Buscar

Nervos cranianos

Prévia do material em texto

Nervos cranianos 1
Nervos cranianos
Created
Property
Tags Unidade 2
Sistema nervoso central
Divisão anatômica: sistema nervoso central e sistema nervoso periférico 
Central: encéfalo e medula espinal → protegidas por tecido ósseo (crânio e 
coluna vertebral)
Encéfalo → cérebro → telencéfalo e diencéfalo 
Tronco encefálico: formado pelo mesencéfalo, ponte e bulbo 
Cerebelo: única que não apresenta subdivisões
Sistema nervoso periférico
Divisão anatômica
Nervos: espinais e cranianos
Gânglios: acúmulos de corpos de neurônios fora do SNC
Terminações nervosas
February 8, 2021 917 AM
Nervos cranianos 2
Divisão funcional
Sistema nervoso somático e sistema nervoso visceral
Somático: relaciona o corpo humano com o meio ambiente 
Visceral: relacionado com o funcionamento de visceras → tecido muscular 
estriado cardiado, tecido muscular liso ou estruturas glandulares
 Possuem componentes aferentes ou eferentes
Somático
Aferente: conduz os impulsos originados em receptores periféricos 
que vão até o SNC, informando-o sobre o que se passa no meio 
ambiente
Eferente: conduz os impulsos correspondentes a respostas do SNC à 
musculatura esquelética → movimento voluntário
Visceral
Aferente: conduz impulsos originados em receptores de visceras e 
leva até o SNC
Eferente: conduz os impulsos originados no SNC em direção às 
visceras, terminando em tecido estriado cardiaco, tecido muscular liso 
ou estruturas glandulares → Sistema nervoso autônomo
Sistema nervoso autônomo → simpático e parassimpático 
Nervos cranianos 3
Nervos cranianos
12 pares de nervos que fazem conexão com o encéfalo 
Nomeados no sentido craniocaudal 
Emergem através de fissuras ou forames no crânio e fazem conexão com a 
região encefálica
10 fazem conexão com o tronco encefálico
Exceção: olfatório I e óptico II
Olfatório: telencéfalo
Óptico: diencéfalo (hipotálamo)
I nervo olfatório
II nervo óptico
III nervo oculomotor
IV nervo troclear
V nervo trigêmeo
VI nervo abducente
VII nervo facial 
VIII nervo vestibulo-coclear
IX nervo glossofaringeo
X nervo vago
Nervos cranianos 4
XI nervo acessório
XII nervo hipoglosso
Classificação funcional
Sensitivos: gânglios 
Motores: núcleos (encéfalo)
Mistos
Nervo olfatório (I)
Sensitivo
Condução de impulsos olfatórios
Concha nasal superior e terço superior do septo nasal → porção olfatória do 
sistema respiratório → epitélio olfatório que os nervos possuem 
prolongamentos que passam pelos orifícios da lâmina cribriforme do etmoide 
→ bulbo olfatório
Origem real: internamente localizada no tecido nervoso
Origem aparente no encéfalo: bulbo olfatório
Origem aparente no crânio: lâmina cribriforme do osso etmoide
Nervos cranianos 5
Trato olfatório: posterior ao bulbo, conduz informação e leva até o córtex 
primário do olfato 
Sentido do olfato e paladar são químicos, precisam de moléculas voláteis para 
serem captadas
Correlação clínica: anosmia → perda de sensibilidade olfatória
Nervo óptico (II)
Sensitivo
Condução de impulsos visuais
Retina: formada por um conjunto de células importantes para a captação da 
luz 
Posteriormente forma a região do nervo óptico
Formada por fibras que tem duas frentes diferentes: nasal e temporal → na 
região do quiasma óptico cruzam o plano sagital mediano
Nervos cranianos 6
Após o cruzamento a metade temporal do olho esquerdo e lado nasal do 
lado direito vai para o lado direito 
Diencéfalo → braço do colículo superior → colículo superior → lobo 
occipital (processamento cortical da visão)
Metade nasal capta a luz do campo temporal
Metade temporal capta a luz do campo nasal
Origem aparente no encéfalo: quiasma óptico
Origem aparente no crânio: canal óptico 
Correlação clínica: anopsia
Nervos oculomotor (III), troclear (IV) e abducente (VI)
Nervos motores
Oculomotor tem fibras parassimpáticas também
Inervação da musculatura extrínseca do olho
Nervos cranianos 7
6 músculos: 4 retos e 2 oblíquos
Reto superior, reto lateral, reto medial e reto inferior
Oblíquo inferior e oblíquo superior
Inervação
Nervo oculomotor: mm. levantador da pálpebra superior, retos superior, 
inferior e medial e oblíquo inferior
Nervo troclear: m. oblíquo superior
Nervo abducente: m. reto lateral
Correlações clínicas: diplopia → vista dupla
N. oculomotor: estrabismo, diplopia e ptose palpebral (queda da palpebra)
N. troclear: estrabismo e diplopia
Nervos cranianos 8
N. abducente: estrabismo e diplopia
Nervo oculomotor (III)
Inervação dos músculos intrínsecos do olho (fibras parassimpáticas)
Músculo ciliar (regula a convergência do cristalino) e músculo esfíncter da 
pupila (controla a abertura e fechamento da região pupilar - contração)
Origem aparente no encéfalo: sulco medial do pedúnculo cerebral
Origem aparente no crânio: fissura orbital superior
Nervo troclear (IV)
Origem aparente no encéfalo: abaixo dos colículos inferiores / véu medular 
superior
Origem aparente no crânio: fissura orbital superior
Nervo abducente (VI)
Origem aparente no encéfalo: sulco bulbo-pontino
Origem aparente o crânio: fissura orbital superior 
Nervos cranianos 9
Nervo trigêmeo (V)
Misto
Gânglio trigeminal
Raízes sensitivas (maior que a motora)
Divisões: n. oftálmico, maxilar e mandibular
Raiz motora → acompanha n. mandibular
Região emergente entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio → apresenta 
dilatação (gânglio trigeminal)
Origem aparente no encéfalo: entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio
Origem aparente no crânio → asa maior do osso esfenoide
Fissura orbital superior → n. oftálmico
Forame redondo → n. maxilar
Forame oval → n. mandibular
Raízes sensitivas
Impulsos exteroceptivos: tato, temperatura, pressão e dor
Inervação da pele, face e fronte, conjuntiva ocular, parte ectodérmica 
da mucosa da cavidade oral, nariz e seios paranasais, dentes, 2/3 
anteriores da língua e maior parte da dura-máter craniana
Nervos cranianos 10
Impulsos proprioceptivos: músculos da mastigação e ATM
Raiz motora: músculos da mastigação, tensor do véu palatino, tensor do 
tímpano, milo-hioideo e ventre anterior do músculo digástrico
Correlação clínica:
Neuralgia do trigêmeo
Distúrbio neuropático do n. trigêmeo que provoca uma dor lancinante na 
face
Causa principal: pressão de um vaso sanguíneo normal
Geralmente relacionada: artéria cerebelar superior
Pontos de "gatilho"
Tratamento: de primeira escolha, medicamentoso (carbamasepina → 
tegretol), radiofrequência, compressão com balão e microdescompressão 
neurovascular (em casos de alteração da mielina não há melhora)
Nervo facial (VII)
Nervos cranianos 11
Misto
Raiz sensitiva: nervo intermédio
Raiz motora: nervo facial propriamente dito
Origem aparente no encéfalo: sulco bulbo-pontino
Origem aparente no crânio: forame estilomastoideo
Sensitivo: impulsos gustatórios dos 2/3 anteriores da língua, parte das fossas 
nasais, palato mole. pavilhão auricular e meato acústico externo
Motor: músculos da expressão facial, estilo-hioideo e ventre posterior do 
digástrico; inervação pré-ganglionar das glândulas lacrimal, submandibular e 
sublingual
Nervos cranianos 12
Divisão da porção motora
Penetra na glândula parótida e passa a ter dois grandes ramos, que se 
divide em:
Temporal, zigomático, bucal, marginal da mandíbula e cervical
Divisões do nervo facial variam de uma pessoa para a outra
Correlação clínica: paralisia facial central ou periférica
Muda a área da alteração da propagação do impulso nervoso
Núcleo → porções ventral e dorsal 
Ventral recebe inervação sempre contra lateral a ela
Dorsal recebe inervação contra lateral a ela e outra do mesmo lado 
dela
Interrupção a nível central: impedimento de chegada do impulso na região 
da porção ventral do núcleo do nervo facial; a porção dorsal continua 
recebendo inervação lateral
Paralisia central: apenas metade inferior da face 
A porção ventral inibida não inerva metade inferior da face
A porção dorsal recebe inervação compensatória
Paralisa metade inferior opostaao lado da lesão 
Porção ventral inerva metade inferior da face 
Porção dorsal inerva metade superior da face
Nervos cranianos 13
Qualquer alteração no nervo facial abaixo do seu núcleo ocorre 
impedimento da passagem dos impulsos, sem propagação para nenhuma 
das metades da face 
Paralisia periférica paralisa toda a metade do lado da lesão
Ausência de rugas no lado, caída da região de comissura labial, 
incapacidade de fechar o olho
Nervo vestibulococlear (VIII)
Sensitivo: 
Componente vestibular: equilíbrio
Componente coclear: audição
Origem aparente no encéfalo: sulco bulbo-pontino
Origem aparente no crânio: meato acústico interno 
Nervos cranianos 14
AUDIÇÃO
Trajeto que as informações correm: chegam na região dos colículos inferiores 
→ braço do colículo inferior → corpo geniculado medial → córtex auditivo 
primário (giro temporal transverso anterior)
EQUILÍBRIO
Lobo parietal do telencéfalo 
Correlações clínicas:
Vestibular: vertigem, ataxia e nistagmo
Coclear: tinido ou surdez
Nervo glossofaríngeo (IX)
Misto
Nervos cranianos 15
Origem aparente no encéfalo: sulco lateral posterior do bulbo
Origem aparente no crânio: forame jugular
Sensitivo: impulsos gustativos do 1/3 posterior da língua, sensibilidade geral 
do 1/3 posterior da língua, faringe, úvula, tonsila, tuba auditiva, seio e corpo 
carotídeos; parte do pavilhão auricular e meato acústico externo
Motor: gânglio ótico; músculo constritor superior da faringe e estilofaríngeo 
Correlações clínicas: disfagia, aptalia e ageusia 
Nervo vago (X)
Misto
Origem aparente no encéfalo: sulco lateral posterior do bulbo
Origem aparente no crânio: forame jugular
Sensitivo: impulsos gustativos da epiglote; parte da faringe, laringe, traqueia, 
esôfago e vísceras torácicas e abdominais; parte do pavilhão auricular e 
meato acústico externo
Motor: inervação parassimpática das vísceras torácica e abdominais; 
músculos da faringe e laringe
Correlações clínicas: paralisia, disfagia e taquicardia 
Nervos cranianos 16
Nervos responsáveis pelo paladar
Inervação gustatória dos 2/3 anteriores da língua: nervo corda do tímpano, 
ramo do nervo intermédio (porção sensitiva do n. facial), 1/3 posterior da 
língua tem inervação feita pelo n. glossofaríngeo 
Palato também recebe inervação → nervo petroso maior (ramo facial)
Epiglote → ramo interno do nervo laríngeo superior 
Condução do impulso para o tronco encefálico → passa para córtex 
gustatório; localizado na porção mais posterior ínsula, um lobo do telencéfalo 
com localização mais profunda 
Gustação é um sentido químico → capta apenas moléculas voláteis 
Moléculas voláteis que estavam na cavidade oral podem passar para a 
cavidade nasal 
Nervo acessório (XI)
Motor
Raiz craniana
Raiz espinal
Nervos cranianos 17
Origem aparente no encéfalo: sulco lateral posterior do bulbo
Origem aparente no crânio: forame jugular
Ramo interno
Distribui-se com o nervo vago
Ramo externo
Músculos trapézio e esternocleidomastoideo, músculos da laringe e 
vísceras torácicas
Nervos cranianos 18
Correlações clínicas: paralisia dos músculos trapézio e 
esternocleidomastoideo
Nervo hipoglosso (XII)
Origem aparente no encéfalo: sulco lateral anterior do bulbo
Origem aparente no crânio: canal do nervo hipoglosso
Nervos cranianos 19
Motor
Músculos intrínsecos e extrínsecos da língua
Correlação clínica: altera a movimentação lingual → paralisia do nervo 
hipoglosso → assimetria nos lados da língua; alteração do ápice lingual (vai 
para o lado paralisado → mesmo lado da lesão)
Nervos cranianos 20

Continue navegando