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Prévia do material em texto

Conforto Ambiental
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Ana Cristina Gentile Ferreira
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Arquitetura Bioclimática e Exemplos de Aplicação
• Arquitetura Bioclimática;
• Arquitetura Bioclimática.
• Conhecer a Arquitetura bioclimática como desenho dos edifícios, considerando as 
condições climáticas e utilizando recursos disponíveis na natureza (Sol, vegetação, 
chuva, vento);
• Analisar Projetos de Arquitetura e Design de Interiores com aplicação dos conceitos 
como soluções de Projeto.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Arquitetura Bioclimática
e Exemplos de Aplicação
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Arquitetura Bioclimática e Exemplos de Aplicação
Arquitetura Bioclimática
Importante!
Arquitetura bioclimática é o desenho dos edifícios considerando as condições climáticas, 
utilizando recursos disponíveis na natureza (Sol, vegetação, chuva, vento). É uma ferra-
menta importante para diminuir os impactos ambientais e reduzir o consumo energético.
Importante!
O profissional de Projeto, os Arquitetos e os Designers devem ter como objetivo 
atender tanto as condições de conforto do usuário como a eficiência da edificação. 
Para isso, entender as condições do clima e relacioná-las aos materiais escolhidos 
nos Projetos de interiores é essencial para o profissional e para o usuário.
O primeiro trabalho registrado de cartas bioclimáticas data da década de 1960, 
pelos irmãos Olgyay, na publicação “Design with climate: bioclimatic approach 
to architectural regionalism”.
“As cartas bioclimáticas são representações gráficas da relação entre clima e 
conforto térmico. Tais métodos passaram a ser desenvolvidos visando a interligar 
de forma visual, variáveis como: condições climáticas, padrões fisiológicos de con-
forto térmico e estratégicas de Projeto” (FERNANDES, p. 42).
A figura a seguir representa a Carta Climática de Olgyay e está relacionada à 
temperatura do ar e à umidade relativa.
Analisando os valores dessas variáveis para os principais períodos do ano climá-
tico de cada localidade, o profissional poderá ter indicações fundamentais sobre a 
estratégia a ser adotada no Projeto.
Figura 1
Fonte: LAMBERTS, 2014
8
9
Carta Bioclimática Aplicada no Brasil
No Brasil, o trabalho mais utilizado para discutir a Carta Climática no Brasil foi 
desenvolvido por Givoni, em 1992, a partir de uma adaptação da Carta criada 
por Olgyay:
[...] Givoni (1992) explica que o conforto térmico interno em edifícios não 
condicionados depende muito da variação do clima externo e da experi-
ência de uso dos habitantes. Pessoas que moram em edifícios sem condi-
cionamento e naturalmente ventilados, usualmente aceitam uma grande 
variação de temperatura e velocidade do ar como situação bioclimática 
adequada para os países em desenvolvimento (LAMBERTS, 2014, p. 84).
Baseada nas temperaturas internas e considerando as demais variáveis, a Carta Cli-
mática é dividida por Zonas de Conforto. 
Na Tabela a seguir, desenvolvida pelo estudo Comparação entre necessidade 
e disponibilidade de vento e radiação solar para fins de análise bioclimática de 
edificações em Florianópolis, os autores Carolina Cannella Peña, Enedir Ghisi 
e Cláudia Donald Pereira (PEÑA; GHISI; PEREIRA, 2014, p. 89) fizeram uma 
releitura das principais estratégias bioclimáticas para cada Zona de Conforto es-
tudadas por Givoni.
Tabela 1 – Estratégias indicadas na carta bioclimática de Givoni
Nº Zonas Estratégias bioclimáticas
1 Zona de conforto Há grande probabilidade de sensação de conforto térmico no ambiente.
2 Zona de ventilação Recomenda-se o uso de ventilação para melhorar a sensação térmica (ventilação de cobertura, cruzada, captadores de vento, etc.).
3 Zona de resfriamento evaporativo
Recomenda-se o uso de evaporação de água para reduzir a temperatura 
e aumentar a umidade relativa do ambiente (uso de vegetação e fontes 
de água.)
4 Zona de massa térmica para resfriamento Recomenda-se o uso da inércia térmica da edificação para diminuir a amplitude da temperatura interior em relação à exterior, evitando os picos.
5 Zona de ar condicionado
Recomenda-se o uso de aparelhos de ar condicionado para climatização 
dos ambientes, pois os sistemas passivos de resfriamento podem não ser 
suficientes para melhorar as condições de conforto. 
6 Zona de umidificação Recomenda-se a umidificação do ar para melhorar a sensação de conforto.
7 Zona de massa térmica para aquecimento Recomenda-se o uso de massa térmica junto ao aquecimento solar passico ou o aquecimento solar passivo com o isolamento térmico.
8 Zona de aquecimento solar passivo Recomenda-se a incorporação de elementos ao projeto que permitam a máxima captação do sol no período frio.
9 Zona de aquecimento artificial
Recomenda-se o uso de aquecimento artificial para climatização dos 
ambientes, pois o aquecimento solar passivo pode não ser suficiente para 
melhorar as condições de conforto.
Fonte: Lamberts et al. (1997)
9
UNIDADE Arquitetura Bioclimática e Exemplos de Aplicação
Importante!
Para entendermos quais as opções de Projetos e escolha de materiais adequados, faz-se 
necessário conhecer as principais características de cada Zona de Conforto. 
Importante!
O diagrama a seguir descreve a divisão dos tipos de Zonas climáticas.
Figura 2 – Carta climática adotada no Brasil
Fonte: LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 2014
A seguir, veremos as principais características dos seguintes tipos de Zonas:
1. Zona de conforto;
2. Zona de ventilação natural;
3. Zona de ar condicionado;
4. Zona de inércia térmica para resfriamento;
5. Zona de umidificação;
6. Zona de resfriamento evaporativo;
7. Zona de inércia térmica para aquecimento;
8. Zona de aquecimento solar;
9. Zona de aquecimento artificial.
Tipos de Zonas
Zona de Conforto
A Área de Conforto, localizada próxima ao centro do diagrama, é caracterizada 
por maior probabilidade de sensação de conforto térmico em seu interior. 
Os dados de temperatura e umidade relativa são os que mais se aproximam da 
sensação de conforto do corpo humano: temperatura variando entre 18oC e 29oC 
e umidade relativa entre 20% e 80%; portanto, são as edificações com soluções 
mais apropriadasem relação à localização e ao clima.
10
11
Zona de Ventilação Natural
Nessa Área, o princípio bioclimático irá acontecer por meio do resfriamento 
natural do ambiente, pela mudança do ar quente para o ar frio, ou seja, substituição 
entre o ar interno da edificação, aproveitando o ar fresco presente do exterior do 
edifício como resfriador da temperatura interna.
Normalmente, os edifícios estão localizados em locais de clima quente e úmido, com 
temperaturas internas maiores que 29oC e umidade relativa do ar superior a 80%. 
A ventilação cruzada se apresenta como eficiente alternativa para melhorar a 
sensação de conforto, assim com a ventilação pela cobertura:
No clima quente e úmido, a ventilação cruzada é a estratégia mais simples 
a ser a adotada, porém fazendo com que a temperatura interior acompa-
nhe a variação da temperatura exterior (...) Em todos os casos, os espaços 
exteriores devem ser amplos, evitando barreiras edificadas para favorecer 
a boa distribuição do ar (LAMBERTS, 2014, p. 87).
A seguir, observe exemplos de tipos de aberturas capazes de auxiliar a ventilação 
por meio da removação do ar quente interno pelo ar frio externo.
Figura 3 – Exemplos de ventilação
Fonte: LAMBERTS, 2014
A foto a seguir mostra um tipo de cobertura com aberturas reguláveis de vidro, 
permitindo o controle de iluminação e ventilação natural.
Casa Onda – Rio de Janeiro: https://goo.gl/sNQUKj
Ex
pl
or
As fotos a seguir mostram exemplos de ventilação cruzada plana, que acontece 
por meio do uso de aberturas como portas de venezianas, que permitem a ventila-
ção natural constante.
11
UNIDADE Arquitetura Bioclimática e Exemplos de Aplicação
Casa Macana – Colômbia: https://goo.gl/zDzDVJ e https://goo.gl/F9TZdL
Ex
pl
or
Zona de Ar Condicionado
De fácil entendimento, a Zona de ar condicionado é caracterizada por regiões 
em que o resfriamento e a ventilação naturais não se mostram eficazes; portanto, 
o resfriamento artificial deve ser aplicado.
Em algumas regiões, o clima pode ser muito severo, ultrapassando os 
limites de temperatura e umidade relativa que tornam possível a aplica-
ção de algum sistema passivo para resfriamento. Nestes casos, quando a 
temperatura de bulbo seco for maior que 44oC e a do bulbo úmido for 
superior a 24oC, recomenda-se o uso de aparelhos de ar condicionado 
para climatização (LAMBERTS, 2014, p. 90).
Figura 4
Fonte: Acervo do Conteudista 
Atualmente, os novos edifícios já têm em seus Projetos “Áreas Técnicas”, espa-
ços já definidos no momento do Projeto, para que os aparelhos de ar condicionado 
façam parte da composição do Projeto das fachadas dos prédios:
Em apartamentos novos, os elementos para a instalação do ar-condicio-
nado costumam vir prontos: tubulação, pontos de dreno e de energia 
elétrica, além da chamada varanda técnica, uma espécie de laje externa 
para abrigar a condensadora (MEDEIROS; RAITZIK; CANATO; VENE-
RANDO, Casa Cláudia, 2013).
12
13
Exemplo de projeto com Área/Varanda Técnica: https://goo.gl/E3t992
Ex
pl
or
Figura 5 – Fachada com área técnica
Fonte: Acervo do Conteudista
Zona de Inércia Térmica para Resfriamento
A Zona de Inércia Térmica para Resfriamento é aquela em que o calor armaze-
nado durante o dia é devolvido ao ambiente à noite, período em que as temperatu-
ras externas diminuem, para gerar o conforto térmico dessas edificações por meio 
de elementos construtivos que deverão auxiliar a diminuição da temperatura, por 
exemplo, solo e sombra.
As aplicações de soluções nos Projetos das edificações são várias, como o uso 
de água, a utilização de vegetação em paredes e tetos e a posição e os tipos de 
aberturas para melhoria de ventilação, entre outras:
A inércia térmica total da edificação depende das características do enve-
lope (do tipo de piso, parede e cobertura) que devem ser compostos por 
materiais geralmente densos, de elevada capacidade térmica. Além dela, 
a admitância térmica do material vai influenciar na sua capacidade de ab-
sorver e armazenar calor. Um material de alta admitância térmica absorve 
e libera o calor rapidamente.
(PROJETEEE – Disponível em: http://projeteee.mma.gov.br/estrategia)
A seguir, as figuras mostram diferentes alternativas de Projeto que podem ser 
utilizadas nas edificações.
13
UNIDADE Arquitetura Bioclimática e Exemplos de Aplicação
 
Figura 6
Fonte: Adaptado de LAMBERTS, 2014
Zona de Umidificação
Está localizada onde a umidade relativa do ar é muito baixa e a temperatura é 
inferior a 27oC. O tempo seco causa desconfortos devido à secura do ar, que pode 
produzir efeito evaporativo indesejável. Umidade relativa a seguir de 20o deve re-
correr a artifícios de umidificação para melhorar a sensação de conforto, por meio 
da utilização de recipientes com água.
A umidificação dos ambientes através de soluções arquitetônicas, como a utiliza-
ção de torres e a presença de água, são comuns em países de clima seco. 
As figuras a seguir mostram soluções historicamente utilizadas em países como 
Egito e Arábia Saudita.
14
15
Ventos dominantes
Sesção da chaminé
1.0X0.6m
Ânforas porosas
com água
Grade com carvão
Tanque
Espessura da paredes
e tectos aprox. 0.40m
Figura 7
O uso de piscinas e espelhos d’água nas edificações também são soluções biocli-
máticas importantes para umidificar os ambientes.
As fotos a seguir são exemplos de tais soluções e apresentam espelho d’água 
como solução em edifícios de Brasília, utilizados para auxiliar no tempo seco 
da cidade.
Museu Nacional de Brasília: https://goo.gl/xdxccg
Ex
pl
or
Catedral de Brasília: https://goo.gl/xDoxAP
Ex
pl
or
Figura 8 – Arquitetura e Design de Interiores
Fonte: Acervo do Conteudista
15
UNIDADE Arquitetura Bioclimática e Exemplos de Aplicação
Zona de Resfriamento Evaporativo
A principal característica da Zona de Resfriamento Evaporativo é a redução da 
temperatura e o aumento da umidade de um ambiente.
É importante registrar que ao aumentar a umidade de um ambiente, é essencial 
a presença de boa ventilação, para afastar o acúmulo de vapor de água e, assim, 
evitar patologias e problemas, como a presença de fungos e de mofos que, normal-
mente, estão presentes em locais úmidos e mal ventilados.
As figuras mostram exemplos de resfriamento evaporativo, seja pela presença 
de água e de vapores, seja pela vegetação.
O resfriamento pode acontecer de forma direta e indireta, e com diferentes so-
luções aplicadas ao Projeto.
Figura 9 – Exemplos de resfriamento evaporativo
Fonte: LAMBERTS, 2014
Figura 10 – Exemplos de resfriamento indireto, através da cobertura
Fonte: Acervo do Conteudista
Figura 11 – Exemplos de resfriamento direto com microaspersão de água no ar
Fonte: Acervo do Conteudista
16
17
Figura 12 – Exemplo do sistema de funcionamento de climatização evaporativa
Figura 13 – Exemplo de resfriamento evaporativo a partir da presença de vegetação
Fonte: BATISTA; LAMBERTS, 2007
Zona de Inércia Térmica para Aquecimento
As Áreas de Zona de Inércia Térmica para Aquecimento têm temperaturas que 
variam entre 14oC e 20oC; portanto, faz-se necessário o aquecimento solar passivo 
com isolamento térmico.
A massa térmica com ganho solar pode compensar as baixas temperaturas pelo 
armazenamento do calor solar, que fica retido nas paredes da edificação, e pode 
ser devolvido ao interior nos horários mais frios; geralmente, à noite.
As figuras a seguir mostram alguns tipos de ganho de calor. No primeiro caso, 
temos o ganho de grandes aberturas, seja por meio de janelas, seja por paredes 
transparentes, com aplicação de tijolos de vidro e fechamentos com bandeira fixa, 
entre outros. 
Além de aberturas de coberturas, chamadas zenitais, domos e clarabóias tam-
bém são soluções que devem ser aplicadas.
A existência de paredes de acumulação, ou seja, paredes que absorvem o calor so-
lar aquecendo o ambiente interno, e a presença de jardim de inverno como ambiente 
que também funciona como acumulador de calor são outros exemplos de solução.
17
UNIDADE Arquitetura Bioclimáticae Exemplos de Aplicação
Em todos os casos, a transparência do material permitirá aquecer os ambientes 
com o chamado “efeito estufa”, ou seja, a forte incidência do Sol somada à trans-
parência das aberturas resultará no aquecimento dos ambientes. 
Figura 14
Fonte: LAMBERTS, 1997
Zona de Aquecimento Solar
Caracterizada por baixas temperaturas, entre 10,5oC e 14oC, são locais que 
necessitam de aquecimento solar passivo e isolamento térmico do edifício, como 
superfícies envidraçadas orientadas para o Sol e aberturas zenitais controladas.
O aquecimento solar passivo pode ser feito utilizando diversas técnicas no Pro-
jeto arquitetônico:
O aquecimento solar passivo deve ser adotado para os casos com baixa tempe-
ratura do ar. Recomenda-se que a edificação tenha superfícies envidraçadas orien-
tadas para o sol e aberturas reduzidas nas fachadas que não recebem insolação 
para evitar perdas de calor. Esta estratégia pode ser conseguida através de orienta-
ção adequada da edificação e de cores que maximizem os ganhos de calor, através 
de aberturas zenitais, de coletores de calor colocados no telhado e de isolamento 
para reduzir perdas térmicas (LAMBERTS, 1997, p. 110).
18
19
Exemplos de aquecimento solar passivo: https://goo.gl/qRS9Qw
Ex
pl
or
Zona de Aquecimento Artificial
A Zona de Aquecimento Artificial ocorre em locais com temperaturas a seguir de 
10,5oC, ou seja, de extremo frio e, portanto, o aquecimento solar não é suficiente. 
Nesses casos, o aquecimento artificial é necessário, pois as demais alternativas 
não se mostram suficientemente eficientes para aquecer os ambientes.
Além do uso dos tradicionais aquecedores e ladeiras, atualmente, é possível uti-
lizar aquecedores de pisos para melhorar o conforto interno dos ambientes. 
As figuras a seguir mostram alguns exemplos de como aquecer os ambientes:
Exemplo de aquecedor de piso: https://goo.gl/zRGvX3
Ex
pl
or
Figura 15 – Exemplo de aquecedor
Fonte: iStock/Getty Images
Figura 16 – Exemplo de lareira
Fonte: iStock/Getty Images
19
UNIDADE Arquitetura Bioclimática e Exemplos de Aplicação
Arquitetura Bioclimática
Importante!
Para finalizar a Unidade, devemos falar de Arquitetura bioclimática. Baseada em todos 
os conceitos teóricos citados durante o texto, a Arquitetura bioclimática irá aplicar so-
luções de Arquitetura e Design de Interiores, visando a um maior conforto do usuário, 
respeitando as variáveis climáticas e de localização.
Importante!
Na Arquitetura Bioclimática
[...] o principal aspecto é a relação com os fatores climáticos e com o 
que a natureza oferece de maneira gratuita e genuína, de acordo com a 
localização geográfica. A ideia é que respeitar e agregar esses elementos 
à construção garante mais conforto para as pessoas (ARCHTRENDS 
PORTOBELLO, 2017).
As aplicações quanto à Arquitetura bioclimática pode ser observada nos materiais 
escolhidos, nos isolamentos provenientes da escolha desses materiais, nas abertu-
ras que controlam a ventilação, nos tipos de ventilação, na incidência de radiação e 
nas formas de utilização e aproveitamento da radiação solar e do controle de aber-
turas, entre outras estratégias.
No exemplo a seguir, podemos observar diversas estratégias de Projeto, como 
posição de aberturas para aproveitar a ventilação e a iluminação naturais, umidifi-
cação dos ambientes por meio do uso de água e vegetação, aberturas na cobertura 
para saída de ar quente e utilização de captadores solares para gerar energia limpa, 
entre outras.
Exemplo dd croqui bioclimático: https://goo.gl/7VbNWv
Ex
pl
or
Uma sequência de algumas soluções utilizadas num Projeto de reforma no Bair-
ro de Jabaquara, em São Paulo, com aplicações bioclimáticas, pode ser observada 
nas fotos a seguir.
20
21
Figura 17
Fonte: Acervo do Conteudista
Para saber alguns materiais que podem auxiliar em soluções ecoefi cientes, baixe o Guia de 
Soluções Ecoefi cientes. Disponível em: https://goo.gl/2Zpj7M.Ex
pl
or
21
UNIDADE Arquitetura Bioclimática e Exemplos de Aplicação
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Laboratório de Eficiência Energética em Edificações – LabEEE
Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima Trindade. Florianópolis, Santa 
Catarina, Brasil. Publicações.
https://goo.gl/Ri6GNw
Guia de Soluções Ecoeficientes
https://goo.gl/2Zpj7M
Projeteee
Projetando Edificações Energeticamente Eficientes. Ministério do Meio Ambiente.
https://goo.gl/KxzTfW
 Vídeos
Título do vídeo
TV Cultura. Reportagem Arquitetura Bioclimática. Vídeo.
https://youtu.be/0wgRfTEnNkY
ARQ. 3. CASA REPORT. Casa Bioclimática, Pedro Santiago. Vídeo
https://youtu.be/pfaC1VGx0Do
22
23
Referências
AMBIENTE CONSTRUÍDO, Porto Alegre, v. 8, n. 4, p. 87-101, out./dez. 2008. 
Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído. 
BITTENCOURT, Leonardo; CÂNDIDO, Christina. Ventilação Natural em Edifi-
cações. Rio de Janeiro: PROCEL EDIFICA, 2010.
FERNANDES, Julia T. Código de Obras e Edificações do DF: inserção de con-
ceitos bioclimáticos, conforto térmico e eficiência. 2009. 249p. (Dissertação de 
Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade de Brasília, Brasília, 2009.
FROTA, A. B. Manual de conforto térmico. São Paulo: Studio Nobel, 2009.
LAMBERTS Roberto. Apostila de Desempenho Térmico das Edificações. Aula 
3 – Arquitetura e Clima. ECV 5161. Florianópolis: UFSC, 2013. Disponível em: 
<http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/disciplinas/Aula-Arquitetura%20
e%20Clima_0.pdf>. Acesso em: 7 jun. 2018.
LAMBERTS, R., DUTRA, L., PEREIRA, F. Eficiência Energética na Arquitetu-
ra. 3.ed. Brasília: ELETROBRAS/PROCEL/Ministério de Minas e Energia, 2014.
______. Eficiência Energética na Arquitetura. São Paulo: PW, 1997.
LAMBERTS, Roberto; BATISTA, Juliana Oliveira. Estimativas de Redução da 
Temperatura do Ar: uso do resfriamento evaporativo direto no semi-árido alago-
ano. IX ENCONTRO NACIONAL E V LATINO AMERICANO DE CONFORTO 
NO AMBIENTE CONSTRUÍDO. Ouro Preto, Minas Gerais, 2007.
MEDEIROS, Edson G.; RAITZIK, Simone; CANATO, Olivia (Reportagem Vi-
sual); VENERANDO, Daniela (Texto), Casa Cláudia, 17 jan. 2013. Disponível 
em: <https://casaclaudia.abril.com.br/moveis-acessorios/ar-condicionado-mod-
elos-e-formas-de-instalar/>. Acesso em: 18 jul. 2018.
PEÑA, Carolina Cannella; GHISI, Enedir; PEREIRA, Cláudia Donald. Comparação 
entre necessidade e disponibilidade de vento e radiação solar para fins de análise 
bioclimática de edificações em Florianópolis, Associação Nacional de Tecnologia 
do Ambiente Construído, Porto Alegre, out./dez. 2008
PROJETEEE. Projetando Edificações Energeticamente Eficientes. Ministério 
do Meio Ambiente. Disponível em: <http://projeteee.mma.gov.br/estrategia/>. 
Acesso em: 1 set 2018.
SIMÕES, Fausto. Introdução à Arquitetura Bioclimática. Disponível em: 
<http://www.arquitecologia.org/>. Acesso em: 30 ago. 2018.
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