o paciente consome diaria- mente o ácido olêico. Portanto consu- mir azeite de oliva todos os dias auxi- lia no controle da pressão arterial. Ácido oleico O ácido oleico (C 18 H 34 O 2 ) é um ácido graxo monoinsaturado de ca- deia longa (Formado por 18 átomos de carbono) muito abundante em óleos e gorduras, ele participa do nosso metabolismo desempenhan- do o papel fundamental na síntese dos hormônios. Ácido erúcico Obtido principalmente através da Colza Canadense, o ácido erúcico (C 22 H 42 O 2 ) é um ácido graxo monoin- saturado de cadeia longa (Formado por 22 átomos de carbono). Augusto Odone em um estudo para salvar a vida de seu filho, Lo- renzo, descobriu um óleo o qual deu o nome de óleo de Lorenzo. Uma mistura de ácido oleico com ácido erúcico usada como remédio para o tratamento da adrenoleuco- distrofia (ALD) (Doença que leva à perda de mielina. Sem ela, o porta- dor para de se mover, ouvir, falar e respirar). Este óleo atua evitando o acúmu- lo de ácidos graxos de cadeia muito longa (formados por 24 a 26 átomos de carbono) em tecidos corporais, sobretudo no cérebro e nas glându- las adrenais. Este acúmulo está relacionado ao processo de desmielinização dos axônios acometendo as transmis- sões dos impulsos nervosos e a insu- ficiência adrenal. REFERÊNCIAS A importância da linhaça na saúde: Conceição Trucom Doença de Alzheimer: Prevenção e Tratamento: Associação Médica Brasileira e Agência Nacional de Saúde Suplementar Os Ácidos Gordos Ômega 3 na Prevenção e na Terapêutica da dislipidemia aterogênica: Rafael Je- sus Leite (Monografia) Suplementação inteligente - Dr. Marco Menelau https://www.acidooleico.com.br/ (Acessado em 24/08/2021às 23:18) http://www.infoescola.com/doencas/adrenoleucodistrofia/ (Acessado em 24/08/2021às 23:25) Filme : O Óleo de Lorenzo
Compartilhar