Buscar

Embriologia do sistema nervoso

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

NEUROLOGIA Weslley Jonathan P3 
 
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO 
-Os estágios para formação do sistema nervoso 
incluem: 
o Estágio embriológico: 
1. Pré-gastrulação – Estágio de 
mórula e blastocisto 
2. Gastrulação – Formação dos três 
folhetos embrionários → 
Ectoderma, mesoderma e 
endoderma 
3. Neurulação – Que se divide em 
neurulação PRIMÁRIA e 
SECUNDÁRIA 
Primária: A placa neural se dobra formando o tubo 
neural → Corresponde a formação do encéfalo e da 
medula espinal ao nível de S1 
Secundária: Forma a medula a partir de uma “massa de 
células caudais” que se unem ao tubo neural, abaixo de 
S1 
o Diferenciação retrogressiva e ascensão da 
medula: Processo de formação do 
filamento terminal e progressiva subida do 
cone medular 
o Indução ventral: Processo de formação 
das vesículas encefálicas primarias e 
secundarias, com posterior formação das 
flexuras 
o Processos de proliferação neuronal, 
diferenciação e histogênese, migração 
neuronal e mielinização axonal 
 
NEURULAÇÃO PRIMÁRIA – FORMAÇÃO DO 
TUBO NEURAL 
- Processo responsável pela formação do 
ENCEFÁLO e da MEDULA ESPINAL até o nível da 
vertebra S1 
- O ectoderma, induzido pela notocorda abaixo 
dele, se diferencia em NEUROECTODERMA 
chamado de PLACA NEURAL 
 
A placa neural por sua vez se diferencia e da 
origem a duas estruturas diferentes: 
▪ Tubo neural – Forma o SNC 
▪ Crista neural – Forma o SNP 
- A placa neural sofre uma endentação central 
chamada de SULCO NEURAL → Esse sulco se 
aprofunda e forma a GOTEIRA NEURAL 
- As bordas da goteira convergem um em direção 
ao outro, se unem e depois se aprofundam → Isso 
causa a DISJUNÇÃO DO NEUROECTODERMA do 
ECTODERMA SUPERFICIAL (que forma a pele) 
Se essa disjunção for PREMATURA pode levar ao 
LIPOMA INTRAESPINAIS 
Se a disjunção é INCOMPLETA leva a formação dos 
SEIOS DÉRMICOS, CISTOS DERMOIDES E 
EPIDERMOIDES 
 
- No processo de disjunção, os elementos 
mesodérmicos ficam entre o ectoderma 
superficial e neural → Esses elementos são 
responsáveis por formar as MENINGES, 
VERTEBRAS, CRÂNIO E MÚSCULOS 
PARAESPINAIS 
- As células da CRISTA NEURAL se desprendem 
do tubo neural e se espalham 
O FECHAMENTO DO TUBO NEURAL OCORRE 
ENTRE 24º E O 26º DIA 
Esse fechamento não é uniforme, ocorrendo em 
fases 
 
 
- No final da neurulação primária o embrião deve 
estar completamente coberto por PELE 
- As malformações por defeitos do fechamento do 
tubo neural são consideradas ABERTAS, pois não 
são cobertas por pele – ex. Mielomeningocele e 
anencefalia 
- As malformações por defeitos APÓS a 
neurulação primária são chamados de FECHADOS 
- ex. encefaloceles, meningoceles e nos 
disrafismos espinais ocultos 
 
 
 
 
 
 
 
NEUROLOGIA Weslley Jonathan P3 
 
- O CANAL no interior do tubo neural da origem 
aos VENTRÍCULOS ENCEFÁLICOS e ao CANAL 
CENTRAL DA MEDULA ESPINAL 
 
Resumo: 
Placa neural – Espessamento do ectoderma 
localizado entre o nó primitivo (nó de hensen) e a 
membrana orofaríngea (placa precordal) 
Sulco neural – Formado a partir da invaginação da 
placa neural, definindo margens que são 
chamadas de PREGAS NEURAIS 
Pregas neurais – Se fundem na LINHA MÉDIA e 
dão origem ao TUBO NEURAL → Constituem o 
sitio de diferenciação das cristas neurais 
Tubo neural – Formado pela fusão das pregas 
neurais separas do ectoderma 
 
O tubo neural da origem ao SNC e inclui o 
desenvolvimento das seguintes estruturas: 
▪ Encéfalo → A partir da parte cranial do 
tubo neural 
▪ Medula espinal até a vertebra S1 → Ocorre 
na parte caudal do tubo neural 
▪ Ventrículos e canal central da medula 
 
- Nas extremidades do tubo neural se encontram 
os neuroporos anterior e posterior que 
comunicam o canal central com a cavidade 
amniótica 
o Neuroporo anterior (CRANIAL) – Se fecha 
na quarta semana (24 dias) e forma a 
LAMINA TERMINAL → A falha no seu 
fechamento causa ANENCEFALIA 
o Neuroporo caudal – Fecha também na 
quarta semana (mas com 26 dias) → A 
falha no seu fechamento da origem 
mielomeningocele (espinha bífida aberta) 
 
A medula espinal mantém a forma tubular do tubo 
neural, mas o encéfalo sofre várias 
transformações até atingir sua forma definitiva 
 
Formação crista neural: 
▪ Se formam durante a formação do tubo 
neural, a partir de células que se 
desprende das pregas nas laterais do 
sulco neural 
▪ Essas células que se desprendem dão 
origem a dois cordões 
▪ Durante a METAMERIZAÇÃO do embrião 
essas cordões dão origem: GÂNGLIOS DO 
SN (autônomos e aos dorsais sensitivos 
dos nervos espinais e cranianos), 
CÉLULAS DE SCHWANN, MELANÓCITOS 
DA EPIDERME, CÉLULAS ENDÓCRINAS E 
PARAENDÓCRINAS (suprarrenais, 
tireoide, cardiopulmonares 
neurossecretoras), PARTES DA 
CARTILAGEM DA ORELHA, 
LEPTOMENINGES OCCIPITAIS ESPINAIS... 
 
NEURULAÇÃO SECUNDÁRIA 
- Ocorre a formação da porção final da medula 
espinal ABAIXO DA VERTEBRA S1 
- As estruturas formadas incluem o FILAMENTO 
TERMINAL e SEGMENTOS DO SACRO E CÓCCIX 
- Um grupo de CÉLULAS TOTIPOTENTES que são 
oriundas do MESODERMA da linha primitiva, 
chamada EMINÊNCIA CAUDAL ou MASSA 
CELULAR CAUDAL, forma agrupamentos 
celulares que coalescem formando uma pequena 
cauda 
- No interior dessa massa sólida sofre um 
processo de CANALIZAÇÃO no seu interior → 
NEUROLOGIA Weslley Jonathan P3 
 
Ocorre a formação do TUBO NEURAL 
SECUNDÁRIO 
-O tubo neural secundário se conecta com o tubo 
neural que foi formado na neurulação primária 
- Posteriormente é formado o CONE MEDULAR e 
o FILAMENTO TERMINAL → Esse processo é 
chamado de DIFERENCIAÇÃO RETROGRESSIVA 
O desenvolvimento da porção final da medula 
(CONE MEDULAR) tem uma origem diferente das 
outras estruturas, PORQUE RECEBE CÉLULAS 
NÃO ECTODÉRMICAS 
As células totipotentes também origem a tecidos 
NÃO EPIDÉRMICOS na região 
 
Ascensão da medula espinal: 
▪ O desenvolvimento da medula acompanha 
o desenvolvimento das vertebras 
▪ Com OITO SEMANAS DE 
DESENVOLVIMENTO a medula se estende 
por todo comprimento do canal vertebral 
▪ Durante o crescimento fetal a coluna de 
vértebras cresce gradualmente mais que 
a medula 
▪ Durante o nascimento o cone medular está 
no nível da VERTEBRA LOMBAR L3, com 
três meses atinge o nível dos espaços 
entre a L1 – L2 (nível semelhante ao do 
adulto) → Abaixo de L1 – L2 só há raízes 
que formam a cauda equina 
Caso no exame de neuroimagem, o cone medular 
esteja abaixo de L1-L2 o paciente possui a 
SÍNDROME DA MEDULA PRESA → Esta associada 
a outras malformações que justificam a baixa 
implantação da medula → Ocorre na 
MIELOMENINGOCELE, LIPOMAS INTRAESPINAIS, 
FILAMENTO TERMINAL ESPESSADO E 
LIPOMATOSO, DISRAFISMOS OCULTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esquema: 
 
1. Placa neural 
2. Crista neural → No desenho D, ela está formando os 
futuros gânglios espinais 
3. Sulco ou goteira neural, 
4. Tubo neural , 
5. Canal central e sulco limitante, 
6. Placa alar, 
7. Placa basal, 
8. Células pigmentares (melanócitos), 
9. Futuros gânglios espinais, 
10. Células de Schwann, 
11. Gânglios para vertebrais SIMPÁTICOS, 
12. Gânglios viscerais e 
13. Medula da suprarrenal 
 
NEUROLOGIA Weslley Jonathan P3 
 
INDUÇÃO VENTRAL 
- É o processo responsável pela formação das 
estruturas: 
▪ Vesícula cerebral primária 
▪ Vesícula cerebral secundária 
▪ Flexuras cerebrais- O encéfalo se origina da porção mais cranial do 
tubo até o QUARTO PAR DE SOMITOS 
- A formação da vesícula se inicia na TERCEIRA 
SEMANA após o fechamento do NEUROPORO 
CRANIAL E CAUDAL 
- No inicio há a expansão de três vesículas 
(primárias) na parte cranial do tubo que depois 
evolui para cinco vesículas (secundárias) 
Estágios de três e cinco vesículas 
 
 
PROSENCÉFALO 
Telencéfalo Hemisférios 
cerebrais 
 
Diencéfalo 
Diencéfalo, 
nervo óptico 
e retina 
MESENCÉFALO Mesencéfalo Mesencéfalo 
 
ROMBENCÉFALO 
Metencéfalo Ponte e 
cerebelo 
Mielencéfalo Bulbo 
 
VESICULAS PRIMÁRIAS 
As três vesículas primárias estão associadas a 
DUAS FLEXURAS que se desenvolvem na QUARTA 
SEMANA 
o Flexura cefálica ou do mesencéfalo - Se 
localiza entre o PROSENCÉFALO e o 
ROMBENCÉFALO 
o Flexura cervical - Se localiza entre o 
BULBO RAQUÍDEO e a FUTURA MEDULA 
ESPINAL 
 
Prosencéfalo (ENCÉFALO ANTERIOR): 
▪ Associado ao surgimento das vesículas 
ópticas 
▪ Origina o telencéfalo → hemisférios 
cerebrais 
▪ Origina o diencéfalo → tálamo, hipotálamo, 
epitálamo e subtálamo 
 
Mesencéfalo: 
▪ Menor porção do encéfalo e continua como 
o mesencéfalo 
▪ Formado pelos pilares ou pedúnculos 
cerebrais e pela lamina quadrigêmea, 
onde encontramos os colículos superiores 
e inferiores 
▪ Possui um canal liquórico que é o 
AQUEDUTO DO MESENFÉCEFALO 
(aqueduto cerebral ou de sylvius) → 
separa a parte anterior (TEGMEN) da parte 
posterior (TECTO) 
 
Rombencéfalo (ENCÉFALO POSTERIOR): 
▪ Origina o METENCÉFALO → Desenvolve a 
PONTE E CEREBELO 
▪ Origina o MIELENCÉFALO → DESENVOLVE 
O BULBO RAQUÍDEO (medula oblonga) 
 
VESÍCULAS SECUNDÁRIAS 
- Na SEXTA SEMANA de desenvolvimento 
embrionário, tornam-se visíveis CINCO vesículas 
encefálicas com QUATRO VENTRÍCULOS 
- As vesículas determinam os primórdios das 
cinco principais divisões do encéfalo 
 
Telencéfalo: 
▪ Inclui bolsas que invaginam lateralmente, 
formando nas suas paredes os 
hemisférios cerebrais 
▪ Ventralmente brotam dois bulbos que 
desenvolvem os BULBOS OLFATÓRIOS 
▪ Os ventrículos laterais se tornam visíveis 
nesse estagio 
 
Diencéfalo: 
▪ Terceiro ventrículo 
▪ Quiasma óptico com os nervos ópticos (II 
NC) 
▪ Infundíbulo e os corpos mamilares 
 
Mesencéfalo: 
▪ Aparece uma ampla cavidade que forma o 
aqueduto do mesencéfalo 
 
Metencéfalo: 
▪ Mostra margens rômbicas na superfície 
dorsal onde se origina o cerebelo 
NEUROLOGIA Weslley Jonathan P3 
 
▪ Desenvolvimento da ponte e do cerebelo 
▪ Separado do mielencéfalo pela FLEXURA 
PONTINA 
▪ Contém a parte rostral do quarto 
ventrículo 
 
Mielencéfalo: 
▪ Da origem ao bulbo raquídeo ou medula 
oblonga 
▪ Contém a parte caudal do quarto 
ventrículo 
 
 
DESENVOLVIMENTO DO TELENCÉFALO 
- Resulta da evaginação das paredes laterais da 
vesícula prosencefálica 
- No telencéfalo identificamos: 
▪ Córtex 
▪ Substancia branca 
▪ Núcleos da base e ventrículos laterais 
 
- Os hemisférios são interconectados por três 
comissuras: 
▪ Corpo caloso 
▪ Comissura anterior 
▪ Comissura hipocampal ou do fórnix 
 
- O crescimento dos hemisférios forma os lobos 
frontais, parietais, temporais e occipitais 
sobrepondo os LOBOS DA INSULA e o dorso do 
tronco encefálico 
 
O crescimento apresenta dois momentos 
vulneráveis a DESNUTRIÇÃO e a AGENTES 
AMBIENTAIS LESIVOS: 
▪ Entre 10ª – 20ª semanas: Multiplicação 
celular periventricular, formando as 
camadas corticais neuronais → 
substancia cinzenta 
▪ Por volta da 28ª semana: Multiplicação 
da glia → aumento da substancia branca 
 
 
- Córtex cerebral se desenvolve a partir de 
NEUROBLASTOS nas camadas VENTRICULAR e 
INTERMEDIÁRIA → Essas células migram para 
camada ZONA SUBPIAL que é reconhecida como 
a SUBSTÂNCIA CINZENTA CORTICAL classificada 
como NEOCÓRTEX e ALOCÓRTEX 
- O corpo estriado aparece no assoalho da 
vesícula telencefálica durante a QUINTA SEMANA 
de desenvolvimento → Ele da origem aos núcleos 
da base: 
▪ Núcleo caudado 
▪ Putâmen 
▪ Núcleo amigdaloide 
▪ Claustro 
O núcleo LENTIFORME é constituído pelo putamen 
e o globo pálido 
O GLOBO PÁLIDO tem sua origem no SUBTÁLAMO, 
de onde os neuroblastos migram para invadir a 
substancia branca do telencéfalo, tornando-se a 
parte medial do núcleo lentiforme 
 
- As COMISSURAS são bandas fibrosas que 
interconectam os hemisférios 
NEUROLOGIA Weslley Jonathan P3 
 
- As comissuras são fibras que cruzam a linha 
média pela LÂMINA TERMINAL (PLACA 
COMISSURAL) 
o Comissura anterior – Comunica as 
estruturas olfatórias e os GIROS 
TEMPORAIS médios e inferiores 
o Comissura do fórnix ou hipocampal – 
Comunica os dois hipocampos 
- O CORPO CALOSO se forma entre 12 – 22 
SEMANAS de desenvolvimento → Comunica as 
ÁREAS NEOCORTICAIS dos hemisférios cerebrais 
 
 
 
 
 
 
 
 
Migração neuronal: 
▪ Os neurônios são produzidos nas REGIÕES 
SUBEPENDIMÁRIAS dos ventrículos 
laterais → Essas áreas são chamadas de 
MATRIZ GERMINATIVA 
▪ Os neurônios migram da região 
subependimária até o CÓRTEX na REGIÃO 
SUBPIAL 
▪ O processo é realizado através da GLIA 
RADIAL → Essa estrutura conecta as duas 
regiões (região subependimária do 
ventrículo lateral → região subpial do 
córtex) e carrega os neurônios até a sua 
posição correta 
▪ O processo de migração ocorre a partir da 
7ª SEMANA ATÉ A 16ª SEMANA e continua 
até a 25ª SEMANA 
▪ O córtex cerebral normal possui 6 
camadas 
▪ A matriz germinativa é bastante 
proeminente no SEGUNDO TRIMESTRE e 
pode ser visualizada em RM FETAL entre 
20 – 28 SEMANAS → Após esse período a 
matriz diminui e desaparece com 33 
SEMANAS 
▪ Essa matriz germinativa é ALTAMENTE 
VASCULARIZADA → É um local frequente 
de hemorragias intraventriculares 
relacionadas a PREMATURIDADE 
(especialmente com < 33 semanas), sendo 
uma das causas de PARALISIA CEREBRAL 
A diferenciação e organização das camadas 
corticais ocorrem durante todo o período fetal 
 
Desordens de migração neuronal 
- São anormalidades que podem ocorrer 
durante o processo de migração neuronal 
- Podem causar alterações na citoarquitetura 
nas seis camadas → Displasias corticais 
- Podem também causar agrupamentos 
neuronais no meio do caminho, entre a zona 
NEUROLOGIA Weslley Jonathan P3 
 
subependimária e o córtex cerebral → 
Heterotopias neuronais 
 
Legenda: 
A: Micropoligiria. 
B: Displasia cortical focal. 
C: Heterotopia nodular subependimária. 
D: Banda de heterotopia subcortical “duplo 
córtex”. 
E: Lissencefalia. 
F: Paquigiria. 
 
Formação dos sulcos e giros: 
▪ Aos QUATRO MESES (20 SEMANAS) os 
giros ou sulcos cerebrais não são 
identificados 
▪ A partir desse período, o cérebro sofre um 
AUMENTO DO VOLUME CORTICAL sem 
aumento do TAMANHO DO CRÂNIO 
▪ O cérebro sofre um rápido crescimento 
após 24 semanas e vários sulcos e giros 
são bem definidos com 26 – 28 semanas 
 
o Sulco de Sylvius (SULCO LATERAL) – 
Aparece com 14 semanas 
o Sulco de Rolando (SULCO CENTRAL) – 
Aparece com 20 semanas, ficando bem 
evidente com 22 – 23 semanas 
Com 8 meses, todos os sulcos e giros principais 
são evidentes e ao nascimento são semelhantes 
aos dos adultos 
DESENVOLVIMENTO DO DIENCÉFALO 
- Se desenvolve a partir das PAREDES DA PARTE 
MEDIANA DO PROSENCÉFALO, envolvendo a 
cavidade que dá origem ao TERCEIRO VENTRÍCULO 
o Epitálamo – Se desenvolve a partir da 
lamina do teto e das partes das placas 
alares → Origina a PINEAL (EPÍFISE), a 
tela corióidea e o plexo coroide doterceiro 
ventrículo 
o Tálamo – Derivado da placa alar, 
construído por núcleos talâmicos 
o Hipotálamo – Se desenvolve a partir da 
placa alar e da lamina do assoalho → 
Origina os núcleos hipotalâmicos, 
incluindo os corpos mamilares e a neuro-
hipófise 
o Subtálamo – Deriva da placa alar, 
incluindo os núcleos subtalamicos → 
Origina os neuroblastos que migram para 
dentro da sustância branca do telencéfalo, 
onde constroem o globo pálido (um dos 
núcleos da base) 
o Vesículas ópticas, cálices e pedúnculos 
ópticos – São derivados das paredes das 
vesículas diencefalicas → Originam retina, 
nervo óptico, quiasma óptico e a via óptica 
 
Hipófise: 
▪ Fica fixada ao hipotálamo pela HASTE 
HIPOFISÁRIA e apresenta dois lobos: Lobo 
anterior (ADENO-HIPÓFISE) e o lobo 
posterior (NEURO-HIPÓFISE) 
▪ A adeno-hipófise se origina da BOLSA DE 
RATHKE → É um divertículo ectodérmico 
derivado do teto do estomódeo (boca 
primitiva) 
▪ A neuro-hipófise se origina da 
EVAGINAÇÃO VENTRAL DO HIPOTÁLAMO 
→ Inclui a eminencia mediana, o 
pedúnculo infundibular e a pars nervosa 
▪ A HIPÓFISE FARÍNGEA (ou ectópica) é um 
resquício do pedúnculo da bolsa de Rathke 
no teto da orofaringe 
 
NEUROLOGIA Weslley Jonathan P3 
 
DESENVOLVIMENTO DO TRONCO ENCEFÁLICO E 
DO CEREBELO 
- O tronco encefálico e o cerebelo se desenvolvem 
a partir: 
o Mielencéfalo – Origina o bulbo 
o Metencéfalo – Origina ponte e o cerebelo 
o Mesencáfalo – Origina o mesencéfalo 
 
Desenvolvimento do bulbo: 
▪ Na base do bulbo (FACE ANTERIOR) há o 
desenvolvimento das pirâmides, que 
incluem as VIAS CORTICOESPINAIS 
▪ Na placa basal os neuroplastos 
desenvolvem os núcleos: 
1. Hipoglossos – Eferentes somáticos 
gerais 
2. Núcleos ambíguos (eferentes 
viscerais especiais) → Servem aos 
nervos cranianos: 
GLOSSOFARÍNGEO (IX), VAGO (X) E 
ACESSÓRIO (XI) 
3. Núcleos motores dorsais do nervo 
vago 
4. Núcleos salivatórios inferiores do 
nervo glossofaríngeo (eferentes 
viscerais grais) 
▪ Na placa alar os neuroblastos originam: 
1. Núcleos dos fascículos dorsais 
grácil e cuneiforme, 
2. Núcleo salivatório inferior - 
associado ao cerebelo 
3. Núcleo solitário - aferente visceral 
geral e aferente visceral especial 
4. Núcleo espinal do trigêmeo – 
aferente somático geral 
5. Núcleos coclear e vestibular – 
aferente somático especial 
▪ A lamina do teto origina o teto do quarto 
ventrículo → ela constitui a tela corióidea, 
um epitélio simples de células 
ependimárias coberto por pia-máter 
▪ A tela corióidea recebe vasos que 
invaginam na pia-máter e formam o plexo 
corioide do quarto ventrículo 
 
Ponte: 
▪ Os neuroblastos da placa alar originam: 
1. Núcleo solitário – aferente visceral 
especial do nervo facial (VII) 
2. Núcleos coclear e vestibular – 
aferente somático especial do 
nervo vestíbulo coclear (VIII) 
3. Núcleo espinal e principal do nervo 
trigêmeo – aferente somático geral 
4. Núcleos pontineos associado ao 
cerebelo 
▪ Os neuroblastos da placa basal originam: 
1. Nervo abducente – eferente 
somático geral 
2. Núcleos motores trigeminal e 
facial – eferente visceral especial 
3. Núcleo salivatório superior – 
eferente visceral geral 
▪ A base da ponte contém os NÚCLEOS 
PONTINEOS da placa alar, fibras das vias 
corticobulbar, corticospinal e 
corticopontinea e as fibras 
pontinocerebelares 
 
Cerebelo: 
▪ Se desenvolve a partir do espessamentos 
alares dos lábios do rombencéfalo e da 
parte caudal do mesencéfalo 
▪ Começa a surgir na sétima semana de vida 
embrionária 
▪ As placas cerebelares originam o verme 
na linha média, e os hemisférios 
lateralmente 
▪ Folhas e sulcos cerebelares surgem com 
o desenvolvimento do córtex 
▪ O córtex se desenvolve em três camadas 
de células: Camada molecular, camada 
celular de Purkinje e camada granular 
▪ Surgem por migração da zona ventricular 
(camada marginal), quatro pares de 
núcleos 
 
Mesencéfalo: 
▪ Surge a partir das vesículas 
mesencefálica 
▪ A cavidade mesencefalica persiste como 
um fino canal que comunica o quarto e o 
terceiro ventrículo → Aqueduto do 
mesencéfalo (ou de Sylvius) 
▪ Neuroblastos da placa alar desenvolvem 
as camadas dos coliculos superiores e os 
núcleos dos colículos inferiroes 
▪ Os neuroblastos da placa basal originam 
os núcleos oculomotor e troclear, núcleo 
Edinger-Westphal (eferente visceral geral 
– III NC), a substancia negra e os núcleos 
rubros 
▪ A base dos pedúnculos ou pilares cerebris 
contem as vias corticubulbar, 
corticospinal e cortipontina 
 
DESENVOLVIMENTO DA MEDULA ESPINAL 
- Se origina do tubo neural, caudalmente ao 
QUARTO PAR DE SOMITOS 
- Há no seu desenvolvimento a formação das 
estruturas: 
 
NEUROLOGIA Weslley Jonathan P3 
 
▪ Placa alar 
▪ Placa basal 
▪ Lâmina do teto 
▪ Lâmina do assoalho 
 
- Na parede lateral do tubo neuronal, durante a 
QUARTA SEMANA de desenvolvimento, surge o 
SULCO LIMITANTE → O sulco limitante é um sulco 
longitudinal que se estende desde a medula até o 
mesencéfalo rostral 
- O sulco limitante separa a placa alar 
(SENSITIVA) da placa basal (MOTORA) → 
Desaparece na medula espinal adulta mas 
persiste na FOSSA ROMBOIDE do tronco 
encefálico 
- A PLACA ALAR OU DORSAL é um espessamento 
dorsolateral da ZONA INTERMEDIARIA (manto) do 
tubo neural → Nessa placa se originam os 
NEUROBLASTOS SENSITIVOS do corno dorsal 
(regiões aferentes somáticas e viscerais) 
- Os axônios que formam a raiz dorsal, 
proveniente do gânglio sensitivo, alcançam o 
corno dorsal da medula espinal formada na placa 
alar

Continue navegando