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Materiais de Acabamento I

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Materiai� d� Acabament� I
Suportes em Design de Interiores
A materialização de uma obra ou de um espaço contempla inúmeras fases e
processos até a finalização do objeto construído.
Existem, na construção civil, diversos sistemas construtivos para a execução
de obras. Frequentemente, a escolha das opções se dá durante a concepção
do projeto de arquitetura, em conjunto com o projetista da estrutura e
oresponsável pela execução da obra. Devem ser considerados aspectos de
logística (produção, transporte, montagem da estrutura e equipamentos
requeridos), gerenciamento e planejamento da obra (ABDI, 2015).
Sistema Construtivo em Concreto
As estruturas em concreto são formadas a partir da combinação de
elementos estruturais, pilares, lajes e vigas. É um método construtivo
amplamente utilizado no projeto de edificações em obras
habitacionais,industriais, comerciais e de infraestrutura, pode ser moldado in
loco ou pré-fabricado.
As estruturas em concreto apresentam grande durabilidade e resistência aos
esforços mecânicos. Os materiais de vedação mais utilizados nesse sistema
construtivo são os blocos cerâmicos e blocos de concreto.
Sistema Construtivo em Aço
Empregadas nos mais diversos tipos de obras e empreendimentos, as
estruturas em aço atendem diferentes tipologias da construção civil. Por ser
um material versátil e flexível, a utilização desse sistema apresenta algumas
vantagens. Sua alta resistência mecânica permite vencer grandes vãos,
apresenta menor peso próprio reduzindo a carga nas fundações, e apresenta
dimensões de peças reduzidas, o que confere um aumento da área útil
construída (ABDI, 2015).
A fabricação e montagem desse tipo de estrutura obedecem a rigorosas
especificações, o que reduz o tempo de execução assim como reduz o
desperdício de materiais.
Sistema Construtivo em Light Steel Framing
Sistema estruturado por perfis de aço galvanizado formados a frio, é indicado
para diversas tipologias de obras, assim como para ampliações de obras
existentes e retrofit.
A região de implantação do projeto deve ser considerada para correto
dimensionamento e proteção dos perfis. Áreas litorâneas, por exemplo, exigem
maior cuidado na galvanização para proteção contra corrosão.
Sistemas construtivos a seco
Esses sistemas são construídos pela montagem de perfis pré-fabricados,
como é o caso do steel frame e wood frame, e tem como vantagens a redução
de desperdício de matérias-primas e recursos naturais,redução na produção
de resíduos, versatilidade no desenvolvimento de projetos,e especialmente, a
redução no tempo de construção se comparado a sistemas tradicionais,
como o concreto e alvenaria.
Sistema Construtivo em Wood Frame
A característica mais relevante desse sistema é a utilização da madeira como
matéria-prima, que apresenta características físicas e mecânicas que a
qualificam como material durável e versátil. É um sistema construtivo
composto de painéis estruturais de madeira para a montagem de edificações.
Elementos Construtivos
Os componentes de estrutura, arquitetura e vedações, como pisos, paredes e
tetos, compõem os espaços internos das edificações.
Em linhas gerais, esses elementos são usados como bases para o
desenvolvimento do projeto de interiores, podem ser modificados de modo a
atender funcionalmente e esteticamente as necessidades funcionais de um
ambiente.
Piso
Algumas qualidades gerais devem ser observadas na escolha de acabamento
de pisos como a resistência ao desgaste e abrasão, inalterabilidade de cor,
textura, facilidade de conservação e manutenção.
Parede
As paredes são elementos de vedação que podem atuar com função
estrutural ou como fechamento. As vedações atuam sustentando cargas de
pisos, tetos e coberturas que devem apresentar nível de segurança, limitando
os deslocamentos, fissuras e falhas a valores aceitáveis e considerando ações
passíveis de ocorrerem durante a vida útil do sistema (ABNT, 2013c).
Além de delimitarem os espaços, as paredes controlam a passagem de
ar,calor, umidade, luz e som. Atuam no isolamento térmico e acústico, e seu
desempenho varia de acordo com a especificação de material,
dimensão,espessura e aberturas (CHING, 2013; GURGEL, 2005).
As paredes podem ser compostas de diversos materiais que garantam
resistência e durabilidade, como:
● pedras naturais;
● alvenaria em blocos maciços cerâmicos;
● alvenaria em blocos cerâmicos vazados;
● alvenaria de blocos de concreto simples;
● concreto celular;
● gesso acartonado (drywall);
● placas cimentícias, dentre outros.
Teto e Forro
O teto pode ser composto de superfícies lisas e planas, retas ou inclinadas,
podendo ou não expressar o padrão estrutural do projeto ou de sua
cobertura. Dependendo de seu material de composição, pode receber
diferentes opções de materiais de acabamento, sendo os mais usuais a
pintura e a utilização de forros.
A utilização de forros permite o rebaixamento de parte do teto, podendo
assumir diversos formatos. De maneira funcional, os forros podem esconder
elementos estruturais, tubulações e fiação. A escolha do material deve levar
em consideração o uso do espaço, sendo exemplos mais comuns oforro de
madeira, forro de gesso, forro mineral e forro metálico.
Pilares e Vigas
Elementos estruturais, os pilares e vigas são itens importantes na composição
do projeto e podem apresentar diferentes materiais como a madeira,
oconcreto e o aço. Por sua característica estrutural, as dimensões e
posicionamento desses elementos devem ser respeitadas. Esses elementos
podem ser mantidos em sua aparência original com a estrutura aparente, ou
podem ainda ter tratamento com materiais de acabamento.
Portas e Janelas
As portas e janelas são elementos essenciais na composição de uma
espaço.Responsáveis pelo acesso e aberturas de luz e ventilação, possuem
influência direta no conforto ambiental do ambiente. De acordo com a função
e uso do espaço, inúmeros modelos e dimensões podem ser especificados.
Os materiais mais utilizados são o ferro, alumínio, pvc, madeira e vidro. Os
materiais de acabamento variam entre pintura, laqueamento,verniz ou
seladora, laminados e chapas de ferro ou alumínio (CHING, 2013;GURGEL, 2005).
Escadas e Rampas
Escadas e rampas são elementos construtivos de circulação vertical de um
projeto. Seu posicionamento e dimensionamento influenciam diretamente a
composição de ambientes internos.
É importante destacar que para projetos de escadas e rampas,
dimensionamento e especificação de materiais de acabamento, é necessário
consultar a NBR9050/2015 (Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos) e a NBR 9077/2001 (Saída de emergência em edifícios).
Especificação de Materiais de Acabamento
A definição dos materiais,acabamentos, revestimentos e outros elementos
permitem explorar conceitualmente todos os objetivos do espaço idealizado.
Dessa maneira, a escolha de cada elemento implica, mais que uma solução
técnica, na qualidade/materialização do ambiente construído.
Um projeto bem executado depende da durabilidade e da solidez de escolhas
bem realizadas pelos profissionais.
Gurgel sugere que um material deve ser avaliado em relação aos seguintes
pontos:
● Adequação à utilização: prioritariamente deve se analisar se o material
supre as necessidades funcionais do ambiente, e se é adequado às
atividades e funções desenvolvidas. Devem ser considerados a
durabilidade, resistência, manutenção, propriedades de conforto
térmico e acústico e grau de segurança do material.
● Contribuição estética: a escolha de um material para a composição do
projeto deve levar em consideração as dimensões e formas, as texturas
e cores, padronagens e acabamentos.
● Custo: é necessário analisar entre todas as opções do mercado, itens
que se adaptam ao projeto, garantem bom desempenho e grau de
satisfação ao projeto final.
Para especificação de materiais de acabamento, CHING nos aponta alguns
critérios indicados a seguir:
● Critérios funcionais: segurança, saúde, conforto, durabilidade,
facilidade de limpeza, manutenção e reparo, resistência ao fogo e
propriedades acústicas.● Critérios estéticos: padrão, textura e cor.
● Critérios econômicos: custos de aquisição e instalação, avaliação do
ciclo de vida dos materiais e produtos, avaliação dos impactos da
aquisição da matéria-prima e sua vida útil.
A partir do programa de necessidades e diálogo com o cliente, o processo de
projeto pode ser analisado e aprimorado.
O contexto é outro fator relevante a ser considerado. Se o projeto de design
de interiores será inserido em uma edificação preexistente, os materiais que já
compõem o espaço devem ser analisados. Edificações novas, em construção
ou instalações temporárias podem apresentar grandes possibilidades de
intervenção. A localização e o contexto físico do projeto(urbano ou rural),
condições climáticas (quente, frio, árido, úmido) podem influenciar os tipos de
materiais com o qual os conceitos de projeto são desenvolvidos (BROWN, 2014).
A tipologia da obra, o local de uso e as atividades do ambiente são
condicionantes fundamentais na especificação de materiais.
O conjunto normativo NBR 15.575: edificações habitacionais: desempenho
indica requisitos de desempenho,critérios de desempenho e métodos de
avaliação organizados em seis partes,abrangendo sistemas estruturais, de
pisos, de vedações, de coberturas e hidrossanitários.
Na especificação de materiais, é necessária a maior exatidão possível. É
essencial que se verifiquem todos os dados técnicos, propriedades e
requisitos de desempenho do material desejado. É sempre conveniente
consultar os catálogos de materiais, normas técnicas vigentes e demais leis
ou normativos que podem indicar restrições.Dessa forma, minimizam-se os
possíveis erros de projeto e execução, e aumentam as garantias de
desempenho.
Materiais: Propriedades e Tipos
Os materiais se caracterizam, são identificados e se diferenciam pelas suas
propriedades. Bauer (2019) define as propriedades gerais dos materiais:
● extensão: propriedade que possuem os corpos de ocupar um lugar no
espaço;
● massa específica: a relação entre a massa de um corpo e seu volume;
● peso específico: a relação entre o peso de um corpo e seu volume;
● porosidade: propriedade que tem a matéria de não ser contínua,
havendo espaço entre as massas;
● compacidade: relação entre o volume de sólidos e o volume total, dado
em porcentagem;
● absorção: propriedade dos materiais de absorver e reter um fluido,
especialmente a água;
● permeabilidade: propriedade dos materiais de permitir a passagem de
gases ou líquidos, em particular a água;
● corrosão: perda de parte do material como resultado de reações deste
com o meio;
● dureza: capacidade dos materiais de resistência a uma deformação
permanente;
● tenacidade: propriedade dos materiais de resistir ao rompimento por
choque ou percussão;
● plasticidade: capacidade que os materiais têm de serem moldados sem,
no entanto, se romperem;
● durabilidade: capacidade que os materiais têm de permanecerem
inalterados com o tempo;
● desgaste: perda de qualidade ou de dimensões como resultado do uso
contínuo;
● resistência ao congelamento: capacidade do material em não se
deteriorar sob a ação de degelo sucessivos ou de congelamento;
● resistência ao fogo: propriedade do material em não ser destruído pelo
fogo. Podem ser classificados como incombustíveis, fracamente
combustíveis e combustíveis;
● resistência ao calor: capacidade dos materiais de resistir à ação
prolongada de altas temperaturas sem deformação;
● resistência mecânica: propriedade dos materiais em resistir à ação das
solicitações.
Bauer (2019) pontua, ainda, que é básico, para o projetista e construtor,
oconhecimento das propriedades de cada material para aplicá-lo na prática
de forma mais eficaz.
Como nos descreve Brown (2014), os materiais podem ser agrupados de
acordo com seus componentes: naturais, sintéticos, compostos, etc.
Alguns dos diferentes tipos de materiais disponíveis para o design de
interiores:
● Cerâmica: material que pode ser moldado a diferentes formatos,
queimado a alta temperatura, e possibilita a criação de componentes
diversos como blocos, azulejos, pisos e aparelhos sanitários. Em geral,
resistem à umidade e altas temperaturas e podem ser texturizados,
lisos, pigmentados, entre outras possibilidades estéticas.
● Polímeros: materiais de procedência natural (borracha,
celulose,goma-laca) sintética ou semi sintética (propileno, nylon,
silicone).Podem ser moldados por diferentes técnicas e procedimentos e
são empregados para a criação de uma grande variedade de produtos
utilizados no design de interiores, como revestimentos, chapas e pisos
plásticos (BROWN, 2014).
● Pedras: as pedras em geral (granito, mármore, basalto etc.) são
materiais naturais, duráveis e de alta resistência, que podem ser
empregados em diversas finalidades e cortados em diferentes
tamanhos e formatos.
● Metais: são materiais fortes e dúcteis e apresentam propriedades
mecânicas variadas de acordo com sua composição. Podem adquirir
vários formatos por meio de diferentes processos e são amplamente
utilizados em produtos, revestimentos e outras aplicações no design de
interiores devido a sua grande funcionalidade.
● Madeira: a madeira se configura como um dos produtos mais utilizados
no mercado de produtos e acabamentos de design de interiores.
Apresenta diferentes opções de cores e texturas e pode ser aplicada em
diferentes soluções projetuais.
Existem, ainda, outros componentes e matérias-primas de materiais de
acabamento frequentemente usados nos projetos de interiores como as fibras
orgânicas (bambu, cortiça, algodão, lã, seda), os produtos de origem animal
(couro, marfim) e os compostos (epóxi, fibra de vidro), entre outros (BROWN,
2014).
Revestimentos Cerâmicos, Azulejos e Porcelanatos
Os acabamentos cerâmicos podem ser definidos como placas compostas,
principalmente, de argila e outros materiais inorgânicos que sofrem um
processo de queima controlada e são incombustíveis. Esses materiais são
utilizados para revestimentos de pisos e paredes (ANFACER, 2016).
Os azulejos são peças cerâmicas de revestimento vidradas em uma das faces.
São fabricados em grande variedade de cores e dimensões, com superfícies
brilhantes ou acetinadas e padrões lisos ou com relevo.
As placas cerâmicas são classificadas, de acordo com as normas técnicas
vigentes, quanto a vários critérios. Quanto ao seu processo de fabricação
podem ser conformadas por extrusão, prensagem ou outros processos.
Podem receber acabamento esmaltado ou não, o que influencia na sua
função impermeabilizante. As placas são classificadas quanto à sua absorção
de água, divididos em cinco grupos de absorção que variam de 0% a valores
superiores de 10%. Os valores de absorção de água estão relacionados com a
porosidade e densificação do material, e são fundamentais para a
determinação de seu local de uso (ANFACER, 2016).
A resistência à abrasão é outro critério importante na especificação de peças
cerâmicas, e representa a oposição ao desgaste superficial das placas.
Aplicadas às placas cerâmicas esmaltadas, apresentam uma classificação
conhecida como escala PEI e são exclusivas para o sistema de piso. A
classificação PEI possui uma escala entre 0 e 5, e descreve a resistência do
desgaste superficial do esmalte da placa cerâmica. São classificados ainda
pelas normas técnicas critérios de resistência ao manchamento, resistência
ao ataque de agentes químicos e aspecto superficial (ABNT,1997b).
Os revestimentos em porcelanato consistem em placas compostas em grande
parte por minerais rochosos nobres, queimados em altas temperaturas. O
porcelanato se caracteriza por ser um revestimento cerâmico mais
impermeável, com baixo nível de absorção de umidade e alta resistência
mecânica. Os porcelanatos podem ser divididos em duas categorias:
● Porcelanato técnico: não apresenta finalização com esmalte. São
indicados para áreas de tráfego intenso, por serem mais resistentes.
● Porcelanato esmaltado: recebe uma camada de esmalte, dessa maneira
o índice PEI é aplicado para sua classificação. O acabamento de borda
pode ser convencionalou retificado e seu acabamento de superfície
pode ser polido ou natural.
A seguir, estão algumas normas sobre materiais de revestimento para a
utilização no desenvolvimento e especificação de projeto:
1. ABNT NBR 13816/1997: Placas cerâmicas para revestimento
–Terminologia;
2. ABNT NBR 13817/1997: Placas cerâmicas para revestimento
–Classificação;
3. ABNT NBR 15463/2013: Placas cerâmicas para revestimento –
Porcelanato;
4. ABNT NBR 14081-1/2012: Argamassa colante industrializada para
assentamento de placas cerâmicas - Requisitos.

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