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1 37 Faculdade Santíssima Trindade Curso de Direito ART. 59 DA CF/88 Luciene Santos da Silva Luiz Flávio Nazaré da Mata 2020 Luciene Santos Introdução ao Estudo de Direito Trabalho apresentado ao prof° Luiz Flávio da disciplina Introdução ao Estudo de Direito como requisito parcial para obtenção da média semestral . Nazaré da Mata 2020 1 RESUMO Esse trabalho apresenta a elaboração das espécies normativas do art. 59 da Constitucionais resultantes do processos legislativo brasileiro Palavras-chave: ART 59 CF, Constituição Federal, Processo Legislativo SUMÁRIO 1. Introdução 3 2. Desenvolvimento 4 2.1 Emendas constitucionais 4 2.2 Leis complementares 5 2.3 Leis Delegadas 5 2.4 Médidas Provisórias 6 2.5 Decretos Legislativos 6 2.6 Resoluções 7 3 Conclusão 8 4 Referências Bibliográficas 9 1. Introdução O presente trabalho apresentará o processo legislativo brasileiro e o que se compreende pela sua elaboração como emendas, leis ordinárias, leis complementares, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. 2. Desenvolvimento O processo legislativo é o conjunto de atos, que engloba a iniciativa, emenda, votação, sanção, veto, realizados pelos órgãos legislativos visando à formação das normas previstas no art. 59 da Constituição Federal, trata-se de uma exigência do Estado de Direito. A não obediência às disposições sobre o processo legislativo constitucionalmente previstas acarretará inconstitucionalidade. O processo legislativo é a sucessão de atos realizados para a produção das leis em geral, cujo conteúdo, forma e sequência obedecem a uma série de regras próprias. As regras de um processo legislativo - regras de âmbito geral relativas a iniciativa, quorum para aprovação, encaminhamento, sanção e veto - são ditadas, em nível federal, por lei fundamental e regulamentadas por leis complementares. Quanto aos detalhes do processo legislativo - os relativos aos trabalhos das comissões, prazos para emendamento e prazo para emissão de pareceres, regras de votação e destaques - cabe aos regimentos internos disciplinar. São normas jurídicas, produzidas de acordo com as regras do processo legislativo: emendas constitucionais, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. No Poder Legislativo, o processo legislativo é "um conjunto de atos preordenados visando à criação de normas de direito. Esses atos são a) iniciativa legislativa; b) emendas; c) votação; d) sanção e veto; e) promulgação e publicação." É, portanto, o conjunto de atos e decisões necessários para a elaboração das leis em geral, definidas pela constituição de um país, especificados conforme o nível de competência normativa. 2.1 Emendas constitucionais Emenda Constitucional é a espécie normativa através da qual o poder constituinte derivado reformador altera o trabalho do poder constituinte originário. A alteração pode ser por acréscimo, modificação ou supressão das normas. Possui iniciativa privativa e concorrente (art. 60, I, II e III). Assim a Constituição Federal só pode ser emendada mediante proposta de um terço, mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; do Presidente da República e de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. A proposta de emenda será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros (art. 60, § 2º). A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem (art. 60, §3º) A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa (art. 60, § 5º). Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir a forma federativa de Estado; o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação dos Poderes e os direitos e garantias individuais (art. 60,§4º). A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio (art. 60, §1º). 2.2 Leis complementares A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição (art. 61). A matéria que deve ser regulada por lei complementar está prevista taxativamente na Constituição. Assim, sempre que o constituinte quiser que determinada matéria seja regulamentada por lei complementar, ele disporá abertamente. A matéria das leis ordinárias é considerada residual. Assim, o que não for regulamentado por lei complementar, decreto legislativo (ar. 49) e resoluções (arts. 51 a 52), o será por lei ordinária. O quorum de votação para lei complementar é de maioria absoluta (art. 69). O quorum de votação para lei ordinária é de maioria simples (art. 47). Deve ser ressaltado que tanto para votação da lei complementar quanto da lei ordinária o quorum de instalação da sessão é de pelo menos 51 (maioria absoluta). 2.3 Leis Delegadas A lei delegada, como o próprio nome diz, trata-se de uma delegação do Poder Legislativo ao Executivo (art. 68). Assim, a lei delegada será elaborada pelo Presidente da República após prévia solicitação ao Congresso Nacional que, através de resolução, delimita o conteúdo e os termos de exercício (art. 68, 2º). No §1º e incisos, do art. 68 a Constituição veda a delegação de : (i) atos de competência exclusiva do Congresso Nacional; (ii) de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; (iii) a matéria reservada à lei complementar e (iv) a legislação sobre organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros, nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais e III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 2.4 Medidas Provisórias A medida provisória é espécie normativa editada pelo Presidente da República, mas que deve ser submetida de imediato ao Congresso Nacional. Possui força de lei e só pode ser editadas nos casos de urgência e relevância (art. 62). A medida provisória é um ato unilateral do Presidente da República (art. 84, XXVI, CF). Ela nasce apenas pela manifestação exclusiva do Chefe do Executivo, com a publicação no DOU. Tem prazo de vigência de 60 dias, prorrogável apenas uma vez por igual período (art. 62, §3º). Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas (art. 62, § 11). As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados (art. 62, §8º), cabendo à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional (art. 62, § 9º) É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo (art. 62, § 10). Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto (art. 62, §12). 2.5 Decretos Legislativos O decreto legislativo é o instrumento normativo que regulamenta as matérias do art. 49 da Constituição Federal. Além dessas matérias, o Congresso Nacional deverá regulamentar também os efeitos decorrentesda medida provisória não convertida em lei (art. 62, § 3º). O decreto legislativo não existe a sanção do Presidente (art. 48). 2.6 Resoluções Por fim, as resoluções regulamentam as matérias de competência privativa da Câmara dos Deputados (art. 51) e do Senado Federal (art. 52). A tramitação é determinada pelos regimentos internos das respectivas casas legislativas, de forma que a única hipótese de previsão constitucional expressa está no art. 68, § 2º , no qual prevê a forma de resolução do Congresso Nacional para a edição de leis delegadas pelo Presidente. Assim, como o decreto legislativo, as resoluções não precisam de sanção do Presidente da República. 3 Conclusão Concluímos que o processo legislativo resulta da exigência de um Estado de Direito na medida em permite o exercício da função estatal precípua do Poder Legislativo: elaboração da legislação através das espécies normativas previstas no art. 59 da Constituição Federal. 4 Referências Bibliográficas Processo legislativo, disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Processo_legislativo#:~:text=Processo%20legislativo%20%C3%A9%20o%20conjunto,artigo%2059%20da%20Constitui%C3%A7%C3%A3o%20Federal. https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/42559/as-especies-normativas-do-art-59-da-constituicao-federal
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