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O GATO NA INTERNAÇÃO 2

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10/03/19	
1	
Manejo do paciente 
felino hospitalizado 
Profa Tathiana Mourão dos Anjos, DSc MSc DVM 
Mia Vida Medicina Felina 
 
Internar ou não ? Eis a questão ... 
 
  Sempre que possível, é melhor não internar gatos. 
  Por que ? Será ? 
 
  Fora de seu ambiente à ruptura social e ausência de 
sentido de controle à medo e estresse. 
  Qual a melhor solução então ? Não internar ? E se 
realmente o gato necessitar ? 
 
 
 
Claro que vamos internar ! 
A questão é … como fazer da melhor forma ? 
 
Internar ou não ? Eis a questão ... 
 
Não é incomum que não comam ou eliminem nas 1as 
24 hs após a chegada à ficha de evolução é 
imprescindível. 
 
  Quanto mais tempo um gato permanece internado: 
Ansiedade + estresse crônico à se ambiente não é 
amigável. 
Ajustes no ambiente clínico e na relação com o paciente 
à efeito calmante. 
 
 
Os 5 pilares para um ambiente saudável 
 
 
As cinco liberdades para o bem estar 
 
Principais aspectos que influenciam qualidade de vida: 
  1 - Livre de desconforto. 
  2 - Livre de medo e estresse. 
  3 - Livre para expressar seu comportamento natural. 
 
  4 - Livre de sede, fome e má nutrição. 
  5 - Livre de dor e doença. 
 
(Farm Animal Welfare Council UK, 1993) 
Estado de um animal, em relação a sua capacidade 
de lidar com o ambiente (Fraser e Broom, 1993) 
 
 
Livre de desconforto, medo e estresse 
 
  Gatos hospitalizados frequentemente se retraem, ficam 
inativos à conceito errôneo que não há estresse. 
  Estresse da hospitalização inibe comportamentos 
normais fisiológicos. 
  Consumo de alimento e água, defecação e micção, 
auto-limpeza e sono. 
  Gatos idosos, geriátricos e/ou mal socializados à 
sofrem mais. 
10/03/19	
2	
 
Livre de desconforto, medo e estresse 
 
  Ambiente ideal: 
  Tranquilo, silencioso. 
 
  Gatis individuais e em áreas distintas de canis. 
  Ausência de contato visual, sonoro e olfativo com 
outros animais. 
  Gatis em apenas um lado da sala minimiza 
visualização e risco de transmissão de doenças 
respiratórias (isolamento). 
 
 
Livre de desconforto, medo e estresse 
 
  Isolamento. Espirro do gato chega a distância de 60 cm. 
 
Livre de desconforto, medo e estresse 
 
  Pensar nas necessidades do gato e da equipe veterinária. 
  Não gostam de ser colocados muito próximos de gatos 
estranhos. 
  Demonstração de agressão física. 
  Estresse pela impossibilidade de ataque e de fuga. 
  Contato visual deve ser evitado. 
 
Livre de desconforto, medo e estresse 
 
  Projetado para que o gato possa ser observado 
calmamente e sem invasividade. 
  Impedir a visualização em caso de medo ou estresse. 
 
 
Livre de desconforto, medo e estresse 
 
  Fácil limpeza e higienização à sem cantos ou juntas. 
 
  Mínima vibração, barulho. 
  Prova de fuga. 
  Controle de temperatura. 
 
10/03/19	
3	
 
Livre de desconforto, medo e estresse 
 
Tonalidades na faixa de amarelo suave a violeta, evitar 
laranja e vermelho. 
  Cores mais claras em áreas mais escuras faz com que os 
gatos se sintam mais à vontade (Lewis, 2015). 
 
Livre de desconforto, medo e estresse 
 
  Música de fundo pode acalmar gatos especialmente em 
áreas mistas. 
 
 
Livre de desconforto, medo e estresse 
 
  Altura do gatil deve ser segura para quem manipula o 
gato. 
  Difusores feromônios à auxiliam diminuição do 
estresse, maior interesse por alimento e auto-limpeza. 
 
Livre de desconforto, medo e estresse 
 
  Tamanho do gatil = conforto (Cannon e Hijfte, 2006). 
 
Sugestão de tamanho mínimo de gatis 
Internação “Day care” Estadia longa 
Altura 61,00 cm 70,00 cm 
Largura 61,00 cm 100,00 cm 
Comprimento 76,20 cm 100,00 cm 
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Livre para expressar seu comportamento 
natural 
 
  Muitos gatos respondem aos estímulos humanos. 
  Gastar tempo para brincar, para acariciar e preparar o 
gato auxilia no relaxamento e comportamento geral. 
  Gatos ferais ou pouco socializados se estressam muito 
facilmente em qualquer tipo de internação. 
  Gabapentina / amitriptilina auxiliam bastante. 
10/03/19	
9	
 
Livre de sede, fome e má nutrição 
 
Acesso a comida e água na quantidade, qualidade e 
frequência ideais à dieta inadequada à distúrbios 
metabólicos e desidratação. 
  Gatos são carnívoros verdadeiros!!! 
  10 a 20 refeições. Textura sólida, úmida e temperatura 
corporal (38oC). Aromas acentuados. 
 
Prioriza metabolicamente fontes de energia: 
Alto nível 
Proteína 
Moderado nível 
Gordura 
Baixo nível 
Carboidrato 
 
Livre de sede, fome e má nutrição 
 
Glicose à apenas hipoglicemia ou hipercalemia !!!! 
  NADA DE SUPLEMENTOS COM GLICOSE!!!!! 
Sem proteína e gordura na dieta à catabolismo 
muscular/ tecidual à LIPIDOSE HEPÁTICA !!!! 
  Respeitar quantidade mínima de Kcal diárias 
necessárias. 
 REQUERIMENTO ENERGÉTICO BASAL (REB) FELINO (KCAL) DIÁRIO 
Felino < 2 kg 70 x Peso (kg) + 70 
Felino > 2 kg 30 x Peso (kg) + 70 
Para ganho de peso à REB x 1,2 
 
Livre de sede, fome e má nutrição 
 
  “Gato internado emagrece mesmo”…à NÃO!!!!!!!!!!!!!!! 
 
  Gato bem manejado mantém ou ganha peso. 
  “Vou dar alta pra ver se ele come em casa, internado 
está muito estressado”.... à NÃO!!!!!!!!!!!!!!! 
 
  Está internado justamente porque não se alimenta 
em casa. 
  Está comendo alguns grãozinhos ...... à NÃO!!!!!!!!!!!!!!! 
  Tem que comer REB. 
 
 
 
Livre de sede, fome e má nutrição 
 
  Sob estresse recusam alimentos à aversão. 
Dietas hipercalóricas à cuidado com síndrome de 
realimentação. 
  Fracionar total em várias refeições à dia 1 (25%), dia 2 
(50%), dia 3 (75%), dia 4 (100%). 
  Alimento morno!!! 
  Capacidade gástrica (45 a 90 ml) à 30 ml/x. 
  Esvaziamento gástrico (1 a 4 hs). 
 
 
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10	
 
Livre de sede, fome e má nutrição 
 
 
Sonda Nasoesofágica Sonda Esofágica 
 < 7 dias > 7 dias (semanas a meses) 
Pouca tolerância Boa tolerância 
Cuidado com pacientes dispneicos Não interfere com ingestão voluntária 
Até 7º ao 9º EIC à não pode tocar no cárdia à dor, náusea e vômito 
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11	
 
Livre de sede, fome e má nutrição 
 
Consumo hídrico à consumo de presas. 
  40 a 50 ml/kg/dia. 
 
 Presa Dieta seca Dieta úmida 
 (74-78%) (9-12%) (60-84%) 
 
Livre de dor e doença 
 
Sinais podem ser sutis. 
 Sinais associados a dor e desconforto 
Comportamentais Clínicos 
Menor ingestão alimentar Midríase 
Proteção/lambedura da área acometida Hiperglicemia 
Vocalização Taquicardia 
Insônia / Inquietação Taquipneia 
Menor interação social Hipertensão arterial 
Medo / agressividade Vasoconstrição periférica 
Diminuição da atividade Redução do peristaltismo 
(Bistner al., 2002) 
 
Livre de dor e doença 
 
Dor e/ou náusea à extremamente desconfortáveis. 
Não tem certeza à MEDICA !!! 
 
Analgésicos 
Dipirona 25 mg/kg/VO/SC/IV lento/SID 
Gabapentina 3 a 5 mg/kg/VO/BID 
Metadona 0,1 a 0,3 mg/kg/VO/SC/SID a TID 
Tramadol 1 a 2 mg/kg/VO/SC/BID 
Antieméticos 
Ondansetrona 0,5 a 1,0 mg/kg/VO/SC/IV lento/BID a QUID 
Maropitant 1,0 mg/kg/SC/IV lento/SID 
2,0 mg/kg/VO/SID 
 
Livre de dor e doença 
 
  Dosagem exata e apresentação de acordo com a 
necessidade individual à manipulação. 
 
Pesar sempre antes de medicar para fazer ajustes 
necessários. 
Conhecer as particularidades terapêuticas, fisiológicas e 
farmacológicas da espécie. 
Cálculos de fluidoterapia (manutenção) e fármacos à 
considerar hipoalbuminemia, cardiopatia, nefropatia, 
hepatopatia. 
Gato de 3 kg 
Volume sanguíneo 6 a 7 % PV 
180 a 210 ml 
Cão de 3 kg kg 
Volume sanguíneo 8 a 9 % PV 
240 a 270 ml 
Gato e Cão de 3 kg 
# Volume sanguíneo = 60 ml 
Reposição volêmica diferente !!!! 
 
Livre de dor e doença 
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12	
 
Livre de dor e doença 
 
Evitar super-hidratação: 
  Taquicardia. 
  Taquipneia. 
  Efusão. 
  Fraqueza muscular.Hemodiluição. 
  Albumina, HT. 
 
 
 
Livre de dor e doença 
 
Usar bulários para gatos. 
  The Cat: Clinical Medicine and Management, 1st ed., 
2012: 
 
  The Feline Patient, 4th ed., 2011: 
 
 
Livre de dor e doença 
 
  Escolher forma de apresentação correta. 
  Salivam profusamente quando não apreciam o gosto do 
medicamento. 
 
Livre de dor e doença 
Classificação Idade Parâmetro vital Filhote Adulto 
Filhote < 6 meses T (°C) 37,5 - 38,0 38,0 - 39,2 
Junior 7 meses - 2 anos FC (bpm) 180 - 220 140 - 200 
Adulto 3 anos - 7 anos FR (mpm) 15 - 35 15 - 25 
Maduro 7 anos -10 anos PAS (mmHg) 100 - 160 100 - 160 
Senior 11 anos - 14 anos PAM (mmHg) 70 - 120 70 - 120 
Geriátrico > 15 anos PAD (mmHg) 50 - 90 50 - 90 
(Modificado de Anjos, T.M., 2014) 
 
Considerações 
 
Faça com que o gato se sinta seguro no ambiente 
clínico/hospitalar e em casa após a alta. 
  Minimize o estresse durante o tratamento na clínica e em 
casa. 
Contribua para a recuperação bem-sucedida de uma 
doença, cirurgia ou outra condição. 
  O COMPORTAMENTO DO GATO É PRODUTO 
DO MEIO EM QUE SE ENCONTRA !!!!!! 
10/03/19	
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Obrigada pela atenção! 
 
Dúvidas?

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