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Resenha Espírito do Capitalismo

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Universidade Federal de São Carlos
Centro de Educação e Ciências Humanas
Departamento de Ciências Sociais 
Tópicos em Política Contemporânea - Prof. Gabriel Avila Casalecchi
Resenha do capítulo 2, denominado "O "espírito" do capitalismo", presente no livro A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo de Max Weber.
Otávio Macacari 726957
	Neste capítulo, como o próprio nome supõe, Weber tentar caracterizar o que se entende por "espírito" do capitalismo. Logo no princípio o autor tem a preocupação de afirmar que o que será apresentado é apenas um "delineamento provisório", pois é somente no final e durante a exposição dos elementos que o compõem, que serão apresentados no decorrer da obra, que se descobrirá o que forma este "espírito".
	Para dar pontapé a compreensão do tema, o alemão apresenta diversas sentenças, escritas por Benjamin Franklin, e que dão indicações do que é essa "ética" capitalista. O resumo das mesmas fica exposto numa sentença de Kürnberger: "Do gado se faz sebo; das pessoas se faz dinheiro". Há um dever do indivíduo pela riqueza, uma busca pela maximização dos lucros sempre que possível. O dinheiro passa a ser a finalidade da vida humana e não o meio de obtenção de suas necessidades materiais. Esta ideia aparece como um princípio central do "espírito" do capitalismo, a busca por riqueza passa a ser a finalidade última de sua vida.
	Weber critica o materialismo histórico que afirma que essas ideias surgem como reflexo de situações econômicas, para ele na realidade são as próprias ideias que geraram terreno para tais situações. Em Weber, só as condições materiais não gerariam o surgimento do capitalismo, se fosse assim essa forma de mercado teria existido em outros locais do mundo.
	Em diversos momentos o capitalismo teve que enfrentar outras formas de ver o mundo, encabeçadas por um comportamento que pode ser chamado de "tradicionalismo". O alemão usa como exemplo deste comportamento o pensamento que o ser humano não busca como algo natural para si a riqueza. Para ele, o capitalismo que vivemos é reflexo de um longo "processo educativo", que superou tais visões tradicionalistas e fez com que o dever do trabalho e riqueza passasse a ser vocação. Tal processo não está relacionado a um montante maior de capital e sim a presença de um novo ethos, o "espírito" do capitalismo.
	Não se trata somente de uma tendência aos negócios, há um novo modo de comportamento, característico de homens com vocações burguesas, que ao configurar uma nova identidade, romperam com a forma de pensar o dinheiro. Neste processo, o trabalho aparece como vocação e a riqueza se torna indispensável para a vida.

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